Número: 00225.000215/2013-19 Unidade examinada: Araçatuba - SP



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Transcrição:

Número: 00225.000215/2013-19 Unidade examinada: Araçatuba - SP

Relatório de Demandas Externas n 00225.000215/2013-19 Sumário Executivo Este Relatório apresenta os resultados das ações de controle desenvolvidas pela Controladoria-Geral da União (CGU) no Município de Araçatuba/SP, cujos trabalhos foram realizados entre 23/9/2013 e 27/1/2014. Os executores dos recursos federais foram previamente informados sobre os fatos relatados por meio do Ofício 37507/2013/GAB/CGU-Regional/SP/CGU/PR, de 10/12/2013, não havendo manifestação até a data de conclusão do presente relatório. Cabe ao Ministério supervisor, nos casos pertinentes, adotar as providências corretivas visando à consecução das políticas públicas, bem como à apuração das responsabilidades. Foram analisadas as ações previstas no Convênio DCP/DL n 041/2009, referente às atividades destinadas ao desenvolvimento, à operacionalização e à gestão de programas e serviços da Rede de Proteção Social Básica e Especial; e no Convênio DCP/DL n 042/2009, referente às atividades destinadas ao desenvolvimento, à operacionalização e à gestão de programas e serviços na rede de saúde pública. Cumpre registrar que de um montante fiscalizado de R$ 25.666.996,44, são procedentes as irregularidades que correspondem a cerca de R$ 12.431.329,73. Principais Fatos Encontrados Ministério da Saúde Programa: Execução Financeira da Atenção Básica em Saúde Pagamentos irregulares a título de Apoio Operacional e Logístico no valor R$8.473.574,99. Pagamento irregular de tarifas bancárias com recursos do convênio no valor de R$57.517,19. Pagamentos irregulares com despesas de publicidade no valor de R$ 464.864,39. Contratação de serviços utilizando recursos da atenção básica por preços acima dos de referência (SINAPI), importando em superfaturamento de R$ 19.905,91. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Programa: Fortalecimento do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) Pagamentos irregulares a título de Apoio Operacional e Logístico no valor de R$2.229.708,07.

Ausência da documentação comprobatória referente aos pagamentos efetuados a instituições e/ou pessoas no valor de R$116.799,40. Principais Recomendações Este Relatório é destinado aos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, gestores centrais dos programas de execução descentralizada, para a adoção de providências quanto às situações evidenciadas, especialmente, para a adoção de medidas preventivas e corretivas, visando à melhoria da execução dos Programas de Governo. Foram realizadas recomendações aos gestores federais no sentido de adotar medidas voltadas à obtenção do ressarcimento dos recursos federais indevidamente empregados, instaurando Tomada de Contas Especial quando esgotadas as medidas administrativas internas sem obtenção do ressarcimento pretendido.

1 de 59 PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO RELATÓRIO DE DEMANDAS EXTERNAS Número: 00225.000215/2013-19

2 de 59 ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO 2. DAS SITUAÇÕES VERIFICADAS 2.1 MINISTERIO DA SAUDE 2.1.1 Programa: Execução Financeira da Atenção Básica em Saúde 2.2 MINISTERIO DO DESENV. SOCIAL E COMBATE A FOME 2.2.1 Programa: Fortalecimento do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) Ação: Serviços de Proteção Social Básica 3. CONCLUSÃO

3 de 59 1. INTRODUÇÃO 1.1. Este Relatório apresenta os resultados de ação de controle desenvolvida em função de situações presumidamente irregulares ocorridas no município de Araçatuba/SP, apontadas à Controladoria-Geral da União - CGU, que deram origem ao processo nº 00225.000215/2013-19. 1.2. Sobre o assunto, encontra-se em andamento Inquérito Civil pela Promotoria de Justiça de Araçatuba. 1.3. O presente trabalho foi realizado no período de 23/09/2013 a 27/01/2014, com verificações in loco no período de 30/09 a 11/10/2013. Foram fiscalizadas as ações previstas no Convênio DCP/DL n 041/2009, referente às atividades destinadas ao desenvolvimento, à operacionalização e à gestão de programas e serviços da Rede de Proteção Social Básica e Especial, e no Convênio DCP/DL n 042/2009, referente às atividades destinadas ao desenvolvimento, à operacionalização e à gestão de programas e serviços na rede de saúde pública. Foram analisados os itens financiados com recursos repassados ao município no período de 01/04/2009 a 31/08/2013 pelos ministérios - MINISTERIO DA SAUDE - MINISTERIO DO DESENV. SOCIAL E COMBATE A FOME 1.4. Esclarecemos que os executores dos recursos federais foram previamente informados, por meio do Ofício 37507/2013/GAB/CGU-Regional/SP/CGU/PR, de 10/12/2013, sobre os fatos relatados, não havendo manifestação até a data de conclusão do presente relatório, cabendo ao Ministério supervisor, nos casos pertinentes, adotar as providências corretivas visando à consecução das políticas públicas, bem como à apuração das responsabilidades. 1.5. As situações irregulares apontadas à CGU, por meio do Ofício nº 0196/2013 IPL 0024/2011-4 DPF/ARU/SP, de 18/02/2013, e examinadas neste trabalho dizem respeito a supostas irregularidades na aplicação de recursos públicos federais envolvendo a Prefeitura Municipal de Araçatuba/SP e a Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência - AVAPE na execução dos Convênios DCP/DL n 041/2009 e 042/2009. 1.6. Para a execução do trabalho foram adotadas as seguintes ações: -análise dos processos referente aos Convênios; -entrevista com os gestores e funcionários envolvidos na gestão dos recursos federais recebidos pela Administração Municipal; -verificação da documentação referente às prestações de contas da AVAPE; - visitas in-loco para verificação da execução física das obras e/ou prestação de serviços dos convênios. 1.7. Os resultados pormenorizados dos trabalhos realizados, organizados por órgão superior e por programa/ação de governo, está apresentado no item 2, onde estão relatadas as constatações relacionadas às situações contidas nas demandas apresentadas. 2. DAS SITUAÇÕES VERIFICADAS A seguir apresentamos as constatações relacionadas às situações que foram examinadas, agrupadas por Programa/Ação, e vinculadas aos respectivos órgãos superiores.

