Manejo nutricional dos leitões nas fases de maternidade e creche e seus efeitos no desempenho. Gustavo J. M. M. de Lima



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Transcrição:

Manejo nutricional dos leitões nas fases de maternidade e creche e seus efeitos no desempenho Gustavo J. M. M. de Lima

Suíno jovem tem potencial para apresentar um rápido crescimento; Dificuldades de expressar todo o seu potencial genético; Objetivo tem sido aumentar o tamanho das leitegadas; Desuniformidade e menor viabilidade em leitegadas mais numerosas; Competição por tetos pode impedir que alguns leitões tenham acesso ao leite;

As porcas aumentaram o número de leitões nascidos mas não conseguem criar tantos leitões; Uma porca com 14 leitões nascidos deveria produzir 20 L de leite/dia. Ela produz de 10 a 12 L/dia; A maior mortalidade de leitões ocorre na primeira semana de vida. As primeiras horas de vida são cruciais para a sobrevivência; A transferência de leitões no campo ocorre muitas vezes indiscriminadamente. Ela pode ser minimizada pelo aumentando do suprimento energético.

Aumento do número de leitões fracos; Necessidade de maiores cuidados nos primeiros dias de vida - são mais suscetíveis a mortalidade; A produção de colostro não aumenta com o aumento da leitegada; Portanto a quantidade de colostro por leitão é significantemente menor em leitegadas maiores; Ganhos genéticos em prolificidade não são totalmente aproveitados.

Peso da Leitegada ao Desmame É função do Tamanho da leitegada Peso ao nascer Crescimento subsequente Taxa potencial de ganho de peso Produção de leite Nutrientes no leite (Consumo de ração pela porca) Consumo de ração pelo leitão Fonte Extra de Nutrientes TERCEIRA VIA 5

Consumo 10 Litros Produção de leite da porca 0 7 14 21 28 Nascimento Desmame +3 LE DIVIVIDICH e SEVÉ (2000) 6

Aumento de 250 g de consumo de Matéria Seca/leitão durante a lactação Reduz o número de leitões mortos na lactação em 0,43 leitões/leitegada Aumenta o peso da leitegada ao desmame em 6.59 kg Aumenta o peso do leitão ao desmame em 360 g Lima et al. (2012)

Efeito da ordem de teto na produção de leite da porca Produção de leite (g/mamada) Anterior Ordem de tetos Posterior PLUSKE e WILLIAMS (1996)

Aumento no número de leitões por porca Redução da uniformidade Aumento na mortalidade e no número de leitões com baixo peso Uso de fontes energéticas

Aplicação oral de fontes de energia Foto: Manzke, 2012

Aplicação oral de níveis crescentes de glicerina em leitões após o nascimento Foto: Manzke, 2012

Metodologia - 51 leitegadas, 5 leitões por leitegada; - Tratamentos: T1- Controle; T2- Aplicação oral de 2 ml de glicerina; T3- Aplicação oral de 4 ml de glicerina; T4- Aplicação oral de 6 ml de glicerina; T5- Aplicação oral de 8 ml de glicerina

Triglicerídeos 1 Triglicerídeos 2 AST 1 Aspartato Amitransferase 1 250,00 230,00 210,00 190,00 y = 2,1232x 2-8,2507x + 164,29 R² = 0,9951 170,00 150,00 0 1 2 3 4 5 6 7 8 Glicerol (ml) Triglicerídeos 1 Trigliceríd 2050,00 2000,00 1550,00 1500,00 1050,00 550,00 y = -45,471x 2 + 646,17x - 33,451 R² = 0,9762 1000,00 500,00 y = -5 50,00 0 2 4 6 8 0,00 0 2 Glicerol (ml) Glice

Peso aos 7 dias (kg) Tabela 3: Médias ajustadas das variáveis de desempenho. Nível Glicerol (ml) 0 2 4 6 8 Valor P Peso do leitão (kg) ao nascer 1,47±0,024 1,47±0,028 1,44±0,028 1,44±0,027 1,48±0,026 0,08 aos 7 dias 2,62±0,068 2,70±0,072 2,62±0,072 2,61±0,072 2,52±0,081 0,06 ao desmame 5,48±0,147 5,68±0,178 5,48±0,156 5,52±0,166 5,41±0,162 0,76 Mortalidade (%)* 1,96 11,76 9,80 1,96 19,61 0,008 2,75 Peso aos 7 dias 2,70 2,65 2,60 2,55 2,50 y = -0,0048x 2 + 0,0245x + 2,6309 R² = 0,7874 0 2 4 6 8 Glicerol (ml)

Aplicação oral de aminoácidos como fonte de energia para leitões após o nascimento Foto: Manzke, 2012

Metodologia - 50 leitegadas, 4 leitões por leitegada; - Tratamentos: T1- Controle; T2- Administração oral de 2,733 g de glutamina; T3- Administração oral de 3,700 g de ácido glutâmico; T4- Administração oral de 3,149 g de glutamina + ácido glutâmico.

