Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia. Prof.: Carlos

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Transcrição:

Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Campos de Presidente Epitácio LIDIANE FERREIRA Trabalho apresentado na disciplina de Elementos de Maquinas do Curso de Automação Industrial 3º módulo do IFSP Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia campus de Presidente Epitácio. Prof.: Carlos Presidente Epitácio 2015

TRANSMISSAO POR CORREIAS E POLIA As correias, juntamente com as polias são um dos meios mais antigos de transmissão de movimento. É um elemento flexível, normalmente utilizado para transmissão de potência entre dois eixos. A maneira de transmissão de potência se dá por meio do atrito que pode ser simples, quando existe somente uma polia motora e uma polia movida ou múltipla, quando existem polias intermediárias com diâmetros diferentes (escalonada) As transmissões por correias e polias apresentam as seguintes vantagens: Possuem baixo custo inicial, alto coeficiente de atrito, elevada resistência ao desgaste e funcionamento silencioso; São flexíveis, elásticas e adequadas para grandes distâncias entre centros. As principais desvantagens encontradas em transmissões por correias são: Ocupam grandes espaços entre os eixos; Curtos períodos entre manutenções: Grau de escorregamento elevado, gerando baixo rendimento. Classificação das Correias Segundo Virgil (1975), as correias podem ser classificadas quanto à forma em: Plana Utilizada em árvores paralelas ou reversas.

Correia Plana. Fonte: Souza (2008) Trapezoidal ou em V Utilizadas somente em árvores paralelas. Correia Trapezoidal. Correia Sincronizada (dentadas) Correia circulares. P = Onde: 1. T 1 = tensão no lado tenso, lb; 2. T 2 = tensão no lado fouxo, lb; 3. V = velocidade da correia, pé/s. 4. P = potência em hp.

E quanto ao material em: 1. Couro; 2. Borracha; 3. Tecido; 4. Fita de aço; 5. Nylon; 6. Neoprene; 7. Compostas. Correia aberta - mesmo sentido de rotação Os ângulos de abraçamento para uma correia aberta são dados por: α 1 =180 2.arc sen α 2 =180 + 2.arc sen

Correia cruzada - sentido de rotação opostos Os ângulos de abraçamento para uma correia aberta são dados por: α 1 = α 2 = 180 + 2.arc sen Relação de transmissão ( i ) É a relação entre o número de voltas das polias (n) numa unidade de tempo e os seus diâmetros. A velocidade periférica(v) é a mesma para as duas rodas. V1= V2 πd1 n1= πd2 n2 D1= da polia menor D2= da polia maior N1= numero de voltas por minutos (rpm) da polia menor N2= rpm da polia maior Logo: V1= V2 πd1n1= πd2 n2 D1n1 = D2n2 Engrenagem Definição Denomina-se engrenagem o elemento dotado de dentadura externa ou interna, cuja finalidade é transmitir movimento sem deslizamento e potência, multiplicando os esforços com a finalidade de gerar trabalho. Possuem formato cilíndrico (engrenagem cilíndrica), cônico (engrenagem cônica), helicoidal (engrenagens helicoidais) ou reta (cremalheira).

CLASSIFICAÇÃO Como relatado na definição, existem diversos tipos de engrenagens entre as principais, destacam-se: Engrenagens de formato cilíndrico Engrenagens de formato cônico, Engrenagens de formato helicoidal Engrenagens de formato reto, Engrenagem planetária Parafusos sem fim, Ilustradadas abaixo: Engrenagens Cônicas Engrenagens parafuso sem fim

Engrenagem de formato reto Engrenagem de formato Planetária Engrenagem Cilindro Engrenagem Helicoidal TRANSMISSÔES POR ENGRENAGENS Transmissões Vão ou folga: diferença entre a altura de pé de uma engrenagem e a altura da cabeça da outra. h. Face do dente: parte da superfície do dente que se encontra fora da superfície primitiva. i. Flanco do dente: parte da superfície do dente que se encontra dentro da superfície primitiva. j. Espessura do dente: espessura do dente medida na circunferência primitiva. É o comprimento de um arco e não comprimento de uma linha reta. k. Espaço do dente: distância entre dentes medida na circunferência primitiva. l. Passo frontal (p): comprimento de um dente e um espaço medido na circunferência primitiva, como demostra a figura:

Diametral (P): é o número de dentes dividido pelo diâmetro primitivo. (A norma brasileira ABNT TB 81, indica o módulo frontal como sendo o quociente do diâmetro primitivo pelo número de dentes, expresso em milímetros: D Dp N pi = Assim:.pPpi= Sendo: p o passo frontal; P o diametral picth ; N o úmero de dentes e D o diâmetro primitivo. n. Módulo frontal (m): inverso do diametral picth, diâmetro primitivo dividido pelo número de dentes.