4 de 59 2.1 MINISTERIO DA SAUDE 2.1.1 Programa: Execução Financeira da Atenção Básica em Saúde Objeto Examinado: Realização de gastos voltados à expansão da estratégia de Saúde da Família e da rede básica de saúde, mediante a efetivação da política de atenção básica resolutiva, de qualidade, integral e humanizada. Agente Executor Local: Montante de Recursos Financeiros Aplicados: 45.511.847/0001-79 ARACATUBA GABINETE PREFEITO R$ 25.666.996,44 Ordem de Serviço: 201314319 Forma de Transferência: Fundo a Fundo ou Concessão 2.1.1.1 Possíveis irregularidades ocorridas na execução do Convênio DCP/DL n 042/2009 celebrado entre Irregularidades na contratação da Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência - AVAPE. A Prefeitura Municipal de Araçatuba firmou o Convênio DCP/DL nº 42/2009 com a Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência AVAPE, processo 7797/2009, celebrado em 22/04/2009, no valor de R$25.666.996,44, com vigência 12 meses, podendo ser prorrogado por igual período até o limite permitido pela legislação. O objeto do convênio prevê a cooperação técnica e financeira pelos partícipes, para atividades destinadas ao desenvolvimento, à operacionalização e à gestão de programas e serviços na rede de saúde pública. Na primeira fase seriam executados os seguintes programas: Programa de Saúde da Família PSF, Programa de Saúde Bucal PB, Programa de Controle de Endemias - CE, Farmácia Popular FP, Unidades Básicas de Saúde UBS. Na segunda fase, os seguintes programas seriam executados, conforme o cronograma a ser aprovado pela Secretaria de Saúde e Higiene Pública SSHP e Comissão Municipal de Saúde CMS: Núcleo de Apoio a Saúde da Família NASF, Hospital da Mulher, Núcleo de Gestão Assistencial NGA, Pronto Socorro Municipal Ainda Vanzo Dolce, Pronto Atendimento Dr. Edman Silvério Cazerta, Centro de Saúde I Dr. Aristides Troncoso Peres, DST-AIDS, CAICA, UAC, SAMU e fornecimento de ambulâncias para transporte de pacientes. Foram formalizados seis termos de aditamento ao convênio, conforme detalhado no quadro a seguir: Termo Objeto Vigência Valor (R$)

5 de 59 Primeiro Prorroga vigência 23/04/2010 a 22/04/2011 Segundo Altera valor 24/06/2010* 18.079.920,00 Terceiro Prorroga vigência 23/04/2011 a 22/04/2012 Quarto Prorroga vigência 23/04/2012 a 22/04/2013 Quinto Altera valor 08/10/2012* 23.666.409,24 Sexto Prorroga vigência 23/04/2013 a 22/04/2014 Fonte: Processo 7797/2009 Prefeitura Municipal de Araçatuba *Data de assinatura do termo. Os recursos financeiros empregados na consecução do convênio têm origem em recursos próprios do município e em repasses realizados pelos governos estadual e federal. Porém, não há possibilidade de distinguir a fonte de recursos utilizados na execução do convênio, tendo em vista que na prestação de contas não há informação da origem dos recursos utilizados em cada despesa realizada. No quadro a seguir é detalhado o montante de recursos federais recebidos pelo município pagos à AVAPE para execução das ações de saúde. Exercício Recursos Federais Recursos Próprios Total no Ano 2009 R$ 1.560.267,82 R$ 8.595.397,62 R$ 10.155.665,44 2010 R$ 5.893.035,78 R$ 9.883.058,03 R$ 15.776.093,81 2011 R$ 7.703.398,67 R$ 8.928.739,33 R$ 16.632.138,00 2012 R$ 6.951.791,93 R$ 12.614.343,73 R$ 19.566.135,66 2013(até outubro) R$ 5.226.034,14 R$ 12.576.775,91 R$ 17.802.810,05 Total R$ 27.334.528,34 R$ 52.598.314,62 R$ 79.932.842,96 Fonte: Planilha fornecida pela Secretaria Municipal de Saúde de Araçatuba/SP Não constam do processo Projeto Básico e orçamento detalhado em planilhas que expressem a composição de todos os seus custos unitários. A ausência de projeto básico dificulta a avaliação dos planos de trabalho, a verificação da regularidade da aplicação dos recursos e a adequabilidade dos custos dos projetos, possibilitando o desvirtuamento do objeto e a ocorrência de outras irregularidades em fases posteriores. Não foi justificada a escolha da AVAPE para celebração de convênio, com indicação dos motivos determinantes da escolha e demonstração do interesse público envolvido na parceria, bem como, não houve avaliação de sua capacidade técnica e operacional.

