1. Introdução. Mauren Rhanes Alves Cirne* Ana Cristina Rodrigues Mendes** (Brasil)

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Transcrição:

Lecturas: Educación Física y Deportes, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 161, Octubre de 2011. http://www.efdeportes.com/efd161/hidratacao-da-equipe-de-corrida-de-rua.htm Avaliação do estado de hidratação da equipe de atletismo (corrida de rua) da policia militar da Bahia durante os treinamentos na cidade de Salvador, BA Evaluación del estado de hidratación del equipo de atletismo (carrera de calle) de la policía militar de Bahía durante los entrenamientos en la ciudad de Salvador, BA *Acadêmica do Curso de Graduação em Nutrição da União Metropolitana de Educação e Cultura,UNIME **Nutricionista e Lic. em Educação Física. Mestre em Nutrição Doutora em Psicologia, Saúde, Educação e Qualidade de Vida Docente da Universidade do Estado da Bahia, UNEB Departamento de Ciências da Vida, Salvador, Bahia Mauren Rhanes Alves Cirne* Ana Cristina Rodrigues Mendes** acrismendes@gmail.com (Brasil) Resumo A corrida é uma modalidade esportiva na qual os atletas realizam atividades aeróbicas a maior parte do tempo. Grande atenção tem-se dado às estratégias de reposição hídrica adequada na prática esportiva antes, durante e após os treinamentos. De acordo com a percentagem de desidratação corporal em relação ao peso, os sintomas fisiológicos podem variar desde sede intensa até concentração urinária e alterações circulatórias. O estudo teve como objetivo verificar a perda de peso corporal dos atletas (corredores de rua) antes e após os treinos, concentração da urina e sinal de sede durante o período de um mês. Foram avaliados dez atletas corredores de rua que corresponde a 20% da equipe completa que são integrantes da polícia Militar durante um mês na Vila Militar localizada no bairro do Dendezeiros na cidade de SSA-BA. Concluiu-se que todos os atletas apresentaram algum grau de desidratação entre os estágios de leve a moderada, apresentando uma perda de peso significativa, que variou entre 1 a 3% aproximadamente durante o período do estudo Unitermos: Ingestão hídrica. Desidratação. Perda hídrica. Corrida de rua. Abstract The race is an athletic sport in which athletes perform aerobic activities most of the time. Much attention has been given the appropriate strategies for recovery in water sports practice before, during and after the training. According to the percentage of dehydration in relation to body weight, physiological symptoms may vary from office to intense concentration and urinary circulatory changes. The study aimed to verify the loss of body weight of athletes (runners and street) before and after the drills, concentration of urine and a sign of thirst during the period of one month. Athletes were evaluated in December of street corridors which accounts for 20% of the team who are full members of the military police for a month in Military Town located in the neighborhood of palm in the city of SSA-BA. It was concluded that all athletes had some degree of dehydration between the stages of mild to moderate, showing a significant loss of weight, which ranged from 1 to approximately 3% during the study period. Keyword: Fluid intake. Dehydration. Water loss. Street racing. 1. Introdução Poucas são as dúvidas a respeito de que a hidratação adequada favorece a função fisiológica, melhora o desempenho metabólico, melhora o rendimento esportivo e reduz o risco a saúde, assim como a ingestão excessiva de líquidos pode gerar uma situação de risco potencial à vida. O esforço físico realizado sob condições de uma ingestão hídrica inadequada pode promover alterações orgânicas e funcionais levando a conseqüências indesejáveis como fadiga, desidratação, queda no desempenho e performance do atleta durante a prática esportiva, aumentando os riscos à saúde, que, se não minimizados a tempo, podem ser fatais. Nesse sentido, torna-se imprescindível realizar a avaliação e acompanhamento dos hábitos de hidratação de atletas em treinamento, a fim de dar um suporte com o acompanhamento de um profissional qualificado, direcionando o atleta à ingestão hídrica adequada, para que possa treinar e competir de forma segura e com maiores chances de alcançar seus objetivos e otimizar sua recuperação, além de contribuir para uma melhoria na qualidade de vida.

