PREFEITURA MUNICIPAL DE MARAVILHAS EDITAL 001/2009 - Concurso Público. Prova: 14 de Março de 2010. CARGO: 25. Professor PII Educação Artística



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Transcrição:

PREFEITURA MUNICIPAL DE MARAVILHAS EDITAL 001/2009 - Concurso Público Prova: 14 de Março de 2010. CARGO: 25. Professor PII Educação Artística 1- Este caderno de provas contém um total de 30 (trinta) questões objetivas, sendo 10 (dez) de Língua Portuguesa e 20 (vinte) de Conhecimentos Específicos, em 13 páginas numeradas. Confira-o. 2- Confira se este caderno corresponde ao cargo para o qual você está concorrendo. 3- Esta prova terá, no máximo, três horas de duração, incluído o tempo destinado à transcrição de suas respostas no gabarito oficial. 4- Não perca tempo em questões cujas respostas lhe pareçam difíceis; volte a elas se lhe sobrar tempo. 5- Respondidas as questões, você deverá passar o gabarito para a sua folha de respostas, usando caneta esferográfica azul ou preta. 6- Este caderno deverá ser devolvido ao fiscal, juntamente com sua folha de respostas. 7- Esta página poderá ser destacada para anotações ou transcrição das respostas que você assinalou. 8- Após o término da prova, serão disponibilizados, no primeiro dia útil subsequente à prova, no sítio eletrônico: www.fumarc.org.br, o caderno de prova e o gabarito oficial. 16

Nº INSCRIÇÃO ASSINATURA CANDIDATO UTILIZE O GABARITO ABAIXO COMO RASCUNHO GABARITO LÍNGUA PORTUGUESA QUESTÕES 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 RESPOSTAS CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS QUESTÕES 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 RESPOSTAS QUESTÕES 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 RESPOSTAS

Prezado (a) candidato (a): Assine e coloque seu número de inscrição no quadro abaixo. Preencha, com traços firmes, o espaço reservado a cada opção na folha de resposta. Nº de Inscrição Nome PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA - NIVEL SUPERIOR O coração nas trevas Metafísica para o crepúsculo 1 Disposto a aproveitar do primeiro ao último raio de sol das férias estivais alémmar, o amigo da coluna perguntou candidamente ao porteiro do hotel: Quando escurece aqui? A resposta veio na mistura de humor torto e lógica implacável que nós, malandros otários d aquém-mar, preferimos acreditar ser burrice: Não, senhor, aqui não escurece nunca, pois, quando está a escurecer, nós acendemos as luzes e, pronto, continua tudo claro. 2 Lembrei-me dessa história verídica com vocação para anedota dias atrás, conforme a luz caía sobre a serra. A sede da fazenda já estava iluminada, bem como as outras casas, mas se assemelhavam, todas, a barcos iluminados e desamparados, cercados pela escuridão de alto-mar. Esse momento nunca me forneceu especial motivo para riso, mas por alguma desrazão, senti aquele crepúsculo da semana passada como particularmente angustioso. 3 No lusco-fusco, quase trombei com uma amiga, que, vim a descobrir, pensava mais ou menos os mesmos pensamentos. Falou-me do sentimento de opressão que sentia no peito a cada vez que, hospedada no campo, chegava a noite, tornando luzes e sons esparsos, quando não extintos. A noite seguinte foi pior. Sozinho a perambular pelo gramado, o peso da hora ficou quase insuportável, e achei até que fosse chorar. 4 Minha mulher nasceu no interior de Minas, não na roça, mas numa pequena cidade da Zona da Mata. Ainda assim, ela com frequência fala da sensação de melancolia que a invade ao pôr do sol, mesmo aqui na cidade grande. Lá na serra, a inevitabilidade da noite afinal pegou-me da forma que, creio, desde sempre a atormenta. E avistar um grande pássaro preto caminhando em silêncio pelo bambuzal não deixou o clima menos lúgubre.

