ESEFAP ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA ALTA PAULISTA. Palavras chaves: Educação Física Escolar, Ensino Médio, Motivação.

Documentos relacionados
FORMAÇÃO DO PEDAGOGO: VIVÊNCIAS EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES NO ESTÁGIO CURRICULAR DO CURSO DE PEDAGOGIA/EAD.

PLANO DE ENSINO DADOS DO COMPONENTE CURRICULAR

CONCEPÇÕES DE PROFESSORES SOBRE A APROPRIAÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA POR ALUNOS DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

Psicólogo do Esporte: a percepção de atletas sobre a importância desse profissional.

TÍTULO: IDENTIFICAÇÃO DO PERFIL DE COMO SER UM BOM PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA VISÃO DE DOCENTES.

PLANO DE DISCIPLINA DADOS DO COMPONENTE CURRICULAR

ENSINO MÉDIO: INOVAÇÃO E MATERIALIDADE PEDAGÓGICA EM SALA DE AULA 1. Palavras-Chave: Ensino Médio. Inovação Pedagógica. Pensamento docente.

Influência das atitudes dos professores em relação à matemática

A PEDAGOGIA DO ESPORTE NA ATUAÇÃO PROFISSIONAL DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA.

ABORDAGEM DAS ATIVIDADES FÍSICAS DE AVENTURA NA NATUREZA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA RESUMO

Pró-Reitoria de Graduação Curso de Educação Física Trabalho de Conclusão de Curso

UM ESTUDO SOBRE A APLICAÇÃO DAS DIRETRIZES CURRICULARES ESTADUAIS DO PARANÁ NA PRÁTICA PEDAGÓGICA DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA

A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Palavras-chave: Responsabilidade Social. Professor de Educação Física. Ética. Valores.

Eixo Temático 3-Currículo, Ensino, Aprendizagem e Avaliação

Prof. Dr. Francisco Martins da Silva Orientador Educação Física UCB. Prof. Dr. Jonato Prestes Educação Física UCB

VERIFICANDO A VIVÊNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA DE AVENTURA NA NATUREZA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA PELOS ALUNOS DAS ESCOLAS ESTADUAIS DE MUZAMBINHO/MG

AVALIAÇÃO DA ESCALA DE DESENVOLVIMENTO MOTOR COM ADOLESCENTES ABRIGADOS DO PROJETO COPAME

AS CONTRIBUIÇÕES DA RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA PARA O ALCANCE DOS FINS EDUCACIONAIS

A PERSPECTIVA DOS ALUNOS DO CENTRO DE ENSINO CÔNEGO ADERSON GUIMARÃES JÚNIOR SOBRE O USO DA REDES SOCIAIS COMO FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM

AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NO MUNICÍPIO DE BAGÉ-RS: forma de abordagem dos esportes coletivos

O ENSINO DE BOTÂNICA COM O RECURSO DO JOGO: UMA EXPERIÊNCIA COM ALUNOS DE ESCOLAS PÚBLICAS.

MÉTODOS INTERDISCIPLINARES APROXIMANDO SABERES MATEMÁTICOS E GEOGRÁFICOS

4ª Jornada Científica e Tecnológica e 1º Simpósio de Pós-Graduação do IFSULDEMINAS 16, 17 e 18 de outubro de 2012, Muzambinho MG

O CONTEÚDO LUTAS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: CONTRIBUIÇÕES E POSSIBILIDADES

LUDICIDADE COMO RECURSO PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

PLANO DE APRENDIZAGEM

FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES E A EXPERIÊNCIA DO PIBID EM UMA IES COMUNITÁRIA: CAMINHOS PARA A CONSOLIDAÇÃO DE UMA CONCEPÇÃO DE TRABALHO DOCENTE

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: A FORMAÇÃO DA AUTONOMIA E SEUS DIFERENTES SIGNIFICADOS. Anoel Fernandes ¹ Glaurea Nádia Borges de Oliveira ²

TÉCNICAS ENSINO UTILIZADAS PARA TRABALHAR COM AS TECNOLOGIAS DIGITAIS MÓVEIS

A CONCEPÇÃO DO BOM PROFESSOR PARA OS BOLSISTAS DO PIBID SUBPROJETO EDUCAÇÃO FÍSICA

Palavras-Chave: Educação Física, Educação Infantil, Desenvolvimento Motor. INTRODUÇÃO

EMENTÁRIO DAS DISCIPLINAS DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA/I (Currículo iniciado em 2013)

A PROVINHA BRASIL SOB A ÓTICA DOS PROFESSORES ALFABETIZADORES

A VISÃO DA ESCOLA SEGUNDO OS ALUNOS DO OITAVO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL: UMA VIVÊNCIA DO ESTÁGIO E PIBID

PLANO DE APRENDIZAGEM. CH Teórica: 50h CH Prática: 10h CH Total: 60h Créditos: 03 Pré-requisito(s): --- Período: IV Ano:

O USO DE NOVAS FERRAMENTAS NO ENSINO DE MATEMÁTICA NA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL FELIPE RODRIGUES DE LIMA BARAÚNA/PB.

