PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NO AMBIENTE ESCOLAR: Cantinas Escolares Saudáveis Patrícia Constante Jaime Coordenadora-Geral de Alimentação e Nutrição/DAB/SAS/MS Fortaleza, 25 de outubro de 2012
TÓPICOS DA APRESENTAÇÃO Cenário alimentar e nutricional da população brasileira e das crianças e adolescentes amazonenses; Políticas públicas e programas existentes; Acordo de Cooperação Técnica: Plano de ação do Ministério da Saúde com a FENEP; Curso de Educação à Distância.
Cenário Alimentar e Nutricional da População Brasileira
PREVALÊNCIA DE OBESIDADE NO MUNDO 15%
CENÁRIO NUTRICIONAL DO BRASIL Análises a partir de inquéritos nacionais das décadas de 1970, 1980, 1990 e nos anos mais recentes apontam: EXCESSO DE PESO DESNUTRIÇÃO ENDEF 1974-75; PNSN 1989; PNDS 1996 e 2006; POF 2008-2009; VIGITEL 2006 a 2009.
EPIDEMIOLOGIA DA OBESIDADE NO BRASIL Crianças de 5 a 9 anos
EPIDEMIOLOGIA DA OBESIDADE NO BRASIL Adolescentes
CENÁRIO ALIMENTAR NO BRASIL Tendências de consumo alimentar Redução no consumo de alimentos básicos e maior participação de alimentos ultra processados (POF 2002-3 e 2008-9) 20 17,4 16,2 15 10 5 6,6 5,4 2,4 2,8 12,3 11,2 I 3,1 3,4 1,5 1,8 3,3 4,6 0 Arroz polido Feijões FLV Carnes Biscoitos Refrigerantes Refeições 2002-03 2008-09 prontas
Estado Nutricional das Crianças de Fortaleza 2011
Baixo Peso e excesso de peso em Crianças Peso X Idade Peso Muito Baixo para a Idade Peso Baixo para a Idade Peso Adequado ou Eutrófico Peso Elevado para a Idade UF Município Total Quant. % Quant. % Quant. % Quant. % CE FORTALEZA 210 1,0 605 3,0 17.282 85,0 2.229 11,0 20.326 Total geral 210 1,0 605 3,0 17.282 85,0 2.229 11,0 20.326
Déficit de Altura para Idade em Crianças Altura Muito Baixa para a Idade Altura X Idade Altura Baixa para a Idade Altura Adequada para a Idade UF Município Quant. % Quant. % Quant. % Total CE FORTALEZA 462 2,3 1.182 5,8 18.682 91,9 20.326 Total geral 462 2,3 1.182 5,8 18.682 91,9 20.326
Perfil Alimentar das Crianças de Fortaleza Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE, 2009)
Percentual de escolares frequentando o 9º ano do ensino fundamental - marcador de hábito alimentar saudável e não saudável
A Epidemia da Obesidade no Brasil e as Políticas Públicas
SABE-SE QUE: Evidências científicas: A cantina é um dos fatores ambientais que contribuem para a permanência do aluno na escola fora do horário de aulas (Bastos e Barreiros, 2002) A disponibilidade de alimentos em lanchonetes influencia hábitos alimentares e não o contrário (Vargas e Lobato, 2007) Pesquisa com escolares de 7ª e 8ª série de São Paulo (Ochsenhofer et al, 2002): 81,51% compram alimentos da cantina doces (72,14%), salgados (54,17%), salgadinhos (28,39%) e refrigerantes (22,14%) Pesquisa com escolares de 5ª a 8ª séries de Ribeirão Preto das redes públicas e privadas (Zanccul e Dal Fabbro, 2007): 70% compram alimentos na cantina salgados (61,4%), refrigerantes (22,3%) e balas (52,7%) 12,6% de sobrepeso e 8,5% de obesidade.
F I Q U E A T E N T O SABE-SE QUE: Impacto na saúde do excesso de peso em crianças e adolescentes: - Problemas de saúde imediatos e em curto/médio prazos: hipertensão, diabetes, hipercolesterolemia, DCV, sobrecarga das articulações, alguns tipos de cânceres, distúrbios do sono - Crianças obesas têm 50% de chance de tornar-se adultos obesos - Adolescentes obesos têm 80% de chance de tornar-se adultos obesos
E COMO A ESCOLA PODE CONTRIBUIR? Importante determinante na formação de hábitos de vida, inclusive de alimentação. Espaço promotor de saúde para prevenção e tratamento da obesidade e doenças relacionadas. Escola Deve ser um ambiente saudável e protetor. Alunos, professores, funcionários, famílias, serviços de saúde e comunidade precisam estar envolvidos com o processo educativo.
POLÍTICAS PÚBLICAS E PROGRAMAS EXISTENTES Indivíduo Família Comunidade Propósito: melhoria das condições de alimentação, nutrição e saúde da população brasileira, mediante a promoção de práticas alimentares adequadas e saudáveis, a vigilância alimentar e nutricional, a prevenção e o cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e nutrição.
4.Gestão das Ações de Alimentação e Nutrição 5.Participação e Controle Social 6.Qualificação da Força de Trabalho DIRETRIZES 3.Vigilância Alimentar e Nutricional 7.Pesquisa, Inovação e Conhecimento em Alimentação e Nutrição 2.Promoção da Alimentação Adequada e Saudável 1.Organização da Atenção Nutricional 8.Controle e Regulação dos Alimentos 9. Cooperação e Articulação para Segurança Alimentar e Nutricional
POLÍTICAS PÚBLICAS E PROGRAMAS EXISTENTES Portaria Interministerial MS/MEC nº 1.010/2006 Objetivo: instituir as diretrizes para a PAS nas Escolas de educação infantil, fundamental e nível médio das redes pública e privada, em âmbito nacional, favorecendo o desenvolvimento de ações que promovam e garantam a adoção de práticas alimentares mais saudáveis no ambiente escolar.
