FAUNA ECTOPARASITÁRIA DE CÃES APREENDIDOS PELO CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES DE MACEIÓ - AL

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Transcrição:

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO CARLA CASTELO BRANCO DE ALMEIDA FAUNA ECTOPARASITÁRIA DE CÃES APREENDIDOS PELO CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES DE MACEIÓ - AL RECIFE - PE 2008

CARLA CASTELO BRANCO DE ALMEIDA FAUNA ECTOPARASITÁRIA DE CÃES APREENDIDOS PELO CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES DE MACEIÓ - AL Monografia apresentada à Universidade Federal Rural do Semi-Árido UFERSA, como parte das exigências para a obtenção do título de Especialização em Clínica Médica de Pequenos Animais. Orientador: Prof. Dr. Wagnner José Nascimento Porto Co-orientadora: Prof. Dra. Marta Pedrosa Souto Maior RECIFE - PE 2008

CARLA CASTELO BRANCO DE ALMEIDA FAUNA ECTOPARASITÁRIA DE CÃES APREENDIDOS PELO CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES DE MACEIÓ - AL Monografia apresentada à Universidade Federal Rural do Semi-Árido UFERSA, como parte das exigências para a obtenção do título de Especialização em Clínica Médica de Pequenos Animais. Orientador: Prof. Dr. Wagnner José Nascimento Porto APROVADA EM: 28/03/2008 BANCA EXAMINADORA Prof. Dr. Wagnner José Nascimento Porto CESMAC - AL Presidente Prof. Msc. Wirton Peixoto Costa UFERSA - RN Primeiro Membro Prof. Msc. Otávio Pedro Neto EQUALIS - PE Segundo Membro Recife PE Março - 2008

Dedico a minha família a qual me apoiou durante toda a minha vida

AGRADECIMENTOS Agradeço em primeiro lugar a Deus por estar sempre ao meu lado e pelas graças que me tem concedido na vida; Aos meus pais que contribuíram de várias formas durante todo este caminhar, para realização do curso; Meu agradecimento ao meu orientador Wagnner Porto e minha co-orientadora Marta Pedrosa pelo apoio e contribuição dada para realização deste trabalho; Ao Centro de Controle de Zoonoses de Maceió pelo uso de suas instalações para realização das etapas do trabalho e todos os Médicos Veterinários e auxiliares que me ajudaram para coletas das amostras do trabalho; Os mais sinceros agradecimentos a todos aqueles que contribuíram direta e indiretamente para realização deste e Quero registrar, o agradecimento a todos meus parentes, amigos, colegas e meus funcionários os quais sempre desejaram o melhor para mim.

SUMÁRIO RESUMO ABSTRACT LISTA DE TABELAS 1. INTRODUÇÃO... 09 2. REVISÃO DE LITERATURA... 11 Pulgas... 11 Ácaros... 12 Piolhos... 14 Carrapatos... 15 Diagnóstico... 16 3. MATERIAL E MÉTODOS... 18 3.1 Local do estudo... 18 3.2 Amostragem... 18 3.3 Coleta e processamento das amostras... 18 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO... 19 5. CONCLUSÃO... 23 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 24 6. ANEXO... 30

LISTA DE TABELA Tabela Freqüência de ectoparasitos em cães naturalmente infestados, procedentes da cidade de Maceió, Alagoas. 2007. 22

RESUMO Várias espécies de artrópodes têm sido diagnosticadas parasitando o cão ao longo de seu período de domesticação e associação com o homem. A possibilidade da variação na freqüência e no número de espécies de uma região para outra, bem como a importância das ectoparasitoses, inclusive na transmissão de agentes patogênicos, motivaram o desenvolvimento do trabalho que teve como objetivo identificar a fauna ectoparasitária de cães apreendidos pelo Centro de Controle de Zoonoses de Maceió-AL. Para tanto, foram utilizados 60 cães, sendo 37 machos e 23 fêmeas, de raças e idades variadas, apreendidos pelo Centro de Controle de Zoonoses de Maceió, portadores ou não de lesões cutâneas. Após análise dos dados observou-se que 40% (24/60) dos animais estudados estavam parasitados por pelo menos uma espécie de ectoparasito. Sendo observada infestação por Rhipicephalus sanguineus em 25% dos cães, Trichodesctes canis (6,67%), Demodex canis (6,67%), Sarcoptes scabiei var. canis (5%), Ctenocephalides canis (1,67%), C. felis felis (1,67%), Otodectes cynotis (1,67%). Os resultados mostram que as espécies de ectoparasitos encontradas nesse estudo são semelhantes às espécies relatadas em outras regiões do Brasil. Palavras-Chave: Cães, ectoparasitos, dermatopatias.