Potencialidades de atividades baseadas em Categorias do Cotidiano em uma sala de aula da Educação Básica

A PREVALÊNCIA DO ESPORTE NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FISICA NO ENSINO MÉDIO

Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Licenciatura em Educação Física no ano de

PLANO DE ENSINO DADOS DO COMPONENTE CURRICULAR

REFLEXÕES SOBRE OS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE: CONTRIBUIÇÕES NA FORMAÇÃO DO (A) PEDAGOGO (A) DO CURSO DE PEDAGOGIA DA UFPB

INTERPRETAÇÃO QUALITATIVA DOS DISCENTES DO CURSO DE TECNOLOGIA EM AGRONEGÓCIO DA UEMA/CESITA: UM ESTUDO DE CASO

EVASÃOESCOLAR NA MODALIDADE EJA: UM ESTUDO DE CASO NA ESCOLAZÉ IRIAS NO MUNICÍPIO DE MONSENHOR GIL-PI

VALORES DO PONTO DE VISTA DE PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

MATEMÁTICA, AGROPECUÁRIA E SUAS MÚLTIPLAS APLICAÇÕES. Palavras-chave: Matemática; Agropecuária; Interdisciplinaridade; Caderno Temático.

O USO DA EXPERIMENTAÇÃO DE CIÊNCIAS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM TRÊS ESCOLAS DE BOM JESUS PIAUÍ

ETNOMATEMÁTICA E LETRAMENTO: UM OLHAR SOBRE O CONHECIMENTO MATEMÁTICO EM UMA FEIRA LIVRE

EMENTÁRIO DAS DISCIPLINAS DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA - EAD (Currículo iniciado em 2016)

5. Como os Professores Percebem estes Alunos.

Modulo 5. Técnicas de análise e interpretação dos dados.

TÍTULO: AUTOEFICÁCIA E A APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO INTEGRADO AO TÉCNICO

MATRIZ CURRICULAR CURRÍCULO PLENO 1. ª SÉRIE CÓDIGO DISCIPLINAS TEOR PRAT CHA PRÉ-REQUISITO

O ENSINO DA MATEMÁTICA EM SALA DE AULA: UM ESTUDO DIDÁTICO-REFLEXIVO COM UMA TURMA DO 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Pró-Reitoria de Graduação Curso de Educação Física Trabalho de Conclusão de Curso ASPECTOS MOTIVACIONAIS QUE LEVAM OS ALUNOS À PRÁTICA DO VOLEIBOL

MATEMÁTICA, QUEM GOSTA? A VISÃO ACERCA DESTA MATÉRIA PELOS EDUCANDOS DO 6º E 9º ANO

NÚCLEO TEMÁTICO I CONCEPÇÃO E METODOLOGIA DE ESTUDOS EM EaD

A ALFABETIZAÇÃO MATEMÁTICA PARA CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL CONGÊNITA E ADQUIRIDA ATRAVÉS DE JOGOS PEDAGÓGICOS.

10º Congreso Argentino y 5º Latinoamericano de Educación Física y Ciencias PIBID: O SUBPROJETO CULTURA ESPORTIVA DA ESCOLA

AVALIAÇÃO DO USO DA TECNOLOGIA COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA EM UMA ESCOLA NA CIDADE DE MANAUS-AM.

Rosangela Ramos AVALIAÇÃO DIAGNÓSTISCA E NIVELAMENTO. 07/02/2019 DE 14:00 ÀS 16:00 Horas

O SABER DA MATEMÁTICA E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O ENSINO DA GEOGRAFIA: A interdisciplinaridade como método de aproximação pedagógica

Palavras-chave: Educação Matemática. Educação Inclusiva. Formação de professores.

ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO NO PROCESSO DE INCLUSÃO EM ESCOLAS DA REDE MUNICIPAL DA CIDADE DE PATOS- PARAÍBA

PLANO GESTÃO Números de alunos da escola e sua distribuição por turno, ano e turma.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA PROFESSORES: FORMAÇÃO CONTINUADA NO SEMIÁRIDO PARAIBANO.

AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: PERCEPÇÕES DOS ACADÊMICOS DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

SENAI&'&ES& O"METODO"QUANTITATIVO" " " 26/06/14 MÉTODOS QUANTITATIVOS E QUALITATIVOS & &

PERCEPÇÃO DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA VISÃO DE ALUNOS DA REDE PÚBLICA DE JUAZEIRO DO NORTE CE

FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO ENSINO MÉDIO INOVADOR: NECESSIDADES FORMATIVAS E FATORES QUE POSSIBILITAM OU DIFICULTAM PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INOVADORAS.

O LIVRO DIDÁTICO NAS AULAS DE MATEMÁTICA: UM ESTUDO A PARTIR DAS CONCEPÇÕES DOS PROFESSORES. Introdução

IV WORKSHOP GESTÃO DA QUALIDADE COM FOCO EM CLÍNICA DE DIÁLISE

A IMPORTÂNCIA DA GINÁSTICA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR, NA VISÃO DOS DOCENTES

A Prática Profissional terá carga horária mínima de 400 horas distribuídas como informado

REGULAMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO CURRICULAR OBRIGATÓRIO DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA TITULO I DO ESTÁGIO E SEUS OBJETIVOS

Aluno(a): / / Cidade Polo: CPF: Curso: 1ª AVALIAÇÃO ONLINE METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO

EDUCAÇÃO SEXUAL: UMA ANÁLISE DO CONHECIMENTO DE ESTUDANTES DA EDUCAÇÃO BÁSICA NO MUNICÍPIO DE UBERABA

GÊNERO E RENDIMENTO ESCOLAR: UM ESTUDO DE CASO DA UNIDADE MUNICIPAL DE ENSINO THEREZINHA DE JESUS SIQUEIRA PIMENTEL, SANTOS (SP)

REGULAMENTO DOS ESTÁGIOS UNICRUZ - UNIVERSIDADE DE CRUZ ALTA CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA - LICENCIATURA REGULAMENTO DOS ESTÁGIOS CURRICULARES

A REALIDADE SOBRE A PSICOMOTRICIDADE NAS ESCOLAS ESTADUAIS NO MUNICÍPIO DE PARELHAS RN

BRINCAR E DESENVOLVIMENTO: UM ESTUDO SOBRE AS CONCEPÇÕES DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO INFANTIL.

O PAPEL DAS INTERAÇÕES PROFESSOR-ALUNO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA

EDUCAÇÃO INCLUSIVA E DIVERSIDADE JUSTIFICATIVA DA OFERTA DO CURSO

A HISTÓRIA DA MATEMÁTICA COMO FERRAMENTA AUXILIAR NA ATRIBUIÇÃO DE SIGNIFICADOS DE CONCEITOS MATEMÁTICOS

Metodologia Científica. Construindo Saberes

No entanto, não podemos esquecer que estes são espaços pedagógicos, onde o processo de ensino e aprendizagem é desenvolvido de uma forma mais lúdica,

FUNDAMENTOS DA GESTÃO ESCOLAR: AS ATRIBUIÇÕES PROFISSIONAIS DO PEDAGOGO ENQUANTO GESTOR

TRABALHO COLABORATIVO DE UMA PROFESSORA ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO ESPECIAL EM UMA ESCOLA COM EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL

ESPORTE NA ESCOLA: CONTRIBUIÇÃO PARA A FORMAÇÃO INTEGRAL DOS ESCOLARES

O PROFESSOR DE FÍSICA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NAS ESCOLAS ESTADUAIS DO MUNICÍPIO DE BRAGANÇA PA

MOTIVAÇÃO EM ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL PARA A PARTICIPAÇÃO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

O IMPACTO DA NOVA PROPOSTA DO ESTADO DE SÃO PAULO NA OPINIÃO DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA

CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

ISSN do Livro de Resumos:

FORMAÇÃO INICIAL E EXTENSÃO COMUNITÁRIA: PERCEPÇÃO DO UNIVERSITÁRIO A RESPEITO DE SUAS AQUISIÇÕES AFETIVAS, COGNITIVAS E PRÁTICAS

Educação de Jovens e Adultos no Brasil

UTILIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DOCENTE EM CIÊNCIAS DA NATUREZA CRUZ, J. V. ¹, COELHO, F. B. O.

