II SIEPS XX ENFERMAIO I MOSTRA DO INTERNATO EM ENFERMAGEM FATORES QUE DESENCADEIA HIPOTERMIA NO TRANSOPERATÓRIO EM CRIANÇA

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Transcrição:

II SIEPS XX ENFERMAIO I MOSTRA DO INTERNATO EM ENFERMAGEM 1 Fortaleza - CE 23 a 25 de Maio de 2016 FATORES QUE DESENCADEIA HIPOTERMIA NO TRANSOPERATÓRIO EM CRIANÇA Maria Solange Nogueira dos Santos 1, Ana Paula da Silva Morais 2, Tatianny Narah de Lima Santos 1, Natália Vieira da Silva 2, Edna Maria Camelo Chaves 2, Maria Zuleide da Silva Rebelo 3 1. Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza - FAMETRO 2. Universidade do Estado do Ceará- Fortaleza UECE 3. Hospital Geral Doutor Cesar Cals Solange.nog@hotmail.com EIXO II. SABERES E PRÁTICAS DA ENFERMAGEM EM DIFERENTES CONTEXTOS LOCAIS, NACIONAIS E INTERNACIONAIS. Introdução A criança ao ser submetida a procedimentos cirúrgicos podem apresentar diversas alterações anatómo-fisiológicas, ocasionados por induções anestésicas ou exposição ao ambiente frio devido à ampla área de superfície em relação ao peso corporal e à ausência de uma camada de gordura subcutânea que possa funcionar como isolante térmico. (Lerman cote e Steward, 2012). Quando a criança entra na sala de cirúrgica, pode ocorrer uma alteração metabólica, desencadeada pelo frio. Faz-se necessário que o enfermeiro utilize o processo de enfermagem (PE) que orienta o planejamento de como vai se subsidiar o cuidado, é mais do que preencher documentos, é algo para despertar no enfermeiro pensamento crítico em relação a conduta planejada, tendo como ênfase o raciocínio clinico( Alfaro Lefevre,2014).Utilizou-se a segunda fase do processo de enfermagem que é o diagnóstico de enfermagem que constitui em analisar e interpretar os dados obtidos da coleta de dados (histórico).é necessário que o enfermeiro tenha habilidade clínica e capacidade cognitiva, conhecimento clínico e a experiência, integrados pela percepção intuitiva da situação como um todo, na identificação do DE. (Bittencourt, et al. 2011). DE é um julgamento clínico sobre as respostas do indivíduo da família ou da comunidade a problemas de saúde reais ou potencias, e proporcionam as bases para as intervenções de enfermagem para alcançar resultados pelas as quais a enfermeira (o) é responsável. Contudo, para que permaneça baseada em evidências, a estrutura taxonômica precisa de refinamentos contínuos, para tornar sua estrutura conceitual mais apropriada. O DE hipotermia é definido pela NANDA-Internacional como temperatura corporal central abaixo dos parâmetros diurnos normais devido à falha

2 termoregulação. Na literatura vigente, têm-se os riscos que a drogas anestésicas podem ocasionar em crianças, tendo como efeito adverso à hipotermia que deprime o hipotálamo, o centro regulador da temperatura ou à vasodilatação periférica e ao bloqueio das fibras nervosas e motoras. (SOBECC, 2009). Este estudo é relevante, pois vai direcionar de forma eficiente e eficaz a assistência de enfermagem para prevenção da hipotermia no transoperatório na população infantil. Assim questiona-se: quais são as características definidoras e os fatores que podem desencadear a hipotermia no transoperatório na criança. Este assunto é relevante, pois, através dos diagnósticos encontrados, é possível observar como estão sendo realizadas as intervenções de enfermagem durante os procedimentos cirúrgicos nas crianças durante o transoperatório. O objetivo do estudo foi identificar os fatores de risco para o desenvolvimento da hipotermia no transoperatório. Metodologia Trata-se de um estudo observacional em caráter descritivo, quantitativo. Amostra foi composta por conveniência pelas 50 primeiras crianças admitidas no centro cirúrgico que foram submetidos a procedimentos cirúrgicos no período de abril a maio de 2013. Foi critério de inclusão todas as crianças na faixa etária de 1ano há 11anos, sendo por tanto excluído cirurgias com tempo cirúrgico inferior à 1 hora. Para a identificação do DE Hipotermia foi realizado o exame físico, utilizado um formulário que foi aplicado dentro da sala de cirurgia, antes da indução anestésica foi verificada temperatura do ambiente, da criança, antes, durante e após o procedimento, foi registrado os fatores predominantes que possa desencadear a hipotermia. O instrumento consta de dados de identificação dos participantes. Além deste, foram utilizados a sistematização da assistência de enfermagem no perioperatório (SAEP) e a sistematização da assistência de enfermagem (SAE) que é um protocolo de enfermagem utilizado na referida instituição Observando os princípios éticos da pesquisa, realizou assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, sendo estas informadas sobre o objetivo da pesquisa e da sua livre decisão de participar ou não. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos de acordo com a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Sob o parecer: nº296. 008. Resultados e Discussão As crianças apresentaram alterações na temperatura corporal 41(82%).A temperatura corporal no final do procedimento cirúrgico houve alterações em 44(88%).A maior parte das crianças admitidas no centro cirúrgico estava com hipertermia. Após procedimento

