O PIBID NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE FÍSICA: UM RELATO DAS VIVÊNCIAS EXPERENCIADAS POR BOLSISTAS DA UEPB

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Transcrição:

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA-UEPB CAMPUS I- CAMPINA GRANDE CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA- CCT CURSO DE GRADUAÇÃO EM LICENCIATURA EM FÍSICA SIMONE MARKS SANTOS O PIBID NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE FÍSICA: UM RELATO DAS VIVÊNCIAS EXPERENCIADAS POR BOLSISTAS DA UEPB CAMPINA GRANDE PB 2014

SIMONE MARKS SANTOS O PIBID NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE FÍSICA: UM RELATO DAS VIVÊNCIAS EXPERIENCIADAS POR BOLSISTAS DA UEPB Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Licenciatura em Física da Universidade Estadual da Paraíba, em cumprimento à exigência para obtenção do título de Licenciado em Física. Orientador (a): Professor Dr. Alessandro Frederico da Silveira CAMPINA GRANDE PB 2014

SIMONE MARKS SANTOS O PIBID NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE FÍSICA: UM RELATO DAS VIVÊNCIAS EXPERENCIADAS POR BOLSISTAS DA UEPB Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Licenciatura em Física da Universidade Estadual da Paraíba, em cumprimento à exigência para obtenção do título de Licenciado em Física. Aprovado em 11 / 07 / 2014

4 O PIBID NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE FÍSICA: UM RELATO DAS VIVÊNCIAS EXPERENCIADAS POR BOLSISTAS DA UEPB SANTOS, Simone Marks 1 RESUMO O presente trabalho apresenta o resultado de uma investigação com o enfoque sobre o olhar de futuros professores de Física acerca da experiência vivenciada pelos mesmos no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), destacando as implicações deste para a sua formação ao vivenciarem a aproximação da universidade à escola, e poderem estar inseridos na realidade da sala de aula, junto a professores com experiência na educação básica. Para a coleta de dados realizamos entrevistas com três grupos de bolsistas, que atuavam em três escolas públicas na cidade de Campina Grande do estado da Paraíba. As entrevistas foram gravadas e transcritas para análise posterior. Para os bolsistas, futuros professores de Física, as experiências junto ao PIBID são novas formas de compreender a docência, além de estreitar as relações entre universidade e escola, viabilizando a vivência escolar no processo formativo inicial. PALAVRAS-CHAVE: Formação de Professor. Física. Escola. 1. INTRODUÇÃO A sociedade contemporânea exige uma educação comprometida com mudanças e transformações sociais, em que os sujeitos que dela participam se afirmem como indivíduos independentes, capazes de se posicionarem criticamente nas mais diversas situações da vida cotidiana e estejam sempre prontos para enfrentar os desafios e atenderem as demandas que caracterizam a vida em sociedade. A formação docente, nesse contexto, aparece como fator 1 Graduanda em licenciatura em Física. Universidade Estadual da Paraíba. E-mail: simone.mksantos@gmail.com

5 preponderante e como instrumento capaz de atender os anseios dessa sociedade por uma educação de qualidade. Falar em qualidade da educação ou em qualidade de ensino, nesse contexto, significa inevitavelmente falar na formação docente. Em outras palavras, pensar a educação pressupõe pensar a formação docente e a prática pedagógica com qualidade (POZO; 2004: p. 2). Esta formação, prevista na LDBEN (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), abrangendo aspectos teóricos e práticos, deve direcionar o exercício da docência em sala de aula, na perspectiva de se contribuir para a melhoria da qualidade do ensino na educação básica brasileira. Acerca das dificuldades e necessidades para o desenvolvimento profissional no processo de formação docente, pesquisas refletem uma tendência de mudança no modo pelo qual, a formação do professor passa a ser entendida como um processo contínuo, que possibilita o desenvolvimento profissional do docente (CARVALHO; CASTRO, 2001; RAMALLHO; NUÑEZ; GAUTHIER, 2001; ALONSO; QUELUZ, 2003; CANDAU, 2002). Pensar no profissional docente é pensar no professor como ser reflexivo, investigador de sua prática, produtor de saberes, elemento-chave das inovações curriculares na escola e principal responsável pelo seu desenvolvimento profissional. É válido salientar, entretanto, que esta formação tem sido alvo de muitas discussões e debates acirrados em fóruns, congressos, seminários, cursos e outros eventos da mesma natureza. O que se discute nesses eventos é a formação ideal do professor de educação básica. Percebemos que há, como bem coloca Azanha (2006, p. 53), uma demonstração ostensiva de insatisfação generalizada com relação aos modelos formativos vigentes, principalmente nos cursos de licenciaturas. Essas discussões, a nosso ver, não têm trazido efetivas contribuições que alimentem a concepção do que seja uma formação docente sólida, que integre principalmente a teoria e a prática. A formação docente, portanto, apresenta-se como um grande desafio tanto para quem almeja o exercício da docência como para as instituições formadoras de professores (HAGE; 2013). Das diversas dificuldades e necessidades para o desenvolvimento profissional no processo de formação docente, Januário (2005), menciona que: Ao iniciar uma licenciatura, muitas vezes nos deparamos com a insegurança e o receio de não conseguirmos desenvolver um bom trabalho em sala de aula. Alguns temem não conseguir dominar a classe, outros se preocupam em não saber todo o conteúdo que julgam necessário, uns questionam-se quanto ao método que adotarão e outros, ainda, anseiam por ministrar aulas. Há ainda uns que se quer pensam em lecionar (JANUARIO, 2005, p.2).