6 de 59 De acordo com artigo 24 da Lei 8.080/1990 e artigos 2º e 3º da Portaria MS/GM 3.277/2006, posteriormente nos termos dos artigos 2º e 3º da Portaria MS/GM 1.034/2010, no âmbito do SUS, a participação de instituições privadas na assistência pública à saúde pode-se operar mediante contrato ou convênio, desde que comprovada a necessidade de complementação de serviços e havendo a impossibilidade de ampliação dos serviços públicos. Cabe ainda registrar que não há registro de que a AVAPE tenha atuado anteriormente na área de saúde. Além disso, de acordo com o sistema de Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, a AVAPE tem como atividade econômica CNAE principal Atividades de Associações de Defesa de Direitos Sociais e CNAE Secundária: 8650005-Atividades de terapia ocupacional; 9493600-Atividades de organizações associativas ligadas à cultura e à arte; 9499500-Atividades associativas não especificadas anteriormente. Como a atuação em serviços de saúde não era finalidade daquela entidade, não se pode considerar que haveria interesse comum em firmar parceria em prol da prestação de serviços assistenciais à saúde, impossibilitando o regular enquadramento do instrumento firmado entre a Prefeitura de Araçatuba e a AVAPE como Convênio, nos termos do artigo 3º, único, Inc. I, da Portaria MS/GM 3.277/2006, posteriormente nos termos artigo 3º, único, Inc. I, da Portaria MS/GM 1.034/2010. O processo foi aberto em 30/03/2009, com solicitação do Secretário de Saúde à Secretaria de Governo e Gestão Estratégica para realização de estudos sobre a possibilidade e viabilização da contratação de uma entidade filantrópica para atendimento dos programas de saúde. Em 02/04/2009, o Secretário de Governo e Gestão Estratégica solicita ao Gabinete do Prefeito o encaminhamento do projeto de lei ao Legislativo, requerendo a concessão de autorização para a contratação da entidade filantrópica AVAPE para desenvolvimento e operacionalização e a gestão de programas e serviços nas áreas da Saúde, Assistência Social e Educação, de acordo com as justificativas em anexo. Vale ressaltar que essas justificativas não constam do processo analisado. O Prefeito Municipal, em 03/04/2009, autoriza o encaminhamento do projeto de lei à Câmara Municipal, conforme as justificativas apresentadas pelo Secretário de Governo e Gestão Estratégica e considerando a "expertise" da entidade na prestação de serviços nas áreas da saúde, ação social e educação. Em 06/04/2009, a Prefeitura encaminha ofício à Câmara Municipal solicitando autorização para contratação da AVAPE sob o regime de urgência na apreciação, a justificativa apresentada pela escolha da entidade foi pela experiência e competência comprovada ao longo de sua existência, conforme documento perfil anexo. Porém, esse documento também não consta no processo analisado. O projeto de lei foi apreciado pela Câmara Municipal em 09/04/2009, sendo autorizado a celebração do convênio com a AVAPE de acordo com a Lei Municipal nº 7.128. A AVAPE apresentou um documento, sem data e assinatura, denominada Proposta Técnica para Reestruturação do Processo de Gestão na Saúde e Assistência com Ênfase nos Programas Estratégicos de Saúde Pública. A proposta apresentada não contém elementos que permitam caracterizar de forma clara e precisa o objeto a ser executado pela convenente. A descrição das metas é genérica e não estabelece as fases e/ou etapas de execução. O orçamento estimativo dos custos inerentes ao convênio é apresentado de forma global sem detalhamento das despesas, impossibilitando análise objetiva da adequação dos preços dos serviços propostos, contrariando ao disposto nos artigos 7º e 14, combinados com o artigo 116 da Lei nº 8.666/1993. Não há nenhuma documentação de técnicos da Secretaria da Saúde sobre avaliação do plano de trabalho. A falta de análise técnica do plano de trabalho não é apenas uma falha formal, mas pode contribuir para a ocorrência de irregularidades na fase de execução, tornando inviável a avaliação objetiva da execução do convênio, dos resultados alcançados e das respectivas prestações de contas. A adequada análise técnica da proposta, certificando-se da consistência do plano de trabalho, da adequabilidade de seus custos e das condições da entidade convenente para executá-los, constitui a validação do planejamento da ação a ser executada e é a fase de controle mais efetiva e menos onerosa neste tipo de processo: a antecedente. A efetividade das demais fases, a concomitante (acompanhamento e fiscalização da execução) e a subsequente (avaliação de resultados e prestações de contas) dependem fundamentalmente dos parâmetros estabelecidos na primeira fase. Em 22/04/2009 o convênio é assinado, portanto, esse curto espaço de tempo não seria suficiente

7 de 59 para a análise técnica acerca da viabilidade, oportunidade e conveniência da celebração do convênio, como também qualquer avaliação técnica da capacidade (administrativa, técnica, operacional, experiência, pessoal qualificado, etc.) da convenente para consecução dos objetos propostos, bem como, da análise detalhada e documentada da adequabilidade dos custos. Também não consta do processo informação sobre a dotação orçamentária suficiente ao pagamento total das despesas. Pelo exposto, o Processo de Convênio foi formalizado em desacordo com o artigo 116, 1º da Lei nº 8.666/1993, bem como, o objeto do convênio em tela, na realidade, refere-se a prestação de serviços de saúde, sendo mais bem caracterizado como contrato administrativo, nos termos do artigo 3º, único, Inc. II, da Portaria MS/GM 3.277/2006, posteriormente nos termos do artigo 3º, único, Inc. II da Portaria MS/GM 1.034/2010. b) Manifestação da Unidade Examinada: c) Análise do Controle Interno: Recomendação : 1 A impropriedade aqui apontada foi classificada como de responsabilidade do gestor municipal tendo em vista a sua competência primária para adoção de medidas corretivas, não exigindo a adoção de providências por parte do gestor federal. 2.1.1.2 Possíveis irregularidades ocorridas na execução do Convênio DCP/DL n 042/2009 celebrado entre Terceirização irregular na operacionalização e gestão das atividades da saúde. O objeto do convênio DCP/DL nº 042/2009 prevê toda a execução de ações de saúde desenvolvidas no município. Em decorrência, parte dos recursos financeiros recebidos do governo federal para essas atividades foram repassados à AVAPE, que passou a operacionalizar programas desenvolvidos no âmbito SUS no município. A AVAPE, por conta do convênio, contrata funcionários, palestrantes, realiza compras de bens e equipamentos, contrata obras e reformas, realiza manutenção de equipamentos, compra materiais de consumo e permanentes, entre outras atividades. Os funcionários contratados pela convenente prestam serviços na execução do convênio em cargos de: médicos, dentistas, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, auxiliares de dentistas, psicólogos, auxiliares administrativos e de serviços gerais, recepcionistas, coordenadores técnicos, dentre outros.

8 de 59 Ressalta-se que a quase totalidade desses cargos existe no Quadro de Pessoal da Secretaria Municipal da Saúde. Portanto, verifica-se a ocorrência de terceirização de mão-de-obra para a execução de atividades-fim e permanente de incumbência da administração municipal. As atividades executadas pelos funcionários da convenente são desenvolvidas em unidades da Secretaria e em nome dela, não sendo possível distinguir na maioria das vezes quem é contratado e quem é servidor. As aquisições e contratações para atendimento das ações realizadas nos Programas/Projetos atendidos pelo convênio são realizadas pela AVAPE, que, por ser entidade sem fins lucrativos de direito privado, não tem a obrigação de licitar ou de obedecer aos trâmites legais necessários à execução de despesas pelo ente público. O município, ao se eximir do dever de licitar, imprime maior celeridade ao processo de compra; todavia, transfere indevidamente a ente privado atividade típica da administração municipal, cabendo salientar que, considerando os montantes envolvidos, a licitação possibilitaria a obtenção de propostas mais vantajosas para a administração. Pelo exposto, o convênio em tela configura, na essência, prestação de serviços de saúde, sendo mais bem caracterizado como contrato administrativo, nos termos do artigo 3º, único, Inc. II, da Portaria MS/GM 3.277/2006, posteriormente nos termos do artigo 3º, único, Inc. II da Portaria MS/GM 1.034/2010, como tal, deveria ter sido celebrado conforme artigo 37, XXI, da Constituição Federal; artigo 2º da Lei n.º 8.666/1993; artigo 24 da Lei n.º 8.080/1990; art. 3º da Portaria MS/GM n.º 3.277/2006; Manual para a Organização da Atenção Básica no SUS, aprovado pela Portaria MS n.º 3.925/1998; e Manual de Orientações para Contratação de Serviços no Sistema Único de Saúde da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde. b) Manifestação da Unidade Examinada: c) Análise do Controle Interno: Recomendação : 1 A impropriedade aqui apontada foi classificada como de responsabilidade do gestor municipal tendo em vista a sua competência primária para adoção de medidas corretivas, não exigindo a adoção de providências por parte do gestor federal. 2.1.1.3 Possíveis irregularidades ocorridas na execução do Convênio DCP/DL n 042/2009 celebrado entre Plano de trabalho mal elaborado, metas insuficientemente descritas. O plano de trabalho apresentado pela AVAPE está incompleto, sem os requisitos essenciais e