ABSTRACT Several species of arthropods have been diagnosed parasitizing the dog throughout its period of domestication in association with the man. The possibility of variation in the frequency and the number of species from one region to another, as well as the importance of ectoparasites including the transmission of pathogens, motivated the development of the work we aimed to identify the fauna of ectoparasites of dogs seized by the Center for Control Zoonoses, of Maceio-AL. To this end, 60 dogs were used, with 37 males and 23 females, of various races and ages, seized by the Center for Zoonoses Control of Maceio, carriers or not of skin lesions. After analysis of the data it was observed that 40% (24/60) of the animals studied were parasitized by at least one species of ectoparasite. As observed infestation Rhipicephalus sanguineus in 25% of dogs, Trichodesctes canis (6.67%), Demodex canis (6.67%), Sarcoptes scabiei var. Canis (5%), Ctenocephalides canis (1.67%), C. Felis felis (1.67%), Otodectes cynotis (1.67%). The results show that the species of ectoparasites found in this study are similar species reported in other regions of Brazil. Key-Words: Dogs, ectoparasites, dermatopaties.

1 INTRODUÇÃO Várias espécies de artrópodes têm sido diagnosticadas parasitando o cão ao longo de seu período de domesticação e associação com o homem (LARSSON, 1989). Destes, aqueles com hábitos alimentares hematófagos, têm grande importância, pois podem transmitir agentes patogênicos tanto para o homem quanto para outros animais (RODRIGUES et al., 2001). No cotidiano da clínica médica de carnívoros domésticos, as dermatopatias representam cerca de 30% do atendimento clínico, independente da localização geográfica e do desenvolvimento socioeconômico do país considerado (LARSSON, 1995). Dentre os diferentes tipos de patologias cutâneas incidentes em caninos e felinos, as dermatites parasitárias assumem um papel exponencial não só pela magnitude de ocorrência, como também pelos sinais clínicos no animal e pelo potencial zoonótico inerente a algumas dessas parasitoses (BELLATO et al., 2003). No Brasil, várias espécies de ectoparasitos foram registradas parasitando cães, como Ctenocephalides canis, C. feli felis, Pulex irritans, Xenopsylla cheopis (Rothschild) (Insecta, Siphonaptera) Linognathus setosus, Trichodectes canis (Insecta, Phthiraptera), Rhipicephalus sanguineus, Amblyomma spp (RODRIGUES et al., 2001). Infestação por ácaros da espécie Sarcoptes scabiei var. canis causa uma enfermidade relativamente comum em cães na prática da clínica médica veterinária conhecida como escabiose canina (LARSSON, 1989 A demodicose ou sarna demodécica é uma enfermidade dermatológica parasitária que acomete vários animais domésticos e selvagens, causada pelo ácaro do gênero Demodex (PEREIRA et al., 2005). No Brasil, o agente etiológico da sarna demodécica em cães é D. canis (BELLATO et al., 2003; BRUM et al., 1987; FERNANDES, 1993 No Brasil, há relatos de várias espécies de carrapatos parasitando os cães. No entanto, a ocorrência de diferentes espécies em diversas localidades é resultante das características epidemiológicas particulares de cada situação. Em áreas urbanas a espécie mais encontrada em cães é a R.. sanguineus (LINARDI; NAGEM, 1973; MASSARD, 1979; RIBEIRO et al., 1997). Em áreas rurais, diferentes espécies do gênero Amblyomma infestam cães que têm acesso a áreas de matas e florestas (LABRUNA et al., 2000). Na região Sudeste, as espécies de Amblyomma mais freqüentemente encontradas em cães de áreas rurais são A. aureolatum, A. ovale e A. cajennense (MASSARD, 1979). Na

