BIOSSEGURANÇA PARA AMBULÂNCIAS



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Transcrição:

1 COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR BIOSSEGURANÇA PARA AMBULÂNCIAS Flávia Valério de Lima Gomes Enfermeira do SCIH / CCIH Alexandre Gonçalves de Sousa Gerente de Manutenção e Transporte Julho de 2007 I. INTRODUÇÃO: O transporte de pacientes pode estar associado ao risco de contato com secreções e excreções infectantes, bem como ao risco de contato com materiais e equipamentos potencialmente contaminados. Uma vez que os espaço dentro de ambulâncias é limitado, a organização e reorganização freqüente de materiais economizam tempo, evita confusão e conseqüentemente diminui a probabilidade de exposição a riscos biológicos. Assim, algumas recomendações para biossegurança e prevenção de infecções relacionadas ao transporte de pacientes se fazem necessário. 1.1. Classificação das ambulâncias da Santa Casa: Ambulâncias de Transporte Conceito: veículo destinado ao transporte de pacientes que não apresentem risco de vida, para remoções simples e de caráter eletivo; Materiais e Equipamentos: sinalizador ótico e acústico; maca com rodas; suporte para soro; instalação de oxigênio com válvula e manômetro; Finalidade da Ambulância: transportar pacientes para outros hospitais (transferência de pacientes), transportar pacientes para realização de exames, ou demais situações em que houver necessidade de remoção de paciente; Requisitos Gerais: * Cada veículo deverá ser mantido em bom estado de conservação e em condições de operação;

2 * É obrigatória a limpeza interna e desinfecção do veículo após o transporte de pacientes, antes de sua próxima utilização; * Deverá haver divisória rígida e fixa separando os compartimentos do motorista e do pacientes; II. ROTINA DE TRABALHO DOS MOTORISTAS: Solicitação de Transporte: O transporte de pacientes é realizado a partir da solicitação pela enfermagem, que por sua vez depende de relatório médico autorizando saída do paciente (atestando condições para ser transportado). * Deverá ser preenchido O Formulário de Solicitação de Transporte, pela enfermeira supervisora, colocando a necessidade de precauções adicionais com o paciente (ex: precauções com aerossóis, com gotículas, de contato, etc); Inspeção da Viatura: as viaturas devem ser inspecionadas diariamente quanto à limpeza e condições de circulação (observar presença de itens essenciais de segurança); Transporte de Pacientes: deverá ser realizado em viatura exclusiva para este fim, sendo proibido o transporte concomitante de outros passageiros e / ou cargas; Transporte de Cargas: o transporte de outras cargas (gêneros alimentícios, medicamentos e materiais hospitalares, etc), deverá ser realizado em veículo próprio, destinado para este fim; Solicitação de Materiais e Produtos: As luvas de procedimento, máscaras cirúrgicas e respirador facial N95, álcool 70% e álcool gel a 70% deverão ser solicitadas na farmácia utilizando-se do formulário próprio de requisição de materiais; Os produtos para limpeza e desinfecção das ambulâncias deverão ser solicitados no almoxarifado através de formulário próprio de requisição de materiais; Observações Gerais: * É expressamente proibido o transporte de pessoas que não estejam acompanhando o paciente; * O transporte do paciente só poderá ser realizado acompanhado por profissional técnico de enfermagem ou outro profissional de saúde; * É expressamente proibido dar carona (para funcionários ou não); III. CENTRAL DE APOIO AOS MOTORISTAS: É imprescindível a existência de local de apoio administrativo aos motoristas, onde deverão ser mantidos os equipamentos de proteção individual, os materiais e produtos de limpeza e desinfecção das ambulâncias, e os lençóis para troca das macas; Este local deverá ser equipado com:

