A Inflação em Angola e a Divergência entre Monetaristas e Keynesianos

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Transcrição:

1 RESUMO SEMANAL 16 de Maio de 2016 A Inflação em Angola e a Divergência entre Monetaristas e Keynesianos Desde os primeiros dias da história económica moderna, a inflação foi um dos assuntos mais discutidos entre os economistas. A importância deste tema deriva do facto da mesma ser um indicador de conjuntura, mede a evolução generalizada dos preços de uma região (economia) ao longo de um terminado período de tempo. As principais escolas de pensamento macroeconómico, monetarista e keynesiana, também falaram sobre o assunto. A escola monetarista acreditava que a inflação era um fenómeno meramente monetário, causada apenas por excesso de moeda. Por isso, para se controlar a inflação as economias só precisavam gerir muito bem a massa monetária. Por outro lado, a escola keynesiana acreditava que a inflação era também um fenómeno da economia real, isto é, os constrangimentos da economia real também podiam causar inflação. Durante a grande depressão, dos anos 30, por exemplo, as duas escolas divergiram quanto a melhor política a adoptar para acelerar a inflação da economia norte-americana e gerar crescimento. Enquanto a escola monetarista dizia que a melhor receita era a adopção de uma política monetária expansionista para aumentar a procura agregada, a escola keynesiana acreditava que a melhor política a adoptar era a política fiscal expansionista. Segundo os monetaristas, a recessão foi provocada por um erro de política monetária, isto é, ao invés de aumentar a oferta de moeda, o Banco Central diminuiu a oferta de moeda. Os keynesianos acreditavam que a economia americana estava num contexto de armadilha de liquidez, por isso seria inútil usar a política monetária expansionista. Em Angola, nos últimos meses, o debate sobre a inflação reapareceu devido ao aumento acelerado do Índice de Preços ao Consumidor (IPC). Em abril a inflação voltou a superar os registos dos últimos 10 anos, depois de atingir 23,60% em Março de 2016, em Abril a variação homóloga do IPC atingiu cerca de 26,41% uma diferença de 18,18 p.p. face ao mesmo período do ano passado, quando atingiu cerca de 8,23%, segundo o relatório do INE. As categorias que mais variação tiveram em termos homólogos são: saúde com 49,10%; bens e serviços diversos 35%; bebidas alcoólicas e tabaco 34,91%; Educação 31,94%. A nível nacional, o Índice de Preços do Consumidor Nacional (IPCN) mensal atingiu cerca de 3,10%, tendo as províncias com maior aumento sido Luanda com 3,14%, Bengo com 3,10%, Lunda Norte com 3,03%. As províncias com menor variação foram o Huambo 2,33%, Uíge com 2,60% e o Cunene com 2,64%. O aumento acontece apesar do BNA ter adoptado medidas concretas para o combate à inflação, por via do aumento da taxa de juro directora, aumento do rácio de reservas obrigatórias para 30%, em moeda nacional, conjugados ao esforço do Governo criar um sistema de preços vigiados. Todavia, em termos mensais a inflação de Luanda reduziu de 3,43% em Março para 3,14% Abril, dando sinais de que a postura contracionista do BNA e a gestão da depreciação do Kwanza poderão reduzir a inflação homóloga nos próximos meses. 35,00 Coeficiente de Reservas Obrigatórias (%) 30,00 25,00 20,00 15,00 10,00 5,00 - Jan-08 Jan-09 Jan-10 Jan-11 Jan-12 Jan-13 Jan-14 Jan-15 Jan-16 Fonte: BNA MN ME No entanto, tal como não era consensual no passado, não é consensual a atual abordagem da inflação em Angola. Há pelo menos duas correntes que se evidenciam, aqueles que acreditam que qualquer tentativa de redução da massa monetária e encarecimento do crédito só irá causar mais desequilíbrios na economia angolana e os que acreditam que a intervenção do banco central pode gerar estabilidade de preços e crescimento económico, por via dos ganhos de previsibilidade económica gerados pela estabilidade dos preços. A verdade é que Angola está a passar por um período de depreciação cambial gerado pela redução das reservas internacionais líquidas do país, usadas para cobrir o défice de produção interna. Como resposta o BNA e o Governo têm adoptado um conjunto de medidas para reduzir o impacto do défice de fornecimento de bens e serviços na economia para mitigar o impacto sobre os preços, porém o impacto das políticas tem algum lag, por isso é de se esperar que as políticas que estão a ser adoptadas agora produzam os seus efeitos dentro de alguns meses, o efeito não é instantâneo. As políticas que estão a ser adoptadas pelo BNA e pelo Governo têm tanto de monetarismo como de keynesianismo, já que o governo percebe que existe défice de produção interna e está a adoptar medidas para aumentar a oferta interna ao mesmo tempo que está a procura de estabilidade de preços no curto prazo por via da gestão fina da liquidez. A nossa crise é inversa à crise norte-americana dos anos 30, também conhecida como a grande depressão, pois enquanto aquela foi causada por excesso de oferta (défice de procura) a nossa é uma crise caracterizada pelo défice de oferta (excesso de procura).

