Universidade de Brasília Instituto de Ciências Sociais Departamento de Sociologia Disciplina: Sociologia do Conflito Professor: Arthur Trindade M. Costa Período: 1º / 2016 Sociologia do Conflito Programa do Curso I. Ementa O curso visa a propiciar elementos teóricos para a compreensão da conflitualidade e da violência enquanto objeto de análise sociológica e a ressaltar aspectos da sua identificação empírica. Além dos conceitos fundamentais, serão discutidas também temas relacionados às três dimensões do sistema de justiça criminal: polícias, justiça e prisões. II. Procedimentos e Avaliação O curso será desenvolvido a partir de aulas expositivas. Os/as alunos/as serão avaliados através da apresentação de resenhas e da elaboração de um trabalho final. Serão cobradas 5 (cinco) resenhas sobre os textos de leitura obrigatória da unidades I e 1 (uma) resenhas dos textos obrigatórios das unidades II, III. IV. O trabalho final deverá ser apresentado na forma de ensaio (cerca de 15 páginas) e tratará de temas discutidos nas demais unidades. 1
III. Programa UNIDADE I: CONCEITOS FUNDAMENTAIS DURKHEIM, E. Da Divisão Social do Trabalho. São Paulo: Martins Fontes, 1999, (livro III cap. 1, 2 e 3) MORAES FILHO, E. Simmel. São Paulo: Ed. Ática, 1983, cap. 8. MICHAUD, Y. A Violência. São Paulo: Ed. Ática, 1989, cap. 1 e 2. ELIAS, N. O Processo Civilizador: uma história dos costumes. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. 1990, vol. 2, parte III. FOUCAULT, M. Vigiar e Punir: história da violência nas prisões. Petrópolis: Vozes, 2000, parte 1, cap. 1; e parte 3, cap. 3. BECKER, H S. Outsiders: Studies in the Sociology of Desviance. New York: The Free Press, 1991, cap 1 e 2. (Há uma versão em português). UNIDADE DIDÁTICA II: POLÍCIAS BAYLEY, D. Padrões de Policiamento: uma análise comparativa internacional. São Paulo, Ed. USP, 2006 (Partes I e II). BITTNER, E. Aspectos do Trabalho Policial. São Paulo: Edusp, 2003 (Cap. 4). COSTA, A.T.M. Entre a Lei e a Ordem. Violência e Reforma nas Polícias do Rio de Janeiro e Nova York. Rio de Janeiro. Editora FGV, 2004 (Introdução, Cap 1 e 2). 2
Leituras Complementares: BRODEUR, Jean- Paul (org.). Como Reconhecer um Bom Policiamento: Problemas e Temas. São Paulo: EdUSP, 2002. CARUSO, H. A ordem e a desordem de ontem e de hoje: notas etnográficas sobre a polícia na Lapa carioca. Civitas, vol. 15(1), 2015. COSTA, A.T.M. e PORTO, M.S.G. Controlando a Atividade Policial: uma análise comparada dos códigosde conduta no Brasil e Canadá. Sociologias, nr. 27, p. 342-381, 2011. HOLLOWAY, Thomas H. Polícia no Rio de Janeiro: Repressão e Resistência numa Cidade do Século XIX. Rio de Janeiro: Editora FGV, 1997. KANT DE LIMA, R. Polícia da Cidade do Rio de Janeiro: seus dilemas e paradoxos. Rio de Janeiro: Forense, 1995. LEMGRUBER, J. et. al. Quem Vigia os Vigias: Um Estudo Sobre o Controle Externo da Polícia no Brasil. São Paulo: Ed. Record, 2003. LOPES, C. S. Como os paulistanos veem os setores de segurança pública e segurança privada: estudo exploratório com dados de uma pesquisa de survey. Revista O Público e o Privado, nr 26, 2015. MONET, J C. Polícias e Sociedade na Europa. São Paulo: Edusp, 2001. MONJARDET, D. O Que Faz a Polícia. São Paulo: EDUSP, 2003. MUNIZ, J. O. e SENTO SÉ, K. Nem tão perto, nem tão longe: o dilema da construção da autoridade policial nas UPPs. Civitas, vol. 15(1), 2015. 3