Este artigo tem como objetivo avaliar o estado de hidratação da equipe de atletismo (corrida de rua) da Policia Militar do Estado da Bahia, bem como mensurar o peso corpóreo dos atletas antes e após os treinos a fim de estimar a perda hídrica no período de um mês. 2. A importância da hidratação nas corridas de rua As corridas de rua surgiram na Inglaterra no século XVIII onde tornaram-se bastante populares. Posteriormente, a modalidade ganhou impulso no resto da Europa e Estados Unidos e expandiu-se depois da primeira Maratona Olímpica ocorrida no final do sec. XIX. Atualmente, o critério utilizado pela Federação Internacional das Associações de Atletismo (IAAF) define as corridas de rua ou provas de pedestrianismo como aquelas disputadas em circuitos de rua (ruas, avenidas, estradas) com distâncias oficiais variando de 5 a 100 Km. (NOGUEIRA, 2004) Ultimamente, o pedestrianismo vem se tornando uma modalidade bastante popular em todo o mundo. As provas são praticadas em sua grande maioria por atletas amadores que buscam melhorar sua qualidade de vida através da prática esportiva. Na última década, a procura por este esporte aumentou significativamente elevando o número de praticantes, tanto no Brasil como no mundo. Segundo Rollo (2002) no Brasil, especialmente no Estado de São Paulo, tem se verificado o aumento do número de praticantes de provas de rua, fato este que, há alguns anos, seria motivo de críticas por parte da população, sendo que hoje faz parte do cotidiano de uma boa parcela da população que busca de qualidade de vida. A água é o elemento mais amplamente encontrado no corpo humano que constitui de 45 a 60% do peso corporal. Esta variação do conteúdo hídrico no organismo depende de alguns fatores como: composição corporal do indivíduo, sexo, idade, estado de treinamento e conteúdo muscular de glicogênio. Essa diferença ocorre em função da quantidade de água presente em cada tecido corporal. (MARQUEZI; LANCHA, 1998). Sabe-se que ocorrem variações representativas da quantidade de líquido nos compartimentos orgânicos entre os sexos. Habitualmente, indivíduos do sexo masculino apresentam maiores quantidade de fluidos corporais em relação ao sexo feminino, visto que os compartimentos intracelulares contêm um maior volume de água corporal total quando comparado com o compartimento extracelular que se divide entre o interstício e o plasma. (WOLINSKY ; HICKSON, 2002) O quadro 01 mostra a estimativa do conteúdo hídrico total do organismo entre ambos os sexos, dividido em seus vários compartimentos. Quadro 01. Área total do corpo e volume dos vários compartimentos fluidos Homem Mulher Peso corpóreo 70 Kg 55Kg Água total do corpo 42L 28L Intracelular 26L 17L Extracelular 13L 9L (Intersticial) (10L) (6,5L) (Plasma) (3L) (2,5L) Transcelular 3L 2L

Fonte: WOLINSKY; HICKSON, 2002, p. 310 É conhecido o fato de que a sobrevivência humana depende mais da ingestão de água do que de qualquer substrato energético ou outros co-fatores metabólicos que se possa ingerir. Segundo Wolinsky e Hickson, (2002) os seres humanos podem viver durante meses sem alimento; porém, sem a ingestão de água, a morte ocorrerá em questão de dias. As principais funções da água incluem: solubilização da maioria das substâncias ingeridas ou produzidas pelo organismo; transporte de moléculas solúveis que atravessam as membranas celulares devido ao mecanismo das pressões osmóticas; regulação da temperatura corpórea através da conservação ou liberação