9 de 59 elementos necessários para caracterizar de modo preciso os serviços e bens a serem contratados ou produzidos, sem a demonstração da viabilidade técnica do projeto, sem a descrição das etapas e formas de execução, sem a especificação dos custos envolvidos em cada etapa e omissos com relação aos documentos que devem ser produzidos pela convenente para comprovar a execução do objeto. As metas são descritas com insuficiência de informações qualitativas e quantitativas, de forma genérica não demonstrando com clareza as ações que serão desenvolvidas. Não trazem informações que permitam avaliar os objetivos que se pretende atingir, como serão realizadas as ações e o que se obterá concretamente em termos de produtos ou serviços a serem prestados à comunidade. A falta de clareza nos desdobramentos das metas e das ações que efetivamente deverão ser implementadas, redundam em cronogramas de desembolso irreais, sem correlação entre as etapas de execução física e os aportes requeridos, de modo a quantificar realisticamente ao longo do tempo as parcelas de recursos necessárias, potencializando, assim, a liberação excessiva ou insuficiente de recursos em prejuízo da racionalidade administrativa e dos serviços que se pretende disponibilizar à população e permitindo uma readequação indefinida do plano de trabalho por meio da inclusão de novas metas, possibilitando inúmeros aditivos e prorrogações sucessivas do convênio, conforme a conveniência dos gestores. Não há elementos formadores dos custos das atividades previstas, limitando-se a indicar o custo global mensal estimado e não por programa a ser executado, o que inviabiliza a avaliação quanto à pertinência da despesa, sua adequação e conformidade com o objeto executado, bem como impede a aferição da compatibilidade de preços. Não há também especificações de diversos itens em que deveriam ser aplicados os recursos destinados para a contratação de terceiros, pessoas físicas e jurídicas, nem foram especificados os bens a serem adquiridos com as respectivas quantidades. Não foram estabelecidos quaisquer instrumentos de avaliação dos resultados, impossibilitando aferir a validade social e econômica das ações executadas impedindo que a Prefeitura avalie de maneira precisa os aspectos técnicos e a adequação financeira das propostas que lhe foram submetidas e propiciando à ocorrência de irregularidades na fase de execução e na montagem posterior de prestação de contas. De acordo com os artigos 55 e 116, 1º, da Lei n. 8.666/1993 e artigo 7º da Portaria MS/GM 3.277/2006, posteriormente nos termos artigo 7º da Portaria MS/GM 1.034/2010, os objetos, os planos de trabalhos, as metas a serem atingidas, os prazos de execução, as etapas ou fases de execução, dentre outros requisitos, devem estar expressamente definidos. b) Manifestação da Unidade Examinada: c) Análise do Controle Interno: Recomendação : 1 A impropriedade aqui apontada foi classificada como de responsabilidade do gestor municipal tendo em vista a sua competência primária para adoção de medidas corretivas, não exigindo a adoção de providências por parte do gestor federal. 2.1.1.4

10 de 59 Possíveis irregularidades ocorridas na execução do Convênio DCP/DL n 042/2009 celebrado entre Aprovação de termos aditivos sem pareceres técnicos. Constatou-se que alterações do plano de trabalho, prorrogações de prazo e aporte de recursos sem que tenham sido avaliados previamente pela Secretaria da Saúde, os resultados alcançados em cada etapa do convênio celebrado com a AVAPE e a real necessidade de acréscimo e de ampliação do prazo de execução. Os convênios podem ser aditados com a anuência da concedente. Entretanto, os aditivos deverão ser aprovados ainda na vigência do ajuste e precedidos de motivação do convenente, fatos não observados nos termos aditivos. O convênio foi firmado inicialmente no valor de R$25.666.996,44, e após 01 ano, por ocasião da formalização do Segundo Termo Aditivo teve seu valor reduzido para R$18.079.920,00. No entanto, não resta demonstrado no Plano de Trabalho, à conta de que se deu a redução nos valores a serem repassados à AVAPE. Da mesma forma cabe citar o aumento de R$18.079.920,00, para R$23.666.409,24, ocorrido a partir do Quinto Termo Aditivo, para o qual também não foram demonstrados os motivos que embasaram a alteração. Resta evidenciado que o Convênio não se coaduna com os artigos 7º da Lei nº 8.666/1993 e 7º da Portaria do Ministério da Saúde nº 3.277/2006, posteriormente nos termos artigo 7º da Portaria MS/GM 1.034/2010. b) Manifestação da Unidade Examinada: c) Análise do Controle Interno: Recomendação : 1 A impropriedade aqui apontada foi classificada como de responsabilidade do gestor municipal tendo em vista a sua competência primária para adoção de medidas corretivas, não exigindo a adoção de providências por parte do gestor federal. 2.1.1.5 Possíveis irregularidades ocorridas na execução do Convênio DCP/DL n 042/2009 celebrado entre