Informações de Impressão

MÉTODOS E PROCEDIMENTOS NO ENSINO DE QUÍMICA

Transcrição:

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NO ENSINO MÉDIO: ASPECTOS MOTIVACIONAIS EDMILSON FERNANDES DOIRADO ROSEMEIRE DIAS DE OLIVEIRA ESEFAP ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA ALTA PAULISTA TUPÃ SÃO PAULO O profissional de Educação Física dentro de um contexto pedagógico, tende a superar um grande desafio em suas aulas: estimular o interesse dos alunos pelo conhecimento a ser transmitido, buscando desta forma aumentar o nível de participação destes nas atividades a serem desenvolvidas. O presente trabalho tem como objetivo analisar os níveis motivacionais presente nas aulas de Educação Física Escolar no ensino médio. A metodologia utilizada nessa pesquisa dividiu-se em duas etapas, primeiramente foi aplicado um questionário nos professores que ministram aulas de Educação Física Escolar no ensino médio visando conhecer a formação e experiência profissional destes, e em seguida para verificar os níveis de motivação dos alunos realizou-se uma entrevista com uma pergunta geradora. A pergunta geradora direcionou o tema central deste estudo, ou seja, a motivação expressada pelos alunos em seus discursos, levando-se em consideração o perfil e formação do professor responsável pelas aulas e o gênero, visando dessa maneira, identificar aspectos motivacionais apresentados pelo sexo feminino separados daqueles descritos pelo sexo masculino. Palavras chaves: Educação Física Escolar, Ensino Médio, Motivação. 1. Introdução As diferentes tendências ou abordagens em Educação Física Escolar no presente momento sofrem constantes transformações e conseqüentemente críticas quanto seus conteúdos e métodos de ensino. Diante destas mudanças e discussões, alunos, professores e sistema escolar necessitam descobrir o verdadeiro significado da disciplina de Educação Física no ensino médio. Estudos afirmam que a motivação é o fator de maior relevância durante a realização de uma tarefa solicitada, pois através do desenvolvimento deste aspecto se torna possível determinar os êxitos ou fracassos de uma atividade proposta. O professor necessita refletir sobre sua prática pedagógica, analisando as antigas tendências e abordagens educacionais, procurando orientar-se em novos métodos e modelos de ensino, que visem atender as necessidades de cada aluno, estimulando o interesse dos alunos pelo conhecimento

a ser transmitido, buscando desta forma aumentar o nível de participação destes nas atividades a serem desenvolvidas. 2. Objetivos O presente trabalho apresenta como principal objetivo um estudo sobre os níveis motivacionais presente nas aulas de Educação Física no ensino médio, assim como: analisar se o conteúdo desenvolvido nas escolas na disciplina de Educação Física no ensino médio possui relação com os aspectos motivacionais dos alunos nas aulas; constatar se o professor apresenta uma formação profissional plausível e coerente tendo em vista as necessidades educacionais dos alunos e verificar se existe uma variável de motivação entre os gêneros durante o processo de ensino aprendizagem em Educação Física Escolar. 3. Fundamentação Teórica Os objetivos e as propostas educacionais da Educação Física foram se modificando ao longo dos últimos anos, e todas as antigas concepções de ensino, de alguma forma, influenciam ainda hoje a formação do profissional e sua pratica pedagógica (DARIDO e RANGEL, 2008, p. 01). O professor necessita criar caminhos para desenvolver um trabalho de qualidade frente às diferenças encontradas nos grupos, tendo que criar condições metodológicas para trabalhar com todos os alunos. No Ensino Médio deve ser ressaltada a possibilidade do Se-Movimentar no âmbito da cultura do movimento juvenil, gerando conteúdos mais próximos da vida cotidiana dos alunos. São definidos como objetivos gerais da Educação Física no Ensino Médio: a compreensão do jogo, esporte, ginástica, luta e atividade rítmica como fenômenos sócio-culturais, ampliando as possibilidades de sentidos e significados a partir do Se- Movimentar, construindo um jovem autônomo e autocrítico (PROPOSTA CURRICULAR DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2008, p. 08). A partir do ponto de vista dos psicólogos do esporte e do exercício, a motivação se conceitua através de diferentes opiniões e estudos específicos. De acordo com Sage (1977) apud Weinberg e Gould (2001, p. 72), é possível definir motivação apenas como sendo a direção e a intensidade de nossos esforços. A direção do esforço refere-se a um indivíduo buscar, aproximar-se ou ser atraído