6 Outras pesquisas apontam que desde o início de sua formação acadêmica outra dificuldade que o professor enfrenta é o distanciamento existente entre a universidade e a escola, não oportunizando a prática de ensino necessária nesse processo formativo (AZANHA, 2004; PEDROSA, 2005; SILVA, 2009; NUNES, 2001). De acordo com Pedrosa (2005): Nos cursos de formação inicial, evidencia-se a distância que separa o currículo e as atividades de estágio da realidade das escolas em particular e da sociedade em geral. Portanto, em função de uma formação inicial muitas vezes insuficiente e desajustada da realidade, o professor já inicia sua vida profissional sem o aporte requerido para que responda às necessidades apresentadas pela prática pedagógica (PEDROSA, 2005, p.4). Uma das soluções para este problema parece apontar para os estágios supervisionados e projetos curriculares das licenciaturas, elaborados em conjunto com a escola de educação básica. A aproximação entre as escolas e as licenciaturas permite que se ultrapasse a concepção do professor apenas como preceptor, que após formado, entra na escola para transmitir seus conhecimentos. Outra alternativa para solucionar a problemática e que busca também aproximar a universidade e a educação básica foi o programa denominado Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), implementado em nosso país no ano 2007 pelo governo federal, especificamente pelo Ministério da Educação (MEC) por intermédio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Na Universidade Estadual da Paraíba, em especial nos cursos de licenciatura, as duas ações supracitadas vêm sendo desenvolvidas com a finalidade de minimizar os problemas que se enfrentam durante o processo de formação inicial dos professores, em particular, relacionado a vivência do licenciando na escola. É na escola que o futuro professor entenderá que as normas e planos institucionais para educação possuem um caráter geral, devendo ser adaptados a cada situação, a cada escola, onde a diversidade se apresenta (AZANHA, 2004). Neste sentido, este trabalho relata o resultado de uma experiência vivenciada enquanto PIBID, em que daremos um enfoque acerca do olhar dos bolsistas do subprojeto de Física do PIBID, futuros professores de física, sobre as suas experiências no programa, destacando as implicações deste para a sua formação ao vivenciarem a aproximação da universidade à escola, e o que foi para os mesmos experimentarem enquanto estudantes da licenciatura a realidade da sala de aula, juntamente aos professores de física da educação básica.

7 2. REFERENCIAL METODOLÓGICO Este trabalho que é de natureza qualitativa constitui-se num estudo descritivo, em que investigamos um grupo de bolsistas do PIBID do subprojeto de Física da Universidade Estadual da Paraíba, sobre o papel deste programa na formação inicial. Para a coleta de dados realizamos entrevistas com três grupos de bolsistas em que cada grupo era composto por cinco bolsistas, que atuavam em três escolas públicas na cidade de Campina Grande - PB, estado da Paraíba. As entrevistas foram gravadas e transcritas para análise. Na sequência apresentamos algumas das questões que constituíram as entrevistas. Como é estar na escola planejando ações junto a professores de Física já experientes na área? Você considera isso significativo para a sua formação? Sobre a participação de vocês nas aulas do professor supervisor, o que têm a dizer? Quais as implicações que o PIBID vem trazendo para a sua futura profissão? 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES Apresentaremos algumas das respostas obtidas durante as entrevistas realizadas com os três grupos de bolsistas do curso de licenciatura em física da UEPB. De um modo geral os espaços representam as ideias dos bolsistas em cada grupo. Quando questionados sobre como é estar na escola planejando ações junto a professores de Física já experientes na área e se consideram significativa a tal experiência para a sua formação, os bolsistas responderam. Bolsista Grupo 1: Da melhor forma possível, por que é bastante proveitoso, a forma de trabalhar, /.../. Ainda mais porque ficamos seguros, em está com um professor que já é da escola. Nós tiramos isso como experiência, tirar o que é proveitoso para nossas futuras aulas. Bolsista Grupo 2: É muito importante. Esse projeto tá sendo bem melhor do que outros, que a gente fazia planejamento pra uma intervenção. /.../ a professora que está há mais tempo, já sabe o que/.../. Como direcionar no que a gente deve focar mais. Bolsista Grupo 3: É uma atividade proveitosa quanto as nossas futuras atividades como professores. Aqui a gente está aprendendo com o professor, a gente tá vendo a necessidade de se fazer o planejamento antes, e ver se aquilo realmente vai dar certo /.../. Tem-se que observar o ambiente da escola pra então você poder elaborar as suas aulas pensando naquele ambiente.