região Norte, a espécie A. oblongoguttatum foi relatada como a de maior ocorrência, seguida por A. ovale e A. cajennense (LABRUNA et al., 2000). A diversidade de espécies de carrapatos parasitando cães no Brasil é resultante dos diferentes ecossistemas do território nacional. Nesse sentido, as características ambientais e a diversidade de espécies de hospedeiros de cada área são os pontos fundamentais para a existência de determinadas espécies de carrapatos nos cães (LABRUNA et al., 2001). No Brasil, alguns trabalhos publicados sobre ectoparasitos de caninos mostram dados de diversas regiões. Oliveira e Ribeiro (1982/1983) e Brum et al. (1987) no Rio Grande do Sul; Costa et al. (1990) no Espírito Santo; Fernandes (1993) no Rio de Janeiro; Raszl e Cabral (1995) e Rodrigues et al. (2001) em Minas Gerais; Dantas et al. (1997) na Paraíba e Santos et al. (1995) em São Paulo. O crescimento do mercado interestadual e internacional de cães favorece a introdução de ectoparasitos anteriormente não identificados em determinada região (DANTAS-TORRES, 2004). A ausência de estudos sobre a ocorrência de ectoparasitos em cães na cidade de Maceió AL motivou este trabalho, que teve como objetivo identificar a fauna ectoparasitária dos animais da cidade de Maceió, classificar as espécies de parasitos e observar a freqüência de artrópodes parasitas transmissores de zoonoses. O estudo da ocorrência de ectoparasitos de uma determinada região é a etapa inicial para a elaboração de medidas adequadas de controle e para avaliação do risco a que estão expostos os animais e a população humana da região.

2 REVISÃO DE LITERATURA As doenças parasitárias da pele podem ser causadas por parasitas protozoários, nematódeos ou artrópodes. Ectoparasitas artrópodes certamente são muito importantes como causadores de dermatopatias (FOIL, 1997; RODRIGUES et al., 2001; DANTAS-TORRES et al., 2004). Pulgas As pulgas são insetos ápteros, holometábolos, de corpo comprimido lateralmente e providas de cerdas voltadas para trás, apresentando aparelho bucal sugador-pungitivo e coloração castanha, medindo 2,5-3,0 mm em média. O dimorfismo sexual é acentuado, com as fêmeas maiores que os machos e apresentando a parte posterior arredondada. Os machos, pelo fato de albergarem o aparelho copulador nos últimos segmentos, apresentam a extremidade posterior voltada para cima. A maior parte das espécies conhecidas apresenta ctenídios (= pentes) que são cerdas mais robustas e esclerosadas destinadas à fixação e locomoção das pulgas entre os pêlos dos hospedeiros. Ainda que a locomoção seja essencialmente realizada pelas pernas, para grandes obstáculos, o salto é o recurso comumente empregado (LINARD, 2004; SLOSS, 1999). Atualmente são conhecidas quase 3.000 espécies e/ou subespécies, incluídas em 238 gêneros e 15 famílias (LEWIS, 1998), distribuindo-se da região Ártica até a Antártica. No Brasil, a despeito da riqueza de nossa mastofauna e dos diversos biomas existentes e contenedores de áreas de refúgio e centros de dispersão, apenas 59 espécies foram, até o presente, assinaladas, sendo incluídas em oito diferentes famílias (LINARD; GUIMARÃES, 2000). Do ponto de vista epidemiológico, as espécies Pulex irritans, Xenopsylla cheopis, Ctenocephalides felis felis e Ctenocephalides canis entre os Pulicidae; Tunga penetrans (Tungidae) e as incluídas no gênero Polygenis (Rhopalopsyllidae) merecem maior atenção (LINARD, 2004). No que diz respeito à biologia de pulgas, alguns aspectos devem ser enfatizados. Assim, na fase adulta da pulga, a hematofagia é realizada pelos dois sexos, podendo ser realizada tanto durante o dia quanto à noite. As pulgas alimentam-se diretamente nos capilares (solenófagas) (LINARD, 2004).

Segundo Osbrink & Rust (1985), os estímulos responsáveis para que as pulgas encontrem seus hospedeiros são, principalmente, os visuais e os térmicos. Luz, dióxido de carbono e correntes de ar estimulam apenas a locomoção. Ácaros Dentre os parasitas causadores de afecções cutâneas, destacam-se os ácaros produtores de sarnas, ectoparasitas da pele e membranas mucosas. Têm distribuição cosmopolita, causam lesões diretas aos hospedeiros e também disseminam doenças (SCOTT; PARADIS, 1990; SCOTT; MILLER; GRIFFIN, 1996; BELLATO et al., 2003; RODRIGUES-VIVAS et al., 2003). Os ácaros completam seu ciclo de vida em 20 a 35 dias. Este ciclo é totalmente intradérmico e a única forma que pode permanecer fora da unidade pilossebácea, e somente por algumas horas, é a deutoninfa, que é a forma infectante (ALVES FILHO et al., 1996). É fácil de ser encontrado a partir de raspados cutâneos profundos de áreas acometidas. Quatro estágios de vida podem ser identificados: ovos fusiformes, larvas com seis patas, ninfas com oito patas e sem abertura bucal e, adultos com oito patas. O macho adulto mede 250 μm de comprimento e em torno de 40 μm de espessura. A fêmea mede 300 μm de comprimento e 40 μm de espessura (SCOTT; MILLER; GRIFIIN, 1996; WILLEMSE, 1998; GREINER, 1999; CAMPBELL, 2004). Demodex canis Demodex canis são ácaros que pertencem ao Filo Arthropoda. Apresentam pés articulados e exoesqueleto. Possuem o corpo do tipo vermiforme, dividido em duas partes: gnatosomo, que contém as peças bucais, na falsa cabeça e idiosomo, que compreende o restante do animal, onde as patas estão inseridas, o que o diferencia dos demais gêneros de ácaros (GREINER, 1999). Há consenso, quanto ao ácaro ser um habitante normal dos folículos pilosos, da região facial dos cães, isto é, D. canis está presente em número reduzido, na maioria dos cães saudáveis. Alimenta-se de células, sebo e debris epidérmicos. É seletivo quanto à localização