5 Não há, porém nada de sobrenatural no acima relatado. O medo que nossa espécie sente do escuro não foi de todo superado nem pelo pré-histórico anônimo que dominou o fogo nem por Thomas Alva Edison e sua lâmpada elétrica. Continuamos vagamente cientes de que, sim, as trevas continuam à espreita, logo adiante dos círculos de luz. Não é à toa que aquele que talvez seja o mais resistente mito grego, o do titã Prometeu, diga respeito ao roubo do fogo dos deuses do Olimpo para compartilhar com os homens cá embaixo. 6 Quiçá esse desconforto indefinível não seja nem tanto medo do escuro quanto do escurecer. Estará aí a chave para a angústia do crepúsculo? Com o escuro a gente se conforma, até porque não há outro jeito. No escurecer, a gente se revolta, acha que cabe recurso, luz, injeção, coquetel de drogas. Entramos, claro, no terreno da metáfora para a morte e da metafísica em geral. Aliás, metafísica tal como desprezada por Wittgenstein: o terreno das coisas sobre as quais não podemos falar e, portanto, deveríamos calar. 7Existe uma música que faz a trilha sonora dos meus crepúsculos mais tristes. É Virgem, de Marina Lima, dela com o irmão poeta e filósofo, Antônio Cícero, gravada pela primeira vez no LP homônimo, de 1987. Cumpre esse papel porque é exatamente na hora da morte da luz que se dá a canção: O Hotel Marina quando acende/ Não é por nós dois/ Nem lembra o nosso amor/ Os inocentes do Leblon/ Esses nem sabem de você. 8 Contudo, o mais brilhante achado da letra é logo o verso inicial, As coisas não precisam de você. Isso é a própria náusea sartriana em meio comprimido, o falso antídoto surgindo nos dois versos subsequentes, Quem disse que eu/ tinha que precisar? O mal-estar que nasce da percepção de que as coisas não precisam de você e, subentende-se, de mim é precisamente o cerne do romance que o bom, então jovem e para sempre zarolho Jean-Paul publicou em 1938: A Náusea, cujo título original era Melancolia. 9 Numa tarde de janeiro, que no inverno setentrional é toda crepúsculo, o personagem Antoine Roquentin, historiador de 35 anos, sente a existência cair-lhe sobre os ombros no jardim público da província. Ele descobre, aturdido, o que significa existir. A presença da copa das árvores sobre sua cabeça e das raízes delas sob seus pés se corporifica num enjoo. Roquentin sente-se num amontoado de entes incômodos, sem razão para estarem ali. 10 Eles não desejavam existir, só que não podiam evitá-lo; era isso, lê-se na tradução de Rita Braga, para a Nova Fronteira, que preserva os itálicos do autor. Então realizavam suas pequenas funções, devagar, sem entusiasmo; a seiva subia lentamente pelos veios, a contragosto, e as raízes se enfiavam lentamente na terra. Mas a cada momento eles pareciam a pique de abandonar tudo e se aniquilar. (...) 11 Todo ente nasce sem razão, se prolonga por fraqueza e morre por acaso. Inclinei-me para trás e fechei as pálpebras. Mas as imagens imediatamente 2

