INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

Documentos relacionados
ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE SANDUÍCHES NATURAIS COMERCIALIZADOS EM ARAPONGAS PARANÁ SILVA, M.C; TOLEDO, E

Controle de qualidade na produção leiteira: Análises Microbiológicas

MICRO-ORGANISMOS DE IMPORTÂNCIA HIGIÊNICO-SANITÁRIA 1

06/10/2017. Microbiologia da água

MICRO-ORGANISMOS DE IMPORTÂNCIA HIGIÊNICO-SANITÁRIA 1

BACTÉRIAS DE IMPORTÂNCIA HIGIÊNICO-SANITÁRIA 1

Microbiologia ambiental 30/09/201 4

Profa. Patricia Dalzoto Departamento Patologia Básica Universidade Federal do Paraná

Avaliação da qualidade microbiológica do leite pasteurizado tipo C produzido na região de Araguaína-TO

Contagem de coliformes totais e coliformes termotolerantes em alimentos. Prof a Leila Larisa Medeiros Marques

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

Controle de qualidade na produção leiteira: Análises Microbiológicas

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE HORTALIÇAS SERVIDAS NO RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO DA UFPEL, CAMPUS CAPÃO DO LEÃO. 1. INTRODUÇÃO

TÍTULO: ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE ESPONJAS UTILIZADAS NA HIGIENIZAÇÃO DE UTENSÍLIOS DE COZINHA DE RESTAURANTES DO MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS-GO

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE QUEIJO MINAS FRESCAL PRODUZIDOS POR PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DO MUNICIPIO DE GUARAPUAVA E REGIÃO

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE MÃOS DE MANIPULADORES, MÁQUINAS DE MOER CARNE E FACAS DE CORTE, EM SUPERMERCADOS DA CIDADE DE APUCARANA- PR

Introdução. Graduando do Curso de Nutrição FACISA/UNIVIÇOSA. 3

(83)

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE LINGUIÇAS MISTAS COMERCIALIZADAS NO MUNICÍPIO DE LIMOEIRO DO NORTE - CEARÁ

PERFIL DA QUALIDADE DE HORTALIÇAS FORNECIDAS EM CRECHES PÚBLICAS NO MUNICÍPIO DE PATOS-PB

Universidade Federal de Pelotas/UFPel Caixa Postal CEP INTRODUÇÃO

AVALIAÇÃO BACTERIOLÓGICA EM AMOSTRAS DE AÇAÍ NA TIGELA COMERCIALIZADAS NO MUNICÍPIO DE CARUARU PE

AVALIAÇÃO MICROBIOLOGICA DE SORVETES TIPO ITALIANO NA CIDADE DE SANTA MARIA RS 1

Teste Simplificado para Detecção de Coliformes Totais

Universidade Estadual do Norte do Paraná/Campus Luiz Meneghel. Ciências Agrárias, Medicina Veterinária

ENUMERAÇÃO DE MICRORGANISMOS INDICADORES DA QUALIDADE HIGIÊNICO-SANITÁRIA EM QUEIJO COLONIAL

TÍTULO: ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE EMBUTIDOS CÁRNEOS DO TIPO PRESUNTO COMERCIALIZADOS EM SÃO PAULO/SP

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE QUEIJO DE COALHO

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE LINGUIÇA SUINA COMERCIALIZADA NO SUL DO RIO GRANDE DO SUL

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE BISCOITOS E EMPANADOS PROCESSADOS COM E SEM GLÚTEN A PARTIR DE FILÉ DE CARPA HÚNGARA (CYPRINUS CARPIO)

MONITORAMENTO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DOS SUCOS DE FRUTA COMERCIALIZADOS EM UM CAMPUS UNIVERSITÁRIO NA CIDADE DE TERESINA-PI

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DAS POLPAS E SUCOS DE FRUTAS, UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Disciplina: Controle de Qualidade Série: 2ª Turmas: L/N/M/O. Curso: Técnico em Agroindústria. Professora: Roberta M. D.

Teste Simplificado para Detecção de Coliformes Totais

XI Encontro de Iniciação à Docência

MEIOS DE CULTURA TIPOS DE MEIOS DE CULTURA

PROJETO DE PESQUISA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE QUEIJO TIPO COLONIAL PRODUZIDO A PARTIR DE LEITE CRU E PASTEURIZADO

Avaliação da Qualidade Microbiológica de Manteigas Artesanais Comercializadas no Estado de Alagoas

AVALIAÇÃO HIGIÊNICO-SANITÁRIA DE LINGUIÇAS SUÍNAS DO TIPO FRESCAL COMERCIALIZADAS NA REGIÃO DE PELOTAS-RS

PESQUISA DE COLIFORMES FECAIS E PSEUDOMONAS AERUGINOSA EM LEITE HUMANO ORDENHADO PROVENIENTE DE BANCO DE LEITE LOCALIZADO NO AGRESTE PERNAMBUCANO

Departamento de Zoologia da Universidade de Coimbra. Método do Número Mais Provável

TÍTULO: PESQUISA DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS, ESCHERICHIA COLI E SALMONELLA SPP EM KETCHUPS E MAIONESES EMBALADOS EM SACHÊS.