do calor; lubrificação de vários compartimentos e articulações, dentre outras. A água impregna todos os tecidos corporais sendo o principal meio de transporte dos elementos nutritivos, oxigênio e outras substâncias orgânicas. É essencial aos processos fisiológicos desde a digestão até a absorção e a excreção de substâncias uma vez que todas as reações bioquímicas se processam em meio aquoso. A água é indispensável às combinações químicas e permite a eliminação dos desperdícios (suores, urinas) gerados pelo metabolismo. (DIAS, 2002; BITTENCOURT, 2008) O equilíbrio hídrico corporal representa a diferença líquida entre a ingestão e a perda de líquidos (SAWKA; CHEUVRONT, 2006). Alguns atletas durante a prática do exercício deixam de hidratar-se pelo receio de sentir algum mal estar após a ingestão de líquidos. Esta conduta é considerada um grande equívoco, pois durante a realização do esforço físico cerca de 75% da energia que os músculos produzem se transformam em calor e somente 25% serão aproveitados para realizar o trabalho físico. (PEDROSO, 2008). Em decorrência do aumento na produção do calor, o organismo responde com uma intensa sudorese para evitar que a temperatura corporal aumente, gerando a necessidade de reposição hídrica satisfatória. A produção de suor durante o exercício pode representar um risco de desidratação, promovendo aumento da osmolalidade, da concentração de sódio no plasma e diminuição do volume plasmático resultante do aumento da sudorese e de um movimento de água do compartimento vascular para o compartimento intersticial tem sido estimado em 2,4% para cada 1% de perda de peso corpóreo, pela desidratação aguda. Associado ao volume plasmático diminuído, o limiar relacionado com a temperatura para o aumento do fluxo sanguíneo cutâneo é aumentado. (WOLINSKY; HICKSON, 2002). Concomitante à redução de água corporal ocorre também a redução do potencial de trabalho dos órgãos e sistema orgânicos, pois os mesmos não possuem a capacidade de armazenar água e por isso a quantidade eliminada deve ser restituída, a fim de manter o balanço hídrico e a homeostase orgânica. A hipoidratação caracteriza-se por uma redução do conteúdo de fluidos no organismo. Uma perda de cerca de 3% da água corporal resulta em alterações na função metabólica que contribuem para a redução do desempenho de exercícios anaeróbicos, em corridas de curta e longa distância em uma resistência aeróbica máxima. A hipoidratação também aumenta o risco de distúrbio termorregulatório. Perdas 5 a 7% da água corporal podem conduzir a exaustão pelo calor e a alucinações e quando alcança os 10% da perda corpórea, pode conduzir a acidente vascular cerebral, levando a um risco de colapso e morte. Em alguns casos essas complicações podem manifestar-se em uma freqüência maior podendo ser observadas em indivíduos com excesso de peso, em condições físicas precárias e entre aqueles que não estão aclimatizados para exercício em ambientes mornos e quentes. (LAMB; SHEHATA, 1999; WOLINSKY; HICKSON, 2002) Muitos atletas não realizam a adequada ingestão hídrica diária que deve ser feita com objetivo de repor o que foi perdido durante a prática esportiva. Estes habitualmente negligenciam ou desconsideram a importância dessa conduta para o seu desempenho. Em decorrência disto, estima-se que muitos atletas iniciam treinamento e provas de competição em estado de desidratação que é considerado a transição entre o estado de hidratação para hipoidratação.

