ONDE ESTÁ O MEDO? Ficha de Avaliação de Língua Portuguesa 5.º ano. Nome N.º Turma: Data: / / Lê o texto com atenção.

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Transcrição:

Ficha de Avaliação de Língua Portuguesa 5.º ano Nome N.º Turma: Data: / / Auto-avaliação do aluno: Achei o teste fácil difícil muito difícil Porque: me preparei não estudei não estive atento nas aulas Outra razão: Avaliação: Ass./comentário do Prof.: Encarregado de Educação: (Assinatura) Lê o texto com atenção. ONDE ESTÁ O MEDO? O dia acaba tão depressa, avó O dia ainda não acabou. Mas já não há sol E eu não gosto nada do escuro. Ele costumava rir quando ouvia isso Ele quem, avó? Aquele de quem me estou agora mesmo a lembrar. Ai, avó, tu e as tuas histórias Aposto que vem aí uma delas? Não sei se é história ou se aconteceu mesmo. Estas coisas confundem-se às vezes Mas estou a vêlo, como se ele estivesse agora aqui ao pé de nós, rindo, rindo, porque o irmão mais velho tinha medo do escuro, e ele exclamava... Ainda gostava de saber o que isso é! O irmão tremia quando o pai o mandava à vila já depois de o Sol se pôr. Ou quando à noite passava pelo cemitério. Ou quando as velhas da aldeia contavam histórias de fantasmas. Tremia e murmurava: Até fico com pele de galinha! Toda a gente dizia que o irmão, muito mais velho, era muito esperto, mas que ele, muito mais novo, não passava de um tolo. Mas ele ria e dizia que, por mais escura que fosse a noite e por mais almas do outro mundo que a habitassem, a tudo responderia com uma gargalhada. Mas tinha pena de ser assim: Muito eu gostava de saber o que é o medo! Muito eu gostava de saber como é que se fica com pele de galinha! Um dia o pai disse-lhe: Estás quase um homem, precisas de ganhar a vida e não sabes fazer nada. Tem razão, meu pai, mas antes quero aprender o que é o medo. Quero saber o que se sente quando ficamos com pele de galinha. És mesmo tolo murmurou o pai. Nesse momento, passou lá por casa o sacristão da aldeia, que ouviu a conversa. Se queres saber o que é o medo, vem comigo. 5 10 15 20 25 30

Foram os dois até à igreja e, minutos antes da meia-noite, o sacristão disse-lhe: Estou velho para subir as escadas do campanário. Mas à meia-noite é preciso tocar o sino. Vai lá tu. Enquanto o rapaz subia, tranquilamente, os degraus de pedra, o sacristão cobriu-se com um lençol branco e, aproveitando-se de uma passagem secreta que só ele conhecia, atravessou-se-lhe no caminho. Quem és tu? perguntou o rapaz, olhando para aquele vulto branco que esbracejava na sua frente. Mas o vulto não dizia nem uma palavra, parecia só que voava, na sua brancura de gelo. Só me faltava agora um fantasma para me impedir de fazer o trabalho murmurou o rapaz, que, mais uma vez, perguntou: Quem és tu? E mais uma vez o vulto não falou. Ou falas e te afastas, ou eu deito-te da torre abaixo! Como o vulto branco continuasse mudo e a barrar-lhe o caminho, o rapaz empurrou-o com tanta força que ele foi a rebolar pelas escadas de pedra. Alice Vieira, Contos de Grimm para Meninos Valentes, Oficina do Livro 35 40