UNIDADE DIDÁTICA III: JUSTIÇA CRIMINAL KANT DE LIMA, R. Direitos Civis e Direitos Humanos: uma tradição judiciária pré- republicana?, in São Paulo em Perspectiva, vol. 18, 2004, pp. 49-59. MISSE, M. Crime, Sujeito e Sujeição Criminal: Aspectos de uma contribuição analítica sobre a categoria bandido. Lua Nova, vol. 79, 2010. AZEVEDO, R. G. Juizados Especiais Criminais: Uma abordagem sociológica sobre a informalização da Justiça Penal no Brasil. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, vol. 16 (47), 2001. Leituras Complementares: ADORNO, S. Descriminação Racial e Justiça Criminal em São Paulo, in Novos Estudos, V. 43, 1995, pp. 45-63. ADORNO, S. Violência, controle social e cidadania: dilemas da administração da Justiça Criminal no Brasil. IN: Revista Crítica de Ciências Sociais, n.41, 1994, p.101-127. AZEVEDO, R. G. Criminalidade e Justiça Penal na América Latina. IN: Sociologias, Vol. 1 (13), 2005, p. 212-240. BARATTA, A. Funções Instrumentais e Simbólicas do Direito Penal. IN: Revista Brasileira de Ciências Criminais, n.5, 1994. pp.5-24. COSTA, A. T. M. A (in)efetividade da justiça criminal brasileira: uma análise do fluxo de justiça dos homicídios no Distrito Federal. Civitas, vol. 15(1), 2015. GAUER, R. (org.). Violência e Sistema Penal. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2006. 4
GRAZIANO, S; AZEVEDO, R.G. Indicadores de Desempenho da Justiça Criminal em Santa Catarina. Revista de Estudos Criminais, v. 57, p. 173-204, 2015. POLICARPO, F. Da Justiça Terapêutica à atual Lei de Drogas: o modo como o sistema de justiça criminal lida com os consumidores de drogas. Revista O Público e o Privado, nr 26, 2015. SANTOS, B. de S. Uma cartografia simbólica das representações sociais: Prolegómenos a uma concepção Pós- Moderna do Direito. Revista Brasileira de Ciências Criminais, Vol. 4 (13), 1996, pp. 253-277. ZAFFARONI, E.R. Em busca das penas perdidas. Rio de Janeiro: Revan, 1991. UNIDADE DIDÁTICA II: PRISÕES DIAS, C.N. Estado e PCC em Meio às Tramas do Poder Artbitrário nas Prisões. São Paulo. Tempo Social, vol. 25 (1), 2013. BATISTA, A.S. Estado e Controle nas Prisões. Caderno CRH, vol.22 (56), 2009. Leituras Complementares: CANCELLI, E. Carandiru: a prisão, o psiquiatra e o preso. Brasília: Editora UnB, 2005. CHIES, L. A. B. Do campo ao campo: análise da questão penitenciária no Brasil contemporâneo. Revista O Público e o Privado, nr 26, 2015. DIAS, C.N. A produção da disciplina pelo encarceramento. Revista O Público e o Privado, nr 26, 2015. 5
DIAS, C.N. Estado e PCC em Meio às Tramas do Poder Artbitrário nas Prisões. São Paulo. Tempo Social, vol. 25 (1), 2013. GOFFMAN, E. Manicômios, Prisões e Conventos. São Paulo: Perspectiva, 1974. LEMGRUBER, J. Cemitério dos Vivos: análise sociológica de uma prisão de mulheres. Rio de Janeiro: Ed. Forense, 1998. LOURENÇO, L. C. Prisão e dinâmicas de criminalidade: notas e possíveis efeitos das estratégias de Segurança Pública na Bahia (2005-2012). Revista O Público e o Privado, nr 26, 2015. MACIEL, W.C. Da judicialização das relações intrafamiliares à ressignificação do cárcere: sobre violências, tornozeleiras e descontroles em Belo Horizonte/MG. Revista O Público e o Privado, nr 26, 2015. SALLA, F; ALVAREZ, M. & DIAS, C.N. Das Comissões de Solidariedade ao Primeiro Comando da Capital em São Paulo. São Paulo. Tempo Social, vol. 25 (1), 2013. SALLA, F. As Rebeliões nas Prisões Brasileiras: novos significados a partir da experiência brasileira, in Sociologias vol. 8 (16), 2006. SALLA, F. As Prisões em São Paulo: 1822-1940. São Paulo: Annablume, 1999. SALLA, F.A. Práticas punitivas no cotidiano prisional. Revista O Público e o Privado, nr 26, 2015. SINHORETTO, J; SILVETRE, G & MELO, F.A.L. O Encarceramento em Massa em São Paulo. Tempo Social, vol. 25 (1), 2013. SOARES, B. & ILGENFRITZ, I. Prisioneiras: vida e violência atrás das grades. Rio de Janeiro: Garamond, 2002. SOUZA, G.A.D. e AZEVEDO, R.G. Analisar alternativas à prisão: proposta para superar uma dicotomia. Revista O Público e o Privado, nr 26, 2015. WACQUANT, L. As Prisões da Miséria. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001. 6
IV - Cronograma Semana Dias Unidade Assunto 1 08/3 10/3 2 15/3 17/3 3 22/3 24/3 4 29/3 31/3 5 05/4 07/4 6 12/4 14/4 UDI Apresentação Durkheim Moraes Filho (Simmel) Michaud Elias Becker 7 19/4 Foucault 8 26/4 28/4 9 03/5 05/5 10 10/5 12/5 11 17/5 19/5 I I I II Bayley Bittner Costa Kant de Lima 12 24/5 II Misse 13 31/5 02/6 14 07/6 09/6 15 14/6 16/6 II V V Azevedo Dias Batista 7