Informe. Seguro Garantia Estendida. página 3. página 7. página 6. Ano XVII N 90 outubro/novembro 2014



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Transcrição:

Informe Ano XVII N 90 outubro/novembro 2014 Jornal do Sindicato das Empresas de Seguros Privados, de Resseguros, de Previdência Complementar e de Capitalização nos Estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo Seguro Garantia Estendida Modalidade apresenta crescimento no país após novas regras do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) Página 5 página 3 página 6 página 7 José Carlos Lyrio Rocha analisa crescimento do mercado de seguros no ES Programa Educar para Proteger tem novas oficinas pedagógicas em 2014 IRB quer ampliar ainda mais atuação no mercado internacioal

Editorial Roberto Santos, presidente do Sindicato Caro leitor! Provavelmente, você conhece algum consumidor que teve problemas ao comprar um produto e adquirir por escolha própria, ou não o Seguro Garantia Estendida. Essa modalidade, normalmente oferecida pelo próprio vendedor, estende o prazo da cobertura dada pelo fabricante e é acompanhada de perto pelas seguradoras. No fim de 2013, o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) publicou duas resoluções (296 e 297) que melhoraram significativamente a comercialização desse tipo de seguro. Há de se elogiar o grupo de trabalho, formado por servidores da Susep, além de outros órgãos, como a Senacon e o Ministério da Fazenda, que conseguiu normatizar um dos produtos mais complexos do setor. Os reflexos desse avanço podem ser medidos pelos números: entre janeiro e agosto de 2014, o valor total dos prêmios do Seguro Garantia Estendida chegou a R$ 2 bilhões, cerca de 10% maior do que o apresentado no mesmo período do ano passado: R$ 1,87 bilhão. O Informe conversou sobre o tema com Sergio Carvalhaes de Brito, conselheiro fiscal do Sindicato das Seguradoras do RJ/ES e diretor Comercial de Varejo da Tokio Marine no Rio e no Espírito Santo. De acordo com ele, as resoluções permitiram que a venda e a compra sejam feitas de forma mais consciente. Com as novas regras, está proibida, por exemplo, a chamada venda casada, uma das práticas com mais registros de reclamações por parte dos consumidores. Excepcionalmente nessa edição, o Informe traz como convidados especiais dois dos mais importantes profissio- nais do setor de seguros no país: Roberto Westenberger, superintendente da Susep, e Leonardo Paixão, presidente do IRB. Ambos participaram de encontros com a diretoria do Sindicato nos últimos meses e falaram sobre os planos à frente de suas respectivas entidades. Westenberger aposta na criação de um laboratório de produtos, com o objetivo de facilitar o acesso dos consumidores a novas garantias e auxiliar o mercado na criação de outras modalidades de seguros. Já Paixão pretender internacionalizar ainda mais as operações do IRB, que hoje atua em 70 países, com maior concentração na América do Sul. O Educar para Proteger comemora o início da sua edição deste ano. Com algumas novidades, como a divisão do concurso cultural em duas categorias (Ensino Fundamental II e Ensino Médio), o programa está sendo realizado em 36 escolas, com quase 11 mil alunos. E o Informe foi conferir uma oficina pedagógica em uma turma do 2º ano do Ensino Médio do Instituto Marcos Freitas, no Recreio, Rio de Janeiro. Na ocasião, estudantes entre 15 e 16 anos trocaram experiências de vida e debateram o conceito de segurança e prevenção de riscos em suas vidas. O Informe conversou ainda com o diretor do Sindicato e diretor-presidente da Banestes Seguros, José Carlos Lyrio Rocha, sobre a economia do Espírito Santo e o setor de seguros no estado. Segundo ele, o mercado segurador capixaba cresceu mais de 40% nos últimos três anos. Para fechar esta edição mais do que especial, a página 8 aborda o início da campanha Viva Seguro em rádios do Rio e do Espírito Santo. O programa, uma atualização do antigo Minuto do Seguro, trata de temas como seguro de vida, títulos de capitalização, seguro residencial, além da boa-fé no momento da contratação do seguro. Expediente Presidente: Roberto de Souza Santos (Porto Seguro) Vice-Presidentes: Marcelo Mancini Peixoto (Prudential); Luiz Carlos Ferreira Gomes (Bradesco); Eduardo Stefanello Dal Ri (SulAmérica); Lúcio Antônio Marques (Nobre) Diretores/Conselheiros Fiscais: Dirceu Tiegs (Mapfre); Fernando Cheade Fernandes (Generali); Gilberto Antonio Nardi (Zurich); José Carlos Lyrio Rocha (Banestes); José Carlos Gomes Mota (Mongeral Aegon); José Fiel Faria Loureiro (Icatu); Laur Fernandes Diuri (Allianz); Marcus Moreira de Almeida (Brasilcap); Murilo Setti Riedel (HDI); Sérgio Carvalhaes de Brito (Tokio Marine); Wallace Barros Campelo (Yasuda Marítima) Representante da FUNENSEG: Renato Campos Martins Filho Diretor-Executivo: Ronaldo M. Vilela Produção: FSB Comunicações Coordenação: Carlos Grandin Redação e Edição: Rennan Soares Projeto Gráfico: Thalita Teglas Diagramação: Michelle Monteiro Rua Senador Dantas, 74 / 17º andar Centro - RJ CEP 20031-205 Tel. 2240.9008 www.sindicatodasseguradorasrj.org.br 2