I Responde ao que te é pedido sobre o texto que acabaste de ler, seguindo as orientações que te são dadas. Presta atenção à construção das frases, ortografia e pontuação. 1. Preenche a ficha de identificação do texto. Título do texto: Título do livro de onde foi retirado: Nome do autor: Editora: Personagens: Espaço: Tempo:. 2. O texto tem duas sequências. Identifica as personagens mencionadas na primeira (l.1 a 10). 3. As frases a seguir apresentadas contam-te resumidamente a história que a avó narrou ao neto na segunda parte do texto. Segue o exemplo e ordena-as de acordo com a ordem dos acontecimentos narrados. 1 O rapaz que não conhecia o medo subiu à torre, para tocar o sino. Um dia, este disse ao pai que queria descobrir o que era o medo. Este rapaz tinha um irmão que não sabia o que era o medo. O sacristão, que ouviu a conversa, teve uma ideia e os dois foram à igreja. Era uma vez um rapaz muito medroso. Um fantasma apareceu-lhe no caminho e ele não se assustou. 4. Indica como era constituída a família do rapaz que não sabia o que era o medo. Assinala a opção correta. O pai, o sacristão e dois rapazes. O pai e dois filhos deste. O pai, a mãe e dois filhos. A avó, o filho desta e dois netos. 5. A avó não sabe se a história aconteceu mesmo. Justifica esta afirmação. 3

6. Refere o motivo por que o rapaz mencionado na segunda sequência viveu uma grande aventura. 7. Transcreve do texto a frase que demonstra que, depois da experiência por que passou, o rapaz nem assim descobriu o que era o medo. 8. Lê-se na história O Pequeno Livro dos Medos, de Sérgio Godinho, o seguinte: Medo: sentimento desagradável que excita em nós aquilo que parece perigoso, ameaçador, sobrenatural. Se a personagem tivesse lido a definição transcrita na questão anterior, teria ficado esclarecida? Justifica a tua opinião. II 1. Toda a gente dizia que o irmão, muito mais velho, era muito esperto, mas que ele, muito mais novo, não passava de um tolo. (l. 17-18) Nesta frase, encontras palavras antónimas. Regista-as. 2. Sublinha os verbos presentes neste parágrafo do texto: Mas ele ria e dizia que, por mais escura que fosse a noite e por mais almas do outro mundo que a habitassem, a tudo responderia com uma gargalhada. (l.19-20) 2.1. Escreve o infinitivo dos verbos sublinhados anteriormente no quadro seguinte: Verbos regulares Verbos irregulares 3. Completa o quadro com os elementos pedidos: Infinitivo Radical Vogal temática Conjugação faltar subir tremer murmurar 4

4. Forma frases completas, escolhendo o grupo nominal adequado. O dia e a noite O dia Eu Eu e tu Os sacristães O sacristão acaba muito depressa. estou mesmo velho. passou lá por casa.. 5. Lê as frases seguintes. A. O sacristão ouviu aquela conversa. B. O rapaz subiu os degraus de pedra. 5.1.Transcreve o sujeito, o predicado e o complemento direto de cada uma das frases para os respetivos espaços. A B Sujeito Predicado Complemento direto 6. Transcreve as interjeições das frases seguintes: Interjeições Bolas! Tanta coisa para nada! Ai, avó! Até fico com pele de galinha! 7. Estabelece a concordância do verbo com o sujeito, escrevendo os verbos entre parênteses no presente do indicativo. a. O rapaz não (saber) o que é o medo. b. O velho (convencer) o rapaz a ir à igreja. c. O rapaz e o velho (entrar) na igreja. d. Os fantasmas não (atrapalhar) o rapaz. 8. Identifica o sujeito das frases: a. O dia ainda não acabou. b. As velhas da aldeia contavam histórias de fantasmas. c. Até fico com pele de galinha! d. Passou lá por casa o sacristão da aldeia. e. Foram os dois até à igreja. 5

Escolhe um dos temas seguintes: III 1. Escreve uma história em que contes como o fantasma se divertiu a pregar partidas ao rapaz sem medo. Relata as brincadeiras que ele fez e as reações do rapaz. Dá um final feliz à tua história e atribui-lhe um título. 2. Escreve um texto narrativo sobre o tema A coragem (doze linhas). Atribui um título sugestivo ao teu texto. Boa Sorte. 6