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DOS GELADOS COMESTÍVEIS ANALISADOS NO LACEN/RN EM 2015

Análise da presença de Coliformes Totais em caldo de cana comercializados em quatro municípios goianos

NORMAS TÉCNICAS REDEBLH-BR PARA BANCOS DE LEITE HUMANO:

PRESENÇA DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES E TOTAIS EM BOMBONS TRUFADOS CASEIROS, VILHENA-RO

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DO CALDO DE CANA EM FEIRAS LIVRES DO ESTADO DE RONDÔNIA

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE MANTEIGAS COMERCIALIZADAS EM VIÇOSA (MG) 1. Introdução

PROBLEMATIZAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: ANÁLISE DA PRESENÇA DE COLIFORMES NO LAGO DO JABUTI

AVALIAÇÃO DE MICRO-ORGANISMOS INDICADORES HIGIÊNICO-SANITÁRIOS EM QUEIJOS PARMESÃO RALADOS COMERCIALIZADOS EM CAMPOS DOS GOYTACAZES RJ

Instrução normativa 62/2003: Contagem de coliformes pela técnica do NMP e em placas

Revista Brasileira de Tecnologia Agroindustrial

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE CARNE BOVINA MOÍDA COMERCIALIZADA EM LIMOEIRO DO NORTE-CE

XI Encontro de Iniciação à Docência

Qualidade microbiológica de sorvetes comercializados em Frutal, Minas Gerais

ANÁLISES DE COLIFORMES TOTAIS E TERMOTOLERANTES EM PRODUTOS DERIVADOS LACTEOS E SORVETES

Faculdade Assis Gurgacz FAG Scheila Maiara Dal Posso

Autoridade de Segurança Alimentar e Económica. Maria Adelaide Teles

XI Encontro de Iniciação Científica do Centro Universitário Barão de Mauá

TAPIOCA: nutritiva e saudável?

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DA ÁGUA UTILIZADA PARA LAVAGEM E ACONDICIONAMENTO DAS CONCHAS QUE SERVEM SORVETE PALMAS-TO

AVALIAÇÃO HIGIÊNICO-SANITÁRIA EM AMOSTRAS INDICATIVAS DE QUALIDADE DE MORANGOS COMERCIALIZADOS EM TRÊS CIDADES DO MEIO OESTE CATARINENSE

FLUXOGRAMA DE PRODUÇÃO DE ALIMENTOS: n s u m o. A b a t e d o u r. n s u m i d. Alterações da Microbiota. Alteração da Qualidade Microbiológica

Qualidade microbiológica de queijos frescos artesanais comercializados na região do norte de Minas Gerais

CONDIÇÕES MICROBIOLÓGICAS DE ALFACES COMERCIALIZADAS EM FEIRAS-LIVRES DA CIDADE DE MARINGÁ-PR.

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DO LEITE PASTEURIZADO COMERCIALIZADO EM JUIZ DE FORA NO

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DO QUEIJO COALHO COMERCIALIZADO NA CIDADE LUÍS GOMES/RN.

PROGRAMA DE DISCIPLINA

PESQUISA DE SALMONELLA EM MOLHOS PRODUZIDOS E COMERCIALIZADOS EM UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO NA CIDADE DE MONTES CLAROS MG

André Fioravante Guerra NMP/g ou ml de Coliformes a 35 e 45 C Valença, 1ª Edição, p. Disponível em:

AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DO TRATAMENTO TÉRMICO DO LEITE PASTEURIZADO TIPO C, COMERCIALIZADO NO MUNICÍPIO DE UBERLANDIA-MG.

