com níveis ótimos de Brand Equity, os interesses organizacionais são compatíveis com as expectativas dos consumidores.



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Transcrição:

Brand Equity O conceito de Brand Equity surgiu na década de 1980. Este conceito contribuiu muito para o aumento da importância da marca na estratégia de marketing das empresas, embora devemos ressaltar que o mesmo (conceito) tem sido definido de várias maneiras diferentes para uma série de propósitos o que acaba resultando em uma certa confusão e frustração em relação ao termo. Segundo Keller Brand Equity em resumo seria a força que uma marca tem, em termos dos diferenciais que ela agrega, no processo escolha de um produto por parte do cliente. Martins e Blecher, definem Brand Equity como todos os recursos (inclusive de inteligência) necessários para que as marcas sejam posicionadas, comunicadas e vendidas com lucros financeiros e emocionais. Nas empresas

com níveis ótimos de Brand Equity, os interesses organizacionais são compatíveis com as expectativas dos consumidores. O Marketing Science Institute conceitua Brand Equity como o conjunto de associações e comportamentos da parte de clientes, membros do canal e empresa controladora da marca que permite à marca ganha maior volume ou maiores margens do que conseguiria sem o nome de marca e que lhe dá uma vantagem forte, sustentável e diferenciada sobra os concorrentes Já para Aaker, Brand Equity é um conjunto de ativos e passivos ligados a uma marca, seu nome e seu símbolo, que se somam ou se subtraem do valor proporcionado por um produto ou serviço para uma empresa ou para os consumidores dela. O autor fala que para certos ativos e passivos determinarem o brand equity, eles devem estar ligados ao nome ou ao símbolo da marca. Assim sendo, se o nome ou símbolo da marca forem mudados alguns ativos ou passivos poderão ser afetados ou até mesmo perdidos, embora parte deles possam ser desviados para um novo nome e/ou símbolo. Embora possa haja semelhanças e divergências nos conceitos, a maioria dos profissionais e estudiosos de marketing concordam com alguns princípios básicos de branding e de Brand Equity tais como: -Surgimento de diferenças nos resultados conforme o valor agregado conferido a um produto pela atividade anterior de marketing desenvolvida para sua marca. -Esse valor pode ser criado para uma marca de muitas maneiras diferentes. -O Brand Equity fornece um denominador comum para interpretar estratégias de marketing e avaliar o valor de uma marca. -Há muitos modos de divulgar ou explorar uma marca em benefício da empresa (maiores receitas custos mais baixos ou ambos). Mensuração do valor das marcas Durante as décadas de 80 e 90 aconteceram diversas fusões e aquisições de marcas e isso vem acontecendo até os dias de hoje. Isso gerou uma preocupação importante a ser discutida e pensada em termos de marketing, pois seria difícil criar um método para avaliar financeiramente o valor de uma marca levando-se em conta que esta é definida por vários autores como um ativo intangível. A solução primordial encontrada foi a avaliação financeira das marcas, baseadas no valor da ação no mercado e em estimativas de fluxos de caixa futuros. Praticamente simultaneamente a esta solução surgiria uma corrente de estudos que passaria a sugerir um outro caminho a ser adotado para o estudo do valor de uma marca. Este caminho de pesquisa buscava identificar o papel do consumidor e da empresa nesta relação (Keller e Aaker). Identificando, assim,

a grande importância do consumidor no que se refere ao estudo do Valor da Marca. Atualmente, podemos dizer que o conceito de Valor de Marca tem sido estudado através de três diferentes abordagens: Foco no consumidor (através de conceitos como lealdade à marca, efetividade dos programas de marketing, preços Premium e ambiente favorável à extensão de marca), Valor da Ação (percentual do valor da ação no mercado que é resultado do valor da marca) e Valor da Marca no Mercado (através de fluxos de caixa descontados é calculado o valor da marca). Estas três abordagens estão de certa forma relacionadas com o consumidor, uma vez que: a primeira reflete a forma como o consumidor avalia a marca; a segunda está baseada no valor da ação no mercado que é resultante de expectativas futuras de lucros, os quais não podem ser separados do consumidor; a terceira está relacionada com o conceito de fluxos de caixa descontados, o qual prevê valores de faturamento que também recaem na avaliação do consumidor e nas suas compras. Alguns estudiosos e centros de pesquisa em marketing tem feito modelos determinar o valor da marca, abordaremos a seguir dois destes modelos: o primeiro feito por Aaker e o segundo por Keller. Modelo de Valor da Marca para Aaker Segundo Aaker o valor de Marca estaria relacionado a cinco variáveis e é direcionado para salientar os benefícios associados ao Valor de Marca para os consumidores e os resultados positivos que podem ser obtidos pelas empresas que detêm as marcas fortes. As Cinco categorias de Aaker: Lealdade à Marca: a lealdade progride em cinco níveis. No primeiro nível não existe lealdade à marca, os consumidores são indiferentes à marca e/ou são sensíveis a preço. No último e mais alto nível de lealdade os consumidores estão realmente comprometidos com a marca, a mesma passa a representar uma forma de expressão da personalidade deste consumidor. Consciência de Marca: capacidade do consumidor de relacionar o produto com a categoria de produto a qual ele pertence. Existem diferentes níveis de consciência que vão desde a mera lembrança de uma exposição prévia a marca até o chamado top of mind, que seria a primeira marca lembrada pelo consumidor quando exposto a determinada categoria de produto. Qualidade Percebida: na visão dos consumidores a qualidade não está necessariamente relacionada com especificações técnicas do produto ou de análises aprofundadas e criteriosas de características de produto. A qualidade que o consumidor considera estaria relacionada com um sentimento amplo e intangível a respeito da marca. Essa percepção de qualidade estaria ligada à

