Manejo dos resíduos gerados na assistência ao paciente com suspeita ou confirmação de contaminação pelo vírus Ebola. Enfª Marília Ferraz

Documentos relacionados
PROCEDIMENTO PARA ACONDICIONAMENTO E SEGREGAÇÃO DE RESÍDUOS DOS GRUPOS A e E Prefeitura do Campus USP Fernando Costa (PUSP-FC)

Atualização Ebola 18/11/15

PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE PGRSS IPTSP/UFG

2. LOCAL DE APLICAÇÃO

INFLUENZA A(H1N1) PROTOCOLO DE PROCEDIMENTOS MANEJO DE RESÍDUOS NA REDE MUNICIPAL

EBOLA COMUNICADO N 1. prefeitura.sp.gov.br/covisa. 01 de setembro de 2014

Como estamos fazendo a gestão dos RSS no Centro de Assistência Odontológica à Pessoa com Deficiência (CAOE): reflexão e orientação

Resíduos Sanitários. RDC 306 e a CONAMA 358. Profº Tiago Moreira Cunha

Manual. Resíduos Infectantes DGA. Diretoria de Gestão Ambiental

Manual. Resíduos Infectantes DGA. Diretoria de Gestão Ambiental

Procedimento Operacional Padrão FMUSP - HC. Faculdade de Medicina da USP Diretoria Executiva da FMUSP e Diretoria Executiva dos LIMs

Manual de orientação para descarte de resíduos biológicos dentro da Universidade de Brasília

CONSULTA PÚBLICA Nº 20/2015 REVISÃO RDC 306

Comissão de Biossegurança do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo

GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

Informe técnico XXIX Influenza A (H1N1)

BIOSSEGURANÇA EM CLASSES HOSPITALARES

RECOMENDAÇÕES PARA O ATENDIMENTO DE PACIENTES COM SUSPEITA CLINICA DE PNEUMONIA ASIÁTICA / SRAG SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE

ESTRATÉGIA DE ASSISTÊNCIA E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE EBOLA. Versão 1 14 de agosto de 2014

Ref: RDC 306 de 07 de dezembro de 2004, publicada no D.O.U. (Diário Oficial da União) em 10/12/2004.

Medidas de precaução

Ambiência: Manuseio do Lixo e Material de Descarte

Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde/ Biotério/ Instituto de Biociências/ Campus Rio Claro/SP

NORMAS GERAIS PARA DESCARTE DE RESÍDUOS NO ICB

Administração e Gestão Farmacêutica. Josiane, Mônica, Tamara Agosto 2014

Conceitos e Organização na CME RDC 15/2012

RSS CLASSIFICAÇÃO (CONAMA 358/2005)

26 a 29 de novembro de 2013 Campus de Palmas

Higiene e Conduta: Ambiente

Desinfecção de alto nível: Desinfecção de médio nível: Desinfecção de baixo nível:

Procedimento Operacional Padrão (POP) Centro de Educação e Pesquisa em Enfermagem Título Limpeza das ambulâncias e equipamentos

BIOSSEGURANÇA - SARG RECOMENDAÇÕES PROVISÓRIAS - 12/05/2003 TIPOS DE PRECAUÇÃO A SEREM USADAS PADRÃO, CONTATO E AÉREA

C o n c e i t o d e B i o s s e g u r a n ç a

Rejeitos como desafio de uma política de Biossegurança

DIFICULDADES E DESAFIOS NO GERENCIAMENTO INTEGRADO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE 1

RESÍDUO DO SERVIÇO DE SAÚDE STERLIX AMBIENTAL TRATAMENTO DE RESÍDUOS LTDA - ENG.AMBIENTAL GESUALDO DELFINO DE MORAES

11º ENTEC Encontro de Tecnologia: 16 de outubro a 30 de novembro de 2017

O Equipamento de proteção individual (EPI) é todo dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos

Desinfecção e empacotamento de material, preparando-o para o processo de esterilização no CME.

