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Transcrição:

Lor-rrençÇ & RocJrigues :,::ji. i,.: r:-:,jtìit:ijlr r1:!ltr:li A D V O G A D O S AO CONSELHO DOS EXPORTADORES DE CAFE DO BRASIL - CECAFÉ Att. Sr. Diretor Geral Dr. Guilherme Braga Abreu Pires Filho Ref.: MANDADO DE SEGURANçA CECAFE contrtbu ção FUNRURAL Esclarecimentos com plementares Sr. Diretor Geral. Tendo em vista vossa solicitação e buscando prestar esclarecimentos adicionaisobre a questão envolta pela contribuição ao FUNRURAL, cumpre-nos consignar o que segue: (i) O Escopo do Mandado de Sequrança: O Mandado de Segurança impetrado pelo CECAFE não se prestou à discussão acerca da constitucionalidade contribuição ao FUNRURAL, instituída pela Lei no 8.21211991, cuja redação foi inovada pelo artigo 1o da Lei no 8.54011992, o qual foi declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, no julgamento do Recurso Extraordinário no 363.852-1/MG. Nesse sentido, o escopo do Mandado de Segurança, essencialmente pautado na decisão proferida pelo STF, firma-se exclusivamentem assegurar aos Associados do CECAFE os efeitos da decisão do Tribunal Maior, através de tutela jurisdicional que, alicerçada na inconstitucionalidade declarada pelo STF, acarrete a desobrigação à retenção e I posteriorecolhimento da contribuição ao FUNRURAL, nos precisos termo*s í \Vì daquela decisão. ^ /[ ) Av.RioBrancon.'Il4-Ì3"andar-CentÍo-RiodeJaneiro-RJCep.20.040-003Tel.(2I)390i-0977Fax.(2 )390?-0959wrvw.lourenco

Ou seja, respeitando-se os limites traçados pela decisão do STF, exarada no julgamento do Recurso Extraordinário no 363.852-1/MG, a discussão não alcança - e nem poderia, sob pena de utitização da via iudicial inadequada e perda da objetividade do Mandado de Segurança - outras contribuições sobre a mesma base de cálculo, e exemplo da destinadao Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), QUê, por sua vez, distintamente da contribuição do FUNRURAL, não tem natureza previdenciária, como a seguir exposto. Tambem não alcança as disposições da Lei no 10.25612001, que tratou basicamente da contribuição ao FUNRURAL no âmbito da agroindústria. Em verdade, a Lei no 10.25612001, ao introduzir o artigo 224 na Lei no 8.21211991, estabelece a agroindústria como contribuinte do FUNRURAL, assim definindo a pessoa jurídica cuja atividadeconômica seja a industrialização de produção propria ou de produção propria e adquirida de terceiros. Tal questão, sem sombra de dúvidas, poderá ser objeto de outra discussão na esfera do Poder judiciário. (ii) Da permanência da Gontribuição ao SENAR: No tocante à contribuição destinada ao Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), instituída pela Lei no 8.315/1991, permanece mesma em plena vigência e exigibilidade, uma vez que, mesmo tendo a mesma base de cálculo da contribuição ao FUNRURAL, não possui a natureza previdenciâria, ou seja, destino à seguridade social, não podendo ser albergada pela decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal, no julgamento do Recurso Extraordinário no 363.852-1lMG. Com efeito, torna-se importante lrazer à colação o posicionamento divulgado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, a seguir transcrito, ao qual emprestamos nossa plena aquiescência, como veículo de esclarecimento e base para posicionamento dos Associados ao CECAIÊ.. in verbis'.

"Funrural: Contribuição ao SENAR continua valendo: O Supremo Tribunal Federal (STF), por decisão unânime, julgou no dia 03 de fevereiro, inconstitucional a contribuição previdenciária pelo empregador rural pessoa física para o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (FLINRURAL) sobre a receita bruta proveniente da comercialização da produção rural, como prevista no artigo 1" da Lei 8.540192. O STF declarou a inconstitucionalidade do artigo 1" da Lei 8.540192 ao julgar o Recurso Extraordinário no 363852, interposto pelo Frigorífico Mataboi S.4., de Mato Grosso do Sul, por entender que a contribuição previdenciária do FLINRURAL foi instituída por uma lei ordinária e não por uma lei complementar, como deveria ter ocorrido. O STF conheceu e deu provimento ao recurso extraordinário para desobrigar os recorrentes da retenção e do recolhimento da contribuição previdenciária ou do seu recolhimento por subrrogação sobre a "receita bruta proveniente da comercialização da produção rural" de empregadores, pessoas físicas, fornecedores de bovinos para abate, declarando a inconstitucionalidade do artigo 1o da Lei n'8.540192, que deu nova redação aos artigos 12, incisos V e VII, 25, incisos I e II, e 30, inciso IV, da Lei no 8.212191, com a redação aíualizada até a Lei n" 9.528197, ate que legislação nova, arrimada na Emenda Constitucional no 20198" venha a instituir a contribuicão. O Tribunal julgou o caso concreto de uma empresa, o Frigorífico Mataboi. Portanto, a declaração de inconstitucionalidade aplica-se apenas a essa empresa, não se estendendo aos demais produtores. O FLINRURAL e uma contribuição substitutiva da cota patronal do encargo previdenciário (20%) mais o percentual do RAT Riscos Ambientais do Trabalho (3%) dos produtores rurais pessoas físicas e jurídicas e tambem das empresas agroindustriais. Para o segurado especial o FUNRURAL é o custeio de sua previdência, servindo para aposentadoria e outros beneficios junto ao INSS. A alíquota do FUNRURAL é de 2,loÁ, sendo 2,0oÁ para o INSS e 0,loÁ para o RAT. A contribuição ao SENAR, de 0,2yo, náo faz parte do FLINRURAL, ainda que seja sobre o valor da comercialização da produção e recolhida na mesma GPS - Guia da Previdência Social, pois tem natuíezajurídica diferente do FUNRURAL.