QUALIDADE HIGIÊNICO-SANITÁRIA DE LANCHES COMERCIALIZADOS NO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DA UFPEL, RS

Análise Técnica. Segurança Microbiológica de Molhos Comercializados em Embalagens Tipo Sache: Avaliação de um Abridor de Embalagens

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA EM BATATA PALITO PRÉ FRITA E CONGELADA

Programa Analítico de Disciplina TAL414 Microbiologia do Leite e Derivados

Qualidade microbiológica de queijos coloniais comercializados em Francisco Beltrão, Paraná

Challenge testing and shelf-life studies

Análise microbiológica de cebolinha (Allium fistolosum) comercializada em supermercado e na feira-livre de Limoeiro do Norte-CE

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DA CARNE BOVINA COMERCIALIZADA IN NATURA EM SUPERMERCADOS DO MUNICÍPIO DE ARAPONGAS-PR

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS DE UM FRIGORÍFICO NO SERTÃO DA PARAÍBA

QUALIDADE E INOCUIDADE DO QUEIJO ARTESANAL SERRANO EM SANTA CATARINA

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE FAST FOODS COMERCIALIZADOS POR AMBULANTES NO CENTRO DA CIDADE DE NATAL, RN.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 26, DE 12 DE JUNHO DE 2007 (*)

Ana Paula L. de Souza, Aluna do PPG Doenças Infecciosas e Parasitarias (ULBRA); Gabriela Zimmer (Médica Veterinária);

FACULDADE ASSIS GURGACZ FAG MARIA INEZ LAUTERT

Comida de rua comercializada em São Luís/MA: Diagnóstico higiênico-sanitário

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE QUEIJOS MINAS FRESCAL E QUEIJOS MINAS PADRÃO COMERCIALIZADOS NA CIDADE DE UBERABA MG

Análise de coliformes totais e termotolerantes em leites in natura do comércio informal no município de Currais Novos.

Curso Técnico em Análises Químicas Microbiologia. Meios de cultura

Avaliação Microbiológica de Sorvetes Comercializados nos Principais Supermercados de Maceió-AL

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DO CALDO DE CANA COMERCIALIZADO NO CENTRO DO MUNICÍPIO DE TERESINA-PI

PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Disponível em: <

CONTROLE DE QUALIDADE DE MEIOS DE CULTURA UTILIZADOS PARA ENSAIOS MICROBIOLÓGICOS DE ALIMENTOS

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA EM LEITE PASTEURIZADO COMERCIALIZADO NA REGIÃO NOROESTE DO ESTADO DO PARANÁ BRASIL. Brasil.

Alves, E.N.; Henriques, L.S.V.; Azevedo, H.S.; Pinto, J.C.C.; Henry, F.C.

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE PEIXE TAMBAQUI (Colossoma macropomum) NO ENTREPOSTO DO MUNICÍPIO DE TERESINA-PI

POTENCIAL ANTIBIÓTICO DE EXTRATO AQUOSO DE CASCAS DE CAJUEIRO SOBRE BACTÉRIAS DO GRUPO COLIFORMES PARA TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS

TÍTULO: PESQUISA DE MICRORGANISMOS INDICADORES DA QUALIDADE HIGIÊNICO-SANITÁRIA DE QUEIJOS TIPO MINAS FRESCAL

revoga: Portaria nº 379, de 26 de abril de 1999 RESOLUÇÃO DE DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº. 266, DE 22 DE SETEMBRO DE 2005.

Transcrição:

Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE ALIMENTOS GELADOS COMESTÍVEIS CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: BIOMEDICINA INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS AUTOR(ES): EMILLY YUSSEF MOURAD ORIENTADOR(ES): LILIANA PATRICIA VITAL DE MATTOS

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE ALIMENTOS GELADOS COMESTÍVEIS 1. RESUMO Os sorvetes são classificados como gelados comestíveis, sendo obtidos a partir de uma emulsão de gorduras e proteínas e outros ingredientes pasteurizados. Por ser conservado em baixas temperaturas, a maioria dos consumidores acredita que esta características garante a qualidade microbiológica do produto. Pesquisas apontam que isso não indica que o alimento esteja livre de contaminação. Este trabalho tem como objetivo avaliar a presença de coliformes totais e termotolerantes, além de Samonella e Stapylococcus aures, bem como, assegurar a qualidade dos produtos, seguindo as normas da RDC n 12 estabelecida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). PALAVRAS-CHAVE: gelados comestíveis, métodos de controle, coliformes 2. INTRODUÇÃO Os sorvetes são considerados alimentos do tipo gelados comestíveis e (HOFFMAN et al., 2000). São classificados quanto ao processo de fabricação segundo a legislação em sorvetes de massa ou cremosos, picolés e produtos especiais gelados. Segundo a composição classificam-se em sorvetes de creme, sorvetes de leite, sorvetes, gelados de fruta e gelados (ANVISA, 1999). 3. OBJETIVO Apresentar as principais medidas de controle associados ao consumo de derivados do leite do grupo de gelados comestíveis, os principais perigos que induz o crescimento microbiano, ilustrando a ocorrência destes tipos de contaminações e verificar quais os micro-organismos patogênicos. 4. METODOLOGIA Os ensaios foram constituídos por três amostras de sorvete não pasteurizados, á base de leite. Estas amostras foram coletadas em três diferentes lojas de redes de fast foods na zona sul de São Paulo com intervalo de 15 dias. As 1