Médias ajustadas e erro padrão das variáveis de desempenho, teste de hipersensibilidade a DTH e bioquímica sérica. Variável Placebo Glutamina Ác. Glutâmico Glu+Ac. Glut Valor de P Peso do leitão (g) ao nascer 1524 ± 8 1517 ± 8 1517 ± 8 1517 ± 8 0,90 aos 7 dias 2488 ± 35 2428 ± 35 2433 ± 34 2478 ± 36 0,49 ao desmame 5283 ± 104 5214 ± 105 5429 ± 104 5265 ± 107 0,48 Ganho de peso (g) até os 7 dias 959 ± 32,45 909 ± 32,61 917 ± 32,05 954 ± 33,43 0,60 dos 7 aos 21 dias 2793 ± 84 2772 ± 84 2976 ± 83 2781 ± 86 0,24 até os 21 dias 3757 ± 104 3694 ± 104 3911 ± 103 3739 ± 106 0,46 Resposta ao DTH (mm) hora 0 8,98 ± 0,38 9,45 ± 0,38 10,46 ± 0,40 10,05 ± 0,35 0,12 hora 24 6,12 a ± 0,70 7,16 ab ± 0,70 8,09 bc ± 0,73 8,68 c ± 0,64 0,06 hora 48 0,60 ± 0,81 1,99 ± 0,81 0,24 ± 0,86 1,15 ± 0,74 0,27 hora 72 0 0 0 0 - Parâmetros sanguíneos Glicose (mg/dl) 129,33 ± 2,82 134,11 ± 2,71 134,87 ± 2,50 130,84 ± 2,97 0,40 Albumina (g/dl) 1,95 ± 0,06 1,99 ± 0,06 1,99 ± 0,05 1,85 ± 0,06 0,34 Ureia (mg/dl) 14,05 a ± 0,83 23,15 c ± 0,80 17,52 b ± 0,74 17,62 b ± 0,88 <0,0001 Creatinina (mg/dl) 0,97 ± 0,04 0,97 ± 0,04 0,90 ± 0,04 0,92 ± 0,05 0,49 TGO (U/L) 69,94 ± 6,51 72,44 ± 6,26 59,77 ± 5,76 58,02 ± 6,85 0,29 TGP (U/L) 48,10 b ± 2,39 41,26 ab ± 2,29 39,42 a ± 2,11 44,56 b ± 2,51 0,04

Tratamento Comportamento Placebo Glutamina Ác. Glutâmico Glu + Ac. Glu Ativo 36,52 35,47 37,21 39,00 Inativo 63,48 64,53 62,79 61,00 Ativo: mamando, tentando mamar, comendo, bebendo, brigando, brincando e caminhando; Inativo: parado, deitado e sentado.

Conclusões Não houve resposta significativa da suplementação de aminoácidos sobre o peso e ganho de peso dos leitões; A suplementação de glutamina, ácido glutâmico e glutamina + ácido glutâmico promoveu melhor resposta imune celular, sendo maior a reação apresentada pelos animais que receberam glutamina + ácido glutâmico seguido do ácido glutâmico; Os níveis utilizados de suplementação dos aminoácidos foram em excesso, demonstrado pelo aumento dos níveis plasmáticos de ureia.