(SCOTT; MILLER; GRIFFIN, 1996; FOIL, 1997; URQUHART et al., 1998; GREINER, 1999; RHODES, 2003). A ocorrência de D. canis foi estabelecida em 1,96% em Lages, SC por BELLATO et al. (2003); 0,92% na região metropolitana do Recife, por DANTAS-TORRES et al (2004); 23% em Yacután, México, por RODRIGUESVIVAS et al. (2003) e 28,24% em Londrina, PR, por VIDOTTO et al. (1985). Todos os estágios de desenvolvimento do D. canis já foram encontrados em linfonodos, parede intestinal, baço, fígado, rim, bexiga urinária, pulmão, tireóide, sangue, urina e fezes. Ressalte-se, entretanto, que nestes locais, ou estavam mortos ou degenerados (SCOTT; MILLER; GRIFFIN, 1996). Provavelmente, devido a sua localização profunda na derme, é quase impossível a transmissão entre animais, a menos que haja um contato prolongado, como na amamentação, por exemplo. Em caninos, a fêmea faz a colonização dos filhotes lactentes, nos três primeiros dias de vida. Filhotes de mães portadoras, obtidos por cesariana e alimentados longe do contato da cadela, não albergam ácaros, provando que a transmissão transplacentária ou intrauterina não ocorre. O D. canis não é considerado contagioso, exceto para filhotes, recémnascidos (SCOTT; MILLER; GRIFFIN, 1996; URQUHART et al., 1998). O parasitismo maciço por D. canis provoca dano e afrouxamento das hastes dos pêlos, terminando com sua queda, desde o folículo. A alopecia e o eritema resultantes a ação do ácaro são conhecidos como demodicose (SCOTT; MILLER; GRIFFIN, 1996; WILKINSON; HARVEY, 1996b). Otodectes cynotis Otodectes cynotis habita o conduto auditivo de várias espécies animais, principalmente cães e gatos, sendo a infestação denominada sarna otodécica. Seu ciclo biológico se faz inteiramente no animal, dura em torno de três semanas e, apresenta estágios de ovo, larva, protoninfa, deutoninfa e adulto. A transmissão ocorre por contado direto entre animais, sendo estes ácaros altamente contagiosos. O parasito é bastante ativo e, geralmente causa grande incômodo a seus hospedeiros (SOUZA, 2006). Raramente esse ácaro causa lesões de pele em seres humanos, quando apresenta são lesões papulovesiculares, eritematosas, crostosas e escoriadas (BRUM, 2007).