11 de 59 Entidade conveniada sem capacidade técnica, operacional e infraestrutura. Da análise do processo não encontramos evidências de que a AVAPE possui experiência e competência comprovada, pois não foi apresentada nenhuma documentação comprobatória, bem como a AVAPE, não citou nenhuma experiência nas áreas de saúde, assistência social e educação. Consta do processo apenas um documento da AVAPE encaminhado ao Prefeito Municipal, em 01/04/2009, demonstrando interesse em firmar termo de cooperação com o município, sem apresentar nenhum detalhamento do termo. A AVAPE não apresentou nenhum certificado ou outro documento expedido pelo poder público de que a entidade esteja apta a prestar serviços na área de saúde. A falta de capacidade operacional da proponente é evidenciada pela apresentação de despesas com recursos do convênio, que são diretamente relacionadas com a capacidade da entidade conveniada, como a contratação de pessoas físicas e jurídicas para coordenar, gerenciar, executar, elaborar e acompanhar conteúdos, atividades e prestação de contas. Se a entidade é qualificada, os profissionais da mesma, sem nenhum ônus extra, deveriam realizar estes serviços. Outro indício da falta de capacidade operacional da entidade é a apresentação de despesas custeadas com recursos do convênio para a manutenção do escritório em Araçatuba, tais como: salários, encargos sociais, benefícios, aquisição de materiais e equipamentos, manutenção, pagamento de aluguel, contas de água, energia, IPTU, telefonia, entre outras. Um dos principais requisitos para a celebração do convênio com transferência de recursos é a aptidão técnica para a execução do objeto conveniado, a entidade conveniada deve ser apta a realizar e gerenciar o objeto de maneira mais eficiente que a concedente diretamente. Na execução do convênio, a AVAPE realizou diversas subcontratações e terceirização de substancial parcela da execução do objeto pactuado e contratou empresas de consultoria, evidenciando a falta de capacidade técnica. Portanto a AVAPE por ocasião da celebração do Convênio não possuía aptidão para desempenho de atividade pertinente e compatível em características e quantidades do objeto, tampouco capacidade técnica-profissional necessária. Além disso, de acordo com o sistema de Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, a AVAPE tem como atividade econômica CNAE principal Atividades de Associações de Defesa de Direitos Sociais e CNAE Secundária: 8650005-Atividades de terapia ocupacional; 9493600-Atividades de organizações associativas ligadas à cultura e à arte; 9499500- Atividades associativas não especificadas anteriormente. Como a atuação em serviços de saúde não era finalidade daquela entidade, não se pode considerar que haveria interesse comum em firmar parceria em prol da prestação de serviços assistenciais à saúde, impossibilitando o regular enquadramento do instrumento firmado entre a Prefeitura de Araçatuba e a AVAPE como Convênio, nos termos do artigo 3º, único, Inc. I, da Portaria MS/GM 3.277/2006, posteriormente nos termos do artigo 3º, único, Inc. I, da Portaria MS/GM 1.034/2010. b) Manifestação da Unidade Examinada: c) Análise do Controle Interno: Recomendação : 1 A impropriedade aqui apontada foi classificada como de responsabilidade do gestor municipal tendo em vista a sua competência primária para adoção de medidas corretivas, não exigindo a adoção de

providências por parte do gestor federal. 2.1.1.6 Possíveis irregularidades ocorridas na execução do Convênio DCP/DL n 042/2009 celebrado entre Falta de segregação de função na fiscalização do convênio. A Prefeitura nomeou uma Comissão Especial para supervisionar, acompanhar e avaliar, qualitativa e quantitativamente, os serviços desenvolvidos pela AVAPE. No entanto, um dos membros dessa Comissão pertence aos quadros da própria entidade executora, em desacordo com o princípio da segregação de função. No período de junho/2009 a maio/2012, a gerente geral do escritório da AVAPE em Araçatuba era um dos membros e foi substituída pela gerente técnica, no período de maio/2012 até a presente data. b) Manifestação da Unidade Examinada: c) Análise do Controle Interno: Recomendação : 1 A impropriedade aqui apontada foi classificada como de responsabilidade do gestor municipal tendo em vista a sua competência primária para adoção de medidas corretivas, não exigindo a adoção de providências por parte do gestor federal. 2.1.1.7 Possíveis irregularidades ocorridas na execução do Convênio DCP/DL n 042/2009 celebrado entre Fiscalização deficiente na execução do convênio. Apesar da designação da Comissão Especial encarregada de supervisionar, acompanhar e avaliar, 12 de 59

qualitativa e quantitativamente, os serviços desenvolvidos pela AVAPE, não consta do processo analisado nenhum trabalho de supervisão e avaliação qualitativa e quantitativa dos serviços prestados, em desacordo com o disposto na cláusula segunda do convênio. Baseiam-se tão somente nas informações corriqueiras das prestações de contas, sem suporte em relatórios de fiscalização e/ou acompanhamento local da execução do objeto. As avaliações técnicas da execução e atingimento dos objetivos dos convênios são superficiais, realizadas sobre relatórios apresentados pelas convenentes, sem evidência de averiguações mais aprofundadas quanto à consistência das informações recebidas. O Parecer Conclusivo Anual somente descreve a sistemática dos repasses, discrimina os valores repassados, e acerca dos resultados alcançados, limita-se a indicar o relatório emitido pela própria AVAPE, não fazendo comentários sobre a mensuração das metas, opinando, sucintamente, pela regularidade da prestação de contas apresentada. Dessa forma, a Administração Municipal não acompanhou e fiscalizou suficientemente a execução dos serviços avençados, conforme estabelece o Art. 67 da Lei 8.666/1993. b) Manifestação da Unidade Examinada: c) Análise do Controle Interno: Recomendação : 1 A impropriedade aqui apontada foi classificada como de responsabilidade do gestor municipal tendo em vista a sua competência primária para adoção de medidas corretivas, não exigindo a adoção de providências por parte do gestor federal. 2.1.1.8 Possíveis irregularidades ocorridas na execução do Convênio DCP/DL n 042/2009 celebrado entre Pagamentos com consultoria a servidor público. No período de setembro de 2009 a agosto de 2013, verificou-se que foram efetuados pagamentos ao servidor da Prefeitura Municipal de Araçatuba, portador do CPF ***.928.131-**, a título de consultoria e assessoria médica, pelo valor mensal de R$4.603,00. Esse fato afronta o Art. 9º, inciso III, da Lei nº 8.666/1993 e Art. 6º, 2º, inciso IV, da Portaria MS/GM nº204/2007. b) Manifestação da Unidade Examinada: 13 de 59

c) Análise do Controle Interno: Recomendação : 1 A impropriedade aqui apontada foi classificada como de responsabilidade do gestor municipal tendo em vista a sua competência primária para adoção de medidas corretivas, não exigindo a adoção de providências por parte do gestor federal. 2.1.1.9 Possíveis irregularidades ocorridas na execução do Convênio DCP/DL n 042/2009 celebrado entre Pagamentos com consultoria a funcionário da AVAPE. No período de novembro de 2009 a junho de 2010, verificou-se que foram efetuados pagamentos ao funcionário da AVAPE, portador do CPF ***.364.378-**, a título de assessoria em departamento pessoal, pelo valor mensal de R$2.300,00. O pressuposto é de que os quadros de pessoal da entidade conveniada deveriam ser utilizados na consecução do objeto, sem a necessidade de remuneração extra com recursos do convênio. O Termo de Convênio não contempla em seu orçamento ou Plano de Trabalho a prestação de serviços de consultoria, de modo que esses pagamentos não se coadunam com o Art. 7º da Lei n. 8.666/1993. b) Manifestação da Unidade Examinada: c) Análise do Controle Interno: Recomendação : 1 A impropriedade aqui apontada foi classificada como de responsabilidade do gestor municipal tendo em vista a sua competência primária para adoção de medidas corretivas, não exigindo a adoção de providências por parte do gestor federal. 14 de 59