8 É possível percebermos por meio das respostas apresentadas pelos grupos que a experiência na escola com o professor já experiente tem sido significativo para os bolsistas, uma vez que gera mais segurança para os mesmos e possibilita-os refletir sobre o papel do planejamento e sua flexibilidade diante os episódios ocorridos em sala de aula. Nesse contexto, entendemos que o o professor deve ser formado não como um portador de verdades a serem aplicadas a uma situação escolar abstrata, mas incentivado a procurá-las na variedade social e cultural de escolas concretas (AZANHA, 2006: p.68). Isso representa, no contexto da formação docente, que o professor não deve priorizar aspectos idealistas para a prática da docência, mas enxergar a realidade da escola que possivelmente venha atuar. Nesse ínterim, a formação docente se reveste de utilidade social por preparar o professor para uma atuação que extrapola o âmbito da sala de aula imaginaria. Quando questionados sobre a participação nas aulas do professor efetivo da escola, os bolsistas mencionam. Bolsista Grupo 2: Bem, essa experiência tá sendo super positiva, por que, a gente está vivenciando uma realidade, é uma realidade que a gente nunca pensa dentro da universidade. A universidade é uma realidade superficial, que fica apenas nos estágios o momento da escola. Então, o projeto vem a preparar a formação da gente /.../. Bolsista Grupo 3: Pra gente foi positivo. A observação, de você está lá vendo o professor agindo /.../. Enquanto o professor tá ministrando a aula dele a gente tá observando os alunos, dá pra ter uma maior visão. Essa vivência dá pra você perceber muitas coisas que antes a gente não via, não percebia. Você planeja uma coisa, aí quando você chega lá acontece algum imprevisto. Aí você tem que saber lidar com esses imprevistos. Os bolsistas mencionam nas respostas que a experiência de desenvolver ações nas turmas dos professores supervisores são super positivas, uma vez que estreita as relações entre a universidade e a escola, a considerarem que na universidade, durante o processo de formação inicial, esta experiência de vivência escolar fica restrita apenas as atividades de estágio supervisionados, que ao olhar dos bolsistas é ainda insuficiente. Desse modo, entendemos que o contato com a escola durante a formação do professor, permitirá que ele vivencie os componentes curriculares em interação com o ambiente profissional e supere a noção simples e comum de disciplinas como métodos ou teorias a serem aplicados. Como argumenta Azanha (2004): O ponto de vista pedagógico não é uma soma de parcelas de saberes teóricos que, embora necessários, nunca serão suficientes para alicerçar a compreensão da

9 situação escolar e a formação do discernimento do educador. Nesses termos, é claro que não há fórmulas para orientar essa formação, mas o próprio conceito de vida escolar é básico para que se alcance esse discernimento (AZANHA, 2004, p. 370). Sobre as implicações do PIBID para a profissão futura, os bolsistas mencionam: Bolsista Grupo 1: É uma preparação, para quando a gente chegar lá em frente, já tá com uma bagagem, /.../. A gente perde até mesmo a vergonha de lidar com os alunos, e com algumas situações em sala de aula. Bolsista Grupo 2: É a oportunidade de ver qual é a realidade da nossa profissão, até pra despertar se realmente é o que queremos como profissão futura. Bolsista Grupo 3: Com o PIBID podemos ver qual a realidade da nossa futura vida de professor /.../ É uma experiência muito valiosa pra quem quer ser de fato professor. As respostas mais uma vez apontam para a importância do programa PIBID em permitir uma aproximação da universidade com a escola e por consequência proporcionar aos licenciados em Física uma experiência de prática docente dentro de um contexto real de escola, o que é imprescindível na escolha da profissão dos licenciandos. Também podemos observar nas respostas dos grupos que há uma satisfação dos bolsistas em vivenciarem a experiência docente junto ao PIBID. Os mesmos mencionam que o programa só vem acrescentar às suas vidas acadêmica, além de proporcionar reflexões sobre a profissão futura. 4. CONCLUSÃO Para os bolsistas, futuros professores de Física, as experiências junto ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) são novas formas de compreender a docência, além de estreitar as relações entre universidade e escola, viabilizando a vivência escolar no processo formativo inicial. Consideramos que o PIBID tem uma importância ímpar na vida acadêmica dos licenciandos, uma vez que de acordo com o olhar dos futuros professores, o programa proporciona aos mesmos, uma abrangência das atividades práticas na escola, ao referirem-se à vivência escolar. Destacamos também a experiência vivida com professores efetivos, os quais contribuem com as ações a serem desenvolvidas no âmbito escolar, especialmente nas atividades de planejamento didático, que por sua vez permite uma reflexão sobre a flexibilidade deste conforme situações vivenciadas no cotidiano da sala de aula.

