SDPA Sistema de Documentação para Preservação de Acervos: Aplicação do Método ao Acervo do Museu da Fundação Casa de Rui Barbosa - Estudo de Caso



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Transcrição:

SDPA Sistema de Documentação para Preservação de Acervos: Aplicação do Método ao Acervo do Museu da Fundação Casa de Rui Barbosa - Estudo de Caso Antônio Carlos dos Santos Oliveira Bacharel em Museologia, Climatologia e Mestre em Arquivologia conclimapreserva@yahoo.com Maria Luísa Ramos de Oliveira Soares Doutora em Conservação e Restauração do Patrimônio Cultural- Universidade Politécnica de Valência/ Espanha Fundação Casa de Rui Barbosa - kuka@rb.gov.br Edmar Moraes Gonçalves Bacharel em Ciência da Informação, Especialização em Conservação- Restauração e Mestrando em Artes na UFMG Fundação Casa de Rui Barbosa - ed@rb.gov.br Márcia Valéria de Souza Bacharela em Ciência da Informação pela UFMG/ Conservadorarestauradora Fundação Casa de Rui Barbosa marciasouza@rb.gov.br 1. Introdução. A documentação do SDPA - Sistema de Documentação para Preservação de Acervos consiste em três módulos 1 Diagnóstico, levantamento das condições de conservação do objeto e indicação de tratamento, nas categorias: Identificação da Obra; Encadernação; Conservação da Encadernação; Conservação do corpo do Objeto; Proposta de tratamento; e Estatística. Módulo 2 Tratamento, que é uma análise mais profunda do objeto e identificação dos procedimentos ideais para a restauração do objeto, contendo as seguintes classes, características e tratamento: Revestimento da obra; Lombada da obra, Laterais da obra, Cabeceado da obra, Fecho da obra, Capa da obra, Guardas da obra e Corpo da obra; Controle de finalização da etapa de tratamento. Com funções de inclusão, alteração, consulta e exclusão, para os módulos 1 e 2. Módulo 3 Cálculo do Índice de Permanência para o papel (IP) e Análise de transporte de acervo, cálculo da possibilidade de condensação de vapor d água no acervo quando transportado de um ambiente para outro. O sistema funciona operacionalmente no SEP Serviço de Preservação (Laboratório de Conservação e Restauração) da Fundação Casa de Rui Barbosa, em plataformas Windows ou Linux, utilizando banco de dados MySQL e interface PHP, podendo ser utilizados os navegadores Microsoft, Opera, Mozilla, FireFox ou Lynx. O sistema de documentação tem como interesse em primeira instância catalogar as condições iniciais do

objeto, indicar o tratamento, acompanhar o tratamento do objeto, suas etapas e ter como resultado o histórico de intervenções. A relação lógica do objeto será de N: Diagnósticos para N: Tratamentos, ou seja, um objeto diagnosticado poderá possuir vários tratamentos propostos e sua ficha de diagnóstico alterada conforme necessidades observadas pelo conservador/restaurador. Objetivos intrínsecos do sistema: Sistema de documentação padronizada em que a equipe envolvida no projeto possa compartilhar informações do mesmo via HyperText Markup Language (HTML), futuramente Extensible Markup Language (XML), utilizando metadata padrão MARC ( Machine-Readable Cataloging Record.). O sistema SDPA deve gerenciar acervos quanto à constituição física assim como seu estado de conservação; gerenciamento do espaço onde o objeto está localizado; cálculo da permanência do objeto em seu local de guarda; análise da movimentação do objeto e gerenciamento das intervenções (restaurações, limpeza...) do objeto. Para a construção do SDPA, levou-se em consideração: controle de aprovação das fichas, histórico de modificação do documento, permitir ao usuário intervir solicitando modificação da base ou inserção de funcionalidades. O acesso ao banco de dados é franqueado para toda a rede da Fundação Casa de Rui Barbosa, podendo realizar trabalho cooperativo de inserção. Depois de inserido os dados o módulo EENC (estatística de encadernados) possibilita a busca de objetos encadernados que apresentam as características solicitadas como exemplo: acidez, rasgo, manchas, anotações e etc. O módulo de diagnóstico com inferência sobre os dados estatísticos poderá corrigir: erro de entrada de dados, digitação dos dados ou uma avaliação imprecisa sobre o estado de conservação. Os problemas de conservação identificados com o maior percentual indicarão para o conservador quais os elementos do local de guarda interferem na conservação do acervo. Figura 1. Estrutura.

