INSTITUTO A VEZ DO MESTRE UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES INTERNET NO MERCADO SEGURADOR JANAINA CLÁUDIA STREY ROCHA



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Transcrição:

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES INTERNET NO MERCADO SEGURADOR JANAINA CLÁUDIA STREY ROCHA Rio de Janeiro Julho/2010 1

JANAINA CLÁUDIA STREY ROCHA INTERNET NO MERCADO SEGURADOR Trabalho apresentado ao Instituto A Vez do Mestre como requisito parcial para obtenção do grau no curso de Pós Graduação em Gestão de Projetos Inovadores. ORIENTADOR: ALEKSANDRA SLIWOWSKA Rio de Janeiro Julho/2010 2

JANAINA CLÁUDIA STREY ROCHA INTERNET NO MERCADO SEGURADOR Trabalho apresentado ao Instituto A Vez do Mestre como requisito parcial para obtenção do grau no curso de Pós Graduação em Gestão de Projetos Inovadores. Aprovado em / / Banca Examinadora: (ALEKSANDRA SLIWOWSKA) Professor Orientador Instituto A Vez do Mestre Rio de Janeiro Julho/2010 3

AGRADECIMENTOS A Professora Aleksandra Sliwowska, pela orientação acadêmica e sugestões concedidas para a elaboração desta monografia. A minha filha Manuela, pois através da sua alegria de criança me deu força durante o período em que estive dedicada a este trabalho. A minha amiga Silvia Rocha pela compreensão e força dispensada. A minha mãe, pela motivação dada em todo o meu percurso acadêmico. 4

RESUMO A delimitação deste estudo foi estabelecida com o objetivo de realizar um levantamento bibliográfico relativo aos impactos do advento da internet no mercado de seguros brasileiro, abordando desde o surgimento deste mercado, seu desenvolvimento e o seu desempenho com a utilização da Internet nos dias atuais. O nascimento do mercado de seguros brasileiro é marcado pela vinda da família real portuguesa para o Brasil e seu marco principal é registrado nos idos de 1966 com a criação do Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP) pelo Governo Federal. Já a Internet foi criada por volta dos anos 60, por uma necessidade militar americana, e o seu crescimento no Brasil se deu apenas a partir da década de 90, revolucionando as formas de as transações comercias, financeiras, legais, políticas e outras tantas entre os países do mundo como um todo. A Internet possibilitou o desenvolvimento do mercado globalizado e atenuou ainda mais as barreiras entre os países e as culturas como um todo. O mercado segurador brasileiro foi sacudido por esta onda inicial de desenvolvimento de novas tecnologias de telecomunicação e informática e necessitou se adequar rapidamente. Verificou-se que, atualmente, a Internet é uma realidade na forma de atuação das empresas inseridas neste mercado. É possível afirmar que a maioria das seguradoras e corretores de seguros qualificados estão todos lá (na Internet) e que os principais desafios destes e de todos os demais interlocutores da contratação de um seguro estão relacionados a fatores de maior concorrência e pela busca de maior lucratividade no mercado globalizado de seguros. Palavras-chave: mercado de seguros, internet, contrato de seguros. 5

ABSTRACT The delimitation of this study was established with the objective to survey some bibliographic studies regarding the impacts of the advent of the Internet in the Brazilian market of insurances, approaching since the sprouting of this market, its development and its performance with the use of the Internet in the current days. The birth of the Brazilian market of insurances is marked by the coming of the Portuguese real family for Brazil and its main landmark is registered in 1966 with the creation of the National System of Private Insurances (SNSP) by the Federal Government. In relation to the Internet, it was created in the 60 s to attend an American military necessity, and its growth in Brazil was during decade of 90, revolutionizing the forms of the commercial, financial, legal, politics and others types of transactions between the countries of the world. The Internet made possible the development of the globalized market and diminished the barriers between the countries and the cultures. The Brazilian market of insurances was shacked' for this initial wave of development of new technologies of telecommunication and computer science and had to adjusted quickly. Was verified that, currently, the Internet is a reality for the companies inserted in this market. It is possible to affirm that the majority of insurance companies and the qualified insurance brokers can be found there (in Internet) and that the main challenges of these and the others interlocutors that act in a insurance contract are related to the highest competition and to achieve the highest profitability in this globalized market of insurances. Key-words: market of insurances, Internet, contract of insurances. 6