2.1. Perdas e reposição de fluidos e eletrólitos durante o esforço: parãmetros para avaliaçâo do estado de hidratação Durante treinos e competições os atletas costumam perder peso corporal através da transpiração. A composição do suor pode variar intra e interindivíduo de acordo com a dieta, taxa de sudorese, hidratação, grau de aclimatação e aspectos fisiológicos intrínsecos. O treinamento em ambientes quentes ou em temperaturas mais elevadas promove uma adaptação no organismo fazendo com que o suor torna-se cada vez mais hipotônico em relação ao sangue, tendo sua concentração de sais diminuída em até 50% ocorrendo concomitante ao aumento da taxa de sudorese. Para minimizar ou evitar a desidratação e atingir o desempenho máximo, faz-se necessário a reposição regular das perdas de água e eletrólitos (GUERRA e cols, 2005). Se o conteúdo de água corporal é reduzido entre 1 a 2% do peso corpóreo, alguns parâmetros fisiológicos sofrem alterações, sendo que se o déficit alcançar cerca de 10% da água corporal, alterações mais severas podem ocorrer exercendo significativa influência no balanço corporal de líquidos e eletrólitos. A elevação da temperatura corporal que acompanha o exercício no calor pode se reduzir com a sudorese, porém grandes perdas de suor podem desencadear uma hipoidratação e grandes perdas de eletrólitos, podendo resultar em sérias conseqüências. (GARRET Jr; KIRKENDALL e cols, 2003). Muitas são as alterações bioquímicas que acontecem no organismo de um corredor durante uma maratona. A concentração de sódio adequada nos fluidos do organismo é um fator essencial para muitas das funções metabólicas como as contrações dos músculos cardíacos e esqueléticos. Com a perda do sódio em pequena quantidade ao redor das terminações nervosas e fibras musculares, pode ocasionar câimbras, porém se essa perda mais acentuada pode ocasionar conseqüências mais graves. (REIS e cols, 2008). Dentre os parâmetros referidos nos estudos científicos para avaliar estado de hidratação, existem marcadores simples, de mais fácil manuseio e aplicação e aqueles mais complexos. Destacam-se como marcadores mais simples: a concentração da urina que avalia se o volume da urina foi reduzido e se a cor encontra-se mais escura. Como ferramenta de triagem, para diferenciar a euidratação da desidratação é uma técnica de avaliação confiável, e a massa corporal que costuma ser usada para avaliar as mudanças rápidas na hidratação do atleta.(sawka; CHEUVRONT, 2006). Esses marcadores de fácil manuseio, podem ser representados através do diagrama de Venn (FIGURA 01) que combina três marcadores simples, peso corporal, urina e sede (WUT) para avaliar uma possível desidratação nos atletas no dia-a-dia.

Figura 01. Diagrama de Venn WUT Alterações agudas na hidratação são calculadas como a diferença da massa corporal pré e pós exercício. Marcadores simples do estado de hidratação faz com que atletas ou técnicos consigam monitorar o equilíbrio hídrico diário, pois os instrumentos são relativamente mais em conta economicamente e fáceis de serem usados estão disponíveis para se avaliar a densidade urinária. (SAWKA; CHEUVRONT, 2006). Outros métodos não invasivos, bastante utilizados, são a gravidade específica e coloração da urina, além da variação do peso corporal já referido anteriormente. (MACHADO-MOREIRA et al, 2006). Índices do estado de hidratação e sua relação com a urina são apresentados quadro 02. Quadro 2. Índices do estado de hidratação e sua relação com a urina Estado de Hidratação % variação peso corporal Coloração da Urina Gravidade específica da urina Euhidratado +1 a -1 Amarelo claro a amarelo citrino <1.010 Desidratação mínima -1 a -3 Amarelo citrino a amarelo âmbar 1.010-1.020 Desidratação significativa -3 a -5 Amarelo âmbar a acastanhado 1.021-1.030 Desidratação grave > -5 Acastanhado a amarronzado > 1.030 Fonte: CASA et al, 2000 apud MACHADO-MOREIRA et al, 2006 Existem