O presente estudo tem como finalidade avaliar a eficácia da coleira KILTIX, do laboratório BAYER, no controle do carrapato Rhipicephalus sanguineus.

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2 1. INTRODUÇÃO E OBJETIVO O presente estudo tem como finalidade avaliar a eficácia da coleira KILTIX, do laboratório BAYER, no controle do carrapato Rhipicephalus sanguineus. 3. LOCAL DO ESTUDO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Quimioterapia Experimental em Parasitologia Veterinária (LQEPV) BR 465 km 07, CEP Seropédica/RJ Brasil - Coordenadas Geográficas S W CRONOGRAMA DE ATIVID Aclimatação Tratamento colocação da coleira AF_Estudo150_dias_02.indd 2

3 2. NORMAS E QUALIDADE Este estudo foi realizado em conformidade com as disposições das normas do EMEA/VICH (2006), Marchiondo et al. (2007) e VICH GL 9. O Laboratório de Quimioterapia Experimental em Parasitologia Veterinária (LQEPV) realiza trabalhos de acordo com princípios das boas práticas clínicas. Desvios de protocolo, quando necessários, deveriam ser discutidos antes de serem executados. 4. INVESTIGADORES RESPONSÁVEIS FABIO BARBOUR SCOTT (CRMV-RJ 5291) Professor adjunto do Departamento de Parasitologia Animal do Instituto de Veterinária da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. LAERTE GRISI (CRMV-RJ 1866) Professor Titular do Departamento de Parasitologia Animal do Instituto de Veterinária da Universidade Federal do Rio de Janeiro. THAÍS RIBEIRO CORREIA AZEVEDO (CRMV-RJ 6344) Pós-Doutoranda do Departamento de Parasitologia Animal do Instituto de Veterinária da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. IVIDADES DO ESTUDO Avaliação da Carga Parasitária Infestação 50 carrapatos Ranqueamento dos animais AF_Estudo150_dias_02.indd 3

4 6. DELINEAMENTO EXPERIMENTAL 6.1. SELEÇÃO DOS ANIMAIS E IDENTIFICAÇÃO Os animais empregados no estudo foram selecionados do plantel do canil do LQEPV constituído de 120 cães. Foram selecionados inicialmente 24 cães da raça Beagle, machos e fêmeas, adultos com idade entre 1,5 e 6 anos. Todos os animais foram identificados com transponder implantados no tecido subcutâneo. Com base nas contagens de carrapatos e sexo dos animais foram selecionados os 20 animais que participaram efetivamente do estudo CRITÉRIO DE EXCLUSÃO Animais tratados com antiparasitários nos dois últimos meses antecedentes ao início da prova, animais doentes ou debilitados TRATAMENTOS Os animais foram divididos em dois grupos de 10 animais. Um grupo (Grupo Medicado) foi medicado com produto em teste, e o outro grupo (Grupo Controle) não recebeu tratamento. A coleira foi colocada seguindo as instruções de bula FORMULAÇÃO EMPREGADA Nome - Kiltix Formulação (cada coleira contém) Tamanho e comprimento da coleira Ingredientes Propoxur Pequeno (P) 35 cm Médio (M) 48 cm Grande (G) 65 cm Quantidade Quantidade Quantidade 1,250g 3,020g 4,500g Flumetrina 0,281g 0,680g 1,013g Excipiente q.s.p. 12,500g 30,200g 45,000g AF_Estudo150_dias_02.indd 4