3 * Lavatório de mãos, saboneteira e toalheiro; * Cabideiro para jalecos; * Hamper para lençóis usados; * Mesa e cadeira de apoio e escaninhos para formulários; * Armário exclusivo para guarda dos EPI s; * Armário exclusivo para guarda dos lençóis; * Armário exclusivo para guarda dos equipamentos e produtos de limpeza; * Lixeira para resíduo comum e infectante; Observação: Os armários poderão ser um único móvel com divisórias individuais para cada produto, equipamento ou roupa; Rotina de Higienização e Limpeza do ambiente: a limpeza diária e terminal serão realizadas pelo funcionário do Serviço de Higienização seguindo as normas e rotinas próprias. IV. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL PARA OS MOTORISTAS EPI s: Jalecos: Deve ser de manga longa, sendo utilizado pelos profissionais da saúde para contato direto com o paciente, quando existe risco de contaminação; deverá ser sempre utilizado durante o transporte de paciente, quando houver a necessidade de auxiliar na mobilização do paciente. Observação: O jaleco deverá ser deixado na Central de Apoio quando não estiver sendo utilizado para transporte do paciente; Máscara Cirúrgica: deverá ser usada quando houver risco de contaminação de mucosa da face (olhos, boca, nariz) com respingo de sangue ou outro fluido corporal. Uso obrigatório para transporte de pacientes em precauções de gotículas; Respirador facial N95 ( Máscara bico de pato ): uso obrigatório para o transporte de paciente em precauções para aerossóis; Poderá ser dispensada quando o paciente estiver usando máscara cirúrgica; Luvas de procedimento: usadas ao manusear sangue, fluidos corpóreos e para a realização de procedimentos ou contato com equipamentos contaminados. Deverão ser trocadas entre um paciente e outro, entre um procedimento e outro e imediatamente retiradas após o uso, quando então as mãos deverão ser novamente lavadas. Nunca pegar em maçanetas de porta ou telefones com luvas; Luvas de Látex: deverá ser utilizada para atividade de limpeza e desinfecção das ambulâncias; Óculos de Segurança: deverá ser utilizado quando houver o manejo de paciente com grande risco de respingo de sangue ou secreções e também para atividade de limpeza e desinfecção das ambulâncias;

4 Bota PVC: (cano longo, 7 léguas) devem ser usadas quando houver risco de contaminação dos pés, com água contaminada, deverá ser utilizada para atividade de limpeza e desinfecção das ambulâncias; Botina Bidensidade: deverá compor o uniforme do motorista; Avental Impermeável: deverá ser utilizado para atividade de limpeza e desinfecção das ambulâncias, e para o transporte de membros e placentas; Observações: * As orientações da Rotina de Biossegurança e Precauções aprovada pela CCIH em junho de 2006, também deve ser seguida por todos os motoristas. V. CUIDADOS COM SANGUE E SECREÇÕES: Vômitos: adaptar pequenos sacos plásticos em recipientes cilíndricos e oferecer ao paciente que estiver vomitando (cuidado a ser realizado pelo técnico de enfermagem). Após o uso deverão ser amarrados e desprezados como resíduos infectantes, no retorno ao hospital no recipiente de resíduo infectante existente na Central de Apoio ao Motorista; Respingos de Sangue e outros materiais infectantes: usar folhas de papel toalha e luvas de procedimento para limpeza imediata de respingos de sangue e / ou secreções. Os papeis e as luvas usadas deverão ser desprezadas como resíduo infectante; Observação: adaptar recipiente cilíndrico pequeno para resíduo infectante nas ambulâncias. VI. EQUIPAMENTOS ESTÉREIS: O profissional técnico de enfermagem deverá trazer do posto todo o material utilizado na assistência ao paciente e necessário durante o transporte (Máscara de O 2, umidificadores, látex, etc); Ao retornar ao posto de origem com o paciente o técnico de enfermagem deverá levar os materiais utilizados na assistência ao paciente durante o transporte e desprezá-los no expurgo, substituindo por outro estéril, se necessário; VII. PRECAUÇÕES: Lavagem das mãos: tendo em vista que a lavagem das mãos durante o transporte é difícil, recomenda-se fazer anti-sepsia das mãos com álcool gel a 70%, quando a lavagem com água e sabão não for possível: * A lavagem das mãos com água e sabão deverá ser priorizada, sempre que possível;

5 * É recomendada a lavagem e / ou anti-sepsia sempre que houver sujidade visível nas mãos; antes e após qualquer contato com o paciente; antes e após a realização de atos fisiológicos e pessoais (alimentação / pentear cabelo / assoar nariz / usar o banheiro); após manipulação de materiais e equipamentos contaminados; Precauções para Aerossóis: Indicadas para reduzir a transmissão de agentes infecciosos através do ar, pela disseminação de pequenas partículas que ficam em suspensão no ar por longos períodos: * É obrigatório o uso de máscara tipo N95 por todo profissional que prestar assistência ao paciente; * O transporte de paciente deve ser evitado, mas quando necessário, o paciente deve sair do quarto utilizando máscara comum (tipo cirúrgica) por todo o percurso; * Durante o transporte o motorista, o técnico de enfermagem e qualquer outro acompanhante deverão usar a máscara N95, que poderá ser dispensada quando o paciente usar máscara cirúrgica por todo o percurso; * A máscara individual e intransferível. Tem validade de 06 meses, a depender do seu estado de conservação, podendo ser reaproveitada pelo mesmo profissional enquanto não estiver danificada. * O funcionário, ao final do plantão, deverá guardar sua máscara em um envelope de papel ou saco plástico e colocar o seu nome (poderá levá-la para casa, ou guardá-la na Central de Apoio ao Motorista); Precauções para Gotículas: Indicada para reduzir o risco de transmissão de agentes infecciosos através de gotículas de saliva pelo contato com conjuntivas, mucosas do nariz ou boca e quando eliminadas pela tosse, espirro e fala: * É obrigatório o uso de máscara comum (tipo cirúrgica) para pessoas que entrarem na ambulância, que poderá ser dispensada quando o paciente usar máscara cirúrgica por todo o percurso; * O transporte deve ser evitado e quando for necessário, o paciente deve sair do quarto utilizando máscara comum (tipo cirúrgica); * Durante o transporte o motorista, o técnico de enfermagem e qualquer outro acompanhante deverão usar a máscara comum, que será descartada ao final do percurso;