10 Concordamos com Bejarano (2003), quando afirma que, aprender a ensinar é uma tarefa para a vida toda do professor. E aprender a ensinar pode ser perfeitamente um sinônimo de ajustes, ou checagem radical, no sistema de crenças educacionais dos futuros professores. Assim ao vivenciarem tal aproximação com a escola, esse professor em formação passará a observar a realidade de seu trabalho apoiando-se em suas crenças, podendo desenvolver preocupações educacionais ou conflitos, especialmente em contextos que afrontem essas crenças. Desse modo, quer seja por meio dessa vivência, quer seja por meio dos estágios supervisionados, a experiência da escola com professores já experientes é de suma importância para esses professores em formação. Outro ponto que merece destaque em relação ao olhar dos bolsistas sobre o PIBID, diz respeito à oportunidade que estes adquirem ao mencionarem que o programa possibilita experiências acadêmica, além de proporcionar reflexões sobre a profissão futura. Entendemos que o envolvimento dos professores formadores, professores universitários do curso de licenciatura em Física da UEPB, também foi positivo no que diz respeito ao PIBID, uma vez que faz a universidade aproximar-se da escola de educação básica, além de criar uma maior articulação dos componentes curriculares da licenciatura em física com as escolas selecionadas. ABSTRACT Or this article presents updates or research result or approach or with a look of future teachers about physical lived experience gives the same hairs Institutional Bag Program Introduction to Teaching (PIBID), highlighting the implications of this for a year to experience to his training I approach the university school, and can be inserted in reality gives room with classroom teachers in basic education with experience. For the queue Given Conducted interviews with three groups stockbrokers que three public schools operated in the city of Campina Grande, Paraíba State. The taxable and interviews were transcribed for later analysis. For years stockbrokers, futures Physics teachers, or alongside the PIBID experiences are new forms to understand teaching, the addition of closer relations between schooling and university, making possible to initial school experience not training process. KEYWORDS: Formation Teacher. Physics. School.

11 REFERÊNCIAS ALONSO, M.; QUELUZ, A. G. O Trabalho Docente: Teoria e Prática. São Paulo: Thomson Pioneira, 2003. AZANHA, J. M. P. Uma reflexão sobre a formação do professor de escola básica. Revista Educação e Pesquisa, v. 20, n. 2, p. 369-378, 2004.. A formação do professor e outros escritos. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2006. BEJARANO, N. R. R., et al. Tornando-se professor de ciências: crenças e conflitos. Revista Ciência e educação, v. 9, n. 1, p. 1-15, 2003. CANDAU, V. M. Didática Currículo e Saberes escolares. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. CARVALHO, A. M. P.; CASTRO, A. D. Didática Currículo e Saberes escolares. São Paulo: Pioneira/Thomson Learning, 2001. HAGE, Maria do Socorro Castro. Formação de professores: reflexões sobre seu saber/fazer. Doutora em Educação e Currículo (PUC/SP). Pedagoga e Professora efetiva da Universidade do Estado do Pará (UEPA), Belém do Pará, Brasil. JANUARIO, G. O estágio supervisionado e suas contribuições para a prática pedagógica do professor. Ung Seesp São Paulo, 2005. NUNES, C. M. F. Saberes docentes e formação de professores: Um breve panorama da pesquisa brasileira. Revista Educação e sociedade, ano XXII, nº 74, Abril/2001. PEDROSA, S. Formação de professores e tecnologia: Sim ou não?. Doutoranda - Depto. Educação - PUC-Rio Bolsista CNPq Rio de Janeiro, 2005.

12 POZO, Juan Ignácio. A sociedade da aprendizagem e o desafio de converter informação em conhecimento. Revista Pátio, Porto Alegre, ano VIII, n. 31 ago./out. 2004. RAMALHO, B. L.; NUNẼZ, I. B.; GAUTHIER, C. Formar o Professor Profissionalizar o Ensino: Perspectivas e Desafios. Porto Alegre: Sulina, 2001. SILVA, M da. Complexidade da formação de professores: Saberes teóricos e saberes práticos. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009.