Metodologia - 50 leitegadas, 5 leitões por leitegada; - Tratamentos: T1- Controle; T2- AO* de 2,89 g + 7 ml água = 8,2 solução de L-Glutamina; T3- AO de 3,14 g +10 ml de água = 12 ml de solução de Ácido L-Glutâmico; T4- AO de 3,19 g + 7 ml de água = 8,2 solução de L-Glutamina + Ácido L-Glutâmico; T5- AO de 2,94 g + 8 ml de água = 10 ml de solução de Arginina. *AO Administração oral

Médias ajustadas e erro padrão das variáveis de desempenho. Aminoácidos Controle Glutamina Ácido Glutâmico Glu + Ac. Glu Arginina Valor de P Peso dos leitões (kg)* ao nascer 1,41±0,01 1,39±0,01 1,41±0,01 1,40±0,01 1,40±0,01 0,58 aos 7 dias 2,80 a ±0,06 2,68 ab ±0,06 2,82 a ±0,06 2,86 a ±0,06 2,52 b ±0,06 0,0003 ao desmame 5,54 a ±0,14 5,38 a ±0,16 5,59 a ±0,14 5,76 ab ±0,15 4,87 c ±0,15 0,0006 Mortalidade (%)** 4,00 16,00 4,00 6,00 14,00 0,08

Aplicação oral de níveis crescentes de óleo de arroz em leitões após o nascimento Foto: Manzke, 2012

Metodologia - 54 leitegadas, 5 leitões por leitegada - Tratamentos: T1- Controle; T2- Aplicação oral de 2 ml de óleo de arroz; T3- Aplicação oral de 4 ml de óleo de arroz; T4- Aplicação oral de 8 ml de óleo de arroz; T5- Aplicação oral de 16 ml de óleo de arroz.

Peso ao desmame (kg) Médias ajustadas das variáveis de desempenho. Óleo de arroz (ml) 0 2 4 8 16 Valor de P Peso dos leitões (kg) Ao nascer 1,48±0,03 1,47±0,03 1,48±0,03 1,47±0,03 1,49±0,03 0,97 Aos 7 dias 2,80±0,07 2,84±0,07 2,81±0,07 2,83±0,07 2,73±0,08 0,46 Ao desmame 6,02±0,18 6,10±0,19 5,93±0,19 6,00±0,18 5,66±0,23 0,12 6,1 Peso ao desmame 6 5,9 5,8 y = -0,0433x 2 + 0,0917x + 6,0195 R² = 0,8173 5,7 5,6 00 1 2 2 4 3 8 4 16 Óleo de arroz (ml)

Peso dos leitões Controle 2 ml de óleo de arroz rico em Vitamina E natural P Nascer 1,358 ± 0,015 1,370 ± 0,015 0,57 Desmame 5,436 ± 0,136 5,746 ± 0,138 0,10 CR total, (g) 365 ± 14 379 ± 14 0,51 340 porcas e suas leitegadas Suplementação oral após a mamada do colostro óleo de arroz com 1% gama orizanol, 1200 UI vit. E, ácidos graxos W3, W6 e W9 25

Avaliação da eficácia de três produtos comerciais como suplementos nutricionais de leitões recém-nascidos. - 73 leitegadas T1: controle; T2: administração intragástrica do P1, composto de Lactobacillus plantarum/g, Lactobacillus casei/g, Lactobacillus gasseri/g Enterococcus faecium/g; T3: AI do P2, composto Bifidobacterium bifidum/g, Enterococcus faecium/g, Lactobacillus acidophilus/g, Lactobacillus plantarum/g e Saccharomyces cerevisiae/g; T4: AI do P3, composto de Bacillus cereus/l, Bacillus subtilis/l, Bifidobacterium bifidum/l, Enterococcus faecium/l, Lactobacillus acidophilus/l, 2 g colina/kg, 50 g dextrose/kg, 2500 mg lisina/kg, 10g mananoligossacarídeo/kg, 450 mg metionina/kg e 1 g triptofano/kg.

Efeito da fonte de energia sobre o peso ao desmame Tratamentos T1 T2 T3 T4 Peso ao Desmame 5,105 c 5,340 b 5,090 c 5,670 a a, b, c diferem pelo teste Tukey (P<0,05)

Aplicação oral de vários óleos em leitões após o nascimento Foto: Manzke, 2012

Metodologia - 167 leitegadas, 7 leitões por leitegada; - Tratamentos: T1- Controle; T2- Administração oral de 2 ml de óleo de arroz com ômega-6; T3- Administração oral de 2,33 ml de glicerol; T4- Administração oral de 1,3 ml de óleo de soja; T5- Administração oral de 1,4 ml de PUFA; T6- Administração oral de 1,68 ml de óleo de coco; T7- Administração oral de 2 ml de óleo de arroz.