2.1.1.10 Possíveis irregularidades ocorridas na execução do Convênio DCP/DL n 042/2009 celebrado entre Pagamentos irregulares a título de Apoio Operacional e Logístico no valor R$8.473.574,99. No período de abril de 2009 a agosto de 2013, foram pagos à AVAPE, no valor de R$8.473.574,99, a título de despesas com Apoio Operacional e Logístico. Esse valor representa cerca de 10% dos recursos transferidos a convenente. No convênio e no Plano de Trabalho não há previsão para a realização desse tipo de despesa. Ademais, nos processos de pagamentos não há documentação comprobatória que dê suporte e/ou justifique a transferência desses recursos. Essa irregularidade foi apontada por diversas vezes pela Comissão de Fiscalização, mas a Prefeitura não adotou nenhuma providência para sanar a irregularidade. A justificativa apresentada pela AVAPE que essas despesas são necessárias ao desenvolvimento, operacionalização e gestão dos serviços objeto do convênio, tais como: departamento pessoal, segurança e medicina ocupacional, benefícios, garantia de qualidade, departamento de compras, apoio jurídico, financeiro em contas a pagar, contabilidade, prestação de contas, tecnologia de informação, manutenção de imóveis e equipamentos, apoio na área da saúde, ação social e educação, áreas ligadas à comunicação social e demais áreas institucionais, bem como toda a infra estrutura indireta disponível. Justifica, também, que essas despesas são permitidas pela Portaria Interministerial 127/08, art. 42, único, em até 15% do valor do objeto e que o valor cobrado não excedia a este limite. A justificativa apresentada não elide a irregularidade, pois a referida Portaria, além de não ser aplicável ao Convênio firmado entre a Prefeitura de Araçatuba e a Entidade, não permite que o valor das despesas administrativas seja calculado pela incidência de um percentual aleatório sobre o valor do convênio, e que tais despesas deveriam ser detalhadamente demonstradas no plano de trabalho e comprovadas na prestação de contas. Além das despesas com Apoio Operacional e Logístico, constaram na comprovação de despesas efetuadas mensalmente, para fins de recebimento dos recursos, outras parcelas relacionadas com manutenção e operacionalização do convênio, como: salários, encargos sociais, benefícios, aquisição de materiais e equipamentos, manutenção, telefonia, telefonia, aluguel do imóvel e de carros. Atenta-se que inexiste, no instrumento avençado, caracterização expressa para Apoio Operacional e Logístico. Não se vislumbra conteúdo que não esteja compreendido entre as despesas diretas acima relacionadas, exceto pela irregular remuneração indireta dos dirigentes da entidade ou de sua própria estrutura, a título de taxa de administração, conforme suscitado pela AVAPE em sua justificativa. Portanto, a cobrança de Apoio Operacional e Logístico, além de indevida, é efetuada em duplicidade, havendo a necessidade de ressarcimento aos cofres públicos. Porém, não há possibilidade de distinguir a fonte de recursos utilizados na execução do convênio, tendo em vista que na prestação de contas não há informação da origem dos recursos utilizados em cada despesa realizada. b) Dano ao Erário: R$ 8.473.574,99 15 de 59

16 de 59 c) Manifestação da Unidade Examinada: d) Análise do Controle Interno: Recomendação : 1 Adotar medidas voltadas à obtenção do ressarcimento dos recursos federais indevidamente empregados, instaurando Tomada de Contas Especial quando esgotadas as medidas administrativas internas sem obtenção do ressarcimento pretendido, conforme preceitua o art. 4º da Instrução Normativa TCU nº 71/2012. 2.1.1.11 Possíveis irregularidades ocorridas na execução do Convênio DCP/DL n 042/2009 celebrado entre Ausência da documentação comprobatória referente à prestação de serviços no valor de R$762.539,20. Por meio da Solicitação de Fiscalização nº 03/2013, de 03/10/2013, foi requerido ao município que disponibilizasse a documentação (materiais produzidos, relação de treinamentos realizados, período de realização, nomes dos instrutores, lista de participantes, dentre outros) referente à prestação de serviços pela empresa TCR Saúde Consultorias e Treinamentos Ltda, CNPJ 03.194.950/0001-92, discriminados nas Notas Fiscais elencadas no quadro abaixo. No entanto, não foi fornecido nenhum documento que comprovasse a execução dos serviços citados nas seguintes notas fiscais: Número da NF Data Discriminação dos serviços Valor (R$) 532 21/12/2009 Realização de diagnóstico da situação atual da saúde 132.000,00 pública do município 548 05/02/2010 Serviços de Auditoria nas contas do convênio referente ao 182.000,00 encerramento do exercício de 2009 555 18/03/2010 Prestação de serviços de consultoria e orientação técnica para revisão do Plano de Trabalho e indicadores132.000,00 qualitativos por programa