Sarcoptes scabie var. canis Infestação por ácaros da espécie Sarcoptes scabiei var. canis é causa de uma enfermidade relativamente comum em cães na prática da clínica médica veterinária, conhecida como escabiose canina. Este ácaro pertence à família Sarcoptidae cujo gênero é capaz de parasitar cerca de 40 espécies de mamíferos, que por adaptação biológica desenvolveu linhagens altamente específicas para o hospedeiro. Dentre as espécies parasitadas, destaca-se o cão, podendo ser transmitida a outras espécies como a raposa, o gato, o coelho, o furão e o homem (URQUHART et al, 1998; LARSSON, 1995). A escabiose canina caracteriza-se por seu aspecto altamente pruriginoso, ocasionando lesões dermatológicas primeiramente na região das orelhas e cotovelos. Sua importância torna-se maior pela facilidade de transmissão através do contato direto com cão infestado e pelo seu potencial de transmissão a outras espécies (BRUM et al., 2007; CASTRO et al., 2007). Segundo SCOTT et al. (1996) a sarna sarcóptica pode ser transmitida da pele de cães para humanos, sendo considerada uma zoonose. O diagnóstico definitivo é obtido pela observação de ácaros ou suas fezes nos raspados de pele e o diagnóstico presuntivo pelos sinais dermatológicos, reflexo auricular-podal e resposta ao tratamento (SCOTT et al., 1996; CAMPBELL, 2000). Piolhos São insetos ápteros, achatados dorsoventralmente, pertencentes a ordem Mallophaga (piolhos mastigadores) e Anoplura (piolho sugadores). São parasitos importantes da pele de muitos mamíferos (SLOSS et al., 1999). Nos cães, o piolho mastigador Trichodectes canis e o piolho sugador Linognathus setosus são sem dúvida os mais comuns e os mais disseminados. O T. Canis é o mais nocivo, apesar do L. setosus ser uma causa de anemia. O primeiro é o piolho mais ativo, movendo-se rapidamente através da pelagem e produzindo prurido, e provoca lesões auto-infligida por arranhaduras, com perda de pêlos e escoriações da pele (URQUHART, 1998). Todo o ciclo vital é realizado no hospedeiro, e a transmissão se dá por contato hospedeiro-hospedeiro, apesar da transmissão por fômite também ser possível. Os piolhos

sugadores são mais patogênicos que os mastigadores devido a seus hábitos de sucção do sangue (SLOSS et al., 1999). Carrapatos Os carrapatos mais importantes de cães no Brasil são o Rhipicephalus sanguineus e carrapatos do gênero Amblyomma (LABRUNA; PEREIRA, 2001). Os carrapatos do gênero Amblyomma surgiram no período Cretáceo quando houve uma redução substancial dos hospedeiros répteis. Hoje apenas um terço dos carrapatos deste gênero parasitam répteis refletindo a história evolutiva inicial. Os demais componentes deste gênero parasitam aves e mamíferos. Os principais carrapatos do gênero Amblyomma que parasitam cães no Brasil, A. cajennense, A. ovale, A. Auereolatum, A. oblongoguttatum e A. tigrinum, não possuem grande especificidade de hospedeiro. Os cães, assim como os seres humanos, são hospedeiros acidentais destes carrapatos quando penetram no meio rural (LABRUNA; PEREIRA, 2001). Rhipicephalus sanguineus, um carrapato cosmopolita, é provavelmente o ixodídeo de mais ampla distribuição mundial (PEGRAM et al., 1987) e representa a única espécie do gênero Rhipicephalus (ARAGÃO; FONSECA, 1961 apud SAORES 2006) no Brasil. Sua descrição tem sido freqüentemente associada à presença do hospedeiro cão (RIBEIRO et al., 1997; LABRUNA; PEREIRA, 2001; SZABÓ et al., 2001), estando adaptado a cães de domicílios em cidade. Diversos microorganismos patogênicos podem ser veiculados pelo R. sanguineus e alguns são potencialmente transmissíveis ao homem, como a Rickettsia rickettsi, agente da febre maculosa e Rickettsia conorii, agente da febre maculosa, entre outros (GARCIA, 2004). Atualmente, o R. sanguineus é considerado, juntamente com as pulgas, os principais ectoparasitas de cães em todo o Brasil (LABRUNA, 2004). Por ser um carrapato da família Ixodidae, o R. sanguineus apresenta três formas parasitárias dentro de seu ciclo de vida: larva, ninfa e adulto, este último é o único estágio com dimorfismo sexual. Cada estágio parasita o hospedeiro por alguns dias (3 a 7 dias para larvas e ninfas, 5 a 10 dias para fêmeas adultas e mais de 15 dias para machos adultos), quando se alimenta principalmente de sangue, mas também de linfa e restos tissulares da derme e/ou epiderme lesada por diversas enzimas proteolíticas secretadas pela saliva do carrapato. No final do período parasitário, as larvas e ninfas ingurgitadas se desprendem do hospedeiro para fazer, no ambiente, a ecdise para o próximo estágio evolutivo, sendo ninfas e