6 Precauções de Contato: Indicada para reduzir o risco de transmissão de patógenos epidemiologicamente importante através do contato direto ou indireto, com paciente ou objetos: * É obrigatório o uso de luvas para qualquer contato com o paciente; * O jaleco deve ser usado sempre que houver possibilidade de contato das roupas do profissional com o paciente, com seu leito ou com material infectante; * O transporte deve ser evitado, quando necessário o transporte, o profissional deverá seguir as precauções de contato durante todo o trajeto, para qualquer contato com o paciente; VIII. TRANSPORTE DE MEMBROS E PLACENTAS: As placentas e membros amputados (não reclamados pela família) são considerados resíduos de serviços de saúde e devem ser armazenados no necrotério pelo tempo especificado para cada espécime: Os restos placentários são formalizados, acondicionados em saco branco leitoso ainda no Centro Cirúrgico, e encaminhados ao necrotério onde ficam em observação por 72 horas; Membros são ensacados em 02 sacos brancos leitosos ainda no Centro Cirúrgico, são mantidos em observação no necrotério por 24 horas; Ao final deste prazo, tanto os membros quanto os restos placentários deverão ser encaminhados para sepultamento em cova rasa no cemitério Municipal que mantém convênio de cortesia com a Instituição; O funcionário do Serviço de Higienização deverá armazenar as placentas em recipiente próprio, hermeticamente fechado e os membros em caixas de papelão lacradas; O transporte destes resíduos ao cemitério é realizado pelos motoristas, quando solicitado pelo Supervisor do Serviço de Higienização: * Deverá ser verificado o adequado acondicionamento deste material, para evitar derramamento do chorume no carro de transporte; * Usar os EPI s indicados para esta atividade (luvas de procedimento e avental impermeável, se necessário); * Proceder à desinfecção da ambulância logo após o transporte e antes de sua próxima utilização; * O transporte será feito 02 vezes por semana (as 3ª e 6ª feira), ou conforme a demanda. Observação: a indicação do uso de máscara para o transporte deverá ser avaliada pelo SESMT. IX. GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS: Todo resíduo gerado dentro da ambulância durante o transporte de ambulância deverá seguir as normas e rotinas de gerenciamento de resíduos de saúde estabelecidas para a instituição:

7 Resíduos Infectantes: todo resíduo com a possível presença de agentes biológicos que podem apresentar risco de infecção (ex: resto de curativos, resto de punção venosa, saco com vômito, papel toalha com sangue ou secreções, luva de procedimento, etc). Deverá ser desprezado Saco Branco Leitoso na lixeira de resíduo infectante presente na Central de Apoio; Resíduos Comuns: todo os resíduos que não necessitam de processo diferenciado de acondicionamento, identificação e tratamento (ex: papéis e impressos em geral, copos descartáveis, lixo de banheiro, etc). Deverá ser desprezado em Saco Azul na lixeira de resíduo comum presente na Central de Apoio. X. LIMPEZA E DESINFECÇÃO DO VEÍCULO: Solução Desinfetante: como o hipoclorito de sódio a 1% é corrosivo para metais será padronizado para limpeza e desinfecção das ambulâncias Nipo Bac qué é um desinfetante hospitalar concentrado a base de Glutaraldeído a 50% e Cloreto de Alquil Dimetil Benzil Amônio a 80%: * Dispensa o uso de detergentes e desinfetantes: faz em uma única operação a limpeza e desinfecção; * Será usado na diluição padronizada para áreas semicríticas de 1:100, ou seja, 10 ml do produto para cada 1000ml de água; Limpeza e Desinfecção Diária: é a limpeza realizada internamente na ambulância sempre após o transporte de paciente, placentas e membros (antes de sua próxima utilização); * Para a limpeza diária usar a técnicas de limpeza com água e Nipo Bac utilizando dois baldes, que tem por objetivo estender o tempo de vida útil da solução, diminuindo o custo e a carga de trabalho; * Usar os EPI s indicados para esta atividade (Bota PVC, luvas de látex, óculos de segurança e avental impermeável); * Se possível colocar o veículo inclinado para facilitar o escoamento da água e soluções; * Preparar dois baldes, um com a solução de água e desinfetante e outro apenas com água; * Mergulhar o pano no balde com a solução, torcendo-o bem para retirar o máximo possível de água; * Abrir o pano umedecido, dobrando-o em 2 ou 4; * Limpar as superfícies desdobrando o pano para utilizar todas as dobras limpas;