Desenvolvimento de cronograma de conservação, este módulo será desenvolvido para que os conservadores possam construir e organizar as atividades preventivas e de conservação. Dividir o acervo em grupos para as respectivas atividades indicadas pelo levantamento do estado de conservação do objeto. O sistema de gráficos GNUPLOT será incorporado para geração e tratamento de gráficos de histograma. Um sistema de gráfico importante para rápida visualização da distribuição dos problemas diagnosticados na coleção em estudo. O sistema SDPA encontra-se ainda em desenvolvimento para atender o intercâmbio de informações em padrão MARC, Diagnóstico e tratamento de objetos não encadernados, Quantificação dos recursos materiais para restauração do objeto, Gestão de atividades de tratamento em PERT/CPM e gráficos de GANTT, padronização em XML. Extensão da consulta e incorporação de filtros por período de tratamento. Esta ferramenta está se tornando madura e será uma forma de gestão rápida e precisa para acervos encadernados, outros objetos com formatos e tipos diferentes poderão ser incorporados à base de dados. O SDPA pode se tornar padrão de diagnóstico em outros centros de preservação e conservação que tenham acervos com suporte em papel. 2. Para a confecção dos gráficos foi levada em consideração a porcentagem absoluta em relação ao acervo diagnosticado, um total de 140 livros, não foi realizado nenhum tipo de associação entre categorias, tal como Encadernação Revestimento Couro + Estado de Conservação, neste estudo foi analisado caso a caso em separado. Que já expressa o diagnóstico geral do acervo. Figura 2. Figura 3.

Figura 4. Figura 5.

3. Estudo de caso. Trataremos como estudo de caso, um grupo 140 livros de um total de 37.000 volumes pertencentes à Biblioteca da Fundação Casa de Rui Barbosa, dos quais a maioria editada no final do século 18 e início do 19. Como exemplo, descreveremos abaixo o tratamento de restauração de uma obra rara deste grupo: Identificação da obra Título: Universa Civilis et Criminalis Jurisprudentia Data: 1792 Nº de folhas: 416 Técnica: Impressão gráfica Dimensões:300X215X50 mm Suporte: Papel de trapo Proprietário: Biblioteca RB Características da deterioração: Sujidades, manchas, ferrugem, perfurações por insetos, ataques biológicos, perdas de suporte, rasgos, fragilidade, numeração incorreta, folhas soltas. Encadernação com fragilidade e resecamento do couro, pequenas perdas de suporte, esfoliações dos cantos e no papel de revestimento etc. Proposta de tratamento: Restauração e restauro da encadernação Técnica: Márcia Valéria 3.1. Diagnóstico e ações de tratamentos executados: O objeto de estudo data do século XVIII, sendo o corpo do livro constituído de papel de trapo, impresso em letras tipográficas. A encadernação (estilo francesa) ½ em couro e papel industrial sem cantos, com douração, nervos simples, sem cabeceado, capa em papelão e guarda de pasta mecânica. A obra possui marcas dágua e filigranas. Começamos pela documentação fotográfica e preenchimento da ficha técnica, onde foram registrados os dados de identificação da obra e os danos nos seus elementos estruturais. Em seguida, fizemos uma análise e identificação histórica para conhecermos seu método de construção, seus materiais e entender os mecanismos de deterioração, estimando os cuidados

necessários para proceder a um melhor tratamento. Iniciamos o tratamento com a numeração das folhas, mapeamento e desmonte dos cadernos, a limpeza mecânica com trincha, bisturi e pó de borracha em leves movimentos circulares, terminando a limpeza total das folhas com uma segunda trincha. Em seguida aplicamos os testes químicos e de solubilidade. Na etapa seguinte, procedemos ao tratamento de desacidificação, com o banho de imersão em água deionizada aquecida a 30º (duas vezes) para a remoção de sujidades etc, finalizando com dois banhos de Hidróxido de Cálcio (C a (OH) 2 ) para remoção da acidez das folhas e a reposição da alcalinidade. Os banhos foram realizados em cubas plásticas - cinco folhas por banho, entremeadas por telas de nylon. Na seqüência, as folhas receberam uma reencolagem com metilcelulose a 5% e foram colocadas na secadora. Seguindo, reconstituímos as folhas através de remendos e enxertos de papéis japoneses e semimanufaturados. A seguir ordenamos os cadernos utilizando suas dobras (vincos) originais. Depois a obra foi levada a uma câmara de umectação com água e álcool a 50% por 2:30 horas, para que as fibras relaxassem e colocada na prensa protegida entre tábuas e mata-borrões com trocas sucessivas até que secasse por completo. Na última etapa montamos a estrutura seguindo as informações da ficha técnica e vestígios originais da obra, aproveitamos a encadernação original, através da reconstituição de todos materiais de revestimento (couro, papéis etc.). Livros a selecionados detalhes de danos danos desmonte da obra Obra em câmara de umectação detalhe de obra restaurada após tratamento grupo de obras tratadas 4. Conclusão. Considerou-se seguindo os tratamentos aqui descritos e analisados o estudo de caso apresentado, que nossa proposta será aplicar estes padrões em todas as obras selecionadas para este projeto, dando tratamento adequado e utilizando critérios de intervenções em obras raras reconhecidas internacionalmente, respeitando sua originalidade e seu valor histórico. Com a utilização deste Sistema (SDPA), estaremos privilegiando a automação das fichas de diagnóstico e de tratamento técnico, bem, como, agilizando e estabelecendo controle sobre os tratamentos executados. Neste contexto, ao analisarmos e adotarmos o IP (Índice de Permanência), estaremos trazendo um dos elementos mais importante para a localização no tempo x espaço físico, de todas obras que passarem por tratamento e a possibilidade através

