EB1/PE DE ÁGUA DE PENA 2010 2014
1.Introdução 2.Enquadramento legal 3.Diagnóstico avaliação do projecto anterior 4.Identificação de prioridades de intervenção 5.Disposições finais 6.Avaliação
1.Introdução Afirmar a sua identidade é, sem dúvida, um dos maiores desafios que hoje se coloca à escola. Neste contexto, a elaboração de um projeto Educativo próprio assume especial significado como um documento que expressa a sua identidade como escola e clarifica a sua ação educativa. 2.Enquadramento Legal O Decreto-Lei nº43/ 89 de 3 de Fevereiro, e mais recentemente o Decreto - Lei nº 75/ 2008, são no quadro formal - legal os normativos de justificação e de legitimação do Projeto Educativo da escola. No Decreto-Lei nº43/ 89 o Projeto Educativo assume uma dimensão operatória, enquanto expressão material e de concretização da autonomia da escola: A autonomia da escola concretiza-se na elaboração de um projecto educativo próprio, constituído e executado de forma participada, dentro de princípios de responsabilidade dos vários intervenientes da vida escolar e de adequação a características e recursos da escola e às solicitações e apoios da comunidade em que se insere. A autonomia da escola exerce-se através de competências próprias em vários domínios, como gestão de currículos e programas de actividades de complemento curricular, na orientação e acompanhamento de alunos, na gestão de espaços e tempos de actividades educativas, na gestão e formação do pessoal docente e não docente, na gestão de apoios educativos, de instalações e equipamentos e, bem assim, na gestão administrativa e financeira. No Decreto - Lei nº 75/ 2008 é entendido como Projeto Educativo: O documento que consagra a orientação educativa do agrupamento de escolas ou da escola não agrupada da escola, elaborado e aprovado pelos seus órgãos de administração e gestão para um horizonte de três anos, no qual se explicitam os
princípios, os valores, as metas e as estratégias segundo os quais o agrupamento de escolas ou da escola não agrupada se propõe cumprir a sua função educativa. Estes dois normativos instituem que a autonomia da escola operacionaliza-se por diferentes formas e processos, através do Projecto Educativo em diferentes áreas de ação como a autonomia pedagógica, administrativa, cultural, gestão financeira, as relações com a comunidade e as suas funções educativas, socializadoras e formativas. Ela depende portanto do contexto em que é exercida e das condições que a escola tem para a exercer. O Decreto Lei Regional (21/2006/M) altera o Dec. Lei Regional (4/2000/M) que clarifica e reforça o sentido dessa identidade, ao recomendar um ensino que tenha por base a participação criativa da comunidade educativa estimulando a participação e incentivando a desburocratização, dentro dos princípios orientadores da Lei de Bases do Sistema Educativo. Trata-se pois de um regime que visa alargar a participação e corresponsabilizar docentes, famílias, alunos, pessoal não - docente e sociedade envolvente. No entanto a elaboração do P.E.E. não pode limitar-se apenas ao cumprimento de um decreto mas deverá ter em conta a Reforma Educativa, a Reorganização Curricular, as transformações socioculturais e o avanço tecnológico. São estes factores que obrigam à criação de uma nova escola com visão clara das necessidades dos alunos e dos professores. Assim sendo é urgente reflectir e repensar a escola que temos, inventariar as potencialidades e analisar os seus problemas. 3. A escola que queremos Queremos uma escola que promova, uma aprendizagem de qualidade, que concretize o sucesso educativo em comunidade e para a comunidade. Uma escola que perspective o desenvolvimento, a formação, a autonomia e responsabilidade dos alunos.
A escola deverá ser um espaço aberto, receptiva aos diversos saberes e disponível para colaborar com os vários intervenientes no processo educativo. Tem por isso que organizar-se de forma a contemplar as múltiplas interações e assumir o seu papel educativo. Missão Promover uma aprendizagem de qualidade, que contribua para o desenvolvimento, a formação, a autonomia e responsabilidade dos alunos, habilitando-os para uma integração harmoniosa e responsável na sociedade. Visão Para cumprir a sua missão a EB1/PE de Água de Pena projecta-se como um espaço de referência no quadro de uma formação de qualidade, assente na diversidade dos percursos formativos em interacção com as expectativas dos jovens e as necessidades do meio onde se insere, assumindo como lema Juntos pela qualidade Valores O reconhecimento da escola como centro privilegiado de concretização do processo de ensino - aprendizagem mas também de formação pessoal e de exercício da profissionalidade, justifica a eleição dos seguintes valores como norteadores do Projeto e da dinâmica educativa da escola: *Igualdade *Transparência *Cooperação *Partilha *Respeito 4. Identificação de Prioridades de intervenção Selecionamos como aspetos prioritários os seguintes: a) Ensinar a condição humana; b) Aumentar o sucesso escolar; c) Promover a relação escola/família.
