ARTE NO BRASIL COLÔNIA. DE 1530 À 1822 Unidade 2

Documentos relacionados
BARROCO BRASIL. Disciplina: História da Arte PROFª:DANIELLI P.

Colonização da América: divisão prévia das terras entre Portugal e Espanha

Barroco Brasileiro. Prof. Hudson Oliveira

PLANO DE CURSO Disciplina: HISTÓRIA Série: 4º ano Ensino Fundamental PROCEDIMENTOS METODOLÓGICO QUAL O SIGNFICADO PARA VIDA PRÁTICA

produtos manufaturados e escravos EXCLUSIVO COMERCIAL COLÔNIA METRÓPOLE Produtos tropicais Matérias primas Produtos agrícolas Ouro Prata

Arte no Século XX. Prof Cleber Lima

PROF. ME. ANDERSON APARECIDO GONÇALVES DE OLIVEIRA HISTÓRIA TÓPICOS ESPECIAIS. "Aooooooooos mininoooooo!!!" INÍCIO DA COLONIZAÇÃO / EFETIVA OCUPAÇÃO

O BRASIL COLONIAL ( ) PROF. OTTO TERRA

Curso: Arquitetura e Urbanismo - Profª: Dra. Ana Paula C. Gurgel REVISÃO DA ARQUITETURA DO PERÍODO COLONIAL E DO IMPÉRIO NO BRASIL

CONTEÚDOS: - CONTRIBUINTES À ESCOLHA DO AÇÚCAR. - CARACTERÍSTICAS DA PRODUÇÃO AÇUCAREIRA. - SOCIEDADE DO AÇÚCAR. - O ESCRAVISMO NO BRASIL.

AMÉRICA PORTUGUESA: BRASIL

PRIMÓRDIOS DA COLONIZAÇÃO

Livro de atividades - páginas 10 e 11

1º Período UNIDADE 1. Exercícios; A aventura de navegar

Brasil - Período Colonial

A FORMAÇÃO TERRITORIAL DO BRASIL

A Historiografia do Brasil Colonial tem início em 22 de abril de 1500 com a chegada dos portugueses.

Aulas Multimídias Santa Cecília. Professor André Araújo Disciplina: Literatura Série: 9º ano EF

PLANO DE CURSO DISCIPLINA:História ÁREA DE ENSINO: Fundamental I SÉRIE/ANO: 4 ANO DESCRITORES CONTEÚDOS SUGESTÕES DE PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O Barroco Colonial e o Mosteiro de São Bento no Rio de Janeiro

Por onde tudo começou...

CAESP - Artes Aula 16-19/08/2016 BARROCO E ROCOCÓ: AMÉRICAS E BRASIL

BARROCO PROFESSORA: GEORGIANA E G SOUSA 3º ANO E. M.

O IMPÉRIO ULTRAMARINO PORTUGUÊS PROF. FELIPE KLOVAN COLÉGIO JOÃO PAULO I

UNIÃO IBÉRICA E INVASÕES HOLANDESAS. Prof. Victor Creti Bruzadelli

Disciplina: HISTÓRIA Data: 15/12 /2018 Ensino Fundamental II Série: 7º ano Turma: BA; BE;

FRANCESES NO BRASIL FORTALEZA DE SANTA CRUZ DA BARRA - NITERÓI

DATA: 19 / 12 / 2017 VALOR: 20,0 Pontos NOTA: TRABALHO DE RECUPERAÇÃO FINAL SÉRIE: 7º ANO TURMA: A e B NOME COMPLETO:

MÓDULO 02 - PERÍODO PRÉ-COLONIAL E ASPECTOS ADMINISTRATIVOS,ECONÔMICOS E SOCIAIS DA COLONIZAÇÃO

CONTEÚDOS HISTÓRIA 4º ANO COLEÇÃO INTERAGIR E CRESCER

A Formação Territorial do BRASIL

b) Quem foi o primeiro navegador a chegar a essas terras? c) Em qual data ele chegou? d) Qual foi a primeira vila do Brasil?

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS CURSO DE ARTES VISUAIS. FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO UL

A Presença Estrangeira no Período Colonial. História C Aula 04 Prof. Thiago

Flagelação de Cristo (Foto: Pintura: Caravaggio / Reprodução)

EMENTA. Estudo da arquitetura e da cidade nos séculos XVI, XVII e XVIII na Europa com particular atenção a Portugal e no Brasil.