a certas situações. A intensidade do esforço refere-se à intensidade do esforço que uma pessoa investe em uma determinada situação. Gouvea (1997, p. 168), ainda afirma que a motivação é um dos principais fatores que podem influenciar de forma significativa o comportamento de um indivíduo, permitindo assim um maior envolvimento ou uma simples participação em atividades relacionadas com: aprendizagem, desempenho e atenção. Pesquisadores estabelecem algumas dicas para melhorar os aspectos motivacionais durante uma aula ou treinamento: Para aumentar a motivação, estruture ambientes de ensino e treinamento que satisfaçam as necessidades de todos os participantes; Um líder, técnico ou educador deve reconhecer-se peça fundamental no ambiente motivacional, influenciando direta ou indiretamente a motivação. Professores de Educação Física Escolar buscam motivar crianças e jovens inativos para a prática desportiva ao invés de se interessarem apenas por vídeo-game, internet ou outros atrativos da modernidade. Weinberg e Gould (2001, p. 72), afirmam que: Embora a motivação seja fundamental para o sucesso de diversos profissionais de Educação Física, muitos destes não entendem bem a questão. Ter sucesso como professor ou técnico requer um entendimento completo sobre motivação, incluindo os fatores que a afetam e os métodos para intensificá-la em indivíduos e em grupos. É possível concluir que a capacidade de motivar pessoas, mais que o conhecimento técnico ou científico, é o que separa os instrutores muito bons dos instrutores médios. De acordo com Piccolo e Vechi apud Pereira (2006, p. 12), alguns aspectos como: o conteúdo a ser transmitido, a didática utilizada, as relações interpessoais e também o espaço de realização das aulas, contribuem e formam uma forte base no processo de motivação e interesse dos alunos em participarem das aulas. Para melhor desenvolver estes aspectos citados pelos autores durante as aulas de Educação Física, tendo em vista as necessidades e perspectivas dos alunos, se faz necessário entender o que pensam os próprios educando quanto sua falta de participação nas aulas. O conhecimento dos problemas que envolvem a motivação é importante para o professor que atua na Educação Física Escolar, pois ele trabalha com alunos que são obrigados a participar das aulas (GOUVÊA apud PEREIRA, 2006, p. 49).

Sobre o tema em questão Becker (2003, p. 08), desenvolve o seguinte conceito: Adolescência é uma das etapas do desenvolvimento humano caracterizada por alterações físicas, psíquicas e sociais, sendo que estes dois últimos aspectos apresentam interpretações e definições diversas, de acordo com o ambiente, época e cultura à qual se inserem. Do latim temos o seguinte conceito: ad, para + olescere, crescer: crescer para. No Ensino Médio, a Educação Física deve apresentar características próprias e inovadoras, que considerem a nova fase cognitiva e afetivo-social atingida pelos adolescentes (BETTI e ZULIANE, 2002, p. 76). Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1999, p. 25) sugere que as aulas de Educação Física sejam mistas, oportunizando assim que meninos e meninas, convivam, observem-se, descubram-se e possam aprender a ser tolerantes, a não discriminar e a compreender as diferenças de forma a não reproduzir esteriotipadamente relações sociais autoritárias. Através de seus estudos Lavoura et al ( 2006, p. 206), afirma que encontrar uma abordagem perfeita de ensino é praticamente impossível, pois não existe, mas é possível refletir sobre o modo ou forma que o conteúdo é desenvolvido pelo professor a fim de se chegar ao objetivo (aluno). 4. Metodologia 4.1 Sujeitos A amostra foi constituída por 03 (três) professores (P1, P2, P3) e 30 (trinta) alunos do ensino médio da U.E Índia Vanuíre pertencente à Diretoria de Ensino de Tupã, sendo estes 15 (quinze) do sexo masculino e 15 (quinze) do sexo feminino, com idade que variou de 14 a 17 anos. 4.2 Procedimentos Foram realizados dois tipos de entrevista em diferentes momentos e com distintos objetivos. No primeiro momento com a intenção de conhecer o perfil do professor nos aspectos pessoais, profissionais e sua experiência docente na área escolar, foi aplicado um questionário estruturado com respostas fechadas. A segunda etapa da entrevista foi direcionada aos alunos, nos quais foi

