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C A P Í T U L O 10 CONVÊNIO ANTT A t u a l i z a d o e m 2 1 / 0 1 / 1 2 Este capítulo traz dicas resumidas de duas modalidades de fiscalização listadas no Convênio 002/2011 (o qual substituiu o 004/2006 a partir de 14/09/2011) existente entre o DPRF e a ANTT, que trata da fiscalização do Registro Nacional de es Rodoviários de Carga - RNTRC e o Transporte Rodoviário Internacional de Carga - TRIC. A fiscalização do TRIC deve ser feita após leitura de um material mais completo e, preferencialmente, com a presença de fiscais da ANTT ou colegas que já tenham participado de instruções sobre o assunto, devido a grande complexidade do tema e as constantes modificações da legislação aplicável. As outras modalidades de fiscalização citadas no convênio, quais sejam, Transporte Rodoviário Interestadual e Internacional de Passageiros e Vale-Pedágio Obrigatório, serão incorporados ao Bizuário em momento oportuno. I - RNTRC INFORMAÇÕES PRÉVIAS O Registro Nacional de es Rodoviários de Carga - RNTRC, é um cadastro sob responsabilidade da ANTT, onde constam todas as pessoas físicas ou jurídicas autorizadas a realizar transporte remunerado de cargas dentro do território nacional. O RNTRC surgiu da necessidade de regulamentar, disciplinar e profissionalizar o setor. Antes qualquer pessoa poderia entrar no ramo de transporte, sem qualquer conhecimento ou qualificação. Agora as empresas e autônomos serão 'filtrados', já que está sendo exigido o transporte como atividade principal, além da necessidade de qualificação para exercer a atividade. (Fonte: www.fetranspar.org.br) A fiscalização do RNTRC é competência da Polícia Rodoviária Federal, em todas as rodovias federais do País, e também dos fiscais da ANTT, nas rodovias concedidas à iniciativa privada ou mesmo dentro das empresas e cooperativas. Os transportadores castrados após o dia 15/05/2009 já estão de acordo com as normas da Resolução 3.056/09/ANTT. O Certificado de RNTRC emitido, neste caso, tem o prazo de validade de 5 anos. Os transportadores cadastrados até o dia 15/05/2009 tiveram que adequar-se aos termos da Resolução 3.056/09/ANTT até 31/12/2010. Após a adequação, houve a emissão de novo Certificado também com prazo de validade de 5 anos, assim como a substituição das inscrições do veículo pelo novo modelo (figura a seguir). MODELOS DE CERTIFICADO DE RNTRC E INSCRIÇÃO DO VEÍCULO Resolução 1.737/06 (antigo) Resolução 3.056/09 (novo) Lei 10.233/01 AMPARO LEGAL Dispõe sobre a reestruturação dos transportes aquaviário e terrestre, cria [...] a Agência Nacional de Transportes Terrestres, [...] Lei 11.442/07 Dispõe sobre o transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração [...] Resolução 3.056/09/ANTT (Alterada pelas Resoluções 3.196/09, 3.336/09, 3.658/11 e 3.745/11) Dispõe sobre o exercício da atividade de transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, estabelece procedimentos para inscrição e manutenção no RNTRC e dá outras providências.