da busca, identificar o seu estado real de conservação e as variantes em seu Índice de Permanência. Gostaríamos de informar que estes trabalho se insere no projeto Ciência e Tecnologia para a Conservação-Restauração de Bens Culturais - Sub Projeto 2 FCRB, com apoio da Finep (Fundação de Pesquisa e Projetos) 5. Referência bibliográfica. BRANDI, Cesare. Teoria de la restauratión. Madrid: Alianza Editorial, 2002. CASSAR, May. Environmental Management. Guidelines for Museums and Galleries, 2th, Routledge, London, 1997. GUICHEN, G. de. Climate in museums, 2th, ICCROM, Roma, 1998. IPERT, Stéphane,ROME-HAYCINTHE, Michèle. Restauración de libros. Traducía de Esther García Regalado. Madrid: Fundación Germán Sánchez Ruipérez, 1992. MIDDLETON, Bernard C. The restoration of leather bindings. Oak Knall Press: London, 1998. PEDERSOLI JR, José Luiz. Princípios científicos aplicados à preservação do papel. FCRB: Rio de Janeiro, 1995. SZIRMAI, J. A. The archaelogy of medieval bookbinding. Ashgate: England, 1999. 6. Notas. 1 Instituído graças à concessão de recursos concedidos pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), a partir de projeto elaborado em 1977 e implantado em 1978/79, o Laboratório de Conservação e Restauração de Documentos Gráficos, da Fundação Casa de Rui Barbosa (órgão do MEC), passou a desenvolver interessante atividade a partir de janeiro de 1980. Quatro considerações básicas fundamentaram a montagem do projeto: 1. Necessidade de preservar, conservar e restaurar peças do acervo documental e bibliográfico da própria Fundação; 2. Respondendo a objetivos específicos que caracterizam a flexibilidade administrativo-financeira de uma Fundação, propõe-se a incentivar a formação de um sistema de preservação, conservação e restauração, na área do papel, participando ativamente de estudos, programações e projetos tanto na área ministerial quanto em outros setores, públicos ou privados, sensíveis à problemáticas; 3. Prestar serviços e assistência técnica a terceiros; 4. Garantir a qualidade do nível operacional através do emprego de recursos tecnológicos e métodos, compatíveis com os progressos que vêm sendo assinalados, em centros de países mais desenvolvidos. 2 Dentro de seu acervo a Fundação conta com as bibliotecas Rui Barbosa, São Clemente e a Biblioteca Infanto-juvenil Maria Mazzetti. A Biblioteca Rui Barbosa, foi organizada por Rui Barbosa ao longo de sua vida. Reúne 37 mil volumes. São livros sobre os mais variados ramos do conhecimento, destacando-se as obras jurídicas. Entre as obras raras destacam-se a Divina Comédia, de Dante, o Rerum per octennium in Brasília, de Barleus, e a 1ª edição da Crônica de D. João I, de Fernão Lopes, editado em 166, e Orlando furioso, de Ariosto, editado em 1881. Já a Biblioteca São Clemente, constituída a partir de 1937, possui cerca de 200 mil volumes e concentra-se nas áreas de Direito Constitucional, História do Brasil (em especial o período da Primeira República), Filologia, Literatura Brasileira. Inclui também obras de e sobre Rui Barbosa, e reúne também várias coleções, dentre as quais destaca-se a Coleção Plínio Doyle, que abriga vários títulos raros, e a de Literatura de Cordel, composta de 8 mil folhetos e de obras sobre o tema. Seu acervo é dinâmico, recebendo mensalmente novas aquisições. 3 Copyright 1986 1993, 1998, 2004 Thomas Williams, Colin Kelley