marcadores mais complexos como a osmolalidade plasmática e a combinação de líquido corporal total que representam o padrão ouro para avaliar o estado de hidratação do indivíduo sendo considerados de referência para a ciência. Porém, exigem controle metodológico considerável, gastos e especialistas analíticos e por isso não são práticos para o monitoramento do estado de hidratação no dia-a-dia durante treinos ou competições. (SAWKA; CHEUVRONT, 2006) Para garantir que o indivíduo inicie a prática esportiva no estado de euidratação, recomenda-se a ingestão de cerca de 250 a 500ml de água duas horas antes do exercício. Durante o exercício recomenda-se iniciar a ingestão hídrica nos 15 minutos e continuar bebendo a cada 15 a 20 minutos. Se a atividade tiver duração de mais de uma hora, ou se for intensa do tipo intermitente mesmo com menos de uma hora, devese repor carboidratos na quantidade de 30 a 60gh-1 e sódio na quantidade de 0,5 a 0,7gl-1. A temperatura ideal para a bebida deve ser em torno de 15 a 22ºC e conter uma palatabilidade preferencial do indivíduo. Após o exercício, deve-se continuar ingerindo líquidos para compensar as perdas adicionais de água pela urina e sudorese. Nas primeiras duas horas após o exercício deve ingerir em média 50g de carboidrato (glicose), com a finalidade de promover a ressíntese do glicogênio muscular e o rápido armazenamento de glicogênio muscular e o rápido armazenamento de glicogênio muscular e hepático. (Diretrizes da Sociedade Brasileira de Medicina e do Esporte, 2009) Entretanto a água não pode ser considerada como uma bebida exclusiva recomendada para a reposição das perdas hídricas em atletas. Em situações de intenso e prolongado esforço físico, as bebidas isotônicas ou repositores hidroeletrolítcos exercem papel importante na recuperação de atletas. As bebidas isotônicas são soluções compostas por moléculas com concentrações semelhantes aos do nosso corpo e, portanto podem

ser transferidas para corrente sanguínea. (MACHADO-MOREIRA et al, 2006). Segundo Balu (2004) as bebidas isotônicas contêm carboidrato e são aconselhadas apenas para atividades de longa duração como exemplo a corrida. Algumas soluções que contém uma variedade de eletrólitos e/ou nutrientes como carboidratos costumam ser consumidas por atletas seja em competições profissionais e amadoras ou aqueles que praticam atividade por lazer com a finalidade de aumentar o desempenho físico. Estudos mostram que a inclusão de carboidrato, líquidos e eletrólitos nas bebidas, melhoram o desempenho do atleta. Segundo as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Medicina e do Esporte (2009), exercícios de longa duração que ultrapassam uma hora, recomenda-se realizar a ingestão de líquidos contendo de 0,5 a 0,7 g/l de sódio, que é proporcional a uma concentração similar ou inferior àquela do suor de um indivíduo adulto. A finalidade maior da inclusão de eletrólitos nas bebidas esportivas é a reposição do que foi perdido pela sudorese, enquanto os carboidratos melhoram a palatabilidade e tem um efeito mínimo no esvaziamento gástrico ajudando na absorção de líquidos e eletrólitos no intestino delgado. (WOLINSKY; HICKSON, 2002). 3. Metodologia Amostra A pesquisa foi realizada em uma amostra de 10 (dez) soldados do sexo masculino, com idade entre 35 a 65 anos, integrantes da equipe de atletismo da Polícia Militar do Estado da Bahia, em atividade militar ou na reserva. Foram utilizados como critérios de inclusão: ser integrante do corpo de funcionários da Polícia Militar; ser participante assíduo dos treinamentos visando competições de corrida de rua e não estar em uso de medicamentos ou suplementos que possam promover alterações no balanço hídrico e/ou na coloração da urina. Antes do início da coleta de dados todos os indivíduos assinaram o termo de consentimento e concordaram em participar espontaneamente desta pesquisa Coleta de dados A coleta de dados