29/10/2013. Engenho: Unidade produtiva

BARROCO BRASILEIRO séc. XVIII - XIX

Brasil: Os Primeiros Anos

Arte barroca no Brasil. Prof: Maycon Douglas

BRASIL PORTUGUÊS PERÍODO PRÉ COLONIAL PERÍODO COLONIAL PROF. DE HISTÓRIA TÁCIUS FERNANDES BLOG:

COLONIZAÇÃO DO BRASIL

Estudo dirigido artes Milton Gomes Segundo ano Ensino Médio. Capítulo 14. A arte no Barroco Europeu. 01 Como foi criado o termo Barroco? R. na p.

Colégio Santa Dorotéia Área de Ciências Humanas Disciplina: História Ano: 7º - Ensino Fundamental Professora: Letícia

ESTUDE COMO SE A PROVA FOSSE AMANHÃ!

aaaa aaaa aaaa aaaa aaaa aaaa aaaa aaaa aaaa aaaa aaaa aaaa aaaa aaa Barroco Barroco Profª Adalgiza

PERÍODO COLONIAL

3º Ano Geografia Prof. Gustavo Macieira. O povo brasileiro e seu país: diversidade cultural e miscigenação de raças

TEORIA, HISTÓRIA E CRÍTICA DA ARQUITETURA E DO URBANISMO II TH 2

A escravidão brasileira

PADRE ANTÓNIO VIEIRA

Exercícios extras. Explique a caracterização que o texto faz do Renascimento e dê exemplo de uma obra artística em que tal intenção se manifeste.

. a d iza r to u a ia p ó C II

Crise do Sistema Colonial: Rebeliões Coloniais e Tentativas de Emancipação

REVISÃO I Prof. Fernando.

Circuito Cultural Colégio Loyola, 75 anos

RIF. Ensaio Fotográfico

Bloco de Recuperação Paralela DISCIPLINA: História

O Barroco no Brasil. Capitulo 11

FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO. Os contornos do nosso país, nem sempre foram como atualmente.

CHEGADA DA EXPEDIÇÃO COLONIZADORA DE MARTIM AFONSO DE SOUZA 1530 MARTIM AFONSO DE SOUZA FUNDOU A PRIMEIRA VILA NO BRASIL

Os Profetas e o Movimento

ARTE BARROCA SÉCULO XVII

GEODIVERSIDADE NO PATRIMÔNIO CULTURAL CONSTRUÍDO DO ESTADO DO PARANÁ. Antonio Liccardo Universidade Estadual de Ponta Grossa

A Administração Colonial

Arte no Brasil Colonial. Arquitetura e urbanismo. 8º ano

LISTA DE RECUPERAÇÃO. Do 3º trimestre - Disciplina: HISTÓRIA

2º Bimestre 2018 Artes Plásticas/ Sharlene CONTEÚDO DO BIMESTRE CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO TÓPICOS DO CONTEÚDO

1. Brasil: formação e organização do território P Á G I NAS 0 2 À 19.

A FORMAÇÃO HISTÓRICA DO TERRITÓRIO BRASILEIRO

História do Brasil Colônia. Profª Maria Auxiliadora

A Economia Mineradora (Século XVIII) O Processo de Independência. 1 A Economia Mineradora do Século XVIII. 2 As Reformas Pombalinas

Governo Geral. Início - Tomé de Sousa, 1549, com cerca de homens 1

História do Brasil (C) Apostila 2. Prof.ª Celiane

1- Leia com atenção e, sobre o escravismo colonial, responda ao que se pede: I- Os escravos eram as mãos e pés dos senhores de engenho.

O PROCESSO DE URBANIZAÇÃO BRASILEIRA MÓDULO

Geografia Marcelo Saraiva

Geopolítica da Guerra da Tríplice Aliança

A Expansão Portuguesa. Portugal e o Mundo nos séculos XV e XVI

ROTEIRO DE ESTUDOS I ETAPA LETIVA HISTÓRIA 5.º ANO/EF 2018

A Expansão Territorial (Séculos XVII e XVIII)

OBJETIVO DA AULA: - EXPOR AS TRANSFORMAÇÕES PROVOCADAS PELAS GRANDES NAVEGAÇÕES.