2 DESTAQUES Economias Desenvolvidas EUA As aplicações em hipotecas abrem o mês com ligeira variação face a semana anterior. As aplicações em hipotecas aumentaram 0,4% na primeira semana de Maio em comparação a semana anterior que contrasta com a redução de 3,4% verificada na última semana de Abril. As hipotecas variaram ligeiramente apesar do período ser caracterizado por aumentos do número de aquisições de imóveis, mas não elimina a expectativa de melhoria do desempenho do sector imobiliário. Reino Unido O Banco da Inglaterra (BoE) reduziu para 8 o número de reuniões do Comité de Política Monetária (CPM) e manteve a taxa de juro de referência em 0,5%. O Banco de Inglaterra (BoE) cortou de 12 para 8 o número de reuniões do Comité de Política monetária (CPM). A medida visa melhorar e garantir mais transparência no processo de tomada de decisões do Comité. A reunião de Outubro será a primeira eliminada do calendário do Banco da Inglaterra, seguida pelas reuniões de Janeiro, Abril e Julho de 2017. Na mesma semana o BoE manteve a taxa de juro de referência em 0,5% mesmo nível desde Março de 2009 em função da revisão em baixa da expectativa de crescimento da economia no 2º trimestre, de 05% para 0,3%, após registo de redução em 0,2 p.p. para 0,4% no 1º trimestre. Para a inflação o Comité de Política Monetária (CPM) prevê que evolua significativamente e atinga 2,1% no 2º trimestre de 2018, acima da meta de 2%, sendo que em Março aumentou em 0,2 p.p. para 0,5% em Março. As divulgações do CPM agregam os impactos do Brexit, diante da desvalorização da Libra em 9% desde Novembro de 2015 e a possibilidade de aumento dos custos de financiamento dos bancos. O sector industrial dá sinais de melhoria no mês de Março, mas piora em sentido homólogo. A produção industrial cresceu 0,3% em Março comparativamente ao mês transacto, o que contrasta com a redução de 0,2% verificada em Fevereiro, mas que representa uma redução de 0,2% em relação ao período homólogo. O sector é um factor de preocupação para o Reino, agravado pelas incertezas quanto a permanência ou não do mesmo na Zona Euro (Brexit). Alemanha As encomendas de fábrica cresceram 1,9% em Março em comparação ao mês anterior, suportada pela procura externa à União Europeia. O volume de encomendas de fábrica cresceu 1,9% em Março em relação ao mês transacto, o que contrasta aos -0,8% registados em Fevereiro. O bom desempenho superou os 0,6% antecipados pelo mercado. Para a evolução positiva das encomendas contribuíram o aumento em 4,3% das encomendas estrangeiras, como resultado do incremento em 1,1% provenientes de países da Zona Euro e 6,2% de países externos à região, enquanto que as encomendas domésticas apresentaram um declínio de 1,2%. A boa performance do indicador afasta os receios de estagnação do sector industrial no ano corrente. Canadá As novas contruções de imóveis cairam 5,38% para 191,5 mil imóveis construídos e atingem mínimos desde Janeiro. As construções de novos imóveis reduziram de 202,4 mil para 191,5 mil novas habitações de Março para