3 essa temperatura caiu bruscamente. A temperatura ambiental é mais um fator importante na regulação da temperatura corpórea em sala de operação. (SOBECC, 2009). O Ministério da Saúde recomenda que a temperatura das salas de operação seja de, no mínimo, 19ºC e, no máximo, 24ºC, independentemente do tipo de procedimento a ser realizado. Em uma intervenção cirúrgica, os órgãos internos do ser humano ficam expostos e, se o ar não for tratado de forma adequada, pode causar infecções ou até a morte, principalmente se forem causados por microrganismos já resistentes aos antibióticos, o que é muito comum em hospitais. 99,9% destes agentes podem ser retidos em filtros finos, uma vez que estes se aglomeram com poeiras em colônias. (SOBECC, 2009). O centro cirúrgico onde ocorreu a pesquisa não tem central de ar, assim não tem como ser feita a medição da umidade do ar nem a pressão. Possui ar condicionado tipo Split, que é um sistema que não possui filtros que é o adequado para procedimentos médicos, pois o ar é fonte de contaminação ambiental. O controle da temperatura, da umidade relativa, da pressão, do número de trocas de ar realizadas por hora, a paramentação, o tráfego e número de pessoas nas salas, a manutenção e a limpeza são fatores que reduzem o número de microrganismos no ambiente de uma sala de cirurgia. (SOBBEC, 2009). Varias ações que podem evitar que uma criança apresente a hipotermia no intraoperatório, tais como, desligar o ar aparece em 28(56%) das cirurgias. Isso é um risco, pois a sala precisa estar na temperatura preconizada pelo ministério da saúde para manter no solo o microrganismo. A mudança na temperatura é uma mediada que pode deixar o ambiente quente. Mas não é recomendado pela ( SOBBEC, 2009). Depois vem o colchão térmico com utilização em 29 (58%), que é uma maneira preventiva da hipotermia, o colchão é eficiente em crianças pequenas, devido cobrir toda superfície do corpo. Pois o dorso é o local onde se perde pouco calor. Já o controle do ar ambiente não ocorre adequadamente 42(86%) cirurgias, proporcionando assim a hipotermia pelo ambiente frio. Também não utiliza aparelho artificial em 48(96%) crianças. É utilizado lençol no final da cirurgia para prevenção de hipotermia em 39(78%).Utiliza o gorro em 26(52%)crianças. Percebe que não é utilizada solução intravenosa aquecida em 30(60%) crianças. No final da cirurgia não tem controle do ambiente perfazendo num total de 36(72%) crianças exposta ao ambiente frio. No período intraoperatório, a hipotermia pode ser desencadeada por vários fatores, tais como agentes anestésicos, temperatura ambiental, tempo de exposição ao ambiente com baixas temperaturas, infusões venosas frias e distúrbios sistêmicos. Pode, ainda, estar associada a fatores de risco, como extremos de idade, doenças metabólicas e distúrbios neurológicos. (DE MATTIA et

4 al.,2012).prevenção da perda de calor começa na sala de cirurgia, pois o paciente sob anestesia geral não produz calor e é dependente da temperatura ambiental. Isolantes térmicos como cobertores, mantas e algodões ortopédicos são disponíveis em praticamente todo o centro cirúrgico. São eficazes para prevenção da perda de calor em áreas que não podem ser ativamente aquecidas. Colchões térmicos com água circulante, colocados embaixo do paciente. A hipotermia ocorre em 44(88%) crianças, todas as crianças tiveram como manifestação clinica a pele fria 44(88%) e que o efeito adverso foi à exposição ao frio 22 crianças (44%). Em procedimentos cirúrgicos hipotermia resulta de fatores como a redução do controle térmico orgânico devido à anestesia, as baixas temperaturas em salas de cirurgia e de redistribuição de calor do corpo. (LERMAN, 2009). A enfermagem tem um papel importante durante a hospitalização da criança e adolescente, pois proporcionar segurança e conforto, elementos necessários diante dos riscos que ela poderá sofrer em virtude de sua vulnerabilidade física e psicológica, ocasionada pela enfermidade, onde segurança e conforto constituem também necessidades básicas do ser humano e podem se manifestar pela necessidade de proteção diante de perigos físicos, ameaças psicológicas e dor. (SOBECC, 2013). Conclusão Observa-se neste estudo que a hipotermia é um fator comum, que se não prevenida em sala de cirurgia, pode desencadear complicações como alterações respiratória, cardiovascular, tegumentar, podendo levar a uma parada cardiorrespiratória. Dessa forma, o papel da enfermeira é de manter medidas preventivas. Assim vem proporcionar uma maior segurança ao paciente e diminuição de custos hospitalares. Referência ALARO-LEFEVRE, R. Aplicação do processo de enfermagem: fundamentos para o raciocínio 8ªed.Porto Alegre:Artmed,2014. clínico BITTENCOURT, Greicy Kelly Gouveia Dias; SCHAURICH, Diego; MARINI, Maiko e CROSSETTI, Maria da Graça Oliveira. Aplicação de mapa conceitual para identificação de diagnósticos de enfermagem. Rev. bras. enferm. 2011, vol.64, n.5, pp. 963-967. ISSN 0034-7167. DE MATTIA, Ana Lúcia et al.. Hipotermia em pacientes no período perioperatório. Rev. esc. enferm. USP 2012, vol.46, n.1, pp. 60-66. ISSN 0080-6234. LERMAN, Jerrold; CHARLES, J. COTE; STEWART, David J. Manual de Anestesia Pediatrica. 2009,6ª edição. Rio de Janeiro. ISSN 978-85-352-4855-5 NANDA. Diagnósticos de Enfermagem da NANDA: Definições e Classificação - 2012/2014 - NANDA North. 2013.

SOBEC. Práticas Recomendadas SOBECC/ Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização. 5º edição. São Paulo: SOBECC, 2009. ISBN 978.85.627.00.7 5