8 * As superfícies a serem limpas nesta etapa são: a maca, o assento do acompanhante, das paredes perto da maca e qualquer superfície visivelmente sujas; * Limpar em faixas paralelas, com movimentos ritmados, longos e retos; * Lavar o pano no balde que contém apenas a água, após utilizar todas as dobras; * Voltar a mergulhar o pano no balde com água e sabão, para se necessário, reiniciar o procedimento de limpeza; * Repetir a operação quantas vezes necessárias para promover a limpeza; * Enxugar com pano umedecido apenas em água (bem torcido); * Trocar a água dos baldes sempre que visivelmente suja, quantas vezes forem necessárias; Jogar a água suja no esgoto; * Limpar e guardar todo o material após o uso; * Lavar as mãos antes de seguir para outra tarefa. Troca de Lençóis: os lençóis deverão ser solicitados na lavanderia, em quantidade suficiente para o período. * Deverão ser trocados a cada paciente; * O lençol limpo deverá ser colocado após o procedimento de limpeza e desinfecção diária da ambulância; * Os lençóis usados deverão ser desprezados no hamper existente na Central de Apoio e serão recolhidos ao final do período pelo funcionário da lavanderia; Limpeza Geral: a limpeza geral deverá ser realizada semanalmente, e consiste na limpeza e desinfecção do veículo interna e externamente; * Usar os EPI s indicados para esta atividade (Bota PVC, luvas de látex, óculos de segurança e avental impermeável); * Usar a técnica de Limpeza e Desinfecção Diária, acrescentando a higienização de todas as superfícies internas da ambulância (paredes, pisos, tetos, portas, janelas, maca, assento, etc); * Lavar as mãos ao término da tarefa; * Após a desinfecção terminal interna com a solução desinfetante (água e Nipo Bac), encaminhar o veículo para limpeza geral em Lava Jato (01 vez por semana); Escala e Local de Limpeza:

9 * Limpeza Diária: cada motorista é responsável pela limpeza e desinfecção diária do veículo para o qual foi escalado; * Limpeza Geral: escalar um motorista para o procedimento; * Local: local próprio perto do necrotério; XI. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: 1. ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária: RDC nº 306 de Dezembro de 2004: Regulamento Técnico para o Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde. 2. APECIH, Manual de Precauções e Isolamento. Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar, 1999. 3. HOEFEL, H. H. K. Ambulâncias e o Controle de Infecções. In: www.cih.com.br/transporte/htm, Junho / 2007. 3. MARTINS, M.A. Manual de Infecção Hospitalar e Epidemiologia: Prevenção e Controle. p. 171-189 e 377-390, Medsi: 2º edição 2001. 4. CRESMEC Conselho Regional de Medicina do Estado de Santa Catarina: Resolução nº 027 de Março de 1997: Regulamenta o Transporte de Pacientes em Ambulâncias e Outros Veículos. 5. SCIH / CCIH Santa Casa de Misericórdia de Goiânia: Rotina de Biossegurança e Precauções. Junho / 2006. 6. SESMT Santa Casa de Misericórdia de Goiânia: Indicação de Equipamentos de Proteção Individual para os Condutores de Ambulâncias. Memorando 144 / 2007. 7. SHL/ SCIH / CCIH Santa Casa de Misericórdia de Goiânia: Rotina de Higienização e Limpeza do Ambiente Hospitalar. Março / 2006. 8. CGRSS / SCIH / CCIH Santa Casa de Misericórdia de Goiânia: Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde. Fevereiro / 2005. Dra. Flávia Valério de L. Gomes Enfermeira SCIH / CCIH Coordenadora SCIH Alexandre Gonçalves de Sousa Gerente de Manutenção e Transporte Dra. Mônica Ribeiro Costa Infectologista da SCIH / CCIH Presidente CCIH