Planejamento das Aulas de História º ano (Prof. Leandro)

Colégio Santa Dorotéia

PRIMEIRAS MANIFESTAÇÕES (MAGIA E RITUAL VENATÓRIO)

A EXPANSÃO DA AMÉRICA PORTUGUESA

A EXPANSÃO TERRITORIAL, O CICLO DA MINERAÇÃO E AS REVOLTAS COLONIAIS Prof. Maurício Ghedin Corrêa

Capítulo 06. Economia e sociedade no período da cana-de-açúcar no Brasil

DATA: /12/2014 ETAPA: Anual VALOR: 20,0 pts. NOTA: ASSUNTO: Trabalho de Recuperação Final SÉRIE: 7º ANO/E.F. TURMA: NOME COMPLETO:

HISTÓRIA DO BRASIL INTRODUÇÃO. EXPANSÃO ULTRA MARÍTIMA & BRASIL PRÉ COLONIAL

COLÉGIO ESTADUAL DA POLÍCIA MILITAR DE GOIÁS HUGO DE CARVALHO RAMOS ATIVIDADE COMPLEMENTAR. Escola de Civismo e Cidadania

A escravidão também chamada de escravismo, escravagismo e escravatura é a prática social em que um ser humano adquire direitos de propriedade sobre

O maior assombro da nossa história é a unidade nacional Tristão de Ataíde.

Colégio Marista São José Montes Claros MG Prof. Sebastião Abiceu 7º ano

Jimboê. História. Avaliação. Projeto. 4 o ano. 4 o bimestre

A ocupação africana e suas consequências

MARIANA HISTÓRIA ROTEIRO E EXERCÍCIOS 7º ANO

Características gerais

ARTE BARROCA. BARROCO ITALIANO Século XVI - XVII

colégio Os erros de ortografia serão descontados. 1. Mar Português

Transcrição:

ARTE NO BRASIL COLÔNIA DE 1530 À 1822 Unidade 2

INICIO DA ARTE COLONIAL Primeiros portugueses em terras brasileiras. Invasão dos franceses. Martim Afonso de Souza, fundou a vila de São Vicente-SP Plantio de cana-de-açúcar, principal fonte de riqueza. Começa a colonização.

Ilustração: Franz Post (1612-80) -"Engenho de Açucar no Brasil". Desenho aquarelado sobre papel, com traços de carvão, 1640.

FransPost. Engenho, séc. 17 desenho

Com a necessidade de ampliação da ocupação o Brasil entra numa nova fase: AS CAPITANIAS HEREDITÁRIAS (1530-1549) Vieram para cá: aventureiros, mercenários, degredados e escravos, mas também, religiosos, artilheiros e judeus cristianizados fugidos da inquisição. Território rico em riquezas naturais. Envio de religiosos para impor a cultura portuguesa.

ARTE PLÁSTICAS E ARQUITETURA ( construções militares, civis e religiosas). À igreja ( jesuítas, franciscanos e beneditinos), coube difundir a arte, espelhados na fé cristã. Ao governo, as construções militares, para defesa do território. Escambo: daqui iam nossas riquezas e de Portugal vinham as pedras para construção da arquitetura colonial.

CASARIO COLONIAL SÉC. XVIII PARATY/RJ

CASA DE CAMARA E CADEIA. 1766, ATUAL MUSEU DAS BANDEIRAS, GOIAS/GO

FORTIFICAÇÕES Portugal investe em fortificações para evitar invasões estrangeiras e do próprio índio, espalhadas por vários pontos do Brasil. Staden, naufrago, é o primeiro a relatar os costumes dos nativos com riqueza de detalhes. As fortificações são espalhadas principalmente no litoral, em pontos estratégicos.

FORTALEZA DE SÃO JOÃO, BERTIOGA/SP

Forte de Nossa Senhora de Monte Serrat, Salvador, Brasil.

FORTES DE SANTA CATARINA FORTE SÃO JOSÉ DA PONTA GROSSA

SANTA CRUZ DE ANHATOMIRIM

SANTO ANTONIO DE RATONES

REAL FORTE DO PRÍNCIPE DA BEIRA, RONDÔNIA ÀS MARGENS DO RIO GUAPORÉ.

CONSTRUÇÕES RELIGIOSAS IGREJA DE COSME E DAMIÃO, IGARASSU/PE (1535)

CAPELA SÃO CONÇALO DO AMARANTE, 1626 JACAREPAGUÁ/RJ

APESAR DAS FORMAS SIMPLES DAS IGREJAS, HÁ GRANDE INFLUÊNCIA DOS PADRÕES CULTURAIS E ARTÍSTICOS EUROPEUS. MUITAS DAS IGREJAS ERAM CONSTRUIDAS POR PESSOAS COMUNS, COMO DEMONSTRATIVO DE FÉ E TAMBÉM PARA CONQUISTAR PRESTÍGIO POLÍTICO.