ETAPAS DA FISCALIZAÇÃO A fiscalização do RNTRC está dividida nas etapas abaixo listadas, que serão melhor especificadas nas páginas seguintes: 1 Selecionar e abordar o veículo 2 Solicitar o Certificado do RNTRC (CRNTRC) 3 Verificar as inscrições do(s) veículo(s) e identificar o tipo de transportador 4 Verificar a documentação da carga 5 Consultar a base de dados do RNTRC 6 Autuar (ou não) 1 Selecionar e abordar o veículo - Das espécies carga ou tração, categoria aluguel, com pelo menos 500Kg de capacidade de carga útil (lotação) ; (NA: todos os veículos de aluguel com pelo menos esta capacidade devem estar obrigatoriamente inscritos no RNTRC, conforme Art. 11-A da Res. 3.056, acrescentado pela 3.745) - O veículo deverá estar carregado (efetuando transporte rodoviário de carga por conta de terceiro e mediante remuneração); - Veículos particulares (placa cinza) não podem ser cadastrados no RNTRC. Porém, devem ser fiscalizados, tendo em vista que podem estar fazendo frete. Neste caso, deverá haver autuação do transportador no código 686-62 (CTB) mas não do embarcador (contratante do transportador) já que o Art. 34*VI da Res. 3.056 foi revogado pela Res. 3.745. NOTA: Conforme os Art. 2º e 7º da Res. 3.056/09 é vedada a inclusão ou manutenção do cadastro no RNTRC dos seguintes veículos: I - dos veículos de categoria particular ; II - dos veículos da espécie passageiros ; III - dos veículos de categoria aluguel, da espécie carga, com Capacidade de Carga Útil - CCU, inferior a quinhentos quilos; IV - dos veículos de categoria aluguel, da espécie tração, dos tipos trator de rodas, trator de esteiras ou trator misto ; e V - dos veículos transportadores de carga própria - TCP - caracterizando-se quando a Nota Fiscal dos produtos tem como emitente ou como destinatário a empresa, a entidade ou o indivíduo proprietário, o coproprietário ou o arrendatário do veículo. (acrescentado pela Res. 3.745/11) 2 - Solicitar o Certificado do RNTRC (CRNTRC) - Também será admitido o CRLV contendo o número do RNTRC ; (Art. 39 da Res. 3.056/09/ANTT, alterada pela 3.658/11) - O CRNTRC é para o proprietário, não para o veículo. Ou seja, uma empresa com uma frota de 300 caminhões fará apenas um certificado e tirará 300 cópias, uma para cada veículo. O mesmo vale para as inscrições; - Pode ser em tamanho natural ou reduzido, desde que legível, admitida a impressão em preto e branco ; (Art. 39 da Res. 3.056/09/ANTT, alterada pela 3.658/11) - Em se tratando de combinações, deverá haver um CRNTRC para cada veículo, a não ser que o proprietário seja o mesmo; - Deve estar dentro do prazo de validade (5 anos ou conforme calendário de cadastramento no item INFORMAÇÕES PRÉVIAS ); - Deve fechar com as inscrições nas laterais do veículo; - A razão social ou nome do autônomo (proprietário) deve fechar com o CRLV; - Se o veículo estiver arrendado para cooperativa (mediante apresentação do contrato), o CRNTRC e as inscrições deverão corresponder ao arrendatário e não aos dados constantes no CRLV, conforme Art. 2º, 4º, da Lei 11.442/07; - O mesmo vale para o TAC-Agregado (vide conceito na Etapa 3); - Caso o transportador não porte o CRNTRC, haverá autuação no Art. 34*I*a (Res. 3.056); - Caso o CRNTRC não feche com as inscrições do veículo, deve-se verificar qual dos dois está incorreto, mediante consulta no site da ANTT, conforme descrito na Etapa 5; - Caso o CRNTRC ou inscrições não existam no sistema, poderá ser um caso de falsificação ou adulteração. Neste caso, deverá haver autuação no Art. 34*V (Res. 3.056) e a apresentação do condutor do veículo na polícia judiciária, para o registro de ocorrência por Uso de documento falso (Art. 304 do CPB) ou Falsificação de Documento Público (Art. 297 do CPB), caso se trate do proprietário do veículo.