Abril, correspondente a uma redução de 5,38%, tendo atingido o mínimo desde Janeiro. Para o fraco desempenho contribuíram as cidades de Quebec e Ontário. Os incêndios que assolam o país aumentarão a volatilidade do sector, esperando-se um salto significativo a medio prazo com o processo de reconstrução das cidades mais afectadas. Destaques da agenda desta semana: Será divulgado no Reino Unido, na terça-feira, a taxa de inflação homóloga referente ao mês de Abril, sendo esperado que se mantenha em 0,5%. Ainda no Reino Unido, realce para a divulgação, no dia seguinte, da taxa de desemprego pelo instituto ILO referente aos primeiros 3 meses do ano, sendo antecipado pelos mercados que se situe em 5,1%. Nos EUA será apresentado na quinta-feira o nível de confiança nos negócios relativamente ao mês de Maio, sendo esperado que atinja os 3 pontos. 6% 5% 4% 3% 2% 1% 0% 20% Economia Mundial PIB Evolução Anual 16% 12% 8% 4% 0% 3,4% 3,1% 3,2% 2,4% 2,4% 2,4% 0,9% 1,6% Taxa de Inflação Evolução Anual 1,5% 4,8% 3,0% 2,5% EUA Mercado Laboral 0,9% Global EUA Zona Euro Angola Portugal Fonte: FMI 2014 2015 (E) 2016 0,4% 0,4% 0,8% 1,6% 0,0% 0,1% 7,3% 10,3% 19,1% 0,6% 0,5% 0,7% 2,0% 1,5% 1,4% 1,8% 1,4% Zona euro EUA Angola Portugal China Fonte: FMI 2014 2015 (E) 2016 mil % 350 300 250 200 150 100 50 0 % 2,5 2 1,5 1 0,5 0-0,5 abr/15 jun/15 ago/15 out/15 dez/15 fev/16 abr/16 Pedidos iniciais de subsídios de desemprego Taxa de Desemprego Zona Euro Taxa de Inflação -1 ago/13 dez/13 abr/14 ago/14 dez/14 abr/15 ago/15 dez/15 abr/16 Inflação Zona Euro Meta de Inflação 7 6,5 6 5,5 5 4,5 4 Economias Emergentes Angola A inflação mensal medida pelo índice de preços nacional (IPCN) reduziu para 3,10%, apesar disto a inflação homóloga aumentou para 26,41%. A Inflação homóloga em Luanda aumentou para 26,25%, apesar do esforço do BNA em tornar a política monetária mais restritiva. A inflação voltou a superar os registos dos últimos 10 anos, uma diferença de 18,18 p.p. face ao mesmo período do ano passado, quando atingiu cerca de 8,23%, segundo o relatório do INE. O aumento acontece apesar do BNA ter adoptado medidas concretas para o combate à inflação, por via do aumento da taxa de juro directora, aumento do rácio de reservas obrigatórias para 30%, em moeda nacional, conjugados ao esforço do Governo em criar um sistema de preços vigiados. As categorias que mais variação tiveram em termos homólogos são: saúde com 49,10%; bens e serviços diversos 35%; bebidas alcoólicas e tabaco 34,91%; educação 31,94%. 45,0 40,0 35,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 Receitas e Despesas Públicas 41,90 40,22 39,95 35,33 30,33 29,63 30,21 25,43 24,72 23,34 2013 2014 Prel 2015 Rev 2015 Est 2016 Fonte: OGE 2016 Receitas Despesas (% do PIB)