foi realizada na Vila Militar localizada no bairro do Dendezeiros na cidade de Salvador no Estado da Bahia. Inicialmente, foi feita uma anamnese preliminar obtendo-se dados como: idade, peso, altura, estilo de vida (tabagismo e/ou etilismo) e a prática esportiva. Em seguida, estes indivíduos foram submetidos a avaliação antropométrica (peso e altura) realizada no local de treinos, realizados com a freqüência de seis dias por semana (segunda a sábado), com duração de 1:30 diariamente, tendo uma intensidade de VO2 80%, com variação de 12 a 15Km. Protocolos e instrumentos de avaliação Os procedimentos de coleta e análise de dados incluíram: a. Pesagem dos atletas e aferição da estatura: Os atletas foram avaliados descalços, em posição reta e com o corpo relaxado para aferição ds medidas. O peso foi aferido antes e após os treinamentos e não se considerou o volume de líquidos ingerido durante a atividade. Foi utilizada uma Balança digital de solo com capacidade de até 150Kg da marca PLENNA e Estadiômetro. b. Avaliação do grau de desidratação e condições de hidratação dos atletas: O método utilizado para a avaliação nesta etapa foi a aplicação do diagrama de VENN ( WUT ) que consiste numa ferramenta simplificada para avaliação do estado de hidratação e combina três marcadores simples da hidratação: peso corporal, cor da urina e sede. Para complementação da análise nesta pesquisa, estruturou-se uma escala numérica para avaliação dos três marcadores utilizados considerando-se o

somatório de todos os dados coletados (%perda de peso + cor urina + sede ao acordar = grau de desidratação), classificando-se o resultando em estado leve, moderado e grave de desidratação, tendo como base a média dos dados coletado para cada atleta. Escala simplificada para avaliação de estado de desidrataçâo 4. Resultados e discussão Na tabela 1 são apresentados os valores de peso corporal dos atletas antes e pós-treinos e a perda de peso corporal no período estudado. A tabela 01 mostra em média (Kg) 67,9 de peso inicial e (Kg) 7,2 de desvio padrão (margem para mais ou para menos) com variação de peso entre 59,24 e 81 Kg. O percentual de perda de peso médio é de 1,9% tendo em vista o peso inicial menos o peso final com desvio padrão de 0,6 (margem para mais ou para menos), variando amplamente entre 1 e 2,8%. Tabela 01. Distribuição da média de peso corporal dos atletas: antes e pós-treinos e a perda ponderal, 2009 O gráfico 01, mostra que segundo o diagrama de Venn WUT, 54,95% dos atletas estudados revelaram a presença de apenas um parâmetro indicador para desidratação, o que sinaliza uma possível desidratação; 37,36% apresentaram mais de um parâmetro indicador demonstrando assim uma provável ocorrência de desidratação e 7,69% apresentam os três parâmetros indicadores combinados o que nos faz concluir uma muito provável presença de desidratação.

Gráfico 01. Prevalência do estado de desidratação dos atletas estudados segundo o Diagrama de Venn WUT Os dados apresentados no gráfico 02 revelam o grau de desidratação dos atletas com base na escala numérica estruturada. Sabendo-se que 2% de perda corpóreo representa um grau de leve a moderada segundo as Diretrizes da SBME (2009), e que nos atletas avaliados foi encontrada uma variação em média de 1 a 2,8% de perda de peso corpóreo, pode-se afirmar que 11,1% apresentaram desidratação leve e 88,9%, em grau moderado. Gráfico 2. Prevalência do grau de desidratação dos atletas estudados A perda de peso dos atletas foi observada independente da coloração da urina e da presença da sede, explicando parcialmente o seu estado de desidratação. Neste estudo, a percentagem de perda de peso variou entre 1 a 3% aproximadamente, o que evidencia, de forma geral, uma significativa perda hídrica. Uma das principais manifestações da desidratação é a sede que já é considerado como sinal tardio. O mecanismo da sede é sensível às variações plasmáticas de