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 8 2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO MERCADO SEGURADOR Erro! Indicador não definido. 2.1 O MERCADO SEGURADOR INTERNACIONAL... 11 2.2 O MERCADO SEGURADOR NACIONAL... 14 2.3 FUNCIONAMENTO DO MERCADO SEGURADOR BRASILEIRO... 16 3 A INTERNET E O MERCADO SEGURADOR... 23 3.1 A EVOLUÇÃO DA INTERNET... 23 3.2 A INTERNET COMO FERRAMENTA PARA O MERCADO SEGURADOR Erro! Indicador não definido. 3.3 CASO SULAMÉRICA... 30 4 AS PERSPECTIVAS DO MERCADO SEGURADOR... 33 5 CONCLUSÕES... 37 REFERÊNCIAS... 41 7

1. INTRODUÇÃO Conforme descrição encontrada no site da Wikipédia, Internet é um conglomerado de redes em escala mundial de milhões de computadores interligados, permitindo o acesso a informações e a todo tipo de transferência de dados. Ela carrega uma ampla variedade de recursos e serviços, incluindo os documentos interligados por meio de hiperligações da World Wide Web, e a infraestrutura para suportar o correio eletrônico e os serviços como comunicação instantânea e de compartilhamento de arquivos. É cada vez mais evidente de que a Internet permitiu a interligação, em nível mundial, de tantos computadores quanto necessários. Atualmente, não é mais um luxo ou simples questão de opção a utilização da Internet, mas sim, uma questão de inclusão na sociedade global, tendo em vista o enorme leque de possibilidades que esta ferramenta proporciona, diminuindo distâncias e atravessando fronteiras culturais mundo a fora. Neste contexto, as corporações, de uma forma geral, se inseriram de forma veloz, objetivando estar cada vez mais próximas de seus clientes e fornecedores, atuais e futuros, os quais podem estar nas comunidades das quais já fazem parte, como das comunidades globais como um todo. Relativamente às empresas participantes do mercado segurador, estas também buscaram, rapidamente, se inserir na Internet, buscando obter resultados positivos, não só quanto ao aumento de sua carteira de clientes e número de transações operacionais, como em seus resultados financeiros e de desempenho. Como exemplo desta rápida evolução, com a aplicação da Internet, as empresas seguradoras passaram a ser contatadas por seus clientes diretos (corretores), que antes do advento da Internet, buscavam informações e apresentavam propostas de consumo de seguros. Em atendimento às solicitações dos clientes, as empresas seguradoras passaram a empregar tecnologia avançada, tendo desenvolvido sistemas informatizados acessíveis por meio da Internet, capazes de efetuar vendas de qualquer computador que esteja devidamente conectado e identificado em qualquer lugar do globo, agilizando, assim, seus processos de venda de seguros, agora, via Internet. 8

Para um melhor entendimento sobre o termo seguro, o site da Wikipédia define que, dá-se o nome de seguro (do latim "securu") a todo contrato pelo qual uma das partes, segurador, se obriga a indenizar a outra, segurado, em caso da ocorrência de determinados sinistro, em troca do recebimento de um prêmio de seguro. O processo de contratação de uma apólice de seguro se inicia por intermédio de um corretor de seguros oficial, o qual deverá assessorar a contratação de coberturas de seguros adequados aos interesses do seu cliente. Este corretor deve encaminhar, para a empresa seguradora, uma proposta contendo informações relativas ao objeto a ser segurado e ao risco a que ele está sujeito. Com base nessas informações e em suas normas de aceitação, as seguradoras avaliam o risco e emitem uma apólice de seguro para que, durante a vigência da apólice, o segurado (cliente) possa fazer jus às garantias contratadas, caso venha a acontecer algum evento ou sinistro. As seguradoras sempre buscam desenvolver seus processos de pré e pós-venda, pois todo crescimento a ser alcançado depende em grande parte de um excelente serviço prestado. Em decorrência da alta concorrência do mercado de seguros, a elaboração de estratégias competitivas para a redução de custos e aumento das receitas, ganha ainda mais importância. E neste contexto, a Internet representa uma valiosa ferramenta para as empresas participantes do mercado segurador. Verifica-se que, a Internet possibilita que este segmento de mercado se utilize de novas estratégias para obter agilidade e alcançar a inovação, tendo em vista um atendimento de alta qualidade, aos desejos e necessidades de seus clientes. O presente trabalho está divido em cinco capítulos, os quais serão resumidamente descritos a seguir: Neste capítulo 1, é realizada uma contextualização quanto ao tema proposto, iniciando o leitor sobre os conceitos básicos e a situação atual das empresas participantes do mercado de seguros e a utilização da Internet atualmente, assim como explicitando sobre a divisão deste trabalho. No capítulo 2 é apresentada, de forma sucinta, a história do desenvolvimento do mercado de seguros no Brasil e, também da Internet, facilitando a compreensão do leitor quanto aos objetivos e a conclusão deste trabalho. 9

