CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL

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Transcrição:

CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL MINÁRIO DE ASSUNTOS CONTÁBEIS DE PORTO ALEGRE SEMINÁRIO ASSUNTOS CONTÁBEIS DE PORTO ALEGRE SEMINÁRIO DE ASSUNTOÁBEIS DE PALESTRA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA ASPECTOS GERAIS PALESTRANTES: EQUIPE LEFISC: Adriani Maria Bourscheid Bacharel em Ciências Contábeis; Pós-graduada em Gestão Estratégica de Custos; Consultora da área de ICMS/IPI/ISS da LEFISC; Redatora de matérias do Portal LEFISC; Palestrante pela LEFISC. Marcelo Reolon Martins Bacharel em Direito; Consultor da área de ICMS/IPI/ISS da LEFISC; Redator de matérias do Portal LEFISC; Palestrante pela LEFISC. ANO 2015 APOIO: www.lefisc.com.br PARA OBTER UMA SENHA CORTESIA DO PORTAL LEFISC ENVIE UM E-MAIL PARA comercial@lefisc.com.br (51) 3373.0000

SUMÁRIO 1 Substituição Tributária Conceito 2 Responsáveis 3 Cálculo do Imposto 4 Hipóteses de Restituição de ICMS Substituição Tributária 5 Devolução de Mercadoria 2

1. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA - CONCEITO A Substituição Tributária é o regime pelo qual a responsabilidade pelo imposto devido em relação às operações ou prestações SUBSEQUENTES é atribuída ao contribuinte responsável determinado em legislação, ou seja, o estabelecimento responsável, recolherá o ICMS referente a suas operações próprias e também o ICMS devido nas operações posteriores (ICMS ST). Contribuinte Substituto Responsável É o responsável pela retenção e recolhimento do imposto incidente nas operações ou prestações subsequentes, inclusive quanto à diferença entre as alíquotas interna e interestadual nas operações e prestações que destinem mercadorias e serviços a consumo final (ativo imobilizado, uso e consumo do estabelecimento adquirente). Este normalmente é o fabricante ou importador. Contribuinte Substituído É aquele que tem o imposto devido relativo às operações e prestações de serviços pagos pelo contribuinte substituto, o responsável pela retenção e pagamento do ICMS. 2. RESPONSÁVEIS Relação de responsabilidade e pagamento entre contribuintes substituto e substituído: A INDUSTRIAL SUBSTITUTO B ATACADO SUBSTITUÍDO C VAREJO SUBSTITUÍDO CONSUMIDOR FINAL A indústria como responsável recolhe o ICMS devido por B e C na condição de contribuinte substituto. Nas operações internas As regras de responsabilidade nas operações internas no RS são definidas no Livro III, do Artigo 9º ao 14, do RICMS/RS. Nota 06 - De acordo com o art. 1º, 3º, V, da Resolução CGSN nº 58, de 27/04/09, do Comitê Gestor do Simples Nacional, não se aplica ao Microempreendedor Individual - MEI, na vigência da opção pelo Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos Abrangidos pelo Simples Nacional - SIMEI, a atribuição de substituto tributário prevista neste artigo, hipótese em que a responsabilidade pela substituição tributária caberá ao estabelecimento destinatário e o imposto será devido no momento da entrada da mercadoria no estabelecimento Na condição de substitutos tributários, são responsáveis pelo pagamento do imposto devido nas operações subseqüentes promovidas por contribuintes 3