aplicado 01 (uma) questão aberta, visando verificar o nível de motivação dos alunos quanto às aulas de Educação Física. No desenvolver do estudo, a técnica utilizada para a coleta de dados foi uma entrevista composta por uma pergunta geradora, permitiu-se ao entrevistado uma considerável liberdade de descrever suas idéias quanto aos motivos que levam a participar ou não das aulas de educação física. A pergunta geradora direcionou o tema central deste estudo, ou seja, a motivação expressada pelos alunos em seus discursos, levando-se em consideração o perfil e formação do professor responsável pelas aulas e o gênero, visando dessa maneira, identificar aspectos motivacionais apresentados pelo sexo feminino separados daqueles descritos pelo sexo masculino. 4.3 Análise e Discussão dos Dados Visando analisar os questionários estruturados com respostas fechadas de caracterização dos professores foi utilizado o método de estatística descritiva. Para discutir a pergunta geradora aplicada nos alunos foi feita uma análise qualitativa assegurando uma interpretação coerente das respostas, quanto ao gostar das aulas de Educação Física. O material coletado foi submetido à técnica de Análise de Conteúdo Categorial proposta por Bardin (2004), sendo esta utilizada com o objetivo de conhecer o que está por trás das palavras ou depoimentos dos alunos, ou seja, a busca de outras realidades através das mensagens. 5. Conclusão Foi constatado através do questionário aplicado nos professores que estes possuem uma vasta experiência profissional que ultrapassa a 20 anos de prática docente em Educação Física Escolar no ensino médio. Ao serem questionados sobre a Nova Proposta Curricular do Estado a maioria afirmou que o nível de participação e motivação dos alunos nas aulas não obteve aumento significativo. Diante da interpretação das respostas da pergunta geradora pertencente ao questionário aplicado em 30 alunos do ensino médio, sendo 15 meninos e 15 meninas foi possível concluir que 93% dos alunos, ou seja, 28 dos 30 alunos pesquisados gostam das aulas de Educação Física e apenas 7% destes sendo representados por duas alunas não gostam das aulas de Educação Física.

Os principais motivos citados por esses jovens que os levam a gostar das aulas de Educação Física são a oportunidade de praticarem atividade e esporte objetivando saúde, aptidão física, socialização e recreativismo além de poderem quebrar a rotina de aulas de outras disciplinas almejando desta forma sensação de liberdade, descanso e, sobretudo o lazer. Para as alunas que afirmaram não gostar das aulas de Educação Física a justificativa se fundamentou na questão de que o professor não busca estimular ou motivar os alunos a participar das aulas efetivamente e também na questão de que os meninos em sua maioria assumem o comando das quadras durante as aulas praticando seu esporte preferido, como o futsal, por exemplo, enquanto as meninas ficam de fora por não praticarem determinado esporte e serem consideradas delicadas e frágeis diante das atividades propostas. Contudo, este trabalho pode se tornar uma referência para os professores que trabalham com jovens dentro de um contexto pedagógico, a motivação pode ser fator determinante no aumento do nível de participação dos alunos nas aulas de Educação Física, proporcionando assim tanto ao professor quanto ao aluno um ensino de qualidade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BECKER, D. O que é adolescência. 13. ed. São Paulo: Brasiliense, 2003. BETTI, M; ZULIANE, L. R. Educação Física Escolar: Uma proposta de diretrizes pedagógicas. Rev. Mackenzie de Educação Física e Esporte. São Paulo, v. 1, n. 1, p. 73-81, 2002. BRASIL, Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: ensino médio. Brasília: Secretaria de Educação Média e Tecnológica, 1999. DARIDO, S. C; RANGEL, I. C. A. Educação Física no Ensino Superior: Educação Física na Escola - Implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. GOUVEA, F. C. Motivação e atividade esportiva. In MACHADO, A. A. Psicologia do esporte: Temas emergentes I. Jundiaí: Ápice, 1997. p. 165-191.

LAVOURA, T. N; BOTURA, H. M. L; DARIDO, S. C. Educação Física Escolar: Conhecimentos necessários para a prática pedagógica. Revista da Educação Física UEM Universidade Estadual de Maringá. Maringá, v. 17, n. 2, p. 203-209, jul/dez, 2006. PEREIRA, M. G. R. A motivação de adolescentes para a prática de Educação Física: uma análise comparativa entre instituição pública e privada. 2006. 106 f. Dissertação (Mestrado em Educação Física) Universidade São Judas Tadeu, São Paulo. Secretaria Estadual de Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo: Educação Física. São Paulo: SEE, 2008. WEINBERG, R. S; GOULD, D. Fundamentos da Psicologia do Esporte e do Exercício. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2001.