A contribuição devida ao SENAR sobre a receita bruta da comercialização da produção, pr-evista no artigo lo da Lei no 8.315/91, artigo 2o dalei 8.540192 e na Lei 9.528197, com a redação dada pela Lei 10.25612001, continua sendo obrigatoria, eis que a mesma possui natureza jurídica distinta e o STF declarou inconstitucional tão somente a contribuição devida à previdência social, não eximindo os produtores rurais pessoas físicas e jurídicas de efetuar o recolhimento da contribuicão ao SENAR. Permanece também a obrigação prevista no parágrafo 5o do artigo I I do Decreto 566192, com a redação dada pelo Decreto 790193, a empresa adquirente, consumidora ou consignatária ou a cooperativa ser subrrogadas na obrigação de reter e efetuar o recolhimento da contribuição ao SENAR do valor descontado do produtor rural pessoa física, sob pena de responsabilidade. Não houve, portanto, qualquer alteração quanto ao recolhimento da contribuição para o SENAR, permanecendo a obrigação da retenção e do recolhimento por subrrogação da contribuição sobre a receita bruta proveniente da comercialização da produção rural, na alíquota de 0,2oÁ para os produtores rurais pessoas físicas (empregadores), bem como para os Produtores Segurados Especiais. O recolhimento para o SENAR continuará a ser efetuado através da Guia da Previdência Social (GPS) e arrecadada pela Receita Federal, como contribuição devida a Terceiros (SENAR), Códigos de Pagamento 2704, 2607, 2437 2011 se houver recolhimento concomitante para a Previdência Social, ou os Códigos de Pagamento 2615 e2712, se for recolhimento apenas para o SENAR - Campo 09 - Valor de Outras Entidades.". Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural ww. c analdoor o dut or. c om. b r Pelo exposto, verifica-se claramente que a contribuição ao SENAR não foi abraçada pelo julgamento proferido pelo Supremo Tribunal Federal, restando, por conseguinte, em pleno vigor e passível de exigibilidade.

(iii) Da aplicacão da Liminar: Sobre a aplicação da Liminar obtida pelo CECAFE, nos autos do Mandado de Segurança impetrado junto à 2a Vara Federal do Distrito Federal (Processo no 7528-56.2010.4.01.3400), é de relevo ressaltar que, mesmo tendo sido o deferimento da mesma de forma inaudit altera parte (sem contraditorio da Autoridade lmpetrada), tal provimento jurisdicional, qualidade de decisão provisoria - liminar -, não possui os efeitos de trânsito em julgado, podendo ser objeto de eventual recurso por parte da Procuradoria da Fazenda Nacional, o que, na hipótese de reforma, determinariaos responsáveis pela obrigação principal o prazo de 30 dias para providenciar o recolhimento dos valores em aberto, ou assumir os riscos pelo não recolhimento. Entretanto, vale ressaltar que a medida judicial implementada pelo CECAFE está fundamentada em um posicionamento unânime do Plenário do Supremo Tribunal Federal, que reconheceu a inconstitucionalidade dos dispositivos questionados. Nesse sentido, ao Associado do CECAFE que optar pela utilização imediata da Liminar ora concedida, não cabe proceder ao destaque da contribuição ao FUNRURAL no documento fiscal relativo à aquisição do produtorural, dispensando a retenção e posterior recolhimento, devendo assim, via de conseqüência, escriturar observação - no documento fiscal - que tal contribuição não está sendo lançada por força da decisão liminar proferida nos autos do Mandado de Segurança no 7528-56.2010.4.01.3400, em trâmite na 20 Vara Federal do Distrito Federal. Com efeito, ainda para o Associado do CECAFÉ que optar pelo imediato aproveitamento dos efeitos da liminar obtida, por certo deverá adotar providências acautelatorias para contingenciamento dos valores não retidos/recolhidos exclusivamente da contribuição ao FUNRURAL -, através de composição e procedimentos que deverão ser objeto de discussão direta com seus respectivos produtores rurais,

aproveitamento imediato da Liminar: Considerando que a opção de aproveitamento dos efeitos da Liminar enseja a não retenção e não recolhimento da contribuição do FUNRURAL, caberá a cada Associado do cecafe, conforme o relacionamento que mantém com seus produtores, estabelecer com estes procedimentos buscando o contingenciamento dos valores não retidos/recolhidos à contribuíção ao FUNRURAL, como forma de evitar, êffi eventual reforma da Liminar concedida, quaisquer entraves em razâo da obrigação de recolhimento, em trinta dias, dos valores em aberto decorrentes das aquisições de café dos produtores rurais. Sendo o que para o momento importa esclarecer, permanecemos à disposição para atender a quaisquer outras dúvidas que possam surgir, sempre na defesa dos interesses representados pelo CECAFE, aproveitando o ensejo para renovar nossa consideração e respeito, subscrevendo-nos. Atenciosamente, Rio de Janeiro, 3 de de 2010. Afonso 6