alertadas, de um salto vieram encher de existências meus olhos fechados: a existência é uma plenitude que o homem não pode abandonar. 12 No filme Ricardo III Um ensaio, Al Pacino cogita que tudo o que pensamos de modo desconexo já foi escrito por Shakespeare. O crítico Harold Bloom também escreveu algo assim. Só pelo Bardo, não sei, mas por alguém, como Sartre, tenho quase certeza. Ao cair da luz, as coisas se dissolvem no escuro, mas continuam ali, tão firmes quanto podem estar. O gramado, o bambuzal, os pássaros, as palmeiras, a mata circundante, os animais, eles continuam lá, no escuro, neste preciso momento. As coisas não precisam de nós. QUESTÃO 01 (DAPIEVE, Arthur. O Globo, Segundo Caderno. 31 de Julho de 2009) Pode-se afirmar, relacionando título, subtítulo e texto, que a intenção do autor é, principalmente, a de: a) descrever o cair da tarde nas cidades do interior. b) comparar o entardecer em diversas cidades do interior. c) refletir sobre o sentimento que se desperta no ser, ao cair da tarde, nas cidades interioranas. d) criticar o vazio existencial provocado pelos sentimentos, quando a tarde chega. QUESTÃO 02 Observe as afirmativas que se seguem: I. continuamos vagamente cientes de que, sim, as trevas continuam à espreita, logo adiante dos círculos de luz. II. Com o escuro, a gente se conforma, até porque não há outro jeito. III. Não senhor, aqui não escurece nunca... Expressa a principal idéia sugerida pelo título do texto O coração nas trevas o que se afirma SOMENTE em: a) II. b) I e III. c) I e II. d) I. 3

QUESTÃO 03 Marque a afirmação CORRETA: a) O autor do texto é absolutamente imparcial ao narrar os fatos. b) O texto prestigia verbos nos tempos do futuro, configurando uma das características da narrativa. c) O texto revela marcas subjetivas do autor, quando os verbos aparecem em primeira pessoa em passagens como: Continuamos vagamente cientes de que, sim, as trevas continuam à espreita... d) Existe uma contradição entre o título O coração nas trevas e as ideias apresentadas no texto. QUESTÃO 04 A pergunta, no primeiro parágrafo do texto, Quando escurece aqui? provocou uma resposta na mistura de humor torto e lógica implacável. A expressão humor torto se traduz, na visão dos malandros otários d aquém-mar, em burrice. Pode-se inferir, por meio dos termos em negrito, que há, com relação à pergunta do amigo e a resposta do porteiro, um sentimento de: a) indignação. b) repúdio. c) irritação. d) desprezo. QUESTÃO 05 Considere o excerto: No lusco-fusco, quase trombei com uma amiga... A expressão destacada tem, no texto, sentido equivalente a: a) noite adentro b) tarde da noite c) noite profunda d) ao entardecer 4

QUESTÃO 06 Observe o fragmento: Quiçá esse desconforto indefinível não seja nem tanto medo do escuro quanto do escurecer. O vocábulo sublinhado tem, no texto, sentido equivalente a: a) embora. b) realmente. c) finalmente. d) talvez. QUESTÃO 07 Releia o último parágrafo do texto. Observe as expressões: o gramado, o bambuzal, os pássaros, as palmeiras, a mata circundante, os animais... Ao enumerar elementos da natureza, o objetivo do autor foi o de: a) apontar, por meio da gradação, situações que se ampliam, com o movimento do olhar. b) apresentar um cenário estático, ligado aos elementos naturais. c) comparar as classes de palavras, separando-as entre substantivos e verbos. d) exemplificar, por meio de adjetivação, o cenário do campo. QUESTÃO 08 Observe as informações acerca do emprego de sinais de pontuação: I. O uso das aspas, nos parágrafos 7 e 8, representa uma habilidade intertextual. II. Os travessões, no 8º, foram empregados para dar ênfase ao termo anterior. III. As reticências (...) no 10º significam uma interrupção do assunto exposto. Está CORRETO o que se afirma em: a) I e II. b) I e III. c) I, II e III. d) II e III. 5

QUESTÃO 09 Observe o fragmento: Al Pacino cogita que tudo o que pensamos de modo desconexo já foi escrito por Shakespeare. O termo sublinhado é um e tem a função de. A opção que completa corretamente as lacunas é: a) artigo / definir uma idéia. b) pronome / demonstrar uma substituição na estrutura da frase. c) artigo / resumir o contexto da informação. d) pronome / adicionar reflexões sobre o tema. QUESTÃO 10 Releia a seguinte passagem do texto: A noite seguinte foi pior. Sozinho a perambular pelo gramado, o peso da hora ficou quase insuportável, e achei que fosse chorar. Os verbos assinalados foram utilizados pelo autor com a intenção de demonstrar: a) uma ocorrência simultânea de ações. b) situações ocorridas em um tempo passado definido. c) uma hipótese ou previsão de situações no percurso das ideias. d) uma situação possível de ser diagnosticada no tempo em que ocorrem os fatos. 6