Entrevista José Carlos Lyrio Rocha Diretor do Sindicato das Seguradoras do RJ/ES Mercado de seguros no Espírito Santo cresceu mais de 40% nos últimos três anos Qual é o panorama atual da economia do Espírito Santo? O estado tem recebido investimentos recordes. Serão injetados cerca de R$ 113 bilhões na economia capixaba até 2017, sendo que mais da metade desse valor será aplicada nas áreas de petróleo e gás, metalurgia, obras de infraestrutura e extração de minerais metálicos. Além disso, o PIB do estado cresceu 1,8% no segundo trimestre de 2014 em relação ao trimestre anterior, demonstrando uma recuperação da economia local. O bom desempenho do segundo trimestre reverteu o comportamento negativo medido no trimestre anterior. Como está hoje o setor de seguros no Espírito Santo? Quais são os destaques e fragilidades? O mercado cresceu nos últimos três anos (7,26% em 2011; 28,18% em 2012; e 5,51% em 2013) e permaneceu próximo à evolução do mercado brasileiro. O setor de seguros do Espírito Santo está baseado na arrecadação dos produtos de Automóvel/RCFV, VGBL, Vida e Prestamista os quatro são responsáveis por 90% do total arrecadado. Os ramos que mais se destacaram no período foram Acidentes Pessoais (203%), Prestamista (122%) e Residencial (85%). Contudo, pela pequena dimensão geográfica e populacional, a arrecadação de prêmios de Seguros de Grandes Riscos é feita diretamente pelas matrizes das seguradoras que operam no estado, não sendo computada no volume de prêmios captados no mercado capixaba. Depois do seguro de automóvel, qual é o produto mais popular no estado? Vida (individual e coletivo), com 13,09% de participação. Percebe-se que o cenário está se modificando e que os produtos da carteira de pessoas concorrerão em pouco tempo com o seguro de automóveis, principalmente por agregar as coberturas de morte e acidentes, que muitas vezes trazem os serviços de auxílio-funeral tanto para o titular como para os familiares, além do VGBL. Houve um crescimento considerável no ramo de vida nos últimos anos, as pessoas estão mais conscientes da importância do seguro. Com a estabilização da economia e o aumento da renda nos últimos anos, a população começou a se educar financeiramente e a cultura está mudando. O que é preciso para disseminar ainda mais alguns produtos como o seguro residência e o próprio seguro de vida no estado? Apesar de estar crescendo, o seguro residencial ainda possui uma pequena participação no mercado, de aproximadamente 2%. É preciso disseminar, tanto nos principais centros urbanos como em regiões menos centrais, a importância de ter um bem, tão valioso para a família, protegido e segurado. Além disso, o valor do seguro residencial é muito menor do que o de automóveis, por exemplo, além de oferecer serviços de assistência como reparo em geladeira e instalação de antenas, etc. O programa Viva Seguro, que entrou no ar em rádios de Vitória-ES no fim de setembro, é um bom caminho e certamente contribuirá para o crescimento do mercado local. 3