17 de 59 557 18/03/2010 Treinamento e requalificação da equipe de saúde aprovada 113.819,20 em seleção pública 564 20/04/2010 Treinamento e requalificação da equipe de saúde aprovada 202.720,00 em seleção pública Valor total das Notas 762.539,20 Fonte: Demonstrativo das despesas realizadas AVAPE. A empresa TCR Saúde Consultoria e Treinamento Ltda, tem como Objeto Social, conforme registro na Junta Comercial da Bahia - JUCEBA, a Gestão Hospitalar(hospitais, postos de saúde fixo e móvel, clinica, centros de saúde), promover treinamento e cursos na área de saúde, conferências e palestras de gestão de serviços na área de saúde, serviços especializados na área de saúde, clínica médica e odontológica e apoio operacional. Com base apenas na discriminação dos serviços apresentada nas respectivas notas fiscais, verificam-se as seguintes incongruências: - pela Classificação Nacional de Atividades Econômicas CNAE (7020400), da empresa no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas - CNPJ, a TCR Saúde e Consultoria, não poderia executar serviços de auditoria. - os serviços indicados nas notas fiscais constam no Plano de Trabalho como atribuição da convenente. Pelo exposto, constata-se que AVAPE, contratou empresa sem experiência e habilitação para realizar serviços, que presumivelmente eram de sua competência. Ressalta-se ainda o fato de não terem sido apresentados os documentos comprobatórios da prestação desses serviços. Atenta-se que não há possibilidade de distinguir a fonte de recursos utilizados na execução do convênio, tendo em vista que na prestação de contas não há informação da origem dos recursos utilizados em cada despesa realizada. b) Dano ao Erário: R$ 762.539,20 c) Manifestação da Unidade Examinada: d) Análise do Controle Interno: Recomendação : 1 Exigir a apresentação da documentação comprobatória das despesas efetuadas e, caso não seja realizada a apresentação, adotar medidas voltadas à obtenção do ressarcimento dos recursos federais cuja aplicação não foi comprovada, instaurando Tomada de Contas Especial quando esgotadas as medidas administrativas internas sem obtenção do ressarcimento pretendido, conforme preceitua o art. 4º da Instrução Normativa TCU nº 71/2012. 2.1.1.12

Possíveis irregularidades ocorridas na execução do Convênio DCP/DL n 042/2009 celebrado entre Ausência da documentação comprobatória referente a prestação de serviços no valor de R$7.000,00. Por meio da Solicitação de Fiscalização nº 03/2013, de 03/10/2013, foi requerido ao município que disponibilizasse o material produzido pelo consultor portador do CPF ***.024.138-**, a título de assessoria e consultoria no desenvolvimento de metodologias e sistematização de processos de trabalho em projetos das áreas social e saúde, pelo valor mensal de R$3.500,00. Foram efetuados pagamentos por dois meses, no período de outubro de 2009 a novembro de 2009. No entanto, não foi fornecido nenhum documento que comprovasse a execução dos serviços. Atenta-se que não há possibilidade de distinguir a fonte de recursos utilizados na execução do convênio, tendo em vista que na prestação de contas não há informação da origem dos recursos utilizados em cada despesa realizada. b) Dano ao Erário: R$ 7.000,00 c) Manifestação da Unidade Examinada: d) Análise do Controle Interno: Recomendação : 1 Exigir a apresentação da documentação comprobatória das despesas efetuadas e, caso não seja realizada a apresentação, adotar medidas voltadas à obtenção do ressarcimento dos recursos federais cuja aplicação não foi comprovada, instaurando Tomada de Contas Especial quando esgotadas as medidas administrativas internas sem obtenção do ressarcimento pretendido, conforme preceitua o art. 4º da Instrução Normativa TCU nº 71/2012. 2.1.1.13 Possíveis irregularidades ocorridas na execução do Convênio DCP/DL n 042/2009 celebrado entre Pagamento irregular de tarifas bancárias com recursos do convênio no valor de R$57.517,19. 18 de 59

19 de 59 No período de junho de 2009 a agosto de 2013, foram pagos à AVAPE o valor de R$57.517,19, a título de tarifas bancárias. Essa irregularidade foi apontada pela Comissão de Fiscalização na análise da prestação de contas de fevereiro de 2010. A Avape justificou que tinha solicitado à instituição financeira a isenção da tarifa, mas que não tinha obtido a resposta. A Prefeitura não adotou nenhuma providência para sanar a irregularidade. Não obstante a impossibilidade em se distinguir qual a fonte de recursos utilizados no pagamento das despesas supracitadas, evidencia-se que houve recursos federais, relativos a diversos programas de saúde, envolvidos, dessa forma. Considerando que a tarifa bancária é uma despesa administrativa, entende-se ser indevida a sua realização com os recursos dos programas federais. b) Dano ao Erário: R$ 57.517,19 c) Manifestação da Unidade Examinada: d) Análise do Controle Interno: Recomendação : 1 Adotar medidas voltadas à obtenção do ressarcimento dos recursos federais indevidamente empregados, instaurando Tomada de Contas Especial quando esgotadas as medidas administrativas internas sem obtenção do ressarcimento pretendido, conforme preceitua o art. 4º da Instrução Normativa TCU nº 71/2012. 2.1.1.14 Possíveis irregularidades ocorridas na execução do Convênio DCP/DL n 042/2009 celebrado entre Pagamentos irregulares com despesas de publicidade no valor de R$ 464.864,39. No período de junho de 2009 a abril de 2010, verificou-se a contratação da empresa Aretha Caliman EPP, CNPJ 07.432.210/0001-067, para serviços relacionados com a atividade de agencias de propaganda, pelo valor mensal de R$23.800,00. Nesse período, foram efetuados pagamentos mensais que totalizaram R$ 226.131,60. Houve também, um pagamento em 25/01/2010, no valor de R$198.732,79, referente a despesas com divulgação sobre a Operação Arrastão(dengue) na mídia escrita e falada. Essas despesas são irregulares pois não constam no plano de trabalho e deve ter caráter acessório ao objeto principal do convênio. Porém, não há possibilidade de distinguir a fonte de recursos utilizados na execução do convênio, tendo em vista que na prestação de contas não há informação da origem dos recursos utilizados em cada despesa realizada.

b) Dano ao Erário: R$ 464.864,39 c) Manifestação da Unidade Examinada: d) Análise do Controle Interno: Recomendação : 1 Adotar medidas voltadas à obtenção do ressarcimento dos recursos federais indevidamente empregados, instaurando Tomada de Contas Especial quando esgotadas as medidas administrativas internas sem obtenção do ressarcimento pretendido, conforme preceitua o art. 4º da Instrução Normativa TCU nº 71/2012. 2.1.1.15 Possíveis irregularidades ocorridas na execução do Convênio DCP/DL n 042/2009 celebrado entre Pagamento de despesas não previstas no convênio. Na análise amostral das prestações de contas apresentadas pela AVAPE nos exercícios de 2009 a 2013, referentes aos meses de novembro e dezembro de 2010, janeiro e fevereiro de 2011 e junho de 2013, constatou-se despesas relativas ao Centro de Referência para Saúde do Trabalhador CEREST. Segundo o anexo I do convênio sob exame, poderiam ser acrescidas ao convênio atividades diversas das previstas originalmente, após a aprovação da Secretaria Municipal de Saúde e Higiene Pública - SSHP e do Conselho Municipal de Saúde CMS. Foram identificados acréscimos de outras atividades como: Núcleo de Apoio a Saúde da Família NASF, Suporte Técnico à Rede de Atenção Básica de Saúde STRBS e Centro de Referência para Saúde do Trabalhador CEREST. No entanto, não foi encontrada evidência de aprovação formal da SSHP e do CMS quanto à inclusão dessas atividades no objeto do convênio. Quanto ao NASF, existia a devida previsão, no anexo I citado e no que tange a diversas atividades relativas a ações de média e alta complexidade (Pronto Socorro, Pronto Atendimento, DST/AIDS, UAC e SAMU) as quais podem justificar a inclusão do STRBS. Todavia, não foi encontrada previsão ou justificativa para o pagamento de despesas referentes ao CEREST, cujos gastos, nos meses analisados, consistiram no seguinte: Despesas vinculadas ao CEREST no mês de Novembro/2010 20 de 59

