LÍNGUA E LINGUAGEM Tercia Tasso M. Pitta Pedagoga, Psicopedagoga e Mestre em Educação, Arte e História da Cultura
O que é Língua? LÍNGUA Do filólogo, tradutor e crítico literário Antonio Houaiss Língua é um conjunto de sons e ruídos, combinados com os quais o ser humano, o falante, transmite a outro ou outros, o que está em sua mente, emoções, sentimentos, vontades, ordens, apelos, idéias, raciocínios, argumentos e combinações de tudo isso.
LÍNGUA A língua é algo presente em todas as culturas e é essencial para a transmissão de informações para as próximas gerações.
LÍNGUA Língua - O conjunto das palavras e expressões usadas por um povo, por uma nação e por um conjunto de regras da sua gramática; idioma. Qualquer dos sons emitidos por um animal e que imitam a voz humana; fala.
FALA Fala é algum padrão das diversas línguas que existem no mundo. Para falar ou cantar, movimentamos cerca de uma dúzia de músculos da laringe, de diversas maneiras as cordas vocais. O ar que sai dos pulmões percorre os brônquios e a traquéia, chegando até a laringe, os músculos da gente se contraem, regulando a passagem do ar. Os movimentos da gente fazem as cordas vocais vibrarem e produzirem sons. Chegando a boca, o som laringiano é articulado graças à ação da língua, dos lábios dos dentes, do véu palatino e do assoalho da boca.
O que é linguagem? LINGUAGEM É o uso da língua como forma de expressão e comunicação entre as pessoas. A linguagem não é somente um conjunto de palavras faladas ou escritas, mas também de gestos e imagens.
LINGUAGEM A linguagem própria de uma pessoa ou de um grupo. Sistema de signos que permite a comunicação entre os indivíduos de uma comunidade lingüística.
LINGUAGEM Modo de expressão escrita ou verbal de um autor, de uma escola, de uma época; estilo; linguagem. Então, a linguagem pode ser verbalizada e vem a analogia ao verbo. A linguagem verbal se utiliza de palavras quando se fala ou quando se escreve.
LINGUAGEM O termo linguagem refere-se a todo e qualquer sistema organizado de signos (sonoros, gráficos, gestuais etc.) dotados de significado, que podem ser percebidos através dos órgãos dos sentidos, permitindo assim, a troca de informações entre indivíduos.
LINGUAGEM A linguagem tem como característica ser transmissível, de forma que a pessoa que recebe a mensagem tenha condições de compreendê-la (deve-se utilizar um repertório de símbolos comuns), e por esta mesma razão deve ser capaz de ser traduzida para outra linguagem (exemplo: transformar um texto em linguagem jornalística em uma linguagem popular regional).
LINGUAGEM NÃO VERBAL A linguagem pode ser não verbal, ao contrário da verbal, não se utiliza do vocábulo, das palavras para se comunicar. O objetivo, neste caso, não é de expor verbalmente o que se quer dizer ou o que se está pensando, mas se utilizar de outros meios comunicativos, como: placas, figuras, gestos, objetos, cores, ou seja, dos signos visuais.
LINGUAGEM CORPORAL "Linguagem Corporal" é um conceito utilizado em algumas teorias para discursar sobre a capacidade que as pessoas possuem de fornecer informações a seu próprio respeito não só através da fala oral, mas também através de outros meios, inclusive corporais. Personalidade é o conjunto de comportamentos e traços físicos que caracterizam uma pessoa e apenas pode ser observada exclusivamente através do corpo e do comportamento.