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - PROFESSOR MUNICIPAL II - EDUCAÇÃO ARTÍSTICA QUESTÃO 11 O músico e educador suíço Émile Jaques-Dalcroze (1865-1950) desenvolveu um sistema de treinamento da sensibilidade musical e estudo do ritmo com base no movimento corporal, que influenciou a educação artística brasileira, principalmente nas áreas de música e dança. Esse sistema é denominado: a) Euritmia. b) Rítmica. c) Dança moderna. d) Music child. QUESTÃO 12 Entre as propostas de ensino musical que influenciaram o ensino de música nas escolas brasileiras, assinale a alternativa INCORRETA: a) Edgar Willems (1890-1978) estruturou seu método em atividades de percepção do som (ouvir, reconhecer, classificar, ordenar) e produção do som (cantar e percutir). b) Zoltán Kodaly (1882-1967) fundamentou seu método sobre as canções do folclore húngaro, geralmente entoadas a duas vozes e ensinadas por gestos manuais (fonomímica). c) Carl Orff (1895-1981) utilizou em seu método canções folclóricas e infantis, relacionando movimento e palavra como forma de estimular a expressão espontânea. d) Murray Schaffer (1876-1933) criou um método para flauta-doce voltado ao ensino coletivo do instrumento em curto prazo, de forma a capacitar grande número de alunos. 7

QUESTÃO 13 Assinale o item que não está vinculado ao movimento de renovação do teatro norte-americano nos anos 1960: a) O movimento pedagógico Off-off-Broadway. b) Sistema de teorias, técnicas e leis objetivas. c) Pesquisas de novas linguagens teatrais. d) Pesquisas com grupos de teatro improvisacional. QUESTÃO 14 Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais para a disciplina Arte (BRASIL,1998), vivemos numa era marcada pela competição e pela excelência, em que progressos científicos e avanços tecnológicos definem exigências novas para os jovens que ingressarão no mundo do trabalho. Tal demanda impõe uma revisão dos currículos, que orientam o trabalho cotidianamente realizado pelos professores e especialistas em educação do nosso país. O papel fundamental da educação no desenvolvimento das pessoas e das sociedades amplia-se ainda mais no despertar do novo milênio e aponta para a necessidade de se construir uma escola voltada: a) para a formação de cidadãos. b) para a formação profissional. c) para os conteúdos tecnológicos. d) para o aprimoramento da linguagem. QUESTÃO 15 Buscando dar origem a uma transformação positiva no sistema educativo brasileiro, os Parâmetros Curriculares Nacionais manifestam a intenção de ampliar e aprofundar um debate educacional que envolva: a) escolas, pais, governos e sociedade. b) diretores, funcionários e alunos das escolas. c) professores, alunos e famílias. d) pedagogos e professores especialistas. 8