amostras foram adquiridas como para consumo, em copos plásticos fornecidos pelo próprio estabelecimento. Depois de adquiridas foram colocadas em caixa de material isotérmico contendo blocos de gelo e levadas ao laboratório, quando iniciou-se a análise microbiológica. Para o preparo das amostras foram pesadas 10g do sorvete liquefeito sendo este misturado em 90 ml de água destilada tamponada estérilizada. A partir da diluição inicial (10-1 ) foram realizadas mais quatro diluições, inoculando 1ml dessas diluições em tubos contendo caldo lactosado bili verde brilhante para identificação de coliformes fecais. Foram utilizados 12 tubos por amostra, todos contendo tubo de Durham invertido. Á partir de cada tubo positivo as amostras foram transferidas para o caldo E.C para identificação de E.Coli e incubados a 45 C por 24 a 48 horas, os que positivaram foram transferidos para placa com Eozina azul de metileno. As placas positivas foram coradas pelo método de Gram e realizados testes bioquímicos de identificação. Para pesquisa de Salmonella foram pesados 25g do sorvete sendo este homogeneizado em 225g de caldo lactosado, a seguir, incubado á 37 C por 24h. Após incubação transferiu-se 1ml para tubos contendo 9ml caldo tetrationato e mais 1ml da mesma mistura em tubos com selenito (9ml). Todos foram incubados e após 24h transferidos 10µL para o meio S.S para caracterização de Salmonella O ensaio para detecção de S. Aureus foram realizadas diluições iniciais, 0,1ml de cada diluição e semeamos em meio Baird parker e estes foram inoculados em quinze placas de petry para cada amostra, estas foram incubadas á 37 C por 48h. Após incubadas foi realizado o teste de Coagulase seguidos de coloração de Gram. 5. DESENVOLVIMENTO De acordo com a legislação sanitária brasileira os sorvetes são classificados como gelados comestíveis estes são obtidos a partir de uma emulsão de gorduras e proteínas, com ou sem adição de outros ingredientes e substâncias como a água, açúcares que tenham submetidos ao congelamento, sob condições que conservem o produto no estado congelado ou parcialmente congelado durante o processo de armazenagem, transporte até a entrega de consumo (HOFFMAN et al., 2000). 2

Como o sorvete é um produto lácteo pode apresentar perigos de contaminação que são agrupados em categorias: biológicos, químicos ou físicos. Como cada micro-organismo possui um potencial para causar doenças, eles também são agrupados de acordo com a sua severidade em três grupos: alta, média e baixa. O estabelecimento de uma classificação do perigo quanto à sua severidade é importante no estabelecimento de um Sistema HACCP (Hazard Analysis and Critical Control Points) (BAPTISTA; VENÂNCIO, 2003). São classificados quanto ao processo de fabricação segundo a legislação em sorvetes de massa ou cremosos, picolés e produtos especiais gelados. Segundo a composição são classificam-se em sorvetes de creme, sorvetes de leite, sorvetes, gelados de fruta e gelados (ANVISA, 1999). O sorvete é um produto que possui um alto valor nutricional, o ph é de 6-7 e são armazenados por um longo período, esses fatores contribuem para o crescimento microbiano, os mais significativos são: Staphyloccoccus aureus, Listeria monocytogenes, Yersinia enterocolitica, o Bacillus cereus e o Streptococus spp. e coliformes totais e termotolerantes, que podem sobreviver nos alimentos a baixas temperaturas. Pontos críticos de controle na fabricação devem ser avaliados; a recepção e estocagem das matérias primas, a etapa de pasteurização e maturação, o transporte e o armazenamento nos pontos de venda (MIKILITA; CÂNDIDO, 2004). As medidas de controle incluem desde a manipulação, matérias primas, os equipamentos e estrutura operacional (RIBEIRO; SIQUEIRA, 2008 apud EVENGELISTA, 1998; PINTO, 2006). A coleta de amostras faz parte das Boas Práticas de Fabricação para avaliação microbiológica, que tem como objetivo estabelecer procedimentos para o correto manuseio em todo o processo de fabricação O processo de pasteurização como inibidor de crescimento deste microorganismos é constatado que a baixa temperatura não inibe totalmente o crescimento bacteriano (GRACIANE et al., apud MILIKITA, 2002; RIBEIRO; SIQUEIRA, 2008 apud SBCTA, 2000; SILVA JR, 2005). 6. RESULTADOS Para presença de Salmonella (Tabela 1), os resultados indicam que houve crescimento no meio de enriquecimento Rappaport e Tetrationato, indicando o 3