INGUAGEM MUSICAL A linguagem musical é o conjunto de signos sonoros e escritos que permitem a comunicação através da música. A linguagem musical é para a música aquilo que a gramática e o vocabulário são para uma língua. No século XVII, há exemplos de como a forma musical é utilizada em ocasiões, há metáfora de tomar a música como uma linguagem e de elementos como a frase ou os efeitos de pergunta - resposta tomam bastante sobretudo a partir do século XVIII. Mais tarde, a expressão linguagem musical pega especial na França
LINGUAGEM FOTOGRÁFICA A fotografia linguagem própria e seus elementos podem ser manipulados pelo estudo e a pesquisa ou pela própria intuição do fotógrafo. O equipamento permite que a fotografia aconteça com certa precisão, mas são os instrumentos que o fotógrafo utiliza, sua posição, conhecimento e vivência da realidade que pretende retratar.. Utiliza o plano visual com elementos precisos, uma mala de viagem, com racionalidade e utilidade dos componentes.
LINGUAGEM FORMAL Linguagem formal é aquela em que se usa o padrão formal da língua, isto é, aquela ensinada na gramática, seu uso se dá em situações mais formais. Formal ou culta é aquela que carrega consigo a rigidez das normas gramaticais, utilizada principalmente em textos e profissões que a exigem como no Direito.
LINGUAGEM INFORMAL Linguagem informal da língua é aquele usada em situações que não requer tanto rigor, como nas conversas com amigos ou com a família. è bom ressaltar que não existe um padrão certo e um errado. O certo é vc adaptar sua fala de acordo com a situação...
LINGUAGEM INFORMAL Na linguagem informal usam-se muitas gírias e palavras infanto-juvenis e livros de muitos diálogos
LINGUAGEM - gírias Ficar frio - Ficar calmo, relaxar, não se preocupar. Virar Casaca - trocar de lado, trocar de time Da hora - Legal, bacana, de agrado geral. Boiar - Não entender, estar por fora do assunto Almofadinha - engravatado, rico Careta Antiquado, fora de moda. Gringo Americano, estrangeiro. Mermão Junção de meu irmão. Na moral Na boa, sem problemas Bufunfa Dinheiro.
LINGUAGEM - gírias Gírias de Surfista: Bóia é o cara que fica parado dentro da água e a galera passa por ele e pega as ondas, serve de bóia Brother Expressão usada no cumprimento de surfistas ou amigos próximos. (Fala, Brother!) Cabuloso Doideira, esquisito, estranho. Caldo Quando o surfista cai da prancha. Crowd Muita gente surfando na mesma área. Cabrerão Medroso, froucho. Flat Mar liso, sem ondas.
Gírias de Skatista LINGUAGEM - gírias Manual: Também chamado de wheelie. Andar se equilibrando somente nas rodas traseiras. LIP: A borda no topo da rampa Aloprado: Que gosta de tirar sarro, zuar Carrinho: Skate Chinelo: o Cara avacalhador Chokito: Rua esburacada Gugu: Pessoa que puxa o saco
Gírias Hip-Hop LINGUAGEM - gírias Break: Dança típica do rap que contém movimentos como o Giro de cabeça, rabo de saia, além de saltos mortais são alguns passos do break. Mano: Designação de um membro do grupo reconhecido como igual Atropelo: Invadir o espaço de outro grafiteiro. MC: Mestre de Cerimônia que anima as festas. Mil grau: Afirmação de quem apóia o outro.
LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO Linguagem de programação um método para expressar instruções para um computador. Uma linguagem permite que um programador especifique quais dados um computador vai atuar, como os dados serão armazenados ou transmitidos e quais ações devem ser tomadas várias circunstâncias.
LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO O primeiro projeto de linguagem de programação surgiu para um computador que não existia, sendo idealizada por Ada Lovelace, esposa de William King-Noel. O projeto do primeiro computador foi idealizado por Charles Babbage, após gastar fortunas e um longo tempo não conseguiu concretizar o projeto. A linguagem de programação ADA foi batizada em homenagem a esta primeira programadora.
LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO O conjunto de palavras (tokens), compostos de acordo com essas regras, constituem o código fonte de um software. Esse código fonte é depois traduzido para código de máquina, que é executado pelo processador. KTurtle
LINGUAGEM WEB <html> </html> (nome da linguagem) <head> </head> (cabeçalho) <title> </title> (titulo da página) <body> </body> (corpo da página) <ul> </ul> (marca inicio e fim de uma lista não ordenada) <ol> </ol> (marca inicio e fim de uma lista ordenada) <li> </li> (marca os itens da lista) <a href> </a> (cria links) <img src /> (coloca imagens) Salvar o arquivo como nomedoarquivo
LINGUAGEM DOS INTERNAUTAS
LINGUAGEM JORNALÍSTICA O jornalismo tem uma linguagem própria que se diferencia da literária e utiliza de técnicas e códigos específicos. Essa forma de produção textual é pensada para propicia aos leitores uma leitura mais rápida e facilitada das informações.
LINGUAGEM WEBJORNALISTA O webjornalista pode fazer uso de vários meios (textos, áudios, vídeos, infográficos, imagens, etc.) para complementar a matéria e de hipertextos para aprofundar e contextualizar o texto.
LÍNGUA COLOQUIAL A linguagem coloquial, informal ou popular é uma linguagem utilizada no quotidiano em que não exige a observância total da gramática, de modo que haja mais fluidez na comunicação feita em jornais, revistas e num diálogo.
LINGUAGEM Jakobson distinguiu seis funções de linguagem, relacionando cada uma delas a um dos componentes do processo comunicativo. Desta forma, em cada ato de fala, dependendo de sua finalidade, destaca-se um dos elementos da Comunicação e uma das funções da linguagem.
LINGUAGEM A FUNÇÃO EMOTIVA A chamada função EMOTIVA ou "expressiva", centrada no REMETENTE, uma expressão direta da atitude de quem fala em relação àquilo de que está falando. Tende a uma certa emoção, verdadeira ou simulada; por isso, o termo "função emotiva. O estrato puramente emotivo da linguagem é apresentado pelas interjeições. Estas diferem dos procedimentos da linguagem referencial tanto pela sua configuração sonora (seqüências sonoras peculiares ou mesmo sons alhures incomuns). (pp. 123-124).
LINGUAGEM FUNÇÃO CONOTATIVA Ocorre a função conativa, ou apelativa, quando o emissor tenta convencer o receptor a praticar determinada ação. É comum o uso do verbo no Imperativo, pois existe a tentativa do emissor de convencer o receptor a praticar a ação de comprar determinado produto.
LINGUAGEM FUNÇÃO CONOTATIVA Encontra sua expressão gramatical mais pura no vocativo e no imperativo, que sintática, morfológica e amiúde até fonologicamente, se afastam das outras categorias nominais e verbais. As sentenças imperativas diferem fundamentalmente das sentenças declarativas: estas podem e aquelas não podem ser submetidas à prova de verdade. (...) (pág. 125)
LINGUAGEM FUNÇÃO CONOTATIVA
LINGUAGEM CONOTATIVA Conotação é o emprego de uma palavra tomada em um sentido incomum, figurado, circunstancial, que depende sempre de contexto. Muitas vezes é um sentido poético, fazendo comparações. "Quem está na chuva é para se molhar. O homem é forte como o leão.
LINGUAGEM DENOTATIVA A linguagem denotativa é basicamente informativa, ou seja, não produz emoção ao leitor, pela objetividade, neutralidade e imparcialidade do emissor. É informação bruta com o único objetivo de informar. É a forma de linguagem que lemos em jornais, bulas de remédios, em um manual de instruções etc. Geralmente é utilizada a terceira pessoa, caracterizada pela neutralidade do emissor. Ex.: Textos jornalísticos e científicos.