deste Estado com as mercadorias referidas no Apêndice II, Seções II e III, os seguintes contribuintes, que a eles tenham remetido as mercadorias: (Livro III, Artigo 9º). I - o estabelecimento industrializador das mercadorias; II - o estabelecimento que recebeu as mercadorias oriundas de outra unidade da Federação, salvo se estas tiverem sido recebidas com substituição tributária III - o estabelecimento que importou as mercadorias do exterior; IV - o estabelecimento que adquiriu mercadorias importadas do exterior, apreendidas ou abandonadas; V - o estabelecimento distribuidor das mercadorias, quando se tratar de produtos farmacêuticos relacionados no Apêndice II, Seção III, item VI, do RICMS; Considera-se estabelecimento distribuidor das mercadorias o estabelecimento atacadista. VI - o estabelecimento atacadista que recebeu as mercadorias de estabelecimento de empresa interdependente ou por transferência; VII - o estabelecimento encomendante, em relação às mercadorias relacionadas no Apêndice II, Seção III, item I (cerveja, inclusive chope, e refrigerante, inclusive extrato concentrado destinado ao preparo de refrigerante em máquina (pré-mix ou pós-mix), água mineral ou potável e gelo e bebidas hidroeletrolíticas (isotônicas) e energéticas), cuja industrialização tenha sido realizada, por encomenda, mediante remessa, por ele efetuada, de matérias-primas, produtos intermediários, embalagens e recipientes (alteração: item alterado pelo Decreto nº 51.890 de 07.10.2014, DOE RS 08.10.2014) Mercadorias sujeitas ao regime da substituição tributária nas operações internas e interestaduais conforme Apêndice II, Seção III, do RICMS Nas Operações interestaduais de ENTRADAS de mercadorias no Estado do Rio Grande do Sul Nas operações interestaduais que destinem ao Estado do Rio Grande do Sul mercadorias relacionadas no Apêndice II, Seção III, fica atribuída ao remetente (fornecedor da mercadoria), na condição de substituto tributário, a responsabilidade pela retenção e recolhimento do imposto devido a este Estado, conforme previsto nos Protocolo/Convênio ICMS entre o Estado de origem e o Estado de destino (RS) da mercadoria. Portanto, há destaque de ICMS-ST em campo próprio, que será somado ao total do documento fiscal e incluído nas duplicatas a serem cobradas do cliente. 4

Livro III, Art. 53-A: Na hipótese de estabelecimento receber de outra unidade da Federação mercadoria relacionada no Apêndice II, Seções II e III, sem substituição tributária, o imposto relativo às operações subsequentes e à diferença entre a alíquota interna e a interestadual quando a mercadoria for destinada ao ativo permanente ou ao uso ou consumo do destinatário é devido no momento da entrada da mercadoria no território deste Estado, ocasião em que deverá comprovar seu pagamento mediante a apresentação de guia de recolhimento ou comprovante de pagamento auto-atendimento. (...) NOTA 03 - O imposto deverá ser pago em separado, utilizando guia de recolhimento ou a modalidade auto-atendimento, com código de receita conforme previsto em instruções baixadas pela Receita Estadual. EMITIR GUIA DE ARRECADAÇÃO GA- CÓDIGO 999 Para a REGULARIZAÇÃO dessa entrada é previsto emissão de nota fiscal CFOP 5.949 (IN DRP 45/98 Tit.I Cap. IX Seção 5.0) Regime especial Mercadorias sujeitas ao regime da substituição tributária nas operações internas (Apêndice II, Seção II, do RICMS) MERCADORIAS SUJEITAS À SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA PREVISTA NO LIVRO III, TÍTULO III, CAPÍTULO I, SEÇÃO I, NÃO CONSTANTES DE ACORDOS CELEBRADOS COM OUTRAS UNIDADES DA FEDERAÇÃO ITEM I V VI VII VIII MERCADORIAS Carne verde de gado vacum, ovino e bufalino e produtos comestíveis resultantes da matança desse gado submetidos à salga, secagem ou desidratação NOTA - Ver definição de carne verde, para os fins deste Regulamento, Livro I, art. 1º, VI. Papel para cigarro Piscinas de fibra de vidro Arroz beneficiado Carnes e demais produtos comestíveis frescos, resfriados, congelados, salgados, em salmoura, simplesmente temperados, secos ou defumados, resultantes do abate de aves e de suínos Nas Operações interestaduais de Saídas de mercadorias para outros Estados Nas operações interestaduais promovidas por contribuintes deste Estado que destinem mercadorias a contribuinte de outra unidade da Federação, a substituição tributária ocorrerá conforme o disposto nos Convênios e nos Protocolos firmados no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária - CONFAZ e na legislação da unidade da Federação de destino (Livro III, Artigo 5º). Nas operações interestaduais destinadas a outros Estados deverá ser adotada a alíquota interna da mercadoria, bem como, a MVA aplicável no Estado de destino. MVA Ajustada e MVA Original Nas operações interestaduais a MVA a ser utilizada será Ajustada, conforme os diversos PROTOCOLOS e CONVÊNIOS do ICMS. Nas aquisições de mercadorias de outras UF, utilizar-se-á as MVA S Ajustadas relacionadas no Apêndice II Seção III do RICMS, como por exemplo: 5