Convidado Especial Roberto Westenberger Susep pretende criar laboratório de produtos O mercado tem uma criatividade extraordinária e é papel do órgão regulador incentivá-lo Nomeado superintendente da Susep no início do ano, Roberto Westenberger foi convidado para um encontro com a diretoria do Sindicato das Seguradoras do RJ/ ES para conversar sobre o setor de seguros e falar das suas propostas à frente do órgão. A possível implantação de um laboratório de produtos foi um dos temas que mais chamaram atenção na conversa. Segundo Westenberger, a iniciativa vai facilitar a criação, pelas seguradoras, de novas modalidades de seguros ainda inexistentes. Para o superintendente, o laboratório será uma contribuição importante para testar a aceitação de produtos inovadores e indicar nichos inexplorados pelo mercado. A ideia é criarmos um grupo de fomentadores que pense em produtos que não existem hoje, mas de que a sociedade necessita, explicou. O seguro de automóvel é um exemplo de um produto muito conhecido, mas que não é contratado por grande parte da população. Devemos descobrir o que precisamos mudar para aumentar esse alcance. De acordo com Westenberger, o grupo de trabalho que ficará responsável pelo laboratório de produtos será formado por representantes de seguradoras, corretoras e consumidores. Vamos identificar onde as necessidades do consumidor são mais bem capturadas e trazê-las para esse espaço, destacou, ressaltando a importância da Susep nesse processo. Além do laboratório, Westenberger prometeu encurtar o prazo de aprovação dos produtos, sobretudo dos que são mais inovadores. O mercado no Brasil tem uma criatividade extraordinária e é papel do órgão regulador incentivá-lo nesse sentido. Existe o desejo de que a seguradora seja criativa, mas falta na atividade regulatória um elemento mais liberal. É possível ter equilíbrio entre regulação e criatividade. Segundo o superintendente, umas das maiores metas de sua gestão é fazer com que a Susep atinja um patamar de modernidade. Westenberger constata que o órgão enfrenta dificuldades, além de necessitar de modernização e automatização dos processos : A conscientização já existe, o investimento também, mas, infelizmente, há ainda que lidar com a questão dos chamados sistemas legados (termo utilizado em referência aos sistemas computacionais antigos e que geralmente utilizam bancos de dados obsoletos). CURRÍCULO ROBERTO WESTENBERGER Formação Engenharia Elétrica (IME); Ciências Atuariais (UFRJ); mestrado (IMPA); Ph.D (City University, em Londres) Ocupações atuais Superintendente da Susep; Membro do Comitê de Regulação e Solvência da Associação Atuarial Internacional (IAA) 4

Cultura do Seguro Seguro Garantia Estendida Uma das peças da campanha publicitária da CNseg Novas normas impulsionam crescimento da modalidade no país O Seguro Garantia Estendida é uma das modalidades que mais tem crescido no país. Segundo dados da Susep, em 2013, 31,4 milhões de consumidores contrataram esse tipo de seguro no Brasil e, entre janeiro e agosto de 2014, o valor total dos prêmios chegou a R$ 2 bilhões. A quantia é cerca de 10% maior do que a verificada no mesmo período do último ano: R$ 1,87 bilhão. Desde dezembro passado, o produto, que amplia o prazo da garantia legal e contratual de produtos como eletrodomésticos, eletrônicos, eletroportáteis e celulares, e é oferecido normalmente pelo próprio vendedor, segue novas normas, presentes nas Resoluções 296 e 297 do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP). As regras permitem que a venda e a compra sejam feitas de forma mais consciente, afirma Sergio Brito, conselheiro fiscal do Sindicato das Seguradoras do RJ/ES e diretor Comercial de Varejo da Tokio Marine no Rio e no Espírito Santo, ressaltando que, no caso da Extensão de Garantia, as normas estão ajudando a mudar a imagem que o consumidor e os órgãos de defesa tinham sobre o produto. Com as resoluções, a chamada venda casada está proibida. A prática, que ocorre quando um vendedor condiciona a aquisição do produto ou a concessão de descontos à contratação do seguro, figurava entre as principais reclamações dos consumidores e constantemente era alvo de reclamações e processos. As mudanças também deram ao segurado o direito de desistir do seguro no prazo de sete dias corridos, contados a partir da assinatura da proposta. De acordo com Brito, a fiscalização dessas e outras práticas, agora proibidas, tem sido bem feita. As vendas irregulares são pontuais e esporádicas. Além da inspeção da Susep, as seguradoras são obrigadas a auditar os pontos de venda e o processo de comercialização dos produtos, explica. Para ele, o principal impacto das novas regras para o mercado é o fornecimento de informações mais claras para os consumidores, tanto por meio de venda mais consultiva quanto pelo painel e materiais de comunicação nos pontos de comercialização: A tendência é que haja uma redução de reclamações nos órgãos de defesa do consumidor. As resoluções 296 e 297 foram elaboradas por um grupo de trabalho formado por servidores da Susep, além de outros órgãos, como a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e o Ministério da Fazenda. Campanha Com o objetivo de impulsionar boas práticas no varejo e esclarecer o consumidor a respeito do Seguro Garantia Estendida, a CNseg iniciou em agosto uma campanha publicitária sobre a modalidade, com ações em rádio, televisão, busdoor e mídia impressa, além de um hotsite (www. osegurogarantiaestendida.org.br) contendo informações sobre o seguro. 5