No capítulo 3, os objetivos desta monografia são detalhados a seguir: - Objetivos: realizar um breve levantamento bibliográfico dos estudos relacionados ao mercado segurador no Brasil e a utilização da Internet por este mercado, como forma de aumentar a oferta e a procura de seguros através deste importante meio de comunicação. E, por fim, mapear os desafios a serem superados pelos participantes deste promissor mercado. - Objetivos: apresentar um exemplo prático identificado (caso da empresa Sul América) e sugerir, aos leitores e estudantes temas subjacentes a esta presente pesquisa e que poderão ser melhor estudados e detalhados em trabalhos de monografia a serem desenvolvidos futuramente. No capítulo 4, concluiu-se o trabalho em atendimento aos objetivos propostos, resumindo-se os desafios futuros das empresas participantes do mercado segurador e faz-se sugestão de temas de interesse relacionados, que podem ser melhor estudados e detalhados. Por fim, no capítulo 5, serão apresentados possíveis estudos e estratégias que podem dar continuidade a esta abordagem. 10

2. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO MERCADO SEGURADOR 2.1 O Mercado Segurador Internacional A história do seguro é muito antiga e nasceu da necessidade que o homem tem de se proteger contra o perigo, do medo dos acontecimentos imprevisíveis e perda de seus bens. Ribeiro (1994) sistematizou a história do seguro, tendo destacado fatos e a época dos acontecimentos de forma resumida. Alguns destes fatos e épocas, considerados os mais importantes são apresentados a seguir: 1) Antes de Cristo (AC): Foi identificado no Código de Hamurábi (rei da Babilônia que reinou entre 2067 e 2025 AC) disposições relativas a uma associação encarregada por indenizar com um navio aos comerciantes que perdiam os seus em naufrágios. Já no século IX-AC (200 anos antes da fundação de Roma), nas Leis de Rodes foram estabelecidos critérios de repartição de prejuízos entre os donos de embarcações e os de carga em caso de infortúnios no mar com estas. Uma forma primitiva de seguro é citada no Talmud, livro de jurisprudência hebraica na Mesopotâmia: havia entre os condutores de caravanas uma combinação que garantia aos seus participantes a restituição de animais de carga sadios sempre que os seus se perdessem por morte, fuga ou ataque de feras selvagens. Esta prática seria precursora do seguro terrestre, surgida nas rotas comerciais que atravessaram a Ásia e o norte da África. Por isso, podemos dizer com propriedade que, foram os povos da Mesopotâmia os criadores da primeira forma de seguro hoje conhecida. Mais tarde, por volta do ano 1100 A.C., na Grécia e na Fenícia, nasceu a forma primitiva de seguro marítimo, dada a intensa atividade comercial no mar mediterrâneo. Através de um contrato, uma pessoa emprestava determinada quantia sobre um determinado bem exposto ao risco (um navio ou uma mercadoria em viagem) e estipulava juros extraordinários. Tais juros eram recebidos quando nada 11