a) Ensinar a condição humana Objectivos: a.1- Proporcionar a aquisição de atitudes autónomas, visando a formação de cidadãos civicamente responsaveis e democraticamente intervenientes na vida comunitária; a.2- Despertar e reintegrar os valores humanos, culturais e familiares da vida em sociedade; a.3- Reconhecer a diversidade cultural inerente a tudo quanto é humano; a.4- Educar para a verdade, para a cooperação, para a responsabilidade, para a autoestima e autoconfiança, para o amor e respeito por si, pelos outros e pela Natureza. Objectivos operacionais: a.1-executar tarefas/projetos, por iniciativa própria e por solicitação; a.2-valorizar a verdade em todos os actos e situações; Estratégias: a.1 - Desenvolver actividades utilizando a metodologia de projecto; a.2 - Na área de projecto trabalhar o meio ambiente, a educação para o consumo, a alimentação saudável e a ecologia; a.3- Proporcionar um ambiente de harmonia, favorável à formação de uma personalidade equilibrada, através do asseio e decoração dos espaços escolares (pátio, salas de aula e outros); a.4 Cultivar relações de amizade e respeito pelo outro que se traduz: na forma serena de falar e dialogar, na resolução de conflitos, no bom desempenho das tarefas, na criatividade.
b) Aumentar o sucesso escolar Objectivos: b.1 melhorar o resultado das aprendizagens dos alunos; b.2 reduzir o número de retenções; b.3 Proporcionar ao aluno um papel activo e autónomo na construção do seu próprio conhecimento; b.4 Aplicar diversos instrumentos de avaliação; Objectivos operacionais: b.1 Manter uma atitude cooperativa e democrática; b. 2 Reflectir acerca dos resultados adquiridos; b. 3 Saber utilizar os registos; b.4 Participar na planificação e avaliação do trabalho; Estratégias: b.1 Utilização de registos diversificados (autoavaliação) ; b.2 Reuniões para avaliação/análise/reflexão de todo o processo ensino/aprendizagem; b. 3-Valorização daquilo que os alunos trazem para a sala de aula; b.4 Atribuição de tarefas; b.5- Promover a formação contínua de professores ou equipas de professores; b.6- Criar dinâmicas de promoção da confiança na relação professor/aluno: jogos, trabalhos de investigação; b.7 Partilha, entre os docentes, sobre o processo educativo dos alunos, em reuniões.
c) Promover a relação escola/família Objectivos: c1 - Reforçar os laços de cooperação entre a escola, família, comunidade local; c.2 - Garantir a socialização com todos os intervenientes da comunidade educativa, dando particular ênfase à participação dos Encarregados de Educação. c.3 - Promover o contacto e troca de experiências entre os alunos, pais e outros elementos da Comunidade local. Objectivos operacionais: c.1 - Reunir periodicamente com pais/enc. de educação para balanços ; educação; c.2 - Desenvolver actividades com a participação dos pais/enc. de Estratégias: c.1- Promover o diálogo da escola com a família, sobretudo através de espaços de carácter informal (festas, exposições, colóquios... e outros temas pertinentes); c.2- Participação activa de pais e encarregados de educação, mais especificamente, na sala de aula partilhando experiências e conhecimentos; c.3-envolvimento dos encarregados de educação em reuniões de avaliação e outras.
Disposições Finais O PEE será operacionalizado no plano anual de escola, (Projecto Curricular de Escola, projectos curriculares de turma) e regulamento interno. Entrará em vigor após a aprovação em Conselho Escolar e terá a duração de quatro anos (2010 a 2014) Avaliação A avaliação do PEE será feita pelo conselho escolar e pela restante comunidade educativa. Será sempre uma avaliação feita numa perspectiva formativa, crítica e orientadora para reformulações a curto, médio e longo prazo, caso seja necessário.