Responsabilidade Social Educar para Proteger Alunos trocam experiências e aprendem a Cultura do Ser Seguro Alunos do Instituto Marcos Freitas participaram da oficina pedagógica Conhecidos por não temerem nada, os adolescentes muitas vezes acabam correndo riscos desnecessários e passando por situações perigosas que poderiam ser evitadas. Em 2014, cerca de dez mil jovens terão mais consciência de seus atos e pensarão duas vezes antes de tomar qualquer atitude associada a riscos. Com esse objetivo, o programa Educar para Proteger, utilizando-se de oficinas pedagógicas, estimulam alunos do 7º ano do Ensino Fundamental II ao Ensino Médio a perceberem a importância do conceito de segurança em suas vidas. A Cultura do Ser Seguro é baseada na educação para valores e construída com esses jovens a fim de fazê-los tomarem decisões no dia a dia com base na valorização da prudência, autocuidado e cuidado com o outro, para que eles sejam capazes de reconhecer que há o imponderável e o imprevisível, explicou Aline Barcellos, coordenadora de projetos do Sindicato das Seguradoras do RJ/ES. No fim de agosto, este Informe acompanhou uma oficina pedagógica em uma turma do 2º ano do Ensino Médio do Instituto Marcos Freitas, no bairro do Recreio, no Rio de Janeiro. Estudantes entre 15 e 16 anos trocaram experiências de vida e debateram o conceito do Educar. Um dos destaques da aula foi a chamada Dinâmica da Rede na qual os alunos seguram um rolo de barbante e definem o que é ser jovem e passam o carretel para outro colega. No fim, forma-se uma verdadeira rede, interligando toda a classe. Estamos todos conectados por um mesmo fio, há algo que nos une. Se alguém largar o barbante a rede fica frouxa e pode até se desfazer, disse o professor Ricardo Teixeira Albuquerque. Todas as nossas atitudes refletem em alguém que está ligado a nós direta ou indiretamente. Em outro momento, foi passado o vídeo A águia e a galinha, que tem como objetivo instigar o jovem a pensar como pode ser influenciado pelo grupo e acabar tomando atitudes individuais involuntariamente. Conheço muita gente que não gosta, mas que bebe e fuma só para chamar atenção e não fazer feio perante o grupo, exemplificou um dos estudantes. No fim, os alunos se dividiram em grupos e fizeram cartazes com o que aprenderam durante os 135 minutos de aula. À frente da turma, o professor Ricardo Teixeira, que passou por capacitação ministrada pelas consultoras em educação do programa, elogiou a participação dos estudantes. Essa é uma faixa etária complicada de se trabalhar e, por isso, fico ainda mais feliz com essa participação positiva, disse. Novidades Ao final de cada edição do Educar, o Sindicato das Seguradoras analisa as avaliações recebidas dos alunos, professores e assessores de campo responsáveis pelo monitoramento do trabalho nas escolas para aperfeiçoar o programa. Com isso, as oficinas pedagógicas de 2014 ficaram ainda mais lúdicas e dinâmicas. A divisão do concurso cultural em duas categorias (Ensino Fundamental II e Ensino Médio) é a principal novidade para esse ano. Números Educar para Proteger 2014 Regiões: Baixada, Rio de Janeiro, Niterói e São Gonçalo Escolas: 36 Alunos: 10.827 Oficinas: 330 6