3 Verificar as inscrições do(s) veículo(s) e identificar o tipo de transportador - Após a emissão do certificado, é obrigatória a identificação dos veículos de propriedade, co-propriedade ou arrendados pelo transportador registrado, mediante fixação do código do registro nas laterais externas da cabine de cada veículo automotor e de cada reboque ou semirreboque, em locais visíveis, nos modelos estabelecidos pela Res. 3.056/09/ANTT, sendo admitida a impressão do texto e dos elementos gráficos em preto sobre fundo branco; - Se o veículo estiver arrendado para cooperativa (mediante apresentação do contrato), o CRNTRC e as inscrições deverão corresponder ao arrendatário e não aos dados constantes no CRLV, conforme Art. 2º, 4º, da Lei 11.442/07; - O mesmo vale para o TAC-Agregado (vide conceito na Etapa 3); - Caso o transportador não possua as inscrições, haverá autuação no Art. 34*I*c (Res. 3.056); - Caso as inscrições não fechem com o CRNTRC do veículo, deve-se verificar qual dos dois está incorreto, mediante consulta no site da ANTT, conforme descrito na Etapa 5; - Caso o CRNTRC ou inscrições não existam no sistema, poderá ser um caso de falsificação ou adulteração. Neste caso, deverá haver autuação no Art. 34*V (Res. 3.056) e a apresentação do condutor do veículo na polícia judiciária, para o registro de ocorrência por Uso de documento falso (Art. 304 do CPB) ou Falsificação de Documento Público (Art. 297 do CPB), caso se trate do proprietário do veículo. EMPRESA DE TRANSPORTE DE CARGAS pessoa jurídica constituída por qualquer forma prevista em lei que tenha no transporte rodoviário de cargas a sua atividade principal. TRANSPORTADOR AUTÔNOMO DE CARGA - INDEPENDENTE aquele que presta os serviços de transporte de carga de que trata esta Lei em caráter eventual e sem exclusividade, mediante frete ajustado a cada viagem. TRANSPORTADOR AUTÔNOMO DE CARGA - AGREGADO aquele que coloca veículo de sua propriedade ou de sua posse, a ser dirigido por ele próprio ou por preposto seu, a serviço do contratante, com exclusividade, mediante remuneração certa (arrendamento) COOPERATIVA DE TRANSPORTE DE CARGAS pessoa jurídica constituída por veículos arrendados de transportadores autônomos (podendo também possuir veículos próprios), com funcionamento similar à ETC. 4 Verificar a documentação da carga 4.1 NOTA FISCAL ou DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica) - A Nota Fiscal é o documento emitido para formalizar a aquisição de um bem ou prestação de serviço (entre um fornecedor e um comprador). - A Nota fiscal pode ser em papel (modelos 1, 1-A, frete, produtor, etc.) ou eletrônica. - As mercadorias acobertadas por Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) devem portar o DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica), que é uma representação simplificada da NF-e impresso em papel A-4. - A autenticidade do DANFE pode ser conferida no endereço: https://www.nfe.fazenda.gov.br através da inserção dos 44 dígitos numéricos ou leitura do código de barras. NOTA FISCAL - MODELO 1 DANFE DÍGITOS

4.2 CTRC (Conhecimento de Transporte Rodoviário de Carga) ou DACTE (Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico) - Conforme o Art. 6º da Lei 11.442, o transporte rodoviário de cargas será efetuado sob contrato ou CTRC. O CTRC formaliza o frete entre embarcador e transportador, confirmando as mercadorias a transportar e caracterizando os serviços, as obrigações e as responsabilidades das partes. - Conforme o Art. 744 do Código Civil Brasileiro, ao receber a mercadoria do remetente, o transportador emitirá conhecimento com a menção dos dados que a identifiquem. - O CTRC é emitido pelo transportador de cargas antes de iniciar seu percurso, podendo ser em papel ou eletrônico. - As mercadorias acobertadas por Conhecimento Eletrônico (CT-e) devem portar o DACTE (Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico), que é uma representação simplificada do CT-e impresso em papel A-4. - A autenticidade do DACTE pode ser conferida no endereço: https://www.cte.fazenda.gov.br