Ouro (USD /onça) Brent (USD/barril) Índice MSCI Global Índice MSCI Emergentes EURUSD USDAOA MERCADO CAMBIAL O euro depreciou 0,93% para 1,1298 face ao dólar como resultado da valorização do dólar, reflectida nos 0,82% de aumento para 94,66 pontos no índice USD Index. A melhoria do dólar é suportada pelo bom desempenho dos indicadores económicos divulgados nos EUA e o consequente aumento da procura pela moeda. Moedas Fecho 1 Semana MTD YTD Max Min USD Index 94,66 0,82 1,70-4,02 100,51 91,92 EUR/USD 1,13-0,93-1,34 3,98 1,17 1,05 EUR/CHF 1,10 0,59-0,40-1,47 1,12 1,03 GBP/USD 1,44-0,44-1,70-2,52 1,59 1,38 USD/JPY 108,69-1,44-2,01 10,59 125,86 105,55 Moedas emergentes USD/ZAR 15,34-2,96-7,22 0,96 17,92 11,73 USD/CNY 6,53-0,55-0,83-0,59 6,60 6,19 USD/BRL 3,51-0,31-2,19 12,76 4,25 2,97 USD/AKZ 169,21-1,34-1,83-20,08 169,42 109,33 EUR/AKZ 191,10-0,20-0,56-23,11 196,44 119,13 Taxas de Câmbio 1,20 175 170 165 1,15 160 155 150 1,10 145 140 1,05 135 130 125 1,00 120 MERCADO de ACÇÕES As Bolsas norte americanas transaccionaram em baixa na última semana, o índice Dow Jones perdeu 0,87% para 17.585,62 pontos e o S&P 500 contraiu 0,39% para 2.049,18 pontos, apesar do bom desempenho económico do país comparado a outras grandes economias, os investidores mantêm a preferência pela venda dos títulos. Índices Fecho 1 Semana MTD YTD Max Min Dow Jones (EUA) 17.585,62-0,87-1,06 0,92 18.351,36 15.370,33 S&P 500 (EUA) 2.049,18-0,39-0,78 0,26 2.134,72 1.810,10 Nasdaq (EUA) 4.726,89-0,20-1,01-5,60 5.231,94 4.209,76 Dax 30 (Alemanha) 9.952,90 0,84-0,86-7,35 11.920,31 8.699,29 FTSE 100 (Inglaterra) 6.138,50 0,21-1,66-1,66 7.069,93 5.499,51 PSI20 (Portugal) 4.890,44-2,00-3,21-7,96 6.197,24 4.455,16 Nikkei 225 (Japão) 16.412,21 0,00-1,52-13,77 20.952,71 14.865,77 Bovespa (Brasil) 51.565,86-0,29-4,35 18,95 57.605,86 37.046,07 CSI 300 (China) 3.074,94 0,00-2,59-17,58 5.380,43 2.821,22 SA All Shares (África do Sul) 51.602,55 0,36-2,56 1,79 54.760,91 45.975,78 MSCI World (Global) 405,19 0,53-0,74-2,58 445,42 363,57 MSCI Emerging Markets 44.302,05 0,28-2,54-0,41 53.061,20 39.766,03 Índices MSCI 900 1.740 800 1.640 700 1.540 1.440 600 MERCADO de MATÉRIAS-PRIMAS O preço do Brent cresceu 3,52% para 46,23 USD/barril e o preço do WTI aumentou 5,38% para 47,81 USD/barril na última semana. O aumento tem sido suportado pela redução no lado da oferta, com destaque para os cortes no Canadá em função do maior incêndio da história do País e pelos conflitos na Nigéria. Commodities Fecho 1 Semana MTD YTD Max Min Ene rgia WTI crude 46,23 3,52 0,68 24,81 61,85 26,05 Brent Crude 47,81 5,38-0,66 28,25 68,17 27,10 Gás natural 2,10 0,14-3,40-14,75 3,20 1,84 Metais Preciosos Ouro 1.273,33-1,13-1,52 19,96 1.303,82 1.046,43 Prata 17,10-2,15-4,17 23,37 18,02 13,65 Outros Alumínio 1.528,75-3,35-8,44 1,90 1.860,00 1.423,50 Cobre 207,15-3,83-9,28-3,49 293,75 195,80 Baltic dry Index 579,00-8,24-17,64 21,13 1.222,00 290,00 Commodities (CRY) 182,42 1,40-1,18 3,57 232,35 154,85 Commodities 1.350 65 1.300 60 1.250 55 1.200 50 45 1.150 40 1.100 35 1.050 30 1.000 25 3