LINGUAGEM DENOTATIVA
LINGUAGEM FUNÇÃO FÁTICA Há mensagens que servem fundamentalmente para prolongar ou interromper a comunicação, para verificar se o canal funciona ("Alô, está me ouvindo?"), para atrair a atenção do interlocutor ou afirmar sua atenção continuada ("Está ouvindo?" ou, na dicção shakespereana, "Prestaime ouvidos!" - e, no outro extremo do fio, "Hm-hm!").
LINGUAGEM FUNÇÃO FÁTICA Função fática: O objetivo é testar o canal utilizado para a comunicação, para verificar se a mensagem está sendo transmitida e compreendida. Ex.: Cacoetes de linguagem (né?, aham, ok), Saudações (alô, oi), pequenas perguntas (entendeu?).
LINGUAGEM FUNÇÃO FÁTICA
LINGUAGEM FUNÇÃO METALINGUÍSTICA Uma distinção foi feita, na Lógica moderna, entre dois níveis de linguagem, a "linguagem-objeto", que fala de objetos, e a "metalinguagem", que fala da linguagem.. Praticamos a metalinguagem sem nos dar conta do caráter metalinguistico de nossas operações. Sempre que o remetente e/ou o destinatário têm necessidade de verificar se estão usando o mesmo código, o discurso focaliza o CÓDIGO; desempenha uma função METALinguística (isto é, de glosa). (pág. 127)
LINGUAGEM FUNÇÃO METALINGUÍSTICA Mas a metalinguagem não é apenas um instrumento científico necessário, utilizado pelos lógicos e pelos linguistas; desempenha também papel importante em nossa linguagem cotidiana
LINGUAGEM FUNÇÃO METALINGUÍSTICA Função metalinguística: É quando a linguagem explica ou estuda a própria linguagem. O código é posto em destaque. Ex.: aulas de gramática, dicionários. Aprender várias línguas é questão de um ou dois anos; ser eloquente na sua própria exige a metade de uma vida. Voltaire
LINGUAGEM FUNÇÃO POÉTICA Destacamos todos os seis fatores envolvidos na comunicação verbal, exceto a própria mensagem. MENSAGEM como tal, o enfoque da mensagem por ela própria, eis a função poética da linguagem. Essa função não pode ser estudada de maneira proveitosa desvinculada dos problemas gerais da linguagem e, por outro lado, o escrutínio da linguagem exige consideração minuciosa de sua função poética. Qualquer tentativa de reduzir a esfera da função poética à poesia ou de confinar a poesia à função poética seria uma simplificação excessiva e enganadora. A função poética não é a única função da arte verbal, mas tão somente a função dominante, ao passo que, em todas as outras atividades verbais, ela funciona como um constituinte acessório,
LINGUAGEM FUNÇÃO POÉTICA A função poética não é a única função da arte verbal, mas tão somente a função dominante, ao passo que, em todas as outras atividades verbais, ela funciona como um constituinte acessório, subsidiário. (pp
LINGUAGEM FUNÇÃO POÉTICA Função poética: O objetivo é destacar a própria mensagem, da forma como foi feita ou organizada. Pode-se valer de metáforas, valorizar a estética do texto ou a combinação das palavras. Ex.: Poesias, letras de música, algumas propagandas.
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
BIBLIOGRAFIA JAKOBSON, Roman. Linguística e Comunicação. São Paulo, Cultrix, 2005. LAGE, Nilson. Linguagem Jornalística. ABREU, S. Antonio. Curso de Redação. São Paulo: Editora Ática, 2006. FIORIN, José Luiz e PLATÃO, Francisco. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 2004. EMEDIATO, Wander. A fórmula do texto: redação, argumentação e leitura. São Paulo: Geração Editorial, 2004. FIORIN, José Luiz e PLATÃO, Francisco. 16ª ed. Para entender o texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 2003. FÁVERO, Leonor. 9ª ed. Coesão e coerência textuais. São Paulo: Ática, 2003. PERISSÉ, Gabriel. Ler, pensar e escrever. São Paulo: Arte e Ciência, 2004.