Médias ajustadas e erro padrão das variáveis de desempenho. Óleos Controle OA-Ω 6 Glicerol OS PUFA OC OA Valor de P Peso dos leitões (kg)* ao nascer 1,47±0,005 1,48±0,0051,48±0,005 1,48±0,005 1,48±0,005 1,49±0,005 1,48±0,005 0,35 aos 7 dias 2,80±0,021 2,78±0,0212,75±0,021 2,77±0,021 2,79±0,021 2,81±0,021 2,81±0,021 0,37 desmame 5,55±0,056 5,54±0,0575,41±0,059 5,46±0,058 5,44±0,058 5,54±0,058 5,50±0,058 0,46 Mort 7d (%)* 1,74 2,59 4,33 2,16 2,60 3,03 3,90 0,65 Mort 7-21d 0,87 0,00 0,43 1,73 0,87 0,87 0,00 0,27 Mort total 2,61 2,59 4,76 3,46 3,46 3,90 3,90 0,88 *Proc mixed **Teste de X 2.

46 leitegadas T1- Dieta controle, farelada, fornecida a partir do primeiro dia de vida, após a mamada do colostro e até o desmame, aos 21,2 dias de idade, sendo formulada à base de arroz e milho pré-cozidos, proteína texturizada de soja e plasma spray-dried, entre outros ingredientes; T2- Suplemento lácteo líquido obtido pela mistura do suplemento lácteo seco com água na proporção de 1:2,5, e oferecido aos leitões no comedouro, além da mesma dieta farelada utilizada no T1, fornecida em outro comedouro, ambas após a mamada do colostro e até o desmame. O suplemento líquido foi fornecido 2 vêzes ao dia

Resultados experimentais. 1 SE = Erro padrão da média. 2 Dados ajustados por covariância para mesmo peso e número de leitões ao nascimento. Dieta controle Suplemento lácteo líquido Variável Média SE 1 Média SE Valor de P Consumo de ração pela leitegada, g 462 71 583 81 0,06 Consumo de suplemento, ml - - 5951 578 - Consumo matéria seca (ração), g 402 62 508 70 0,06 Consumo matéria seca (suplemento), g - - 2380 231 - Consumo matéria seca (total), g 402 62 2888 287 0,0001

Resultados experimentais. 1 SE = Erro padrão da média. 2 Dados ajustados por covariância para mesmo peso e número de leitões ao nascimento. Dieta controle Suplemento lácteo líquido Variável Média SE 1 Média SE Valor de P Número de leitões vivos ao nascer 10,957 0,285 10,913 0,226 0,86 Número de leitões ao desmame 9,739 0,362 10,130 0,246 0,18 Número de leitões mortos por leitegada 1,218 0,332 0,783 0,198 0,20 Peso da leitegada ao nascer, kg 17,031 0,63 18,235 0,569 0,14 Peso Individual do leitão ao nascer, kg 1,570 0,065 1,679 0,052 0,15 Peso da leitegada ao desmame, kg 2 70,090 3,502 76,684 2,503 0,03 Peso individual do leitão ao desmame, kg 2 7,244 0,289 7,606 0,264 0,14 Ganho diário de peso, kg/d 0,263 0,009 0,286 0,010 0,08 Coef. de Variação do peso ao nascer, % Coef. de Variação do peso ao desmame, % 16,26 1,27 14,48 1,33 0,34 15,90 1,17 14,05 1,22 0,29

Sistema de criação em família sem uso de atb estudado na Embrapa Suínos e Aves Princípios básicos do sistema: - Baixa densidade animal no sistema; - Ausência de mistura de leitões de diferentes leitegadas; - Conforto e bem estar; - Alimento de qualidade. Planejamento de produção: - Manejo em lotes a cada 21 dias; - Desmame médio com 28 dias; - 7 lotes de 3 porcas cada = 21 porcas. Fonte : Morés et al., 2013. Sistema de Produção/Embrapa Suínos e Aves, 5, 114p. 36

Sistema de criação em família sem uso de atb Esquema do manejo das instalações: - Gestação: estudado na Embrapa Suínos e Aves - celas: da cobrição até cerca de 35 dias de cobrição; - baias coletivas: dos 35 dias de gestação até a transferência para maternidade Lactação Creches Terminações - 3 celas 3 creches convencionais 3 terminações convencionais - 3 baias 3 creches em cama 3 terminações em cama Fluxo Fonte : Morés et al., 2013. Sistema de Produção/Embrapa Suínos e Aves, 5, 114p.