através da inserção dos 44 dígitos numéricos ou leitura do código de barras. - Conforme o Art. 39 da resolução 3.056 (alterada pela 3.658) o CTRC (ou DACTE), pode ser substituído por: a) Manifesto de Carga (Item 4.3); ou b) Nota Fiscal de Serviço de Transporte (Item 4.4) (ou outro documento fiscal substituto, conforme a legislação fiscal, desde que possua as informações definidas no art. 23, incisos I, II, III, IV, V, VIII, IX, e X e o Código Identificador da Operação de Transporte); ou c) Despacho de Transporte (Item 4.5); ou d) Qualquer documento fiscal, desde que contenha a relação dos Conhecimentos de Transporte referentes à carga transportada, bem como as informações definidas nos incisos I, II, III, IV, V, VIII, IX e X do art. 23 da Res. 3.056 (alteração dada pela Res. 3.745/11). - Caso a carga não esteja acompanhada de nenhum dos documentos acima, autuar o transportador pelo Art. 34*I*a (Res. 3.056). - Caso o documento apresentado não possua as informações mínimas definidas no Art. 23, ou esteja com as mesmas incorretas, não será mais possível autuar o transportador pelo Art. 34*I*b da Res. 3.056, pois tal tipificação foi revogada pela Res. 3.745. Neste caso, apenas orientar. CTRC DACTE DÍGITOS Conforme o Art. 23 da Res. 3.056/09, o CTRC deverá possuir todas as informações citadas abaixo : I II III IV V VI VII VIII IX X o NÚMERO de ordem e da via; o NOME, a RAZÃO ou DENOMINAÇÃO SOCIAL, CPF ou CNPJ, o RNTRC e o ENDEREÇO do transportador emitente e dos subcontratados, se houver; o NOME, a RAZÃO ou DENOMINAÇÃO SOCIAL, CPF ou CNPJ, e o ENDEREÇO do embarcador, do destinatário e do consignatário da carga, se houver; o ENDEREÇO do local onde o transportador receberá e entregará a carga; a DESCRIÇÃO da natureza da carga, a QUANTIDADE de volumes ou de peças e o seu PESO BRUTO, seu acondicionamento, marcas particulares e números de identificação da embalagem ou da própria carga, quando não embalada ou o NÚMERO DA NOTA FISCAL, ou das Notas Fiscais no caso de carga fracionada; o valor do frete, com a indicação do responsável pelo seu pagamento o valor do Pedágio desde a origem até o destino a IDENTIFICAÇÃO DA SEGURADORA e o NÚMERO DA APÓLICE DO SEGURO e de sua averbação, quando for o caso; (Conforme o Art. 13 da Lei 11.442/07 e Art. 32 da Res. 3.056/09) as condições especiais de transporte, se existirem; e o LOCAL e a DATA da emissão.

4.3 - MANIFESTO DE CARGA - Pode ser apresentado em substituição ao CTRC, conforme Art. 39 da Res. 3.056/09/ANTT (alterado pela 3.658/11) - Conforme o Art. 39 da Resolução 3.056/09/ANTT, quando se tratar de transporte fracionado (um ou mais remetentes para mais de um destinatário) o transportador poderá portar somente o Manifesto de Carga, desde que contenha a relação dos conhecimentos de transporte referentes à carga transportada, bem como as informações abaixo, definidas no art. 23: I II III IV V VIII IX X o NÚMERO de ordem e da via; o NOME, a RAZÃO ou DENOMINAÇÃO SOCIAL, CPF ou CNPJ, o RNTRC e o ENDEREÇO do transportador emitente e dos subcontratados, se houver; o NOME, a RAZÃO ou DENOMINAÇÃO SOCIAL, CPF ou CNPJ, e o ENDEREÇO do embarcador, do destinatário e do consignatário da carga, se houver; o ENDEREÇO do local onde o transportador receberá e entregará a carga; a DESCRIÇÃO da natureza da carga, a QUANTIDADE de volumes ou de peças e o seu PESO BRUTO, seu acondicionamento, marcas particulares e números de identificação da embalagem ou da própria carga, quando não embalada ou o NÚMERO DA NOTA FISCAL, ou das Notas Fiscais no caso de carga fracionada; a IDENTIFICAÇÃO DA SEGURADORA e o NÚMERO DA APÓLICE DO SEGURO e de sua averbação, quando for o caso; (Conforme o Art. 13 da Lei 11.442/07 e Art. 32 da Res. 3.056/09) as condições especiais de transporte, se existirem; e o LOCAL e a DATA da emissão. - Caso a carga fracionada não esteja acompanhada do Manifesto, autuar o transportador pelo Art. 34*I*a (Res. 3.056). - Caso o documento apresentado não possua as informações mínimas definidas no Art. 23, ou esteja com as mesmas incorretas, não será mais possível autuar o transportador pelo Art. 34*I*b da Res. 3.056, pois tal tipificação foi revogada pela Res. 3.745. Neste caso, apenas orientar. MANIFESTO DE CARGA