adultos, respectivamente. As fêmeas ingurgitadas, que foram fertilizadas pelos machos sobre o hospedeiro, se desprendem deste para fazerem a postura de ovos no ambiente. Cada fêmea pode colocar de 1000 a 3000 ovos, que depois de incubados por algumas semanas, darão origem às larvas. Os machos, que ficam sobre o hospedeiro por vários dias ou semanas, não ingurgitam ou não aumentam nitidamente de tamanho, mas podem fertilizar várias fêmeas neste período. A duração das fases de desenvolvimento em vida livre (ecdise, postura e incubação dos ovos) pode variar de poucas semanas a alguns meses, sendo inversamente proporcional à temperatura ambiente. A viabilidade dessas formas de vida livre é influenciada principalmente pelas condições microclimáticas (especialmente umidade relativa) do local onde o carrapato ingurgitado se encontra para dar seqüência ao ciclo (LABRUNA, 2004). Não há estudos que evidenciem com clareza a duração de cada geração do R. sanguineus em condições naturais no Brasil (LABRUNA, 2004). Diagnóstico Raspado cutâneo O raspado de pele fornece uma amostra dos elementos superficiais da pele, para exame laboratorial e microscópico, em busca de ectoparasitas e elementos fungicos. É também indicado para diagnóstico de ácaros em geral, como os produtores de sarna demodécica e sarcóptica. Os equipamentos necessários para a sua realização são: lâmina de bisturi, óleo mineral, lâminas de vidro para microscopia, lamínulas e microscópio óptico (GUERETZ, 2005). Para a confecção do raspado cutâneo, com o objetivo de pesquisar ácaros demodécicos, depila-se a área a ser raspada, comprime-se a pele delicadamente, formando uma prega cutânea saliente, para facilitar o acesso aos ácaros, que estão mais profundos na pele. Usa-se uma lâmina de bisturi obtusa e arredondada, umedecida com óleo mineral. Raspa-se a pele na direção do crescimento piloso e perpendicular à superfície cutânea. Depositam-se os resíduos sobre uma lâmina de vidro, que contenha uma gota de óleo mineral (GUERETZ, 2005). Deve-se realizar raspado de pele, onde quer que sejam visíveis áreas de alopecia. Os raspados têm de ser profundos o bastante, para causar sangramento capilar sobre uma área de

um a dois cm², de uma lesão ativa e obtidos de múltiplos locais, para que haja maior probabilidade de encontrar os parasitas (GUERETZ, 2005) Examina-se a lâmina em microscópio óptico, sob aumento de 40X e 100X e com pouca iluminação (GUERETZ, 2005).

3 MATERIAL E MÉTODOS 3.1 Local do estudo O estudo foi realizado no Município de Maceió, Estado de Alagoas. Localizado entre os paralelos 09 21 31 e 09 42 49 de latitude sul e os meridianos 35 33 56 e 35 38 36 de longitude oeste, ocupando uma área de aproximadamente 511 km², o clima é tropical com temperatura média de 25ºC. 3.2 Amostragem Foram utilizados 60 cães, sendo 37 machos e 23 fêmeas, raças e idades variadas, apreendidos pelo Centro de Controle de Zoonoses de Maceió, portadores ou não de lesões cutâneas. 3.3 Coleta e processamento das amostras Para cada animal foi preenchida uma ficha constando dados como sexo, raça, idade e a natureza do material. Após a coleta manual, os espécimes foram acondicionados em frascos de vidro contendo álcool a 70 GL, individualizados por animal, os quais foram levados ao Laboratório de Parasitologia da clínica-escola de Medicina Veterinária do Centro de Estudos Superiores de Maceió-CESMAC para processamento, segundo Marcondes (2001). Os ixodídeos foram identificados segundo Aragão e Fonseca (1961) apud Soares (2006), e os fitirápteros segundo Linardi (2001). Para identificação dos sifonápteros foi utilizada a chave pictórica de Bicho e Ribeiro (1998). Em todos os cães foram realizados raspados de pele profundos (BAKER, 1968), sendo confeccionadas duas lâminas por animal. Os ácaros foram identificados segundo Freitas et al. (1982). O material foi processado adicionando-se duas a três gotas de uma solução de Hidróxido de Potássio a 10% nas lâminas, aguardando-se de 10 a 20 minutos e, posteriormente sobrepondo-se uma lamínula, levando-se em seguida para o microscópio óptico com objetiva de 10X para a evidenciação do ácaro, para posterior identificação.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Após análise dos dados observou-se que 40% (24/60) dos animais estudados estavam parasitados por pelo menos uma espécie de ectoparasito. Dentre estas, identificaram-se sete espécies, observando que a maior freqüência de animais estavam parasitados por Rhipicephalus sanguineus, conforme tabela 1. Tabela 1 Freqüência de ectoparasitos em cães naturalmente infestados, procedentes da Cidade de Maceió, Alagoas. 2007 Freqüência absoluta Freqüência relativa (%) Rhipicephalus sanguineus 15 62,50 Demodex canis 04 16,66 Sarcoptes scabiei var. canis 03 12,50 Otodectes cynotis 01 4,16 Trichodectes canis 04 16,66 Ctenocephalides canis 01 4,16 C. felis felis 01 4,16 Estes resultados são semelhantes a outros trabalhos sobre a ectoparasitofauna de cães realizados no Brasil que descrevem cinco a sete espécies de parasitos (FERNANDES et al.., 1995; DANTAS et al., 1997; RODRIGUES et al., 2001; LOBO et al., 2002; BELLATO et al., TORRES et al., 2004). Observou-se ainda, que cinco animais apresentavam mais de uma espécie de ectoparasito. O clima tropical quente e úmido favorece esta biodiversidade (MARCONDES, 2001). A cidade de Maceió tem características climáticas compatíveis com as descritas por Dantas-Torres et al. (2004), que verificaram na Região Metropolitana do Recife infestação múltipla por ectoparasitos em 15 animais. Rhipicephalus sanguineus foi a única espécie de carrapato encontrada nos animais examinados, como também o ectoparasito mais freqüente (50%), concordando com os resultados de estudos previamente realizados em Pernambuco (LOBO et al., 2002, DANTAS- TORRES et al, 2004). Soares et al. (2006) relataram que R. sanguíneas foi o único ixodídeo encontrado em cães procedentes de área urbana de Juiz de Fora MG. Várias pesquisas vêm apontando R. sanguineus como a espécie mais prevalente em cães de ambiente urbano (RODRIGUES et al., 2001; SZABÓ et al., 2001;

