A ECO-92 resultou na elaboração dos seguintes documentos oficiais: A Carta da Terra;

Documentos relacionados
Disposições do Código Florestal Parte 2

50% NO / norte do CO 20% Cerrado 20% Demais 50% NO / norte MT 50% Cerrado NO/norte MT 80% NO e norte MT. 35% Cerrado na Amazônia 80% Amazônia

50% NO / norte do CO 20% Cerrado 20% Demais 50% NO / norte MT 50% Cerrado NO/norte MT 80% NO e norte MT. 35% Cerrado na Amazônia 80% Amazônia

2 Áreas de Preservação Permanente APPs. ATENÇÃO! A vegetação da APP deverá ser mantida!

O NOVO CÓDIGO FLORESTAL Lei nº /2012

Código Florestal - Lei /2012

ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE - APP -

SUMÁRIO CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Novo Código Florestal: produção agropecuária e a sustentabilidade. Moisés Savian

Cadastro Ambiental Rural e Programa de Regularização Ambiental

Comparação entre lei 4771 e PL relatado pelo Dep.Aldo Rebelo preparado por Zeze Zakia Versão preliminar ( Definições)

Produção Florestal e SAFs

Sumário XVII. Índice Sistemático Novo Código Florestal Comentado... 5 Capítulo I Disposições gerais arts. 1 o a 3 o... 5 Art. 1 o A...

O PRA E O CAR E A REGULARIZAÇÃO DOS IMÓVEIS RURAIS À LEGISLAÇÃO AMBIENTAL

Constituição Brasileira Art Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidad

LICENCIAMENTO AMBIENTAL. Parcelamento do Solo. Aspectos Florestais. Lei Federal /12

DIREITO AMBIENTAL. Proteção do Meio Ambiente em Normas Infraconstitucionais- Mata Atlântica Lei nº /06 Parte 3. Prof.

Direito Ambiental noções gerais. Ana Maria de Oliveira Nusdeo Faculdade de Direito da USP

Cadastro Ambiental Rural CAR. Eng.ª Karine Rosilene Holler - AMVALI

Código Florestal Brasileiro

NOVO CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO: Principais mudanças e implicações. Lei n , de 25 maio de Volume 2 Série Cartilhas ao Produtor

Prof. Pedro Brancalion

QUADRO RESUMO DA LEI /12 ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE

MEIO AMBIENTE LEGISLAÇÃO BÁSICA. Convenção Sobre a Diversidade Biológica 1992 (promulgada pelo Decreto n /98)

Regularização de propriedades

10 Passos para realizar o CAR antes do fim do prazo. e...

IMPACTOS DO NOVO CÓDIGO FLORESTAL

Julgamento do Código Florestal no STF

Demarest Advogados Seminário Agronegócio: Agenda Regulatória

BRASÍLIA/DF, 04 DE SETEMBRO DE NOVO CÓDIGO FLORESTAL 2. CAR

NOVO CÓDIGO FLORESTAL DO ESTADO DE GOIÁS. Jordana Gabriel Sara Girardello Engenheira Agrônoma Consultora técnica SENAR

Treinamento: Gestão Ambiental da Propriedade Rural Cód. 294

USO DO GVSIG PARA ELABORAÇÃO DE SISLEG NO ESTADO DO PARANÁ

Licenciamento Florestal: Biomas Mata Atlântica e Pampa

Código Florestal evolução.debate.consequências.

DIREITO AMBIENTAL. Código Florestal Lei nº /12. Reserva Legal Parte 2. Prof. Rodrigo Mesquita

GUIA DE ESTUDO. Daniel Martini Promotor de Justiça - Master Direito Ambiental Internacional CNR ROMA/ITÁLIA -2008/2009;

Comparativo entre o Código Florestal (Lei 4771/65) e o Substitutivo de autoria do Deputado Aldo Rebelo ao PL 1.876/99

XVIII COBREAP - CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS - IBAPE/MG

DIREITO AMBIENTAL. Código Florestal Lei nº /12. Cadastro Ambiental Rural CAR Parte 2. Prof. Rodrigo Mesquita

(PROGRAMA DE REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL NO MATO GROSSO)

Novo Código Florestal e as perspectivas de exploração comercial de espécies perenes

Os Efeitos das Alterações do Código Florestal no Meio Urbano. Beto Moesch

folder_car_bbfinal.indd 1 20/11/ :05:29

Políticas Públicas para Operacionalizar o CAR

Código Florestal Brasileiro

Câmara Municipal da Estância Hidromineral de Águas da Prata. Projeto de Lei 120/14