QUESTÃO 16 São reconhecidas como obras consagradas do repertório clássico teatral, além das obras do teatro grego, aquelas escritas pelos seguintes dramaturgos: a) Michelangelo Antonioni, Ettore Scola, Vitorio de Sica e Giordano Bruno. b) Virgínia Wolf, Julio Cortàzar, Sófocles e Alexander Soljenitsin. c) Konstantin Stanislavsky, Nikolai Gogol, Eurípedes e Charles Dickens. d) William Shakespeare, Molière, Bertold Brecht e Anton Chekhov. QUESTÃO 17 Sobre a montagem de um espetáculo teatral na escola, Tiche Vianna e Márcia Strazzacapa afirmam que: a) A montagem de um espetáculo teatral é uma tarefa simples e relevante no processo de aprendizagem teatral. b) É preciso montar o espetáculo para garantir a transmissão do que o grupo teatral quer dizer ao expectador. c) É de grande importância concluir um processo de trabalho teatral com o que caracteriza essa arte: o espetáculo. d) A montagem do espetáculo teatral na escola é uma das instâncias de profissionalização do aluno como ator. QUESTÃO 18 A bailarina e educadora francesa Jacqueline Robinson elaborou em 1978 um diagrama que mostra o surgimento da dança a partir da magia. O diagrama aponta o desenvolvimento e aplicação da dança em diversas funções, baseadas em três motivações principais: a expressão, o espetáculo e o lazer. Revendo esse diagrama, Márcia Strazzacappa propôs, em 2006, novas ramificações da dança nesse diagrama, que são as áreas de: a) Etnia e terapia. b) Folclore e educação. c) Etnia e técnicas circenses. d) Magia e terapia. 9

QUESTÃO 19 Embora a LDB, Lei 9.394/96 indique que o ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório nos diversos níveis de educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos por intermédio das artes visuais, música, dança e teatro, raramente a dança é abordada no ensino brasileiro. Isso acontece pela tradição da utilização das artes plásticas no contexto escolar, e por outras razões, EXCETO: a) Há falta de especialistas da área nas escolas. b) A dança não faz parte do dia-a-dia da nossa sociedade. c) Há despreparo do professor de arte para a dança. d) A dança é a linguagem artística menos conhecida pela escola. QUESTÃO 20 A respeito da cor preta na pintura, assinale a afirmativa INCORRETA: a) O pigmento preto é uma imitação do preto absoluto, que, em condições normais, só existe na natureza. b) O esforço de concentração visual pode distinguir leves tendências à coloração, mesmo nos pretos mais intensos. c) O pigmento preto absorve os raios luminosos e reflete apenas uma quantidade mínima destes raios. d) O pigmento preto tem a propriedade física de absorver quase todos os raios luminosos incidentes sobre ele. QUESTÃO 21 Considerado o pai da pintura abstrata, um famoso pintor notabilizou-se também por escrever sobre arte, destacando-se como um teórico do abstracionismo, autor dos livros Du spirituel dans l art e Du pont et de La ligne au plan, traduzidos no Brasil, respectivamente, por Do espiritual na arte e Ponto e linha sobre plano. Foi ele: a) August Macke. b) Franz Marc. c) Wassily Kandinsky. d) Max Ernst. 10

QUESTÃO 22 Qual é a cor que, por ser a mais escura das três cores primárias, tem analogia com o preto e funciona sempre como sombra na pintura dos corpos opacos, numa escala de tons, sendo indecomponível, tanto em cor-luz como em cor-pigmento? a) Verde. b) Marrom. c) Vermelho. d) Azul. QUESTÃO 23 Os grandes coloristas de todos os tempos criaram códigos cromáticos próprios, traduzidos sob a forma de estilo. Um grande pintor revelou uma essência comum a todos esses códigos, cujas origens se perdem na Mesopotâmia, Egito e Grécia. Em seus escritos, ele diz que essa essência é o contraste entre luzes e sombras, entre claro e escuro. Para ele, à medida que se alteram os contrastes, altera-se o nível de beleza da obra. Ele foi o primeiro, na história das artes, a descrever uma disposição racional das afinidades das diversas cores em relação às luzes e às sombras, ensinando que se queres que uma cor dê graça à vizinha que lhe confina, vê os raios solares na formação do arco-íris. Esse artista e seu livro são: a) Michelangelo Buonarroti e Tratado geral sobre luzes e sombras na pintura. b) Leonardo da Vinci e Tratado da pintura e da paisagem sombra e luz. c) Ludovico Dolce e Diálogos sobre a pintura e seus meios de colorir. d) Paolo Veronese e Vôos da cor na fantasia dos artistas, poetas e loucos. QUESTÃO 24 As pinturas de animais em todo o teto da caverna de Lascaux, na França, foram feitas há cerca de: a) 15.000 anos. b) 10.000 anos. c) 8.000 anos. d) 5.000 anos. 11