MERCADO de TAXAS DE JURO EURIBOR 4 LIBOR As taxas de juro do mercado monetário interbancário angolano, Luibor, mantêm uma tendência de aumento, coerentes, com as recentes políticas monetárias contraccionistas que visam absorver a liquidez no mercado. A Luibor a 12 meses cresceu cerca de 4,21% e atingiu os 18,05% e a Luibor Overnight (1 dia) apresentou a evolução mais moderada ao ter crescido 0,07%, tendo atingido os 14,01% na semana. Período 1 Semana MTD YTD Max Min EUA - Libor USD 3M 0,63-0,56-1,65 2,19 0,64 0,27 6M 0,91-0,06 0,28 7,15 0,92 0,41 12M 1,23 0,22-0,21 4,15 1,24 0,72 Zona Euro - EURIBOR 3M -0,26-0,78-2,79-96,95-0,01-0,26 6M -0,14 0,00-2,13-260,00 0,06-0,14 12M -0,01 7,69 0,00-120,00 0,17-0,03 Angola - Luibor O/n 14,01 0,07 0,07 23,76 14,01 6,25 3M 15,59 3,04 8,79 31,56 15,59 8,36 6M 16,65 3,67 9,76 36,59 16,65 8,92 12M 18,05 4,21 8,47 41,57 18,05 10,00 Taxas de Juro de Longo Prazo EUA - Treasury 10 anos 1,71-4,05-6,89-24,79 2,50 1,53 ZONA EURO - Bond 10 anos 0,12-13,89-54,24-80,29 1,06 0,07 0,05 0,03 0,01-0,01-0,03-0,05-0,07-0,09-0,11-0,13 Taxas de Mercado Monetário 0,90 0,80 0,70 0,60 0,50-0,15 0,45 JP Morgan Global spread Bonds Emerging Markets versus EUA 10 anos 0,95 0,85 0,75 0,65 0,55 530 500 470 440 410 380 Legenda da visão: 350 Muito Positiva Taxas Luibor Positiva Negativa Muito Negativa 18,0% 17,5% 17,0% 16,5% 16,0% 15,5% 15,0% 14,5% 14,0% 13,5% 13,0% O/N 1M 3M 6M 9M 12M Semana actual Semana Anterior AGENDA DOS BANCOS CENTRAIS Banco Central Nível actual Última alteração Movimento no ano Próxima reunião Previsão Data valor Banco Nacional de Angola 14,00% mar/16 +100 p.b. +300 b.p. 06/05/2016 manutenção Reserva Federal dos EUA - FED 0,50% dez/15 +25 p.b. 0 b.p. 15/06/2016 manutenção Banco Central Europeu - BCE 0,00% mar/16-5 p.b. - 5 b.p. 02/06/2016 manutenção Banco da Inglaterra - BoE 0,50% mar/09-50 p.b. 0 b.p. 12/05/2016 manutenção Banco do Canadá - BoC 0,50% jul/15-25 p.b. 0 b.p. 25/05/2016 manutenção Banco Central do Brasil - BACEN 14,25% jun/15-50 p.b. 0 b.p. 08/06/2016 manutenção Banco da África do sul - SARB 7,00% mar/16 +25 p.b. +75 b.p 19/05/2016 manutenção O Banco Central da África do Sul (SARB) definirá a taxa básica de juro relativa ao mês de Maio, sendo que a expectativa é que mantenha em 7%. A decisão do SARB terá como fundamento o aumento recente da taxa básica de juro em 0,25 pp para 7% em Março, o recuo da inflação em 0,7 pp para 6,3% em Março, após aumento de 0,8 pp para 7% em Fevereiro.

5 AGENDA DE INDICADORES ECONÓMICOS Economias Desenvolvidas País Indicador Data/ Hora (UTC) Periodo Economias Emergentes Última Informação Expe ctativa dos analistas Rússia PIB homólogo 16/05/2016 05:17 1T A -3.8% -2.0% Japão Produção industrial var. mensal 17/05/2016 05:30 Março F 3.6% -- Japão Produção industrial var. homóloga 17/05/2016 05:30 Março F 0.1% -- Japão Capacidade utilizada var. mensal 17/05/2016 05:30 Março -5.4% -- Reino Unido Taxa de inflação homóloga 17/05/2016 09:30 Abril 0.5% 0.5% Reino Unido Taxa de inflação mensal 17/05/2016 Abril 0.4% 0.3% Reino Unido Taxa de inflação core homóloga 17/05/2016 09:30 Abril 1.5% 1.4% Reino Unido Índice de preço ao produtor var. mensal s. ajust. Saz. 17/05/2016 09:30 Abril 0.3% 0.2% EUA Taxa de inflação homóloga 17/05/2016 13:30 Abril 0.1% 0.4% EUA Imóveis em construção 17/05/2016 13:30 Abril 1089k 1125k EUA Taxa de inflação