5 6.5. DURAÇÃO DO TRATAMENTO Foi realizada uma única administração do produto MATERIAL E MÉTODOS Os animais da raça Beagle foram infestados artificialmente de carrapatos nos tempos -7 (para efeito do ranqueamento), -2, +5, +12, +19 e +26. Depois do dia +26 foram realizadas infestações a cada 14 dias até o dia +208, conforme cronograma do estudo. Em cada processo de infestação experimental foram utilizados 25 casais de adultos do carrapato Rhipicephalus sanguineus, com idade aproximada de 14 dias e não alimentados. Os parasitos utilizados são oriundos de colônias mantidas no LQEPV. Após 48 horas de todas as infestações, todos os animais foram inspecionados individualmente. Durante a inspeção era avaliada a presença de carrapatos, conforme classificação do Quadro I, através de exame manual de toda a superfície corporal dos animais. Os carrapatos recuperados foram qualificados e fixados em álcool 70 GL. A ingurgitação dos carrapatos é indicada pela presença de sangue no intestino. O ingurgitamento pode ser determinado pela técnica de espremer. Quadro I. Categorias (Classificação) de carrapatos recuperados Categoria Achados gerais Status de fixação Efeito quanto a eficácia e/ou repelência 1 vivo livre não 2 vivo 3 vivo Fixado, não ingurgitado Fixado, ingurgitado Não (exceto carrapatos únicos) Não (exceto carrapatos únicos)* 4 morto livre sim Fixado, não 5 morto sim ingurgitado 6 morto Fixado, ingurgitado Não (exceto carrapatos únicos)* *No caso da ocorrência de um único carrapato nos grupos tratados (categorias 3 e 6), dentro de 48 horas após a infestação, uma nota correspondente as frases propostas abaixo devem ser incluídas: Houve a fixação de um único carrapato. Por esta razão, a transmissão de doenças infecciosas por carrapatos não pode ser completamente excluída se as condições forem favoráveis. AF_Estudo150_dias_02.indd 5

6 Baseado no resultado da avaliação do dia -5, para a recuperação de carrapatos, foi elaborada uma lista decrescente com as contagens de parasitas. Consideraram-se os carrapatos vivos fixados. Os dois mais parasitados foram sorteados, alocando-se um animal em cada grupo, e assim sucessivamente até que se completassem as dez repetições distribuídas em dois grupos. Posteriormente efetuou-se o sorteio dos grupos para os tratamentos. No dia 0 foi efetuado o tratamento CÁLCULO DA EFICÁCIA Embora tenha se classificado os carrapatos de acordo com o Quadro I, empregouse para a avaliação da eficácia carrapaticida somente os números de carrapatos fixados vivos ingurgitados ou não. Desta forma a eficácia carrapaticida foi calculada com base na seguinte fórmula: CARRAPATOS Percentagem de eficácia *medida aritmética número médio* de carrapatos vivos recuperados no grupo controle número médio* de carrapatos vivos recuperados no grupo controle número médio* de carrapatos vivos recuperados no grupo medicado x ANÁLISE ESTATÍSTICA Na análise estatística do ensaio os números médios de carrapatos adultos vivos e fixados, foram transformados em log de N+1, possibilitando assim normalização dos dados. Os dados foram submetidos à análise do Teste F e do Teste T. O nível de confiança considerado foi de 95% (P 0,05). 7. RESULTADOS 7.1. EFICÁCIA CARRAPATICIDA O produto em teste, embora seja um sistema de liberação prolongada de fármacos, apresentou uma eficácia imediata quanto ao controle de carrapatos. Já na avaliação de dois dias (48h) após a colocação do produto (coleira), os níveis de eficácia foram de 98,33%. De acordo com Marchiondo et al. (2007), os níveis de eficácia para carrapato devem ser iguais ou superiores a 90%. Dentro desta perspectiva o produto teste foi eficaz até o dia Entretanto o mesmo autor, na publicação acima referenciada, AF_Estudo150_dias_02.indd 6

7 diz que para produtos como coleiras que tem com objetivo controlar carrapatos por longo período, estes podem ser avaliados em termos de eficácia de forma diferenciada. Dentro desta expectativa associada à experiência dos investigadores, podemos verificar que considerando uma eficácia mínima de 80% o produto demonstrou ser eficaz por até 182 dias após o início do tratamento com uma eficácia média de 93,66%. Figura 1. Eficácia carrapaticida para a espécie Rhipicephalus sanguineus do produto em teste. Eficaz por até 182 dias com uma eficácia de 93,66% 100% 90% 80% 70% EFICÁCIA 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% DIAS 8. CONCLUSÃO Diante do exposto nos resultados podemos concluir que o produto Coleira Kiltix, nas condições experimentais do presente estudo, demonstrou ser eficaz no controle do carrapato Rhipicephalus sanguineus por até 182 dias (26 semanas). 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Marchiondo et al., Guidelines for evaluating the efficacy of parasiticides for the treatment, prevention and control of flea and tick infestation on dogs and cats. Veterinary Parasitology 145, L.BR.AH AF_Estudo150_dias_02.indd 7

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