PAPAZAHARIADOU et al., 2003). Segundo Labruna e Pereira (2001), esta predominância deve-se ao fato dessa espécie possuir hábito nidícola e estar adaptado aos domicílios localizados em cidades. Oyafuso et al. (2002) verificaram que de todos os carrapatos que coletou de 71 cães atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Londrina, Paraná, 96% apresentaram a referida espécie de carrapato. Foram identificados oito animais parasitados com ácaros produtores de sarnas, representando 13,34% dos animais examinados e 33,33% dos animais parasitados. Dentre os ácaros identificados, quatro animais estavam parasitados com Demodex canis (50%), três com Sarcoptes scabiei var. canis (37,5%) e um com Otodectes cynotis (12,5%). A presença destas espécies parasitando cães foi constatada por Brum et al. (1987), na Zona Sul do estado do Rio Grande do Sul. Fernandes (1993) no Rio de Janeiro encontrou também a espécie O. cynotis. Quando se analisou a infestação pelo ácaro produtor da demodicose, observo que de um modo geral, a freqüência por D. canis calculada em Maceió (6,66%), não foi muito diferente quando comparada a outras pesquisas realizadas em diferentes países, como em Quebec, Canadá (2,3%) e Índia (3%). Entretanto, quando confrontados com a pesquisa realizada em Yacután, México (23%) por Rodrigues-Vivas et al. (2003), observa-se que a freqüência encontrada no presente estudo é muito mais baixa. Quando comparamos os resultados aqui apresentados com o dos demais pesquisadores brasileiros, verificamos que a freqüência aqui apresentada é maior que a observada por Gueretz (2005) em Guarapuava, Paraná, o qual verificou que 3,03% dos cães apresentavam o referido ácaro e também foi superior a encontrada por Dantas-Torres et al. (2004) na Região Metropolitana do Recife, Pernambuco (0,92%). Entretanto, foi menor que as freqüências encontradas por Bellato et al. (2003) em Lages, Santa Catarina, o qual detectou índice de 48,48% e também ao resultado verificado por Cunha et al (2003) que registraram porcentual de 9,47%. E ainda, verificou-se inferioridade de resultados com os resultados de Vidotto et al. (1985) em Londrina, Paraná (28,24%) (GUERETZ, 2005). Com relação à freqüência de Sarcoptes scabiei var. canis, o resultado obtido na presente pesquisa (5%) foi maior a verificada por Dantas-Torres (2004) em cães da Região Metropolitana do recife, PE, os quais registraram índice de 1,23%, porém foi inferior às freqüências encontradas em Lages (48,28%) por Bellato et al. (2003).