Esta iniciativa reafirma o compromisso do Sistema FAEMG com a proteção da natureza. Carlos Alberto Assessoria de Meio Ambiente do SISTEMA FAEMG

INSTRUÇÃO NORMATIVA No- 4, DE 8 DE SETEMBRO DE 2009

Código Florestal e Cadastro Ambiental Rural (CAR) Regras, controle e monitoramento contra o desmatamento

CAPACITAÇÃO EM CADASTRO AMBIENTAL RURAL

Governo do Estado de Minas Gerais Sistema Estadual de Meio Ambiente Superintendência Regional de Regularização Ambiental ASF/DIVINÓPOLIS

Novo. e a Repercussão na Aquicultura Nacional. Por: Márcio A. Bezerra, Msc.

Legislação aplicada ao CAR

LEI Nº , DE VELHAS NOVIDADES E NOVOS PROBLEMAS. Ricardo Carneiro

Consideram-se integrantes do Bioma Mata Atlântica as seguintes formações florestais nativas e ecossistemas associados, com as respectivas

Atribuições da FATMA no município de Florianópolis

Lei Federal nº /12 ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE. Eng. Agr. Renata Inês Ramos Eng. Ftal. Irene Tosi Ahmad

ADC 42 e ADIN S 4901, 4902, 4903 e 4937

A contribuição da regularização ambiental dos imóveis rurais na dinamização econômica dos municípios brasileiros.

Efeitos das recentes decisões do Supremo Tribunal Federal

os pressupostos para o manejo sustentável da área de entorno dos reservatórios artificiais ocupados por plantas

Prof. Dr. José Antônio Tietzmann e Silva

Quais as vantagens em aderir ao PRA? Multas antes de julho de 2008 serão realmente suspensas?

Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Dep. de Ciências Florestais

Unidade. A dinâmica da natureza. As grandes paisagens da natureza. Capítulo 10. Livro: Parte I, p Tópicos do capítulo

Instituto O Direito Por Um Planeta Verde Projeto "Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos"

FAMURS Porto Alegre, 10 de maio de 2013

ATIVIDADE Novo Código Florestal, Lei n.º /12

O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE. CAPÍTULO I Das Disposições Gerais

Grupo Arbore - 1

Federação das Indústrias do Estado de São Paulo FIESP. Grupo de Estudos de Direito Ambiental

Comparação entre lei 4771 e PL relatado pelo Dep.Aldo Rebelo preparado por Zeze Zakia Versão preliminar ( Reserva Legal )

Sistema de Cadastro Ambiental Rural SiCAR Lei Federal 12651/12 e Decreto Federal 7830/2012

Aula nº. 26. PRA. Concessão Florestal

RESOLUÇÃO do CONAMA No 369, de 28 de MARÇO de 2006 Art. 1o

Resolução do CONAMA nº 369, de 28 de março de 2006

CÓDIGO FLORESTAL: Avanços e Diretrizes do Sistema Ambiental Paulista. TRÊS ANOS DE CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO - ENCONTRO DE SÃO PAULO Maio/2015

RESERVA LEGAL Orientações e recomendações para a Adequação Ambiental da Propriedade Rural

O PRA em São Paulo SITUAÇÃO E PERSPECTIVAS 1 3 D E MAIO D E

LEI DE PROTEÇÃO DA VEGETAÇÃO NATIVA

CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO. Vetos publicados em 18/10/12 no D.O.U

GERALDO ALCKMIN, GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições legais,

Histórico do Licenciamento Ambiental

Prof. Guilhardes de Jesus Júnior, MSc.

GUIA PARA A ELABORAÇÃO DOS PROGRAMAS DE REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL DOS ESTADOS

Roteiro Executivo. Extrato Geral do CAR. Benefícios do CAR. Capacitação e Formação de Técnicos. Recursos Investidos

DIREITO AMBIENTAL. Código Florestal Lei nº /12. Área de Preservação Permanente APP Parte 5. Prof. Rodrigo Mesquita

GUIA PARA A ELABORAÇÃO DOS PROGRAMAS DE REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL DOS ESTADOS

BERNARDO DE A. M. TROVAO BRASILIA, 19/05/2016 CENÁRIO DA EXECUÇÃO

2º - Para o Bioma Cerrado, deverão ser considerados os parâmetros definidos na Resolução SMA 64, de

USO DA TERRA NO BRASIL 851 milhões de hectares

CONSELHO DIRETOR ATO DO CONSELHO DIRETOR RESOLUÇÃO INEA Nº 134 DE 14 DE JANEIRO DE 2016.