ENGRENAGENS DE ROSCA SEM FIM O parafuso de rosca sem fim, ou parafuso sem fim é um tipo de engrenagem da mecânica clássica onde o movimento circular gerado pelo parafuso, movimenta uma coroa ou um pinhão teoricamente sem fim, pois ao contrário de mover a contra parte, ela gira, mantendo movimento circular. A terminologia também é erroneamente utilizada para definir qualquer sistema que utilize essa técnica. Como parte de um sistema de engrenagens, essa técnica pode reduzir rotações, permitindo maior torque.

Utilizando sistema helicoidais, existem três tipos básicos engrenagens por rosca sem fim, o que as diferem uma das outras, são o ângulo do dente da engrenagem em relação a sua base e a distância entre as roscas no parafuso. TRANSMISSÂO POR CORRENTES E COROAS As correntes são elementos de máquinas flexíveis utilizadas para a transmissão de potência ou transporte/movimentação de carga. Normalmente são utilizadas em situações em que transmissões por meio de engrenagens ou correias não sejam possíveis. As correntes são elementos de máquinas flexíveis utilizadas para a transmissão de potência ou transporte/movimentação de carga. Normalmente são utilizadas em situações em que transmissões por meio de engrenagens ou correias não sejam possíveis. São muito utilizadas em sistemas que necessitam de acionamento de vários eixos por um único eixo motor. Nesse caso, torna-se fundamental importância que todas as rodas pertençam a um mesmo plano. TIPOS: Correntes de rolos Correntes de buchas, Correntes de dentes, Correntes com elos fundidos.

DIMENSÕES CARACTERÍSTICAS: Dr diâmetro do rolo S espessura t passo da corrente bz largura do dente bl largura interna da corrente b largura externa da corrente db diâmetro do pino dh diâmetro da bucha Muitos tipos em função da diversidade de formas de utilização, para entender melhor os cálculos exemplo da corrente de uma bicicleta Para efetuar tais cálculos utilizaremos a expressão que nos permite calcular o comprimento de uma circunferência: C = 2*π*r, onde π = 3,14 e r o raio. determinar o comprimento correspondido a um giro completo da coroa e da catraca Comprimento da Coroa (diâmetro 30 cm, então raio 15 cm) C = 2*π*r C = 2 * 3,14 * 15 C = 94,2 cm Comprimento da Catraca (diâmetro 10 cm, então raio 5 cm) C = 2*π*r C = 2 * 3,14 * 5 C = 31,4 Então a razão entre a coroa e a catraca é 94,2 / 31,4 = 3, isto é, enquanto a coroa dá uma volta, a catraca dá três voltas, fazendo com que a roda traseira também dê três voltas completas. Com base nessas informações temos que a distância percorrida pela bicicleta por cada pedalada será: Diâmetro da roda traseira é igual a 80 cm, portanto, o raio é 40 cm. C = 3 * (2*π*r) C = 3 * 2 * 3,14 * 40 C = 753,6 cm ou 7,536 m Portanto, a bicicleta percorrerá aproximadamente 7,5 metros por pedalada completa. Vimos que o espaço percorrido por uma bicicleta a cada pedalada será determinado através do diâmetro da coroa, da catraca e da roda traseira, visto

que as medidas podem ser diferentes entre os vários modelos de bicicletas existente. REFERÊNCIAS: http://www.madeira.ufpr.br/disciplinasalan/at102-aula06.pdf http://pt.slideshare.net/jucilei-oliveira/elementos1 http://www.ebah.com.br/content/abaaabqtwal/elementos-maquinas http://pt.wikipedia.org/wiki/elementos_de_m%c3%a1quinas BRIGGS & STRATION Catálogo do motor - nº MS-3928-10/99, Impresso nos Estados Unidos, direitos autorais 1999 pela Briggs & Stratton Corporation. Revista Sebrai