ITEM MERCADORIAS CLASSIFICAÇÃO NA NBM/SH-NCM XX Autopeças relacionadas nas alíneas deste item: Nas saídas de estabelecimento de fabricante de veículos automotores, para atender índice de fidelidade de compra de que trata o art. 8º da Lei federal nº 6.729, de 28/11/79, ou de veículos, máquinas e equipamentos agrícolas ou rodoviários, cuja distribuição seja efetuada de forma exclusiva, mediante contrato de fidelidade. MARGEM DE VALOR AGREGADO (%) OPERAÇÃO INTERNA ALÍQUOTA NA OPERAÇÃO INTERESTADUAL 12% 4% 33,08 41,10 53,92 Nos demais casos 59,60 69,21 84,60 Relação das autopeças: a) catalizadores em colmeia cerâmica ou metálica para conversão catalítica de gases de escape de veículos 3815.12.10 e 3815.12.90 Conforme previsto no Parágrafo Único da Cláusula Primeira do Convênio ICMS nº 35/2011, os contribuintes substitutos tributários, optantes do Simples Nacional, devem adotar a MVA ORIGINAL (interna). (...) Parágrafo único. Para efeitos de determinação da base de cálculo da substituição tributária nas operações de que trata o caput, o percentual de MVA adotado será aquele estabelecido a título de MVA ST original em Convênio ou Protocolo ou pela unidade federada destinatária da mercadoria. 6

CÁLCULO DO IMPOSTO A INDÚSTRIA SUBSTITUTO B ATACADO SUBSTITUÍDO C VAREJO SUBSTITUÍDO CONSUMIDOR FINAL A indústria como responsável recolhe o ICMS devido por B e C na condição de contribuinte substituto aplicando a MVA determinada pela legislação. O débito de responsabilidade por substituição tributária em operações internas será calculado pela aplicação da alíquota interna sobre a base de cálculo prevista nas seções específicas para as diversas mercadorias deduzindo-se, do valor obtido, o débito fiscal próprio. (Livro III, art. 15, do RICMS). Se a saída de mercadoria sujeita à substituição tributária estiver beneficiada com base de cálculo reduzida, a base de cálculo para o débito de responsabilidade por substituição tributária terá o mesmo percentual de redução, observadas as mesmas condições previstas para a concessão do benefício. (Livro III, Artigo 15, Parágrafo 1º, do RICMS). A forma de cálculo acima também vale para operações interestaduais, devendo apenas atentar para o fato que a alíquota que será adotada sobre a operação própria é a alíquota interestadual. (Livro I art. 26 do RICMS) 12% SC, PR, SP, RJ e MG 7% para os demais Estados 4% em se tratando de mercadorias importadas Enquanto que a alíquota a ser adotada para fins de retenção (ICMS-ST) corresponderá à interna vigente na Federação de destino para cada mercadoria. Para cálculo do ICMS substituição tributária para optante do Simples Nacional, o valor do ICMS a deduzir referente ao ICMS próprio da operação será a alíquota interna da mercadoria na operação dentro do RS. Em operação interestadual será a alíquota interestadual, conforme o estado de destino e o previsto no Livro III art. 53-B do RICMS. Exemplo hipotético de cálculo na venda Empresa Geral Operação interna Dados: - Valor da base de cálculo do ICMS sobre a operação própria: R$ 1.000,00 - ICMS devido sobre a operação própria : R$ 170,00 - Percentual de margem de lucro (hipótese): 59,60% - IPI 10%: R$ 100,00 - Base de cálculo para retenção: R$ 1.755,60 (R$ 1.000,00+R$ 100,00 + 59,60%) - Valor do ICMS a ser retido: R$ 128,45 (17%x R$ 1.755,60 = R$ 298,45 (-) R$ 170,00) - Valor total da Nota Fiscal: R$ 1.228,45 7