ATIVIDADE III - A Classificação do Imóvel: Produtividade

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 369, DE 28 DE MARÇO DE 2006 Dispõe sobre os casos excepcionais, de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental,

Café da Manhã da Frente Parlamentar Ambientalista 04/05/2016

1º Passo. 2º Passo. Verificar se o imóvel é rural ou urbano. Sendo rural, verificar a localização do imóvel no Brasil com duas opções:

AS ALTERAÇÕES DOCÓDIGO FLORESTAL NO MEIO URBANO. Gustavo Trindade ESDM, 31 de maio de 2012.

Implicações práticas da ecologia da restauração na adequação ambiental de propriedades rurais. Natalia Guerin

Transcrição:

A ECO-92 resultou na elaboração dos seguintes documentos oficiais: A Carta da Terra; três convenções Biodiversidade, Desertificação e Mudanças climáticas; uma declaração de princípios sobre florestas; a Declaração do Rio sobre Ambiente e Desenvolvimento; e a Agenda 21 (base para que cada país elabore seu plano de preservação do meio ambiente) Wikipédia

Gestão de Florestas Públicas (mar. 2006) Lei da Mata Atlântica (dez. 2006) Pol. Nacional de Mudanças Climáticas (dez. 2009) Pol. Nacional de Resíduos Sólidos (ago. 2010)

Objetivos do Projeto de Gestão Ambiental Rural melhorar a qualidade ambiental e da vida da população nas áreas melhorar a qualidade ambiental e da vida da população nas áreas rurais do País; desenvolver, validar e aplicar, participativamente com as mais distintas organizações da sociedade civil e dos governos, instrumentos de gestão ambiental rural para o desenvolvimento sustentável dos diferentes ecossistemas do Brasil; fortalecer a capacidade técnica do MMA na gestão ambiental rural.

Aprovado na CCJ o projeto tramita na CCT e CRA onde será votado no dia 8 de novembro. No final do mês de outubro o documento estava conforme resumo a seguir. Foram apresentadas emendas até o dia 1º de novembro as quais serão avaliadas na votação.

Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais sobre a proteção da vegetação, áreas de Preservação Permanente e as áreas de Reserva Legal, a exploração florestal, o suprimento de matéria prima florestal, o controle da origem dos produtos florestais e o controle e prevenção dos incêndios florestais e prevê instrumentos econômicos e financeiros.

CAPÍTULO I Disposições Gerais CAPÍTULO II Das Áreas de Preservação Permanente Seção I Da delimitação Seção II Do regime de Proteção CAPÍTULO III Das áreas de uso restrito CAPÍTULO IV Da área de reserva legal Seção I Da delimitação Seção II Do regime de proteção

CAPÍTULO V Da supressão de vegetação para uso alternativo do solo CAPÍTULO VI Do Cadastro Ambiental Rural CAPÍTULO VII Da exploração florestal CAPÍTULO VIII Do controle da origem dos produtos florestais CAPÍTULO IX Da proibição do uso de fogo e do controle dos incêndios

CAPÍTULO X Do programa de incentivo à preservação e recuperação do meio ambiente CAPÍTULO XI Do Controle do Desmatamento CAPÍTULO XII Das Disposições Transitórias Seção I Das Disposições Gerais Seção II Das Áreas Consolidadas em Áreas de Preservação Permanente Seção III Das Áreas Consolidadas em Áreas de Reserva Legal

CAPÍTULO XIII Das Disposições Complementares e Finais

XVI utilidade pública: a) as atividades de segurança nacional e proteção sanitária; b) as obras de infraestrutura destinadas aos serviços públicos de transporte, saneamento, energia, mineração, telecomunicações, radiodifusão, e estádios e demais instalações necessárias à realização de competições esportivas municipais, estaduais, nacionais ou internacionais; c) atividades e obras de defesa civil; d) demais atividades ou empreendimentos definidos em ato do Chefe do Poder Executivo Federal.