OPULÊNCIA DO BARROCO Contrarreforma Reafirmar e difundir sua doutrina Novas invenções Mudanças econômicas e sociais Fervor religioso

O BARROCO NO BRASIL Séc. XVII -XIX Expansão das vilas Influências locais e européias Aqui mais pobre e escasso Mão escrava ou morena Transformar igrejas em verdadeiras obras de arte com o intuito de converter a todos. Relevos em madeira, finas camadas de ouro, cornijas e portadas decoradas. RJ, MG, BA, PE

PINTURA: José Joaquim da Rocha, José Patrício da Silva Manso, Padre Jesuino do Monte Carmelo... LITERATURA: Gregório de Matos, Padre Antônio Vieira. MÚSICA: Antônio Teixeira ESCULTURA: Agostinho de Jesus, Manuel Ignácio da Costa e Antônio Francisco Lisboa(Aleijadinho)

Nas outras regiões como RS, GO, MT, SP, onde o comércio não despontou a arquitetura teve talhas mais modestas e trabalhos realizados por artista menos experientes que as regiões mais ricas.

Igreja Nossa Senhora da Glória do Outeiro, RJ

IGREJA DA ORDEM TERCEIRA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS DA PENITÊNCIA, RECIFE/PE

IGREJA DE SÃO FRANCISCO, 1708 SALVADOR/BA

ALEIJADINHO MAIOR ARTISTA DO BARROCO BRASILEIRO ARTE SACRA ESCULTOR E ARQUITETO DEIXOU IMPRESSO SEU ESTILO FORÇA, DRAMATICIDADE E PERSONALIDADE SUAS ESCULTURAS TEM UM AR ORIENTAL DA MOVIMENTO ÀS FIGURAS

ADRO DO SANTUARIO DE BOM JESUS DE MATOSINHO, MG

PROFETA

IGREJA DE SÃO FRANCISCO OURO PRETO/MG

NOSSO SENHOR DA PACIÊNCIA CRISTO CARREGANDO A CRUZ

HOLANDESES NO BRASIL Um dos invasores do Brasil (1624-1654), que conseguem se infiltrar e permanecer no nordeste. Influenciaram a política, economia, as artes e a cultura. Nassau chega ao Brasil em 1637, traz em sua comitiva: médicos, arquitetos, geógrafos, cientistas e pintores Os artistas vindos com Nassau são os primeiros a representar paisagens e cenas da vida brasileira, desvinculado da religião.

GEORGE MARCGRAVES, MAPA

FRANS POST E ALBERT ECKHOUT Holandeses vindos com Nassau, precursores na representação da paisagem e cenas da vida brasileira. Post veio ao Brasil aos 24 anos e é considerado o primeiro pintor europeu a retratar o Brasil. Retratou também naturezas morta e retratos. A paisagem era seu forte. Eckhout realiza pinturas que resgatam a flora efaunaeopovobrasileiro.

POST VISTA DE ITAMARACÁ,1637

POST VISTA DA CIDADE DE MAURICIA E DO RECIFE,1657

ECKHOUT DANÇA DOS TAPUIAS, 1641

ECKHOUT NATUREZA MORTA, S/D

CULTURA AFRICANA Aqui chegaram trazidos pelos navios negreiros para servirem de escravos nos canaviais. Já neste período representavam a maioria da população e principal força de trabalho. São forçados a seguir os costumes dos brancos, sendo-lhes tolhido todo direito a sua cultura, seja religiosa ou artística. Mesmo se adaptando, não perdem sua identidade cultural.

Candomblé, Umbanda, Vodu Músicas Instrumentos musicais Culinária Esporte Vocabulário São vários fatores que os negros conseguiram camuflar e nos deixar de herança. Ajudando a formar e delinear a identidade cultural brasileira.

ARTISTAS QUE RETRATARAM O REGIME DE SERVIDÃO DOS ESCRAVOS RUGENDAS: pintor e desenhista alemão, contratado para retratar o Brasil, seus costumes, paisagens, povo.. DEBRET: representa momentos do cotidiano brasileiro, onde os escravos aparecem realizando serviços domésticos.

NEGROS NO PORÃO, 1821,35 - LITOGRAFIA RUGENDAS

JOGAR CAPOEIRA OU DANÇA DA GUERRA

DEBRET

MERCADO DE ESCRAVOS

O JANTAR NO BRASIL, 1834

UMA SENHORA BRASILEIRA EM SEU LAR, 1834-39

AUGUSTUS EARLE NEGROS LUTANDO NO BRASIL. 1822