4.4 - NOTA FISCAL DE SERVIÇO DE TRANSPORTE - Pode ser apresentado em substituição ao CTRC, conforme Art. 39 da Res. 3.056/09/ANTT (alterado pela 3.658/11); - A Nota Fiscal de Serviço de Transporte será utilizada pelos transportadores que executarem serviços de transporte intermunicipal, interestadual ou internacional de bens ou mercadorias utilizando-se de outros meios ou formas, em relação aos quais não haja previsão de documento fiscal específico; (Convênio SINIEF 006/89) - A Nota Fiscal de Serviço de Transporte será emitida antes do inicio da prestação do serviço; - É obrigatória a emissão de uma Nota Fiscal, por veículo, para cada viagem contratada NOTA FISCAL DE SERVIÇO DE TRANSPORTE 4.5 - DESPACHO DE TRANSPORTE - Pode ser apresentado em substituição ao CTRC, conforme Art. 39 da Res. 3.056/09/ANTT (alterado pela 3.658/11) - No caso de transporte de cargas, a empresa transportadora que contratar transportador autônomo para complementar a execução do serviço, em meio de transporte diverso do original, cujo preço tenha sido cobrado até o destino da carga, poderá emitir em substituição ao conhecimento apropriado, o Despacho de Transporte. (Convênio SINIEF 006/89) - O Despacho Rodoviário será emitido antes do início da prestação do serviço e individualizado para cada veículo. - O Despacho Rodoviário será emitido, no mínimo, em 3 (três) vias, uma ficará no bloco e duas com o transportador. DESPACHO DE TRANSPORTE

5 Consultar a base de dados do RNTRC Acessar a página de consultas: http://rn3.antt.gov.br > lançar a placa do veículo e verificar se o mesmo possui cadastro; > verificar se o proprietário é cadastrado e confrontar com o CRLV ou consulta no DETRAN (recomendável); > confrontar os dados com o CRNTRC; > após a transferência do veículo, ou alteração de qualquer dado como endereço, modalidade, etc., o proprietário atual tem até 30 dias para comunicar o fato à ANTT e proceder à alteração cadastral (Art. 11 da Res. 3.056/09/ANTT). 6 - Autuar Tabela de infrações (Art. 34 da Res. 3.056/09/ANTT) AMPARO TIPIFICAÇÃO PENALIDADE RESPONSÁVEL I - a I - b I - c I - d I - e I - f I - g I - h II sem portar os documentos obrigatórios definidos no art. 39 ou portá-los em desacordo ao regulamentado com Conhecimento de Transporte do qual não constem as informações obrigatórias ** sem a identificação do código do RNTRC no veículo ou com a identificação em desacordo com o regulamentado em veículo não cadastrado em sua frota ** com o registro suspenso ou vencido sem estar inscrito no RNTRC com o registro cancelado para fins de consecução de atividade tipificada como crime ** deixar de atualizar as informações cadastrais no prazo estabelecido no art. 11 (N/A: 30 dias) III apresentar informação falsa para inscrição no RNTRC * IV apresentar identificação do veículo ou CRNTRC falso ou adulterado ** V contratar o transporte rodoviário remunerado de cargas de transportador sem inscrição no RNTRC, ou com a inscrição vencida, suspensa ou cancelada ** multa de R$ 550,00 multa de R$ 550,00 multa de R$ 550,00 multa de R$ 750,00; multa de R$ 1.000,00 multa de R$ 1.500,00 multa de R$ 2.000,00 multa de R$ 3.000,00, cancelamento do RNTRC e impedimento de obter registro pelo prazo de dois anos multa de R$ 550,00 e suspensão do registro até a regularização R$ 3.000,00 e impedimento do transportador para obter um novo registro pelo prazo de dois anos multa de R$ 3.000,00, cancelamento do RNTRC e impedimento de obter registro pelo prazo de dois anos multa de R$ 1.500,00 Embarcador VI contratar o transporte em veículos rodoviários de cargas de categoria "particular" ** multa de R$ 3.000,00 Embarcador VII evadir, obstruir ou de qualquer forma dificultar a fiscalização ** (*) alterado pela Res. 3.196/09 (**) alterado pela Res. 3.745/11 multa de R$ 5.000,00, cancelamento do RNTRC e impedimento de obter registro pelo prazo de dois anos ou embarcador