acontecia, ou eram perdidos junto com o capital emprestado quando da ocorrência de algum dano com o bem exposto. 2) Séculos XIII a XV: Em 1234, o papa Gregório IX proibiu as atividades de empréstimos, o que propiciou o aparecimento do primeiro sistema de seguros: A Convenção de Seguro. Em 1347 registrou o primeiro Contrato de Seguros. Nos idos do século XIV, em Florença, surgiram os protótipos dos Corretores de Seguros. Em 1424, em Gênova, foi criada a primeira empresa de seguros, a Tam in mari quam in terra, ofertando seguros para cobrir riscos de transportes. Por fim, em 1435, foi editada a lei Lãs Capitulas de Barcelona, que influenciou definitivamente o mercado de seguros no mundo. 3) Séculos XVI a XVIII: Em 1600, a rainha da Inglaterra assinou o Ato da Corte de Seguros, estimulando o desenvolvimento dos seguros. Em 1668, foi criado o Lloyds como uma empresa de seguros, o qual foi reconhecida em 1720. É atribuída à Leibnitz a criação do Seguro Social, o qual representava uma caixa autônoma, formada por contribuintes populares, que participavam com seus recursos financeiros, que em caso de sinistros, recebiam a devida compensação. No século XVII, Pascal elaborou os princípios dos cálculos das probabilidades. Em 1693, Edmond Halley, apresentou a tabela de mortalidade, que serve de base para a técnica atuarial. Em 1755, o matemático Dodson publicou seus cálculos sobre um seguro para a vida inteira. Em 1785, na Inglaterra, foi criada a Companhia de Seguros de Incêndio. 4) Séculos XIX em diante: Em 1804, Napoleão promulgou o Código Civil, o qual estabeleceu, dentre outras coisas, que o seguro tinha por fim compensar perdas e danos, de forma justa. Em 1871, na França, a previdência era vista como um dever cívico dos indivíduos. Verifica-se que foi a partir da segunda década do séc. XIX que o mercado segurador se desenvolveu, tendo sido ampliado seu leque de cobertura com a inclusão de novas modalidades. Na França surgem o seguro de responsabilidade, o de cavalo e o veículo, introduzidos pela L Urbaine Etla Seine. O seguro contra acidentes é produto da nova era de transportes por ferrovias. O impulso foi tão 12

grande que o seguro marítimo perdeu sua tradicional importância diante dos demais ramos. Segundo Ribeiro (1994), no século XX, a economia sofreu fortemente com a inflação e a instabilidade das moedas. Na área jurídica, outras tantas mudanças nas legislações dos países com maiores exigências. Assim, considerando as economias emergentes e as novas conjunturas políticas, econômicas e sociais dos países, o seguro se ajustou da mesma forma. 13

2.2 O Mercado Segurador Nacional Há informações de que a formação do mercado segurador brasileiro se deu ainda no século XVI com os jesuítas e, em especial, o Padre José de Anchieta. Porém, somente depois da vinda da família real para o Brasil, da abertura da economia e da liberação dos portos às nações amigas, é que o mercado de seguros realmente se estrutura. Ribeiro (1994) nos informa sobre a formação do mercado de seguros no Brasil, o qual pode ser apresentado sucintamente da seguinte forma: - Em 1808, é criada a Companhia de Seguros Boa Fé, a primeira companhia de seguros brasileira, seguindo os regramentos portugueses, adequados às normas comerciais européias. Em 1835, surge a previdência privada, com a criação do Mongeral-Montepio Geral de Economia dos Servidores do Estado. Em 1845, surge a Argos Fluminense (atualmente denominada Chubb do Brasil Cia de Seguros, associada ao Citibank). - Durante período regencial (1831 1840) foi nomeada uma comissão para elaborar o código comercial, cujas disposições sobre o seguro marítimo teriam por base o direito inglês. O código comercial Brasileiro só foi promulgado em junho de 1850, e relativamente à questão de seguros, nesta primeira versão, foram tratadas apenas as operações de seguro marítimo. Os seguros terrestres não foram abordados e o seguro de vida de pessoas livres era expressamente proibido e o de escravos era permitido. - Em 1855, surge a primeira companhia de seguros de vida, a Tranqüilidade sob o argumento de que ao proibição expressa no código comercial era cabível apenas para seguros de vida realizados juntamente com seguros marítimos. E, por volta de 1862, surgiram as primeiras filiais de companhias estrangeiras. - O Decreto 4.270, de 1901, regulou as operações de seguros no Brasil e criou as Inspetorias de Seguros, subordinadas ao Ministério da Fazenda. - Em 1919, promulgado o Código Civil, tendo sido estabelecidos dispositivos específicos para os seguros terrestres. Nos idos de 1932, foi fundado o 1º Sindicato dos Corretores de Seguros, sendo que a profissão só foi regulamentada 14

