Círculo de Estudo 3 O papel do Mediador DREAlentejo, 26 de Maio de 2010 ÉVORA Síntese das principais conclusões Na sessão de grupo foram abordados /discutidos três tópicos, cujas principais conclusões se apresentam de seguida: 1. - Construção do Portefólio 1.1- Noção de PRA 1.2 - Organização do PRA (num curso EFA) 1.1 Os mediadores consideraram que as horas afectas para a área do Portefólio Reflexivo de Aprendizagem (PRA) são insuficientes para o acompanhamento de adultos, discutindo-se a possibilidade dos mesmos serem também formadores do curso, a fim de melhor conhecerem o grupo. Relativamente ao PRA, os participantes chegaram à conclusão que os mesmos só reflectem, na maioria das vezes, os últimos trabalhos e não a evolução do adulto ao longo do curso, sugerindo, por isso, que alguns trabalhos realizados ao longo do curso sejam incluídos no PRA. Foi, ainda sugerido que, no final de cada sessão, o formador ajudasse os formandos 1
a realizarem uma reflexão acerca da aprendizagem feita no decorrer das sessões, de modo que se possa verificar a evolução dos mesmos. 1.2 Quanto ao formato de apresentação do PRA, as entidades participantes parecem estar de acordo com os diferentes tipos de formatos que se podem adoptar: em papel, formato digital, plataforma moodle etc. Todos os participantes concordaram que a estrutura geral do PRA deverá obedecer, primeiramente, a uma pequena biografia do formando, seguida das reflexões de cada UFCD. No PRA deverão também constar relatórios de actividades integradoras, visitas de estudo e outras actividades práticas, sendo que, no final, terá também de conter o relatório da Formação Prática em Contexto de Trabalho (FPCT), quando se tratar de um curso de dupla certificação. Relativamente às actividades integradoras, a maioria dos participantes presentes que dão formação em cursos em horário pós laboral, consideraram bastante difícil a sua realização por vários motivos: os horários, a disponibilidade dos formandos, entre outros. 2 Validação de competências/ Avaliação 2.1 Modalidades de Avaliação No ponto 2 foi focada a importância da avaliação para adultos. Os mediadores dos cursos de dupla certificação presentes na sessão de trabalho, mencionaram a importância que assume para os adultos uma avaliação diferente da terminologia Validou / Não Validou. Consideraram que avaliação cria alguma desmotivação nos adultos que se empenham e que desejam ver o seu trabalho avaliado. Assim, o grupo, para facilitar a elaboração do PRA, poderá fazer um registo das aprendizagens 2
realizadas, sob a forma de diário. Considerou-se importante atribuir uma Avaliação Quantitativa, Gradativa, ao longo do curso, nos diferentes trabalhos realizados. 2.2 Instrumentos de Avaliação Todos os participantes partilharam a sua experiência e foram mostrando alguns Instrumentos de Avaliação utilizados nas diferentes entidades, verificando-se que apenas diferem na sua apresentação gráfica, sendo muito homogéneos na sua estrutura de parâmetros de avaliação. 3 - A relação entre o Mediador e a restante Equipa Técnico Pedagógica 3.1 Momentos formais e informais Foram apontados como factores importantes os momentos formais (reuniões realizadas) e informais (abordagens aos formadores ao longo da formação) existentes entre Mediador e todos os elementos da Equipa Técnico Pedagógica, no sentido deste poder percepcionar problemas existentes no grupo de formação. Foram referidas por alguns participantes as dificuldades provocadas pela mobilidade do Mediador, e de grande parte dos formadores. Sendo os mesmos da opinião que a equipa deveria manter-se ao longo de toda a formação. 3
Dessa forma foi referida a importância da manutenção dos elementos das Equipas Técnico Pedagógica e dos Mediadores, no sucesso e bons resultados do grupo de formandos. Os presentes referiram, ainda, como muito importante a formação dos elementos das equipas técnico pedagógicas, tendo sugerido a realização de acções de formação em áreas como: Gestão de Conflitos; Relações inter-pessoais; Dinâmica de Grupos e Coaching. 3.2 O Perfil do Mediador O perfil do mediador foi discutido pelos participantes os quais concluíram que o mesmo deveria reunir as seguintes características: Dinâmico Bom comunicador Compreensivo Muito trabalhador Organizado Rigoroso Líder conciliador Gestor de conflitos Justo Promotor de motivação 4
4 - A Formação Prática em Contexto de Trabalho, (FPCT), na perspectiva do Mediador Foram partilhados diferentes tipos de experiências sobre a organização da Formação Prática em Contexto de Trabalho (FPCT), e, concluiu-se que, no caso dos formandos que frequentam Cursos de Dupla Certificação (DC), em horário laboral, os procedimentos são quase idênticos. Porém a situação é diferente para os formandos que frequentam Cursos de Dupla Certificação, em horário pós-laboral. Os formandos que, durante o dia, já trabalham na área ficam dispensados de realizar a Formação Prática em Contexto de Trabalho (FPCT). Os que trabalham noutras áreas terão, obrigatoriamente, de a realizar apesar das dificuldades que esta envolve para a sua actividade profissional e/ou pessoal. Por esse motivo considerou-se a necessidade de encontrar estratégias que lhes possibilitam a realização da mesma sem prejuízo para os mesmos. As dinamizadoras e relatora: - Maria dos Anjos Ventura - Vera Ramalho - Patrícia Garcia (PartnerHotel- Reguengos de Monsaraz) A entidade organizadora/promotora DREALE Equipa de Projecto Novas Oportunidades de Adultos 5