O que são PérfuroP. rfuro-cortantes? Todo material que possa provocar cortes ou perfurações.

Como Descartar Resíduos Biológicos

Conjunto de medidas voltadas para prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino,

GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO NA SAÚDE

DIAGNÓSTICO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE NOS LABORATÓRIOS DE ANÁLISE CLÍNICA DO MUNICÍPIO DE CRUZ DAS ALMAS, BAHIA

BIOSSEGURANÇA. Diogo Domingues Sousa Gerente de Segurança e Saúde Ocupacional

EBOLA - Protocolo de atendimento a caso suspeito HU USP - 17/12/2014

PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS SERVIÇO DE SAÚDE/BIOTÉRIO BIOTÉRIO BIODINAMICA INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS CAMPUS DE RIO CLARO/SP

O resíduo é problema meu?!?!?

Resíduos Resultantes das Atividades de Vacinação RDC/ANVISA Nº 306, de 7 de Dezembro/2004 Resolução CONAMA Nº 358, de 29 de Abril/2005

Norma Regulamentadora NR 32. Educação Continuada EDC Em parceria com Segurança do Trabalho e Medicina do Trabalho - SEMST

8. Gestão de Resíduos Especiais. Roseane Maria Garcia Lopes de Souza. Há riscos no manejo de resíduos de serviços de saúde?

Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde - RSS Robson Carlos Monteiro

ANEXO I. PLANO SIMPLIFICADO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DA SAÚDE PARA MÍNIMOS GERADORES Até 30 Litros/semana

PGRSS PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE

GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS EM ESTRATEGIA DE SAÚDE DA FAMILIA

GESTÃO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

ROTEIRO PARA POSTO DE COLETA DE ANÁLISES CLÍNICAS

ALTERNATIVA PARA DESINFECÇÃO E RECICLAGEM DE SACOS PLÁSTICOS UTILIZADOS PARA O ACONDICIONAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSSS)

Tabela 4. Descrição dos aspectos ambientais

PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESIDUOS DE SERVIÇOS DE SAUDE LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS

GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE ESTADO DO AMBIENTE INSTITUTO ESTADUAL DO AMBIENTE

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO. Código: ILMD-SLM-POP.011 Revisão/Ano: 00/2018 Classificação SIGDA:

1. Apresentação Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de

III CICLO DE PALESTRAS SEGURANÇA E SAÚDE

DISCIPLINA DE BIOÉTICA E BIOSSEGURANÇA Profª Drª Patrícia Ruiz Spyere SEMINÁRIOS

Comissão de Biossegurança do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo

PGRSS PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE CURSO DE ODONTOLOGIA - UCEFF

Prevenção e Controle de Infecção Hospitalar. Hospital 9 de Julho 2010

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO TÍTULO: TRANSPORTE DE MATERIAL BIOLOGICO

Os métodos e procedimentos de análise dos contaminantes gasosos estão fixados na Norma Regulamentadora - NR 15.

RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

Esterilização de Materiais Hospitalares Ltda. Fone/fax:

HOSPITAL PUC-CAMPINAS PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS COM IMPACTO AMBIENTAL E FINANCEIRO EM SERVIÇOS DE SAÚDE

LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

FISPQ Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

MEDIDAS DE PRECAUÇÃO E CONTROLE A SEREM ADOTADAS NA ASSISTÊNCIA

RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE: CONHECIMENTO DOS AGENTES DE LIMPEZA

Controle de infecção Hospitalar e as interfaces com as estruturas físicas ANTONIETA MACHADO

RDC67/07 C.G

PROTOCOLO DE ROTINAS EM ENFERMAGEM

Procedimento operacional lixo hospitalar

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

I Capacitação para Enfermeiros. Hepatite Viral C

TEL: (77)

Carência no armazenamento, gerenciamento e destinação do lixo hospitalar em um Município da região de Maringá-PR