32 depois (1964) e, em 1933, fundado o Sindicato dos Seguradores do Rio de Janeiro. - Entre 1934 e 1939, foram criados o Departamento Nacional de Seguros Privados e Capitalização (DNSPC) e o Instituto de Resseguros do Brasil (IRB). Em 1940, o Decreto-Lei nr. 2.063 regulamentou as atividades e a fiscalização de seguros privados no Brasil. - Finalmente, em 1966, por meio do Decreto-Lei nr. 73, é criado o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), das Seguradoras e dos Corretores de Seguros. Tal legislação reformulou toda a política do mercado de seguros brasileiro. 15

2.3 Funcionamento do Mercado Segurador Brasileiro O Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP), instituído pelo Governo Federal em 1966, é apresentado na Figura 1, a seguir: Figura 1: Estrutura do SNSP (Fonte: Teoria Geral do Seguro FUNENSEG). Seguem abaixo, as principais funções de cada um dos órgãos mencionados na Figura 1: 1) Ministério da Fazenda: sua função é formular e executar a política econômica brasileira, atuando em questões relativas á moeda, crédito, junto a instituições financeiras, capitalização, poupança e seguros. 2) Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP): é o órgão encarregado pela fização das diretrizes e normas da política de seguros privados. 3) Conselho de Recursos do Sistema Nacional de Seguros Privados, de Previdência Privada Complementar Aberta e de Capitalização (CRSNSP): é órgão colegiado, integrante da estrutura básica do Ministério da Fazenda. Julga, em última instância administrativa, dos recursos de decisões da SUSEP e do IRB Brasill-Re. 4) Superintendência de Seguros Privados (SUSEP): autarquia do Ministério da Fazenda responsável pelo controle e fiscalização do mercado de seguros. 16

5) IRB Brasil Resseguros (IRB-Brasil Re): é uma empresa estatal de economia mista, sob a forma de sociedade por ações, com controle acionário da União. Objetiva a regulação do co-seguro, do resseguro e da retrocessão. 6) Corretores de Seguros: pessoas físicas ou jurídicas, que funcionam como intermediários na contratação de seguros entre as seguradoras e pessoas físicas ou jurídicas. 7) Empresas de Seguros: empresas legalmente constituídas sob a forma de sociedade anônima, que visam o fornecimento de coberturas de seguros. 8) Entidades de Previdência Complementar Aberta: sociedades cujo o objetivo principal é a provisão de planos de benefícios de caráter previdenciário. 9) Sociedades de Capitalização: sociedades anônimas que objetivam constituir capitais pagáveis em moeda corrente, aos titulares dos Títulos de Capitalização. Conforme explicado no web site da Federação Nacional das Empresas de Seguro Privados e de Capitalização (FENASEG), com a edição do Decreto Lei 73 em 1966, a criação da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), fez com que esta assumisse, pela primeira vez no Brasil, a tutela direta dos interesses dos consumidores de seguros. O IRB, que até então praticamente exercera funções específicas quanto a definição dos modos de operação de seguros no Brasil, passa a dividir com a SUSEP algumas atribuições. A partir de 1985, a SUSEP implementou profundas transformações, se reorganizou internamente e assumiu as funções de reguladora do mercado segurador. Tais mudanças propiciaram as condições contratuais de mercado, que possibilitaram seu crescimento num ambiente de justa e desejável concorrência. Vale mencionar que, a SUSEP implantou um sistema de audiência pública, aberta a todos os segmentos do mercado de seguros, visando a formulação de medidas gerais, promoveu a desregulamentação da atividade seguradora que exercia, dando autonomia à criação de produtos e estimulando a formação de novas empresas regionais, modificou os critérios e requisitos para aplicação de reservas técnicas em ativos mobiliários e acabou com a exigência de carta-patente para o funcionamento das seguradoras. 17