consumo de nutrientes específicos para o crescimento de Salmonella. Isto foi confirmado no meio Salmonela Shigella (SS) para as três amostras analisadas. Tabela 1: Presença de Salmonella Salmonella Presuntivos Confirmativo Amostra Diluições Rappaport Tetrationato SS 1-2 crescimento Crescimento + -3 crescimento Crescimento + -4 crescimento Crescimento + -5 Crescimento Crescimento - 2-2 Crescimento Crescimento + -3 Crescimento Crescimento + -4 Crescimento Crescimento - -5 Crescimento Crescimento - 3-2 Crescimento Crescimento + -3 Crescimento Crescimento - -5 Crescimento Crescimento - -5 Crescimento Crescimento - Sinais positivos (+) indicam a presença de Salmonella; sinais negativos(-) indicam a ausência de Salmonella Quando feitos os testes bioquímicos de identificação TSI, LISINA e CITRATO pode-se confirmar a presença de Samonella spp, pois no meio TSI: houve fermentação de lactose, sacarose e glicose, tendo ápice e base de cor amarela. LISINA: Apresentou alteração do ph do meio, e coloração púrpura (não alterou a cor). CITRATO: Houve crescimento bacteriano com alteração do ph, pois a bactéria liberou amônia que é alcalina e alterou a cor do meio para azul 4

Para avaliação de presuntiva E. coli foram verificados a presença desta bactéria nas amostras 1, 2, 3 (Tabela 2). Quando realizado o teste confirmativo não foram observados crescimento de E.coli. Tabela 2: Presença de Escherichia coli Presuntivo Confirmativo Amostra Diluições E.C E.M.B 1-2 + - -3 + - -4 + - -5 - - 2-2 - - -3 + - -4 - - -5 - - 3-2 - - -3 + - -4 + - -5 + - Sinais positivos (+) indicam presença de coliformes totais; Sinais negativos(-) indicam ausência de coliformes totais Para avaliação de S.aureus foram avaliadas três amostras (Tabela 3), houve crescimento no meio Baird Parker nas diluições -2,-3,-4 e -5 da amostra 1, -3 da amostra 2 e -2,-3,-4 da amostra 3. Ambas as diluições foram confirmados com teste de coagulase e coloração de gram. Tabela 3: Presença de Staphylococcus aureus 5

Amostra Diluições Baird Parker Gram Coagulase 1-2 + + + -3 + + + -4 + + + -5 + + + 2-2 - - - -3 + + + -4 - - - -5 - - - 3-2 + + + -3 + + + -4 + + + -5 - - - Sinais positivos(+) indicam presença de S.aureus; Sinais negativos(-) indicam ausência de S.aureus 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS Todas as três amostras coletadas nas redes de fast-food da zona sul de São Paulo continham a presença de Salmonella e S.aureus aumentando o risco de intoxicação alimentar. Quanto à presença de E.coli não foi detectada sua presença em nenhuma das amostras analisadas, este resultado nos permite observar que da amostras avaliadas todas estão improprias pra consumo de acordo com a RDC n. 12. 8. FONTES CONSULTADAS Agência Nacional de Vigilância Sanitária: resolução RDC n 267 de 25 de Setembro de 2003. Disponível em: <www.anvisa.gov.br>. Acesso em: 10 abr. 2010. 6

BAPTISTA P.; VENANCIO, A. - Os perigos para a segurança alimentar no processamento de alimentos. (p. 6 a 40); 2003. FICHA TÉCNICA Forvisão- Consultoria Integrada, Ltda, 1 Edição, 300 exemplares. HOFFMAN L. F et al Qualidade higiênico-sanitária de sorvetes comercializados na cidade de São José do Rio Preto- SP- Brasil; 2000. Revista Higiene Alimentar, volume 14, n 76. MIKILITA S. I - Avaliação do estágio de adoção das boas práticas de fabricação pelas indústrias de sorvete da região metropolitana de Curitiba (PR): Proposição de um plano de análise de perigos e pontos críticos de controle, (p. 4 a 62) Dissertação (Pós-graduação em Tecnologia de Alimentos) Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2002. RIBEIRO R. L.; SIQUEIRA DE D. I. M. Validação da higienização em indústria de gelados comestíveis. ( p. 281 a 282); 2008. Goiânia, v. 35, n. 2. 7