Exemplo hipotético de cálculo na venda Simples Nacional Operação interna Dados: - ICMS devido sobre a operação própria (17% Resolução CGSN nº 94/11, art. 28 2º): R$ 170,00 (presumido) - Percentual de margem de lucro (hipótese): 59,60% - Base de cálculo para retenção: R$ 1.596,00 (R$ 1.000,00+ 59,60%) - Valor do ICMS a ser retido: R$ 101,32 (17% x R$ 1.596,00 = R$ 271,32 - R$ 170,00) - Valor total da Nota Fiscal: R$ 1.101,32 Prazo de recolhimento O recolhimento do ICMS substituição tributária será nos prazos a seguir, conforme as mercadorias Apêndice III, Seção II, do RICMS. Operação interna O pagamento deverá ser efetuado através de GA (Guia de Arrecadação código 270 Substituição Tributária Interna) ITEM PRAZOS (TOMANDO-SE POR REFERÊNCIA O MÊS DA OCORRÊNCIA DA RESPONSABILIDADE) I Até o dia 09 do mês II subseqüente. Até o dia 23 do segundo mês subseqüente OPERAÇÕES/PRESTAÇÕES Regra geral, quando referente às hipóteses de substituição tributária não especificadas nos demais itens. a) responsabilidade do substituto tributário decorrente de operações internas com: 1 - rações tipo "pet" para animais domésticos, relacionadas no Apêndice II, Seção III, item XIX; 2 - autopeças, relacionadas no Apêndice II, Seção III, item XX; 3 - artigos de colchoaria, relacionados no Apêndice II, Seção III, item XXI; 4 - cosméticos, perfumaria, artigos de higiene pessoal e de toucador, relacionados no Apêndice II, Seção III, item XXII; 5 - ferramentas, relacionadas no Apêndice II, Seção III, item XXIV; 6 - materiais elétricos, relacionados no Apêndice II, Seção III, item XXV; 7 - materiais de construção, acabamento, bricolagem ou adorno, relacionados no Apêndice II, Seção III, item XXVI; 8 - bicicletas, relacionadas no Apêndice II, Seção III, item XXVII; 9 - brinquedos, relacionados no Apêndice II, Seção III, item XXVIII; 10 - materiais de limpeza, relacionados no Apêndice II, Seção III, item XXIX; 11 - produtos alimentícios, relacionados no Apêndice II, Seção III, item XXX; 12 - artefatos de uso doméstico, relacionados no Apêndice II, Seção III, item XXXI; 13 - bebidas quentes, relacionadas no Apêndice II, Seção III-A; 14 - artigos de papelaria, relacionados no Apêndice II, Seção III, item XXXIII; 15 - instrumentos musicais, relacionados no Apêndice II, Seção III, item XXXIV; 8

16 - produtos eletrônicos, eletroeletrônicos e eletrodomésticos, relacionados no Apêndice II, Seção III, item XXXV; 17 - máquinas e aparelhos mecânicos, elétricos, eletromecânicos e automáticos, relacionados no Apêndice II, Seção III, item XXXVI; 18 - artigos para bebê, relacionados no Apêndice II, Seção III, item XXXVII; 19 - artigos de vestuário, relacionados no Apêndice II, Seção III, item XXXVIII; b) responsabilidade do substituto tributário optante pelo Simples Nacional inscrito no CGC/TE, prevalecendo este prazo sobre os demais previstos nesta Seção. Exemplo de cálculo (saídas interestaduais) COMERCIALIZAÇÃO do destinatário Considerando a alíquota de 12% produto Nacional Dados: MVA ORIGINAL: 71,78% = 0,7178 Alíquota Intra (Alíquota interna no Estado de destino): 18% = 0,18 Alíquota Inter (Alíquota interestadual da operação): 12% = 0,12 MVA ajustada = [(1+ MVA ST original) x (1 - ALQ inter) / (1- ALQ intra)] -1, onde: I - MVA ST original é a margem de valor agregado prevista na legislação do Estado de destino da mercadoria; II - ALQ inter é o coeficiente correspondente à alíquota interestadual aplicável à operação; III ALQ intra é o coeficiente correspondente à alíquota interna ou ao percentual de carga tributária efetiva, quando este for inferior à alíquota interna, praticada pelo contribuinte substituto da unidade federada de destino. Ou seja, MVA ajustada = [(1+ MVA ST original) x (1 - ALQ inter) / (1- ALQ intra)] -1, fica: ( 1+0,7178 ) x ( 1 0,12 ) / ( 1-0,18 ) 1 = 1,7178 x 0,88 /0,82 1 = 1,5116 /0,82 1 = 1,8435 1 = 0,8435 X 100 ( percentual) = 84,35% Exemplo de venda RS para SP Valor das mercadorias 1.000,00 ICMS próprio : 120,00 Base de cálculo ICMS ST : 1.843,50 Alíquota interna 18% ICMS ST : 211,83 Total da NF: 1.211,83 Exemplo hipotético de cálculo na venda Empresa Geral Destino SP Material de uso/consumo ou imobilizado Dados: - Valor da base de cálculo do ICMS sobre a operação própria: R$ 1.000,00 - ICMS devido sobre a operação própria : R$ 120,00 - Base de cálculo para retenção: R$ 1.000,00 - Valor do ICMS a ser retido: R$ 60,00 (18% x R$ 1.000,00 = R$ 180,00 (-) R$ 120,00) - Valor total da Nota Fiscal: R$ 1.060,00 9