sódio, ao volume sangüíneo e à osmolalidade. Com o aumento da concentração de sódio no plasma e/ou diminuição do volume sangüíneo, ocorre maior percepção da sede (PERRELLA, NORIYUKI e ROSSI, 2005). No entanto, a sede pode ser saciada antes da reposição total de líquidos perdidos através da sudorese, ou seja, se ocorrer apenas a ingestão de água, rapidamente desaparecerá a vontade de ingerir outros líquidos devido a alterações na pressão osmótica, reduzindo desta forma o volume adequado total a ser ingerido. (MACHADO-MOREIRA et al, 2006; PERRELLA, NORIYUKI e ROSSI, 2005). O exercício no calor é o estresse mais severo para o atleta. O desempenho esportivo é constantemente prejudicado quando realizado em climas quentes, visto que o calor impõe sérios perigos para a saúde do

atleta que pode se tornar crônico ou até fatais, (MAUGHAN, 1998). A aclimatação ao calor resulta de adaptações biológicas que reduzem os efeitos negativos do estresse causado pelo calor. (GARRET Jr; KIRKENDALL e colaboradores, 2003). Durante o estudo, houve o acompanhamento dos treinos e das competições podendo-se observar que os atletas iniciavam os treinos no horário de 6:30 da manhã o que favorecia desempenho em função da temperatura ambiente mais amena. Por outro lado, durante as competições que geralmente iniciam-se no horário das 8:00 horas, muitos dos competidores queixam-se de mal estar, variando de tontura, delírio, visão turva, arritmia cardíaca até desmaio. Sendo assim faz-se necessário a adaptação de temperaturas mais elevados durante os treinos com uma adequada disponibilidade hídrica antes, durante e após os treinos com a finalidade de um bom desempenho físico ao decorrer das competições evitando desta forma os sintomas supracitados. 5. Conclusão De acordo com os dados coletados, verificou-se que os atletas desta modalidade obtiveram um percentual de perda de peso significativo, sendo a maioria apresentou níveis acima de 2%, Conclui-se ainda, que durante a avaliação hídrica os atletas demonstraram algum grau de desidratação, variando esta entre leve e moderada. Nesse sentido, é importante ressaltar a necessidade da adequada ingestão hídrica antes, durante e após os treinos, visto que há perdas significativas de líquidos e minerais durante o exercício pela sudorese, podendo-se recorrer também às bebidas isotônicas como estratégia de hidratação. Enfatiza-se portanto, a necessidade da participação de um nutricionista no acompanhamento das atividades de equipes (que praticam esportes de forma similar à pesquisada), com a finalidade de planejar e motivar uma reposição hidroeletrolítica adequada, evitando assim danos maiores à saúde do indivíduo e prevenindo a queda no rendimento esportivo ocasionada pela desidratação. Referências BALU, Danilo. Água X Isotônicos. Disponível em: http://www.webrun.com.br/home/conteudo/noticias/index/id/2840. Publicado em: 02 de ago de 2004. Acesso em 03 de Nov de 2010. BITTENCOURT, Luiz. A importância da água no nosso organismo. Disponível. http://www.omundodacorrida.com/aguanoorganismo.htm. Atualizado em 03 de mar 2008. Acesso em 13 de set. 2010. DIAS, Elisabete Cristina. Nutrição e estilo de vida. Disponível em: www.nutri-net.com.br. Acesso em 15 de set. 2008. GARRETT, William Jr., KIRKENDALL, Donald T. e Colaboradores. A Ciência do Exercício e do Esporte. Porto Alegre Editora Artmed, 2003. GUERRA, Isabela e colaboradores. Nutrição Metabolismo e Suplementação. São Paulo. Editora Atheneu, 2005. LAMB, David R., SHEHATA, Adel Helmy. Benefícios e limitações da pré-hidratação. Disponível em: www.gssi.com.br. Publicado em: outubro/novembro/dezembro de 1999. Acesso em 24 de agost. de 2008. MACHADO-MOREIRA, Christiano A.; VIMEIRO-GOMES, Ana C.; SILAMI-GARCIA, E.; RODRIGUES, Luiz O.C. Hidratação durante o exercício: a sede é suficiente? Revista Brasileira de Medicina do Esporte. v.12, n.6, 2006.

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