QUESTÃO 25 O historiador E. H. Gombrich diz que, ao lado de episódios soltos, há na História da Arte uma tradição direta, transmitida de mestre a discípulo, e de discípulo a admirador ou copista, que vincula a arte do nosso tempo às artes anteriores. Para ele: a) Os pintores das cavernas do sul da França iniciaram um tipo de arte que nós prosseguimos hoje. b) Os mestres gregos foram à escola com os egípcios, e todos nós somos discípulos dos gregos. c) A história da arte como um esforço contínuo começa entre as tribos de índios norte-americanos. d) A arte do vale do Nilo de cinco mil anos atrás segue a tradição iniciada nas cavernas francesas. QUESTÃO 26 No antigo Egito, o escultor era chamado aquele que mantém vivo porque: a) esculpia a cabeça do faraó em granito e a colocava na tumba, onde ninguém a via, para aí exercer sua magia e ajudar a alma a manter-se viva. b) esculpia uma tumba em homenagem ao faraó e a adornava com pertences e adereços que o ajudassem a manter-se vivo após a morte. c) esculpia o corpo inteiro do faraó em pedra, que é imperecível, e, por semelhança, isso faria o faraó tornar-se imperecível em sua nova vida. d) esculpia uma máscara mortuária, sagrada em cerimônia feita pelos sacerdotes, para o faraó usar ao atravessar o vale da morte em segurança. QUESTÃO 27 Na passagem dos séculos XIII a XIV, um gênio da arte italiana traduziu para a pintura as figuras realistas da escultura gótica. Foi ele: a) Michelangelo Buonarrotti. b) Leonardo da Vinci. c) Domenico Ghirlandaio. d) Giotto di Bondone. 12

QUESTÃO 28 Ao discutir a função progressiva da pintura moderna frente ao visitante das exposições, Umberto Eco afirma que, na história das artes, deve prevalecer o seguinte princípio: a) Os artistas pintam o que percebem e um pouco de educação artística é necessária aos visitantes das exposições. b) Os quadros propõem um novo modo de ver o mundo e os visitantes vão às exposições para aprender com as obras. c) Os artistas têm razão para pintar como pintam e os visitantes das exposições têm razão para reagir como reagem. d) Os pintores exageram nos temas e os visitantes têm reações exageradas resultantes de sua falta de preparação. QUESTÃO 29 Para Ana Mae Barbosa, o professor de arte deve ser capaz de promover uma educação artística e estética que forneça aos alunos três tipos de conhecimento. Entre esses conhecimentos NÃO se encontra: a) Preparação para o mercado. b) Informação histórica. c) Compreensão de uma gramática visual. d) Compreensão do fazer artístico como autoexpressão. QUESTÃO 30 O primeiro museu a criar a função de arte-educador foi o Victoria and Albert Museum, em 1852. Sobre o trabalho de arte-educador em museus brasileiros, é INCORRETO afirmar que: a) Tem sido improvisado desde os anos 1950, quando Ecyla Castanheira Brandão e Sigrid Porto de Barros organizaram os primeiros serviços educativos em museus do Rio de Janeiro. b) Apesar de haver muitos cursos de Artes no Brasil, eles formam artistas e educadores para escolas, mas não dão atenção à preparação do arteeducador que irá trabalhar em museus. c) Graças ao pioneirismo da USP no campo da arte-educação, em 1986 Elza Ajzenberg e Ana Mae Barbosa organizaram o primeiro curso de especialização em arte-educação em museu. d) O trabalho de arte-educador tem esbarrado na oposição dos curadores de arte, porque a formação do arte-educador o capacita a ocupar o lugar que tradicionalmente era do curador. 13