Operação interestadual O pagamento deverá ser efetuado através de GNRE, nota a nota (antecipado), no código 10009-9 (ICMS Substituição Tributária por Operação) ou tendo IE de ST no Estado de destino da mercadoria através do código 10004-8 (ICMS Substituição Tributária por Apuração) e pagamento até o dia 09 do mês seguinte ou outro documento de arrecadação autorizado na legislação da unidade federada de destino e no prazo autorizado pelo mesmo.. Exemplo hipotético de cálculo na regularização Empresa Geral Origem ES Mercadoria para revenda Mercadoria importada 4% Dados: - Valor da base de cálculo do ICMS sobre a operação própria: R$ 1.800,00 - ICMS devido sobre a operação própria : R$ 72,00 - Base de cálculo para retenção: R$ 3.322,80 (R$ 1.800,00 x 84,60% = 3.322,80) - Valor do ICMS regularização: R$ 492,88 (17% x R$ 3.322,80 = R$ 564,88 (-) R$ 72,00) 3. HIPÓTESES DE RESTITUIÇÃO DE ICMS SUBTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA A restituição do imposto pago nas etapas anteriores será efetuada mediante adjudicação do crédito relativo ao referido imposto, quando ocorrer alguma das seguintes hipóteses com mercadorias já alcançadas pelo regime de substituição tributária: I - operação promovida por contribuinte deste Estado que destine as mercadorias a contribuinte de outra unidade da Federação ou ao exterior; II - modificação da natureza ou da finalidade das mercadorias; III - saída das mercadorias em que ocorra nova substituição tributária IV - entrada no estabelecimento da adquirente que ensejar direito a crédito fiscal. V Saída de mercadorias beneficiada com a isenção de que trata o Livro I, art. 9º, CXX ou CLXIV. O crédito fiscal a ser adjudicado será determinado aplicando-se a alíquota interna sobre o valor que serviu de base para o débito de substituição tributária, constante na Nota Fiscal de aquisição das mercadorias, devendo ser considerado, quando houver, o benefício de redução tanto da base de cálculo quanto do débito de responsabilidade por substituição tributária. Livro III, art. 23, 2º do RICMS. Entretanto quando não for possível determinar-se a correspondência entre a base de cálculo do imposto retido com a aquisição da respectiva mercadoria, tomar-se-á o valor que serviu de base para a retenção do imposto quando da última aquisição da mercadoria pelo estabelecimento remetente, proporcional à quantidade saída. Livro III, art. 23, 3º, do RICMS 10

No final de cada período de apuração, o contribuinte deverá: a) elaborar relação contendo, discriminadamente, as operações promovidas com as mercadorias que ensejaram a restituição do imposto, o número e o emitente das Notas Fiscais de aquisição dessas mercadorias, bem como os elementos necessários para apuração do crédito fiscal a ser adjudicado; b) emitir Nota Fiscal contendo, no campo "INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES", a expressão "crédito fiscal adjudicado nos termos do Livro III, art. 23, do RICMS"; c) escriturar a Nota Fiscal no Livro Registro de Entradas, devendo constar, na coluna própria, o valor do imposto a ser creditado; d) manter a relação supracitada em seu estabelecimento, para apresentação à Fiscalização de Tributos Estaduais, quando exigido. 4. DEVOLUÇÃO DE MERCADORIA Na devolução de mercadoria alcançada pelo regime de substituição tributária, o estabelecimento destinatário deverá nos termos do Livro III, art. 25, do RICMS: I - emitir Nota Fiscal para documentar a devolução das mercadorias; II - adjudicar-se do imposto destacado na Nota Fiscal de aquisição relativo ao débito próprio do substituto tributário, proporcional às mercadorias devolvidas, mediante emissão de Nota Fiscal específica para este fim; III - emitir Nota Fiscal para fins de restituição do imposto relativo ao débito de responsabilidade por substituição tributária, em nome do estabelecimento que tenha efetuado a retenção e no valor do imposto retido, proporcional às mercadorias devolvidas. As Notas Fiscais referidas nos itens II e III acima deverão, além das indicações exigidas na legislação tributária, o número e o emitente da Nota Fiscal de aquisição das mercadorias devolvidas e o número da Nota Fiscal referida no item I relativa à devolução. Efetivação da dedução O estabelecimento que efetuou a retenção, desde que disponha da Nota Fiscal referida no item III do tópico anterior, poderá: a) deduzir, do próximo recolhimento a este Estado, o valor do imposto retido constante na Nota Fiscal, quando se tratar de estabelecimento situado em outra unidade da Federação; b) creditar-se, no livro Registro de Entradas, do valor do imposto retido constante na Nota Fiscal, quando se tratar de estabelecimento situado neste Estado. 11