XVII interesse social: a) as atividades imprescindíveis à proteção da integridade da vegetação nativa, tais como: prevenção, combate e controle do fogo, controle da erosão, erradicação de invasoras e proteção de plantios com espécies nativas; b) a exploração agroflorestal sustentável praticada na pequena propriedade ou posse rural familiar ou povos e comunidades tradicionais, desde que não descaracterizem a cobertura vegetal existente e não prejudiquem a função ambiental da área; c) a implantação de infraestrutura pública destinada a esportes, lazer e atividades educacionais e culturais ao ar livre em áreas urbanas e rurais consolidadas, observadas as condições estabelecidas nesta Lei; d) a regularização fundiária de assentamentos humanos ocupados predominantemente por população de baixa renda em áreas urbanas consolidadas, observadas as condições estabelecidas na Lei nº 1.977, de 7 de julho de 2009;

XVIII atividades eventuais ou de baixo impacto ambiental: a) abertura de pequenas vias de acesso interno e suas pontes e pontilhões, quando necessárias à travessia de um curso de água, ao acesso de pessoas e animais para a obtenção de água ou a retirada de produtos oriundos das atividades de manejo agroflorestal sustentável; b) implantação de instalações necessárias à captação e condução de água e efluentes tratados, desde que comprovada a outorga de direito de uso da água, quando couber; c) implantação de trilhas para o desenvolvimento do ecoturismo; d) construção de rampa de lançamento de barcos e pequeno ancoradouro; e) construção de moradia de agricultores familiares, remanescentes de comunidades quilombolas e outras populações extrativistas e tradicionais em áreas rurais, onde o abastecimento de água se dê pelo esforço próprio dos moradores;

XVIII atividades eventuais ou de baixo impacto ambiental: f) construção e manutenção de cercas de divisa de propriedade; g) pesquisa científica relativa a recursos ambientais, respeitados outros requisitos previstos na legislação aplicável; h) coleta de produtos não madeireiros para fins de subsistência e produção de mudas, como sementes, castanhas e frutos, respeitada a legislação específica de acesso a recursos genéticos; i) plantio de espécies produtoras de frutos, sementes, castanha e outros produtos vegetais, plantados junto ou de modo misto; j) outras ações ou atividades similares, reconhecidas como eventual e de baixo impacto ambiental em ato do Chefe do Poder Executivo Federal.

CURSOS D ÁGUA CONSERVA MEDIDAS ATUAIS PARA MATA CILIAR CONTADA DA CALHA DO LEITO REGULAR E NÃO DO NÍVEL MAIS ALTO LAGOS E LAGOAS LAGOS E LAGOAS NATURAIS Acima de 20 ha 100 m zona rural Até 20 ha 50 m Zona urbana 30 m Lagoa do Araçá - Recife

ENTORNO DE NASCENTES PERENES OU INTERMITENTES (Raio de 50m) ENCOSTAS COM DECLIVIDADE SUPERIOR A 45 RESTINGAS QUANDO FIXADORAS DE DUNAS E ESTABILIZADORAS DE MANGUES TOPO DE MORRO CAMPOS DE ALTITUDE BORDAS DE TABULEIROS OU CHAPADAS 100 m em projeção horizontal até a linha de ruptura do relevo

Mesmas porcentagens 80% Amazônia 35% Cerrado Amazônia 20% restante do País Áreas de até 4 módulos Mantida a vegetação de Julho de 2008

Será permitido o cômputo das APPs se preservada ou em recuperação, no cálculo do percentural de reserva legal Desde que não implique em desmatamento O proprietário deverá promover o cadastro da propriedade no órgão ambiental Não há mais averbação em cartório Substituída pelo CAR Regeneração, recomposição e compensação

A PARTIR DO ARTIGO 51 ESTÃO AS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS ONDE SÃO ESTABELECIDAS AS REGRAS PARA REGULARIZAÇÃO DE USOS DE APP E RESERVA LEGAL 1. INSCRIÇÃO NO CADASTRO AMBIENTAL RURAL (CAR) 2. ADESÃO AO PROGRAMA DE REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL (PRA) 3. SUSPENÇÃO DAS MULTAS E DEMAIS SANÇÕES DECORRENTES DE SUPRESSÃO IRREGULAR DE VEGETAÇÃO ATÉ O CUMPRIMENTO DAS REGRAS ESTABELECIDAS NO PRA

Art. 61. Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais que realizaram supressão de vegetação nativa, respeitando os percentuais de Reserva Legal previstos pela legislação em vigor à época em que ocorreu a supressão, ficam dispensados de promover a recomposição, compensação, ou regeneração para os percentuais exigidos nesta Lei. Parágrafo único. Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais poderão provar essas situações consolidadas por documentos tais como a descrição de fatos históricos de ocupação da região, registros de comercialização, dados agropecuários da atividade, contratos e documentos bancários relativos à produção, e por todos os outros meios de prova em direito admitidos.