mensal excl. energia e alimentos 17/05/2016 13:30 Abril 0.1% 0.2% EUA Produção industrial var. mensal 17/05/2016 14:15 Abril -0.6% 0.3% Japão PIB trimestral ajust. Saz. 18/05/2016 00:50 1T P -0.3% 0.1% Japão PIB trimestral anualizado ajust. Saz. 18/05/2016 00:50 1T P -1.1% 0.3% Japão Deflator do PIB var. homóloga 18/05/2016 00:50 1T P 1.5% 1.0% Rússia Produção industrial var. homóloga 18/05/2016 05:19 Abril -0.5% -0.5% Reino Unido nos pedidos de subsídios de desemprego 18/05/2016 09:30 Abril 6.7k 4.5k Reino Unido Taxa de desemprego trimestral ILO 18/05/2016 09:30 Março 5.1% 5.1% Zona Euro Taxa de inflação homóloga 18/05/2016 10:00 Abril F -0.2% -0.2% Zona Euro Taxa de inflação mensal 18/05/2016 10:00 Abril 1.2% 0.0% EUA Aplicações em hipotecas MBA 18/05/2016 12:00 13 Maio 0.4% -- Rússia Taxa de inflação semanal 18/05/2016 14:00 16 Maio 0.1% -- Japão Encomendas de fábrica var. mensal 19/05/2016 00:50 Março -9.2% -1.9% Japão Encomendas de fábrica var. homóloga 19/05/2016 00:50 Março -0.7% 0.8% Japão Índice de actividade industrial mensal 19/05/2016 05:30 Março -1.2% 0.7% Japão Encomendas de fábrica var. homóloga 19/05/2016 07:00 Abril F -- -- Reino Unido Vendas a retalho mensal excl. combustível automóvel 19/05/2016 Abril -1.6% 0.7% Reino Unido Vendas a retalho mensal incl. Combustível automóvel 19/05/2016 09:30 Abril -1.3% 0.6% Reino Unido Vendas a retalho homóloga incl. Combustível automóvel 19/05/2016 09:30 Abril 2.7% 2.5% Reino Unido Vendas a retalho homóloga ecl. Combustível automóvel 19/05/2016 09:30 Abril 1.8% 2.0% EUA Pedidos iniciais de subsídios de desemprego 19/05/2016 13:30 14 Maio 294k 275k EUA Confiança no negócio 19/05/2016 13:30 Maio -1.6 3.0 EUA Pedidos contínuos 19/5/16 13:30 07 Maio 2161k -- Rússia Reservas em ouro e divisas 19/05/2016 14:00 13 Maio 391.9b -- EUA Confiança do consumidor Bloomberg 19/05/2016 14:45 15 Maio 41.7 -- Canadá Taxa de inflação homóloga 20/05/2016 13:30 Abril 1.3% 1.7% Canadá Taxa de inflação mensal s. ajust. Saz. 20/05/2016 13:30 Abril 0.6% 0.4% Canadá Vendas a retalho mensal 20/05/2016 13:30 Março 0.4% -0.6% Canadá Taxa de inflação core mensal 20/05/2016 13:30 Abril 0.7% 0.2% Canadá Taxa de inflação core homóloga 20/05/2016 13:30 Abril 2.1% 2.0% Canadá Vendas a retalho mensal ecl. Automóveis 20/05/2016 13:30 Março 0.2% -0.4% País Indicador Data da Divulgação Pe riodo Última Informação Expe ctativa dos analistas Rússia PIB homólogo 16/05/2016 1T A -3.8% -2.0% Brasil Total de empregos formais gerados 16/05/2016 Abril -11877600,00% -- Rússia Produção industrial var. homóloga 18/05/2016 Abril -0.5% -0.5% África do Sul Taxa de inflação homóloga 18/05/2016 Abril 6.3% 6.2% África do Sul Taxa de inflação mensal 18/05/2016 Abril 0.8% 0.8% África do Sul Vendas a retalho var. homóloga 18/05/2016 Março 4.1% 3.8% África do Sul Taxa de juro de referência 19/05/2016 19 Maio 7.00% 7.00% Rússia Reservas em ouro e divisas 19/05/2016 13 Maio 391.9b -- Brasil Taxa de inflação mensal IBGE IPCA-15 20/05/2016 Maio 0.51% 0.74%

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