capacidade da empresa de cobrar preços premium e a possibilidade de inserir extensões dessa marca no mercado. Associações à Marca em acréscimo a qualidade percebida: são as lembranças que a marca ativa no consumidor. De acordo com o modelo de rede associativa de memória essas lembranças estariam relacionadas com os nódulos da marca, os quais teriam uma série de ligações com outras lembranças. Esses nódulos e suas ligações seriam correspondentes ao posicionamento da marca. Este posicionamento seria resultado dos esforços de marketing da empresa. Ativos relacionados à Marca: são as patentes, marcas registradas e relacionamentos exclusivos com canais de distribuição. Aaker afirma que os cinco elementos expostos acima se inter-relacionam e se influenciam. Os fatores que irão ditar como ocorrem estes relacionamentos são o nível de envolvimento do consumidor com o produto e o grau de importância que este dá a compra e/ou ao produto. Ainda segundo o autor estes cinco elementos acabam por gerar uma série de benéficos, tanto para a empresa, como para os consumidores. Valores criados pelo Brand Equity para o consumidor e para a empresa: Valor para os consumidores: Na interpretação / Processamento de informações, Confiança na decisão de Escolha e Satisfação com a experiência de uso. Valor para a Empresa: Eficácia e Eficiência dos Programas de Marketing, Lealdade à Marca, Preços / Margens, Extensões de Marca, Poder de Barganha frente aos intermediários e Vantagem Competitiva. Modelo de Valor de Marca baseado no consumidor de Keller Keller apresenta o conceito de Valor de Marca Baseado no Consumidor (CCBE-Consumer Based Brand Equity). Este tipo de valor é construído quando o consumidor é familiar com relação a uma marca e tem associações de marca fortes, favoráveis e únicas na memória. Essas associações de marca que o consumidor tem na memória são explicadas a partir do modelo de memória de redes associativas, o qual foi proposto por psicólogos. Este modelo diz que neurologicamente a memória consiste de nódulos de informações ligados por links. Cada nódulo está conectado com diversos links, que por sua vez se ligam a diversos outros nódulos, resultando na formação de uma rede. Quando um destes nódulos é objeto de algum tipo de ativação, que supere um certo nível mínimo, ele ativa seus links que ativam outros nódulos. Isso causaria a chamada difusão ativa. O poder deste tipo de fenômeno se reporta ao grau de consistência dos links entre os nódulos. Uma marca forte, de valor, e que é objeto de lealdade por parte do consumidor deverá apresentar um grande número de ligações fortes entre nódulos relacionados.

Para Keller a abordagem através do modelo CCBE é útil, pois sugere linhasguia para estratégias e táticas de marketing e áreas onde a pesquisa pode ser utilizada para ajudar a tomada de decisão gerencial. O autor separa o modelo CCBE em dois conceitos relacionados: Consciência da Marca e Imagem da Marca. Consciência da Marca: este item é relacionado com a força da marca na memória do consumidor, refletida através da habilidade de identificar a marca em diferentes circunstâncias. Consciência da Marca pode ser dividido em reconhecimento da marca (habilidade do consumidor em confirmar exposições anteriores à marca quando exposto a mesma) e lembrança da marca (habilidade do consumidor em relembrar da marca quando exposto a categoria a qual a marca pertence). A importância do conceito de Consciência da Marca se apresenta quando o consumidor se lembra da marca ao ser exposto à categoria de produto a qual a marca pertence. O conceito de Consciência da Marca também se mostra importante ao afetar as decisões do consumidor em relação à marca ao ser exposto a uma série de diferentes marcas para consideração. Outro aspecto que deve ser salientado é o papel da Consciência da Marca afetando a tomada de decisão do consumidor ao influenciar a formação e a força das associações de marca na imagem da marca. Imagem da Marca: percepções do consumidor sobre uma marca, refletida pelas associações que o consumidor guarda na memória. Para um melhor entendimento deste ponto podemos separar a imagem da marca em atributos (características que descrevem o produto ou serviço, ou seja, é o que o consumidor pensa que o produto ou serviço é e o que está envolvido na compra ou consumo), benefícios (valores pessoais que os consumidores ligam aos atributos do produto ou serviço, ou seja, o que os consumidores pensam que o produto ou serviço pode fazer para eles) e atitudes (avaliação geral do consumidor sobre a marca, estas avaliações são importantes porque elas formam a base para o comportamento do consumidor). A força da Imagem da Marca está relacionada com a força das associações favoráveis a marca que o consumidor tem na memória. Quanto mais fortes, únicas e favoráveis forem estas associações maior o poder da empresa de cobrar preços Premium, sua participação de mercado e sua capacidade de criar extensões de marca. A imagem da marca, ou posicionamento, deriva dos resultados dos esforços de marketing de uma empresa, os quais levam o consumidor a perceber a marca como tendo uma imagem distinta em comparação às marcas oferecidas pelos concorrentes. A lealdade do consumidor e o valor de marca estão profundamente relacionados com este posicionamento. Através dele a empresa poderá medir o impacto de suas ações, gerenciar melhor suas atividades, planejar ações futuras e criar um ambiente para que o valor da marca (consciência da marca e imagem da marca) se transforme em lealdade a marca.