Apesar da baixa freqüência de infestações por Demodex canis e Sarcoptes scabiei var. canis observada nesse estudo, não significa que as sarnas sejam ectoparasitoses de baixa prevalência na região estudada, como verificou Silva (2003) no estado de Pernambuco, onde as condições são semelhantes as encontradas na região do presente estudo. Considerando-se a infestação por artrópodes sifonápteros, observou-se que dos animais parasitados, dois apresentaram este ectoparasito, representando 3,33% do total de animais examinados, sendo 1,67% de animais com Ctenocephalides canis e 1,67% com C. felis felis. Levando em consideração os valores aqui verificados para as pulgas, pode-se verificar que o índice de infestação em Maceió pode ser considerado baixo quando comparado com os resultados obtidos (LINARDI e NAGEM, 1973 apud DANTAS-TORRES, 2004). Os resultados encontrados são semelhantes aos relatados por Dantas-Torres et al. (2004), os quais registraram freqüência de 1,85% para C. canis, entretanto foi inferior quando comparados à espécie C. felis (4,92%). A comparação dos resultados aqui apresentados são bastante inferiores aos encontrados em Santa Catarina, Lages por Bellato et al.(2003), os quais verificaram freqüência de 48,25% para C. felis e 30,23% para C. canis. A distribuição das espécies de pulgas está relacionada a fatores climáticos (LINARDI e NAGEM, 1973 apud BELLATO et al., 2003), por isso Bellato et al. (2003) mencionaram que em Lages, onde as médias de temperatura são mais amenas, as infestações por pulgas são consideradas elevadas. Os autores verificaram que 42,73% dos animais estudados apresentaram infestações mistas com as duas espécies de pulgas do gênero Ctenocephalides seguindo esta linha de pensamento, pode-se observar que Maceió localiza-se na Região Nordeste, sendo, portanto, uma região de clima quente e úmido, desfavorável para as infestações com estes ectoparasitos. A freqüência de Trichodectes canis, única espécie de piolho encontrado nos animais examinados foi 6,67%. Esse resultado foi superior ao encontrado por Dantas Torres et al. (2004) que registraram 1,23%de animais parasitados e inferior aos relatados por Oliveira e Ribeiro (1982/1983) que registraram prevalência de 27,9% em Porto Alegre. Analisando a variável sexo, observou-se que dos animais infestados 70,83% eram machos (17/24). Esse resultado pode ser devido a distribuição do gênero na amostragem estudada, a qual 61,66% foi composta por machos.

Dos animais analisados observou-se que 54,16% dos cães parasitados possuíam pêlo curto, no entanto, esse resultado pode ser devido ao tamanho da amostra de animais de pêlo longo (36,66%). Uma vez que o comprimento do pêlo pode ser um fator predisponente para infestações ectoparasitárias. Quanto à presença de lesões, constatou-se que 70,83% dos animais infestados por alguma espécie de ectoparasito apresentavam algum tipo de lesão de pele. As lesões dermatológicas mais observadas nesse estudo foram alopecia, seborréia e crostas. Esses achados estão de acordo com Alcaíno et al. (2002) que relataram prurido e dermatites associadas à presença de ectoparasitos. Observou-se nesse estudo que ixodídeos são ectoparasitos mais freqüentes em cães. Entretanto, em pesquisas realizadas nos estados das regiões Sul e Sudeste do país as espécies de pulgas e piolhos são incriminadas na maioria das ectoparasitoses.

CONCLUSÃO Os resultados mostram que a fauna ectoparasitária de cães naturalmente infestados procedentes de Maceió - Alagoas é composta por espécies encontradas nas demais regiões do Brasil. Algumas dessas espécies são importantes vetores de enfermidades infecciosas e parasitárias, sendo alguns desses agentes causadores de zoonoses.

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ANEXO Dados da Pesquisa Fauna Ectoparasitária de Cães Apreendidos no Centro de Controle de Zoonoses de Maceió-AL 1. Ficha de Identificação Nº Bairro ou Região: Raça ou Características: Sexo: Macho( ) Fêmea( ) Pêlos: Longos( ) Curtos( ) F.E.: Adulto( ) Filhote( ) 2. Avaliação Geral Animal Estado Nutricional Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Péssimo ( ) Observação: 3.Lesões / Características Alopecia areata( ) Alopecia generalizada( ) L: Pústulas local( ) Pústulas generalizada ( ) L: Úlceras local( ) Úlceras generalizada ( ) L: Crostas local( ) Crostas generalizada ( ) L: Escoriação local( ) Escoriação generalizada ( ) L: 4. Coleta do Material ( ) Raspado da Lesão ( ) Raspado para ácaro ( ) Pêlos 5.Outras Informações Importantes