21 de 59 Despesas vinculadas ao CEREST no mês de Dezembro/2010 Objeto Valor Salários folha de 11/2010 R$ 2.434,00 FGTS folha de 11/2010 R$ 226,18 INSS folha de 11/2010 R$ 215,98 PIS folha de 11/2010 R$ 25,64 INSS relativo ao 13 Salário R$ 41,99 2ª Parcela do 13 Salário R$ 221,00 Total no mês R$ 3.164,79 Despesas vinculadas ao CEREST no mês de Janeiro/2011 Objeto Valor Salários folha de 12/2010 R$ 2.244,00 FGTS folha de 12/2010 R$ 208,30 INSS folha de 12/2010 R$ 219,22 PIS folha de 12/2010 R$ 26,04 FGTS relativo ao 13 Salário R$ 20,87 Total no mês R$ 2.718,43 Despesas vinculadas ao CEREST no mês de Fevereiro/2011

22 de 59 Objeto Valor Salários folha de 01/2011 R$ 2.276,00 FGTS folha de 01/2011 R$ 208,30 INSS folha de 01/2011 R$ 208,30 PIS folha de 01/2011 R$ 36,95 PIS relativo ao 13 Salário R$ 5,25 Total no mês R$ 2.734,80 Despesas vinculadas ao CEREST no mês de Junho/2013 Objeto Valor Ticket Alimentação R$ 5.314,32 Ticket Combustível R$ 131,23 Plano Odontológico R$ 25,68 Plano de Saúde R$ 52,65 Salários folha de 05/2013 R$ 5.047,00 FGTS folha de 05/2013 R$ 560,89 Sindicato de Classe R$ 144,93 Material de Escritório R$ 0,40 INSS folha de 05/2013 R$ 644,99 IR folha de 05/2013 R$ 38,53 Exames Laboratoriais R$ 21,60

Férias e Ano de 1 empregado R$ 3.074,00 Total no mês R$ 15.056,22 Cumpre ressaltar que os valores apresentados se referem a apenas alguns meses de execução do Convênio n 42/2009, indicando que relevante volume de recursos foi dispendido em atividades para as quais não houve previsão ou justificativa. b) Manifestação da Unidade Examinada: c) Análise do Controle Interno: Recomendação : 1 A impropriedade aqui apontada foi classificada como de responsabilidade do gestor municipal tendo em vista a sua competência primária para adoção de medidas corretivas, não exigindo a adoção de providências por parte do gestor federal. 2.1.1.16 Possíveis irregularidades ocorridas na execução do Convênio DCP/DL n 042/2009 celebrado entre Pagamento de serviços de alta e média complexidade com recursos da atenção básica. Na análise amostral das prestações de contas apresentadas pela AVAPE nos exercícios de 2009 a 2013, referentes aos meses de novembro e dezembro de 2010, janeiro e fevereiro de 2011 e junho de 2013, constatou-se despesas relativas ao Suporte Técnico à Rede de Atenção Básica de Saúde STRBS. Na análise dessas despesas foi possível constatar que se referem às atividades de médicos plantonistas (urgência e emergência), serviços que não fazem parte do rol de ações vinculadas à atenção básica, mas compõem as de média e alta complexidade. Também, não foi encontrada evidência de aprovação formal da Secretaria Municipal de Saúde e Higiene Pública - SSHP e do Conselho Municipal de Saúde CMS quanto à inclusão dessas atividades no objeto do convênio. As tabelas a seguir apresentam os montantes gastos com esses serviços nos meses analisados. Despesas vinculadas ao STRBS no mês de Novembro/2010 23 de 59

24 de 59 Objeto Valor FGTS folha de 09/2010 R$ 9.470,66 Salários folha de 10/2010 R$ 99.576,00 FGTS folha de 10/2010 R$ 9.723,56 INSS folha de 10/2010 R$ 5.090,16 IR folha de 10/2010 R$ 15.185,96 PIS folha de 10/2010 R$ 1.215,41 Exames laboratoriais R$ 79,10 1ª parcela do 13 Salário R$ 29.288,00 Total no mês R$ 169.928,85 Despesas vinculadas ao STRBS no mês de Dezembro/2010 Objeto Valor Salários folha de 11/2010 R$ 122.487,00 FGTS folha de 11/2010 R$ 14.636,33 INSS folha de 11/2010 R$ 5.957,60 2 parcela do 13 Salário R$ 32.051,00 IR folha de 11/2010 R$ 14.052,28 INSS referente ao 13 Salário R$ 4.268,21 PIS folha de 10/2010 R$ 1.536,69 Exames Laboratoriais R$ 157,52

25 de 59 Total no mês R$ 195.146,63 Despesas vinculadas ao STRBS no mês de Janeiro/2011 Objeto Valor Salários folha de 12/2010 R$ 126.871,00 FGTS folha de 12/2010 R$ 12.260,50 FGTS referente ao 13 Salário R$ 3.107,44 INSS folha de 12/2010 R$ 6.759,65 IR folha de 12/2010 e 13 Salário R$ 22.021,74 PIS folha de 12/2010 R$ 1.532,55 Total no mês R$ 172.552,88 Despesas vinculadas ao STRBS no mês de Fevereiro/2011 Objeto Valor Salários folha de 01/2010 R$ 147.083,00 FGTS folha de 01/2010 R$ 14.519,21 INSS folha de 01/2010 R$ 7.354,90 IR folha de 01/2010 R$ 19.125,91 PIS folha de 01/2010 R$ 1.869,20 PIS referente ao 13 Salário R$ 653,15 Rescisões de 3 profissionais R$ 18.584,19