Relação destes modelos A partir dos modelos apresentados percebemos que a questão de Valor de Marca pode ser relacionada, primordialmente com os esforços de marketing da empresa. A empresa é responsável pela geração de esforços que construam na mente do consumidor uma série de ligações positivas. Estas ligações vão servir para que o consumidor saiba categorizar o produto dentro de determinada categoria de produto. Desta forma o consumidor estará habilitado para comparar diferentes marcas. Dois outros aspectos também são muito importantes e estão de certa forma relacionados. São eles a Qualidade Percebida de Aaker e os Benefícios da marca de Keller ambos os conceitos se referem à qualidade intangíveis da marca, são as características do produto que não são visíveis. São estas características que vão dar, a marca da empresa, um lugar ou um posicionamento, único na mente do consumidor. Outro aspecto muito importante para a empresa, quando da implementação de estratégias de criação de Valor de Marca, é a questão do mercado. De acordo com o mercado e o tipo de produto que a empresa oferece serão diferentes as capacidades de criação de Valor de Marca. Produtos de baixo envolvimento não têm a mesma possibilidade de geração de valor de marca como um produto de alto envolvimento. Isso decorre do fato de que os consumidores não irão criar fortes ligações positivas a respeito de um produto de baixo envolvimento. Opinião A partir de nosso cotidiano podemos ver a importância que as marcas têm não só para as empresas, assim como para nós mesmos consumidores. Quando estamos fazendo alguma compra escolhemos sempre as marcas de produtos na qual confiamos e as que se afeiçoam mais conosco. Podemos ir mais além, e exemplificar a influência das marcas nos consumidores pelo fato de pessoas com menor poder aquisitivo se endividarem para comprar produtos e marcas mais caras para adquirirem certo status e até mesmo se sentirem imersos em outras classes as quais não pertencem. Outro exemplo que acho que seria o mais visível e até mesmo irônico para termos esta visão seriam os assaltos, pois diversas vezes já escutei histórias de ladrões que deixaram de roubar coisas das pessoas por verem que o objeto não tinha marca assim sendo não seria de valor. Na minha opinião que pode parecer exagerada as marcas são pessoas e quando tem seus brand equities bem construídos suas identidades são semelhantes as dos consumidores alvos, isso se tratando de marcas que tem seu público alvo bem definido. Com relação as marcas de produtos relacionadas aos bens de conveniência as marcas poderiam ser metaforicamente comparadas a políticos que querem atingir a todos, estas teriam uma identidade mais básica passando valores desejados pela maioria. No meu ponto de vista as marcas são realmente intangíveis e vendem todas as

suas intangibilidades que as pessoas transformam em tangíveis ao adquirir o produto ou serviço. Já em relação aos valores financeiros destes poderosos ativos intangíveis (marcas) eu posso afirmar que os mesmos não poderiam ser simplesmente calculados através de contas que levassem em conta apenas os fluxos e balanços financeiros. O preço de uma marca só poderia ser calculado levandose em conta também todos os seus ativos intangíveis, mas isso é muito difícil e pode ser constatado neste trabalho uma vez que foram mostrados dois dos diversos modelos de valor de marca que já existem hoje em dia. Podemos exemplificar todo o valor dos intangíveis da marca num simples exemplo, dois tênis fabricados no mesmo lugar um com a marca Xtreco e outro Nike. Os dois possuem os mesmos materiais na produção, mas com certeza o tênis da Nike teria muito mais valor do que o da Xtreco. A partir deste simples exemplo, podemos ver que os ativos intangíveis das marcas podem ser extremamente superiores aos ativos tangíveis mesmo porque as empresas detentoras de uma grande marca podem até mesmo encomendar a produção de seus produtos sem precisar possuir fábricas. O mais interessante disso tudo é que mesmo estudando marketing e tendo uma visão mais ampla do que a maiorias das pessoas que não estudam. Eu tenho a certeza de que até mesmo quando estiver formado serei influenciado pelos ativos intangíveis das marcas, isto é sempre vou procurar a marca que mais se afeiçoa e me passa confiança. Bom isso até já tem acontecido, pois quando vou ao extra não levo as marcas do EXTRA mesmo sabendo que algumas são da mesma fábrica que outras marcas fortes. Fonte: ABC do Marketing