A Constituição Federal promulgada em 1988, o seguro, a capitalização e a previdência privada adquiriram um novo status. Nos termos de seu Art. 21, item VIII, ultrapassaram os limites estritos da seguridade e evoluíram para o de investidores institucionais, tendo sido integrados ao sistema financeiro nacional, ao lado das demais instituições. Em 1991, a FENASEG divulgou a Carta de Brasília, que foi a primeira manifestação conjunta e consensual das empresas de seguro, publicamente apresentada como plataforma de demandas e propostas ao Governo. Tal Carta era composta de três princípios básicos: compromisso com a economia de mercado e a livre competição, responsabilidade econômica e social do setor de seguros diante dos agentes produtivos e da população brasileira e opção pela modernidade que se baseia na experiência do próprio mercado. Como propostas de mudanças, tal Carta enfatizava a necessidade da ampliação da imagem pública do seguro, a desregulamentação do setor, a colaboração com o Governo em assuntos e operacionalização da previdência no Brasil, a desestatização do seguro de acidente de trabalho, e maior liberdade na operação do seguro-saúde. No mesmo ano foi lançado, conjuntamente pelo IRB, SUSEP e Secretaria de Política Econômica, o Plano Diretor do Sistema de Seguros, Capitalização e Previdência Complementar. Esse documento tinha o objetivo de reafirmar a importância da desregulamentação do setor e de apresentar propostas de modernização da atividade seguradora relativas à política de liberação de tarifas, ao controle de solvência das empresas, à abertura do setor ao capital estrangeiro, à redefinição do papel do corretor e outros. As propostas da Carta de Brasília e do Plano Diretor supracitados repercutiram positivamente na história do seguro no Brasil e, em 1996, foi permitida a entrada de empresas estrangeiras no mercado brasileiro e a quebra do monopólio ressegurador do IRB. A primeira, consubstanciada num parecer da Advocacia Geral da União, em resposta a consulta do Ministro da Fazenda sobre a possibilidade de autorização para o funcionamento de empresa seguradora estrangeira nos ramos vida/previdência. Decidindo pela inconstitucionalidade da Resolução CNSP nº 14/86, que impedia que o capital estrangeiro participasse com mais de 50% do capital ou um terço das ações de seguradora brasileira, o Parecer GO-104 foi o respaldo legal para que, imediatamente, mais de vinte empresas estrangeiras entrassem no Brasil a partir de junho de 1996. A segunda medida consta da Emenda nº 13 feita à 18

Constituição federal, e recebeu o acolhimento do Governo ao fim ao monopólio do resseguro pelo IRB, e ao dar nova redação ao Art. 192, item II do texto constitucional. O web site da FENASEG conclui que a abertura do mercado brasileiro às seguradoras estrangeiras mantém estrita sintonia com a tendência de globalização dos mercados. Trata-se de um processo que, abrangendo o mundo inteiro, induz à quebra das barreiras e dos isolamentos geográficos, e ao surgimento de um novo quadro de relações produtivas. O Brasil, pelo porte de sua economia, representa um importante mercado aos capitais globalizados e tem se aproveitado desta vantagem competitiva. A Figura 2, a seguir, informa quanto a classificação dos países no ranking mundial de prêmios arrecadados por seus respectivos mercados seguradores (todos os ramos de seguro). Cabe destacar que, no período de 1999 a 2005, o mercado segurador brasileiro experimentou um crescimento de 89,89% e que em 2005, o Brasil já estava ocupava vigésimo lugar neste ranking. Figura 2: Ranking mundial de prêmios arrecadados por mercados seguradores (Fonte: FENASEG). Verifica-se que o mercado segurador brasileiro apresentou um crescimento de 7,29% entre 2004 e 2005, tendo um volume de prêmio arrecadado de cerca de R$ 24 bilhões. A Figura 3, abaixo, apresenta a evolução da participação do mercado segurador brasileiro no Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Evidencia-se o grande 19

crescimento e mudança de patamar ocorrida a partir de 1995, ano em que o volume de prêmios foi de cerca de R$ 12,9 bilhões para R$ 50,9 bilhões, em 2005. Assim, a participação deste mercado no PIB nacional passou de 2% em 1995, para 2,63% em 2005. Figura 3: Participação do Mercado de Seguros no PIB Nacional (Fonte: FENASEG). No web site Tudo Sobre Seguros complementa as informações acima, explicitando que: - Os principais indicadores do mercado segurador mais que dobraram: a receita anual com prêmios de seguros e contribuições a planos de previdência passou de US$ 32 por habitante, em 1990, para US$ 278 em 2008 e o quociente dessa receita contra o PIB subiu de 1,2% para 3,1% no mesmo período. 20