POLÍTICAS PÚBLICAS E PROGRAMAS EXISTENTES Ações que os municípios pactuaram no Termo de compromisso: Componente I - Avaliação das condições de saúde (avaliação antropométrica, oftalmológica e auditiva; atualização do calendário vacinal; entre outros); Componente II - Ações de Promoção e Prevenção de doenças e agravos (ações de segurança alimentar e promoção da alimentação saudável; promoção de práticas corporais; saúde sexual e reprodutiva; álcool e outras drogas; dentre outros); Componente III - Educação Permanente e Capacitação (Educação permanente e capacitação local de profissionais da educação nos temas da saúde e constituição das equipes de saúde que aturarão nos territórios do Programa Saúde na Escola); Componente IV - Monitoramento e Avaliação da Saúde dos estudantes; Componente V - Monitoramento e a Avaliação do PSE.
Semana de mobilização 2012 Prevenção da obesidade a obesidade infanto-juvenil - 5 a 9 de março de 2012 Semana de mobilização gerou um repasse de incentivo extra por equipe de saúde da família para realização das atividades de avaliação do estado nutricional e promoção da alimentação saudável e da atividade física. Escolas: 56,848 / Estudantes: 11.946.778 / Equipes de At. Básica: 14,439
POLÍTICAS PÚBLICAS E PROGRAMAS EXISTENTES Acordo de Cooperação Técnica Ministério da Saúde e FENEP Acordo de Cooperação Técnica entre o Ministério da Saúde e a Federação Nacional das Escolas Particulares (FENEP) com o objetivo de reunir esforços e trabalhar conjuntamente para implementar ações voltadas à promoção da alimentação saudável nas escolas da rede privada de ensino, em âmbito nacional. (Vigência: 3 anos)
OBJETIVOS: I articular o planejamento, execução e avaliação de estratégias voltadas à promoção da qualidade de vida e prevenção de doenças e agravos à saúde; II planejar e implantar campanhas públicas de comunicação e informação em saúde e qualidade de vida voltadas para toda a comunidade escolar; III elaborar, definir e implementar planos de alimentação saudável para as escolas, com enfoque especial nas cantinas escolares, compreendendo a melhoria da qualidade nutricional dos lanches e refeições ofertados e as boas práticas de manipulação nestes estabelecimentos; IV elaborar e definir estratégias de reconhecimento das cantinas escolares saudáveis.
PLANO DE AÇÃO: FASE 1 setembro a dezembro de 2012 janeiro a março de 2013 Distribuição do Manual das Cantinas Escolares Saudáveis: Promovendo a alimentação saudável para escolas associadas aos sindicatos; Oferta do Curso de Educação à Distância Manual das Cantinas Escolares Saudáveis ; Sensibilização dos diretores e donos de cantinas escolares por meio da elaboração de material informativo; Educação de pais, professores e escolares por meio da elaboração de material informativo; Estruturação e elaboração de cronograma dos Ciclos de Debates Regionais.
PLANO DE AÇÃO: FASE 2 abril a dezembro de 2013 Realização dos Ciclos de Debates com apoio dos Sindicatos Estaduais; Apoio para elaboração de Planos de Ação Escolar objetivo de que a escola construa uma agenda que envolva cantina escolar, educação alimentar e nutricional e promoção da saúde; Divulgação da Mostra Nacional de Experiências Bem Sucedidas de Cantinas Escolares Saudáveis ; Apoio e monitoramento das ações realizadas nas escolas.
PLANO DE AÇÃO: FASE 3 janeiro a abril de 2014 Apoio e monitoramento as ações realizadas nas escolas Abertura das inscrições para a Mostra ; Seleção das propostas que serão apresentadas; Solenidade de premiação das escolas participantes da Mostra.
CURSO DE EDUCAÇÃO À DISTANCIA O curso integra a estratégia de desenvolvimento de capacidades da RedeNutri e tem como objetivo incentivá-lo(a) a refletir sobre o papel que a cantina pode ter na promoção da alimentação adequada e saudável no ambiente escolar. O curso estará disponível na plataforma Terá 30 horas e estará Ecos a partir da primeira semana de disponível em novembro outubro de 2012: http://ecos-redenutri.bvs.br
CURSO DE EDUCAÇÃO À DISTANCIA Este curso é um instrumento para todos (as) os integrantes da Escola que queiram transformar a Cantina em local de promoção da alimentação saudável. A apostila do curso é o Manual das Cantinas Escolares Saudáveis promovendo a alimentação saudável www.saude.gov.br/nutricao
CURSO DE EDUCAÇÃO À DISTANCIA - organizado em 7 unidades: Unidade I Iniciando a Cantina Escolar Saudável Unidade II O que é alimentação saudável? Unidade III Cantina e alimentos industrializados Unidade IV Higiene dos alimentos
Unidade V Lanches saudáveis Unidade VI Experiências bem sucedidas Unidade VII Cronogramas das atividades e mantendo a Cantina Escolar Saudável
Considerações Finais Acordo de Cooperação Técnica Ministério da Saúde e FENEP Contamos com essa importante parceria!
Patrícia Constante Jaime Coordenadora Geral de Alimentação e Nutrição CGAN/ DAB / SAS Ministério da Saúde SAF Sul, Quadra 2, Lote 5/6, Edifício Premium - Torre II, Auditório, Sala 8 70070-600 - Brasília-DF E-mail: cgan@saude.gov.br 55 (61) 3315-9004 Página da CGAN: http://nutricao.saude.gov.br Redenutri: http://ecos-redenutri.bvs.br