A Execução Fiscal e o novo CPC. < competência > Prof. Mauro Luís Rocha Lopes

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Transcrição:

A Execução Fiscal e o novo CPC < competência > Prof. Mauro Luís Rocha Lopes

LEF, art. 5º A competência para processar e julgar a execução da Dívida Ativa da Fazenda Pública exclui a de qualquer outro juízo, inclusive o da falência, da concordata, da liquidação, da insolvência ou do inventário.

LEF, art. 5º A competência para processar e julgar a execução da Dívida Ativa da Fazenda Pública exclui a de qualquer outro juízo, inclusive o da falência, da concordata, da liquidação, da insolvência ou do inventário. NCPC, art. 46. (...) 5º A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar onde for encontrado.

STJ, Súmula 58 Proposta a execução fiscal, a posterior mudança de domicilio do executado não desloca a competência já fixada.

a) E se o executado tiver mais de um domicílio?

a) E se o executado tiver mais de um domicílio? R: NCPC, art. 46. (...) 1º Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles.

a) E se o executado tiver mais de um domícílio? R: NCPC, art. 46. (...) 1º Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles. b) E se o executado não estiver no Brasil?

a) E se o executado tiver mais de um domicílio? R: NCPC, art. 46. (...) 1º Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles. b) E se o executado não estiver no Brasil? R: NCPC, art. 46. (...) 3º Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro.

a) E se o executado tiver mais de um domicílio? R: NCPC, art. 46. (...) 1º Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles. b) E se o executado não estiver no Brasil? R: NCPC, art. 46. (...) 3º Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro. c) E se forem dois executados, com domicílios distintos?

a) E se o executado tiver mais de um domicílio? R: NCPC, art. 46. (...) 1º Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles. b) E se o executado não estiver no Brasil? R: NCPC, art. 46. (...) 3º Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro. c) E se forem dois executados, com domicílios distintos? R: NCPC, art. 46. (...) 4º Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à escolha do autor.

Há conexão quando ação de execução fiscal e ação anulatória gravitam em torno do mesmo débito?

NCPC, art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir. 1º Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado. 2º Aplica-se o disposto no caput: I - à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico; II - às execuções fundadas no mesmo título executivo. 3º Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles.

Como definir a prevenção do juízo em casos tais?

NCPC, art. 58. A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento, onde serão decididas simultaneamente. NCPC, art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo. * Registro, no caso de vara única. Nos demais, distribuição.

O critério de prevenção pela data de registro/distribuição somente se aplica às ações ajuizadas na vigência do NCPC (Lei n 13.105/2015) e às que, conquanto ajuizadas anteriormente, ainda não tenham sido despachadas na vigência do CPC (Lei n 5.869/1973). Enunciado 3 do FOREXEC 2015 (TRF2) CPC/73, art. 106. Correndo em separado ações conexas perante juízes que têm a mesma competência territorial, considera-se prevento aquele que despachou em primeiro lugar. CPC/73, art. 219. A citação válida torna prevento o juízo...

A conexão desloca a competência para o executivo fiscal, quando houver vara especializada?

NCPC, art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, observado o disposto nesta Seção. vara especializada em EF = competência absoluta PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL E AÇÃO ANULATÓRIA. CONEXÃO. NÃO APLICAÇÃO. EXISTÊNCIA DE VARA ESPECIALIZADA EM RAZÃO DA MATÉRIA. COMPETÊNCIA ABSOLUTA. 1. "A reunião de ações, por conexão, não é possível quando implicar em alteração de competência absoluta" (AgRg no Ag 1385227/MS, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, DJe de 26.10.2012). AgRg no REsp 1463148, Min. Mauro Campbell marques, 2014.

Qual a solução para o caso em que a reunião de processos não for possível?

NCPC, art. 313. Suspende-se o processo: (...) V - quando a sentença de mérito: a) depender do julgamento de outra causa ou da declaração de existência ou de inexistência de relação jurídica que constitua o objeto principal de outro processo pendente; (...)

Suspensão da execução fiscal depende de estar integralmente garantido o juízo e não pode ultrapassar 1 ano. NCPC, art. 313. (...) 4º O prazo de suspensão do processo nunca poderá exceder 1 (um) ano nas hipóteses do inciso V (...)

Delegação de competência federal à justiça estadual - Fonte constitucional: art. 109, 3º Art. 109 (...) 3º Serão processadas e julgadas na Justiça estadual, no foro do domicílio dos segurados ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição de previdência social e segurado, sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras causas sejam também processadas e julgadas pela Justiça estadual.

Delegação de competência federal à justiça estadual - Fonte normativa recepcionada pela CF: Lei nº 5.010/66, art. 15, I. Art. 15. Nas Comarcas do interior onde não funcionar Vara da Justiça Federal (artigo 12), os Juízes Estaduais são competentes para processar e julgar: I - os executivos fiscais da União e de suas autarquias, ajuizados contra devedores domiciliados nas respectivas Comarcas; (...)

Delegação de competência federal à justiça estadual - Revogação: Lei nº 13.043/2014, art. 114, IX. Lei nº 13.043/14, art. 75. A revogação do inciso I do art. 15 da Lei no 5.010, de 30 de maio de 1966, constante do inciso IX do art. 114 desta Lei, não alcança as execuções fiscais da União e de suas autarquias e fundações públicas ajuizadas na Justiça Estadual antes da vigência desta Lei.

Delegação de competência federal à justiça estadual - Aspectos relevantes: CF, art. 109, 4º. Na hipótese do parágrafo anterior, o recurso cabível será sempre para o Tribunal Regional Federal na área de jurisdição do juiz de primeiro grau. STJ: Compete ao Tribunal Regional Federal dirimir conflito de competência verificado, na respectiva Região, entre Juiz Federal e Juiz Estadual investido de jurisdição federal (Súmula 3).

Delegação de competência federal à justiça estadual - Aspectos relevantes: COMPET. ABSOLUTA, A decisão do Juiz Federal, que declina da competência quando a norma do art. 15, I, da Lei nº 5.010, de 1966 deixa de ser observada, não está sujeita ao enunciado da Súmula nº 33 do Superior Tribunal de Justiça (REsp 1146194, julgado em 14/08/2013, Relator para o acórdão, Min. Ari Pargendler, 2013). * fundamento: a norma legal visa facilitar tanto a defesa do devedor quanto o aparelhamento da execução, que assim não fica, via de regra, sujeita a cumprimento de atos por cartas precatórias

Delegação de competência federal à justiça estadual - Aspectos relevantes: Fixada a competência da Justiça Estadual para o processamento de execuções fiscais movidas por entes federais quando a comarca em que domiciliado o executado não seja sede de vara federal, será ela também competente para o julgamento das ações incidentais, acessórias ou conexas ao executivo (embargos à execução, embargos de terceiro, cautelar, anulatória etc).

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