Convidado Especial Leonardo Paixão IRB expande atuação no mercado internacional Desde que entrou no IRB Brasil Resseguros, como presidente do Conselho de Administração, em 2009, Leonardo Paixão acompanha de perto as mudanças estruturais para o fortalecimento da empresa como maior resseguradora da América Latina e ampliação da sua atuação no mercado internacional. A partir de abril de 2010, quando passou a ocupar a presidência do IRB, Paixão intensificou as ações nesse sentido e já colhe os resultados. Atualmente, cerca de 10% do faturamento do ressegurador vêm da parte internacional, dividida em 70 países, com maior concentração na América do Sul. Até agosto deste ano tivemos um resultado recorde de R$ 300 milhões, destacou o presidente durante encontro com a diretoria do Sindicato das Seguradoras RJ/ES, no último dia 11 de setembro. Na opinião do executivo, além de manter a liderança no continente, a tendência é que o IRB expanda sua presença fora do país nos próximos anos. Em função do tamanho da economia do Brasil e de sua importância no cenário global, é bem possível que tenhamos um ressegurador nacional forte entre os dez ou 15 maiores do mundo, disse. É possível que tenhamos um ressegurador nacional entre os maiores do mundo nos próximos anos De acordo com Leonardo Paixão, uma das transformações mais importantes pelas quais a empresa passou nos últimos anos aconteceu na área de TI (Tecnologia da Informação). Substituímos, ao todo, 46 sistemas e migramos nossa base de dados para o SAP (Software Applications and Products) que utiliza recursos de nuvem e permite redução de custos, explicou Paixão, ressaltando que o IRB teve seus processos e políticas totalmente revisados. Passamos por uma importante reestruturação nos últimos anos com o objetivo de nos adequar aos padrões internacionais e conseguir um bom desempenho em todos os nichos de negócio. Centro Nacional de Resseguros Sede da maior entidade representativa dos resseguradores, o Rio de Janeiro vive a expectativa pela instalação do Centro Nacional de Resseguros na cidade. A demanda do mercado é que esse complexo, formado por empresas do setor, seja erguido em um imóvel próximo ao Aeroporto Santos Dummont, pertencente ao IRB, discussão que está em andamento e que deverá ter um desfecho sobre a destinação e o aproveitamento do terreno ainda em 2015, acredita o presidente. Grupos de trabalho O Sindicato das Seguradoras organiza periodicamente Grupos de Trabalho para discutir questões recorrentes do setor, como, por exemplo, práticas fraudulentas. Para Leonardo Paixão, a tendência é que o órgão, único ressegurador associado ao Sindicato, esteja cada vez mais presente nessas discussões: Esse é um bom fórum de debate e é fundamental para nós, como líderes do mercado brasileiro, alinharmos nosso planejamento estratégico e ajudarmos as seguradoras a oferecerem um bom serviço aos seus clientes. 7

Cultura do Seguro Disseminação Sindicato inicia campanha Viva Seguro em rádios do Rio e do Espírito Santo Desde agosto, é possível ouvir o programa Viva Seguro no Rio de Janeiro, nas rádios CBN, JB e BandNews. Lançado pelo Sindicato das Seguradoras do RJ/ES com o objetivo de disseminar a cultura do seguro, a campanha inicial tem duração de três meses e acontece durante a programação das emissoras. Ao todo, serão cerca de 150 inserções de informativos com noções básicas do seguro e sua importância para a proteção da vida e do patrimônio, exibidos quatro vezes ao dia durante a semana. No Espírito Santo, que conta com o programa desde o fim de setembro, as rádios escolhidas foram CBN Vitória, Antena 1, América e Tribuna. O Viva Seguro aborda temas como seguro de vida, títulos de capitalização, seguro residencial e boa-fé no seguro. Os boletins são veiculados na parte da manhã, entre 6h e 9h, e na parte da tarde/noite, entre 17h e 19h. Com duração de aproximadamente um minuto, são compostos por textos didáticos e mostram o que é o seguro e os produtos disponíveis no mercado. De acordo com o presidente do Sindicato das Seguradoras do RJ/ES, Roberto Santos, a escolha desse canal de comunicação se deu pela popularidade do tipo de veículo. O rádio é adequado à democratização do conceito do seguro e seus produtos. E conseguimos fazer isso de forma simples, para toda a sociedade, explica Roberto Santos. Prestação de serviço e esclarecimento à população, o Viva Seguro é uma atualização do antigo Minuto do Seguro, programa de rádio veiculado pelo Sindicato no Rio de Janeiro em 2006 e no Espírito Santo em 2009. À época, foi a mais bem-sucedida ação educativa promovida pelo Sindicato para ampliar a cultura do seguro, levando a mensagem a uma faixa de público que ainda não tinha contato com o tema. Queremos desenvolver uma comunicação de massa para atender a um dos nossos projetos prioritários, que é a disseminação da cultura do seguro, lembra Roberto Santos. Trechos dos boletins do Viva Seguro: Seguro de Vida Ao contrário do que muita gente pensa, seguro não é apenas para quem tem renda alta e muitos bens. Qualquer pessoa pode contratar, por exemplo, um seguro de vida com preço muito baixo (...). Títulos de Capitalização Títulos de capitalização podem ser uma boa alternativa para quem tem dificuldade de juntar dinheiro. São uma forma de combinar poupança de pequenas quantias com a possibilidade de receber prêmios em dinheiro, em sorteios periódicos (...). Boa-fé no Seguro A boa-fé é essencial na contratação de seguros. Em todo o mundo, omitir informações na contratação de uma apólice é atitude considerada inadmissível, e isso vale para as duas partes (...). Seguro Residencial O seguro residencial é um dos mais procurados pelos consumidores porque é fácil de contratar e tem um preço baixo. Com uma pequena quantia anual, o segurado consegue proteger seu imóvel contra incêndio, raio ou explosão (...). 8