Sistema de criação em família sem uso de atb estudado na Embrapa Suínos e Aves Uso de desinfetantes biodegradáveis Rastreabilidade individual: sistema australiano de mossagem. Nutrição: probiótico, altos níveis de plasma spray dry. Uso de procedimentos operacionais básicos (POPs), baseados em BBP, e nas experiências com o sistema. Não corte ou desgaste de dente exceção. Não corte de cauda medidas preventivas de canibalismo caudal.

Sistema de criação em família sem uso de atb estudado na Embrapa Suínos e Aves Cobrição e Gestação comum para os dois sistemas Cobrição e gestação até 35 dias em box Gestação dos 35 aos 107 dias em baias coletivas

Maternidade cela Modelo do sistema Sistema sobre piso Abate aos 163 dias 28 dias 63 dias Creche sobre piso 40 Terminação sobre piso

Maternidade baia Modelo do sistema Sistema sobre cama na creche e terminação Abate aos 163 dias 28 dias 63 dias Creche sobre cama 41 Terminação sobre cama

Variáveis Maternidade Creche Terminação Família N = 1061 Resultados Dados de desempenho dos suínos nas diferentes fases de produção mantidos em família (uma leitegada/baia) do nascimento ao abate, comparativamente com dados de campo. Família N = 1040 Campo* N = 188.677 Família N = 1007 Campo* N = 5.529.672 Peso final, Kg 7,8 21,3 ND 111,5 118 Gpd, g 232 383 425 853 825 CA ND 1,69 1,61 2,34 2,35 Mortalidade, % 9,3 1,9 2,26 1,9 2,3 * Dados de uma grande integração da região sul do Brasil em 2011. Nenhum tratamento coletivo com antimicrobiano foi realizado. Fonte : Morés et al., 2013. Sistema de Produção/Embrapa Suínos e Aves, 5, 114p. 42

Plasma Foto: Ronaldo Sanches 43

Plasma spray dried é seguro Dados de experimentos controlados não suportam a hipótese que plasma suíno com genoma de PEDv é um veículo para disseminação de PEDv O PEDV tem baixa estabilidade térmica, como outros vírus envelopados. O PEDV é inativado no plasma pelo processo de spray drying (Pujols & Segales, 2014. Vet Micro, submitted; Gerber et al., 2014. Vet Micro, in press; http://dx.doi.org/10.1016/j.vetmic.2014.09.008) PEDV inoculado experimentalmente em plasma spray dried é inativado durante o armazenamento por 7 dias a 22 o C (Pujols & Segalés, 2014. Vet Micro, submitted) e também é inativado em fezes a 20 o C por 7 dias (Thomas et al., In Proc 23 rd Intl Pig Vet Soc Congress: 8-11 June 2014; Cancun, Mexico. 2014:249).

Plasma spray dried é seguro Dados de experimentos controlados não suportam a hipótese que plasma suíno com genoma de PEDv é um veículo para disseminação de PEDv Pesquisas realizadas demonstram que o plasma suíno spray dried positivo para o RNA de PEDV não foi infectivo em leitões suscetíveis alimentados ad libitum com dietas contendo plasma (Campbell et al., In Proc Allen D Leman Swine Conf 2014, 40:15; Opriessnig et al., PLOSone 2014, 9(8):1-10). Investigação epidemiológica com ingredientes de origem suína, e sua possível associação a casos de PEDV no meio Oeste dos EUA, indicou que a razão de chance para esses ingredientes disseminarem o PEDV é insignificante ou muito baixa (Neuman et al., invited presentation at the Allen D Leman Swine Conf 2014).

Plasma spray dried é seguro Dados de experimentos controlados não suportam a hipótese que plasma suíno com genoma de PEDv é um veículo para disseminação de PEDv No Brasil, mais de 2,5 milhões de suínos foram alimentados com plasma de origem americana com genoma de PEDV, de abril a dezembro de 2013, e apesar disso o país permanece livre de casos de PEDV. Da mesma forma, mais de 3,5 milhões de suínos, no Oeste do Canadá, foram alimentados com plasma oriundo dos Estados Unidos, com genoma de PEDV, no mesmo período, e essa região do Canadá até o momento não relatou casos de PEDV associados a alimentos ou ingredientes (Crenshaw et al., In Proc Allen D Leman Swine Conf. 2014, 40:14).

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