- Em 2008, o referido mercado arrecadou R$ 96,4 bilhões em prêmios diretos e contribuições, o que correspondeu a 3,3% do PIB. Tais prêmios e contribuições serviram para incrementar reservas técnicas que se elevaram a R$ 170 bilhões, o que significa 6,6% do PIB. - Aplicadas em sua maior parte no sistema financeiro, tais provisões corresponderam a 8,43% dos haveres financeiros de médio e longo prazo em 2008. As provisões também garantiram o pagamento de indenizações de sinistros, benefícios assistenciais e resgates de planos previdenciários e de capitalização no valor de R$ 45,7 bilhões (1,6% do PIB). - O mercado de seguros no Brasil é fortemente concentrado em três subramos: seguros de pessoas (vida, acidentes e previdência), automóveis e saúde. Juntos esses seguros detiveram 85% da receita do mercado em 2008 (Figura 4). No entanto, o mercado tem crescido significativamente em ramos não tradicionais como riscos financeiros, rural, cascos, habitacional e outros. Figura 4: Mercado de Seguros Nacional, em 2008 Por Ramo (Fonte: FENASEG). Até 2008/2009, o mercado de seguros brasileiro está estruturado conforme a Figura 5 abaixo. Além disso, no canal de distribuição, existem cerca de 70 mil corretoras de seguros. 21

Figura 5: Participantes do Mercado de Seguros Nacional, em 2008/2009 (Fonte: FENASEG). Com base em informações obtidas no site Tudo Sobre Seguros pode-se inferir que o mercado segurador brasileiro como um todo tem crescido a taxas elevadas e que tal expansão poderá continuar no futuro. Tal crescimento pode ser explicado pela preocupação cada vez maior das pessoas em segurar seus bens, considerando que este é o instrumento de proteção adequado e que o permite se resguardar contra quaisquer prejuízos decorrentes de possíveis acontecimentos danosos, incertos e futuros que possam lhes ocorrer ou com o seu patrimônio. Atualmente, os seguros de vida e de previdência complementar aberta, visando cobertura contra riscos da aposentadoria e da velhice ganharam maior importância, tendo em vista o envelhecimento da população brasileira (mais de 65 anos). Tal ramo de seguro se manteve em torno dos 3% do total até 1970 e a previsão é de que alcance cerca de 13% em 2020. O mesmo poderá ocorrer com o ramo de seguros de saúde: populações mais idosas demandam mais serviços de saúde, tendo em vista a precária rede de atendimento disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) do governo. É possível que a as seguradoras tenham importante papel na administração dos riscos vinculados ao processo de mudanças climáticas em escala global, que se apresentam no curto e no médio prazo. A escala desses riscos ainda é pequena no caso do Brasil, mas não resta dúvida de que todos os países serão afetados em algum grau. 22

3. A INTERNET E O MERCADO SEGURADOR 3.1 A Evolução da Internet São grandes as evidências de que a Internet surgiu por volta dos anos 60, nos Estados Unidos, devido à necessidade militar de criação de uma rede de comunicação segura e à Guerra Fria. Pereira (2004) informa que, para a ampla utilização da Internet como nos dias atuais, foram desenvolvidas as seguintes principais ferramentas: - Internet Standards: representando um padrão de comunicação a ser utilizado por todos os participantes dessa rede e que se baseia na especificação de protocolos padrões de comunicação Internet Protocol (IP). - Protocolos diversos: para diferentes finalidades, foram criados protocolos específicos, tais como: POP 3 e SMTP (para a utilização de e-mails), o IRC (para o funcionamento de chats) e HTTP (o qual permite a navegação na Internet), sendo este último é o mais popular. - World Wide Web (WWW), em 1994: permite, de qualquer lugar do mundo, a distribuição e exibição de páginas e gráficos multimídia vinculados entre si com um simples clique do mouse. - Windows 95, pela Microsoft, em 1995: sistema operacional baseado em janelas. Neste mesmo ano, a Internet foi disponibilizada para o grande público no Brasil. Para Laudon & Laudon (2004) o desenvolvimento da Internet se deu da seguinte forma: - Origem: Em 1969, foi criada uma rede única, denominada ARPANET, criada, pela Advanced Research Projects Agency (ARPA) do Departamento de Defesa dos EUA, com o objetivo de permitir o compartilhamento de dados e criar um sistema de correio eletrônico (e-mail). A ARPANET foi projetada para que todos os computadores da rede pudessem ter igual capacidade para se comunicar com outros computadores da rede. 23