Instrumentos para precaução e prevenção de Riscos Biológicos em Laboratórios de Análises Clínicas

PLANO SIMPLIFICADO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVI- ÇOS DA SAÚDE PARA MÍNIMOS GERADORES

BOAS PRÁTICAS NO PREPARO, MANIPULAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DA NUTRIÇÃO ENTERAL

Enfª Francielle Toniolo Enf ª Luiza Casaburi

BRASIL 30/05/2019. RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS)-Conceito e Bases para seu Gerenciamento DENOMINAÇÃO RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

24/02/2016. Instrumentação e técnicas básicas de assepsia. Sobre as aulas práticas Profa. Dra. Ilana Camargo. Aula 1

Sistema de Gestão da Qualidade

Diagnostic of solid waste service hospital for small generator

MODELO PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE PGRSS.

Manutenção e Higienização: Instalações, Alimentos, Equipamentos e Utensílios Aula VIII. Prof.: Alessandra Miranda

SAÚDE AMBIENTAL E VIGILÂNCIA SANITÁRIA

TERMO DE REFERÊNCIA PARA APRESENTAÇÃO DO PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE PARANAVAÍ ESTADO DO PARANÁ

Transcrição:

Manejo dos resíduos gerados na assistência ao paciente com suspeita ou confirmação de contaminação pelo vírus Ebola Enfª Marília Ferraz Goiânia, 29 de outubro de 2014

Referências para o assunto: RDC 306/2004 ANVISA: Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde; Nota Técnica ANVISA nº 02/2014: Medidas de precaução e controle a serem adotadas na assistência a pacientes suspeitos de infecção por Ebola;

Ebola Agente causador: vírus. Transmitido pelo contato direto com sangue, líquidos, secreções e excrementos de pessoas contaminadas.

Vírus Ebola em superfícies Destruição Química Álcool 70% Hipoclorito de sódio a 1% Destruição Física Autoclavação Incineração O vírus Ebola é sensível aos processos de desinfecção já conhecidos e amplamente utilizados.

Manejo geral - orientações GERAL Segregação Acondicionamento Identificação Transporte Interno I Armazenamento Temporário Transporte Interno II Armazenamento externo Coleta e transporte externos Tratamento e disposição EBOLA Segregação (classificação) Acondicionamento Identificação Transporte Interno I Armazenamento Temporário Transporte Interno II Armazenamento externo Coleta e transporte externos Tratamento e disposição

Manejo dos Resíduos Ebola Seguir o que está preconizado na RDC ANVISA 306/2004 reforçado pela Nota Técnica nº 2/2014, da ANVISA: 5.3.2 Descartar os resíduos em saco vermelho. 5.3 Encaminhar para tratamento antes da disposição final (autoclavação ou incineração).

Resíduos Ebola = Classificação A1 5.3 Resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação biológica por agentes Classe de Risco 4, microrganismos com relevância epidemiológica e risco de disseminação ou causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido. [...] RDC 306/2004, ANVISA

Acondicionamento Saco branco leitoso Não há obrigatoriedade de tratamento antes da disposição final. Saco vermelho Há necessidade de encaminhamento diferenciado ou tratamento antes da disposição final. Adquirir este

Acondicionamento Quantas lixeiras são necessárias? 1 para beira leito; 1 para banheiro privativo; 1 para ante-sala; 1 caixa pequena para perfurocortantes.

Transporte interno dos resíduos Os veículos para o transporte interno devem ser constituídos de material rígido, impermeável, resistente à puntura e ruptura, com cantos e bordas arredondados, possuir tampa acoplada ao próprio corpo e estarem identificados. O profissional deverá estar paramentado (EPI).

Paramentação para manejo dos resíduos No quarto privativo: A preconizada pela Nota Técnica da ANVISA e que foi padronizada pela unidade de saúde. Ex: macacão ou capote, luvas, gorro, máscara, etc. Extra quarto: Os EPI utilizados pelos profissionais da coleta de resíduos. Ex: luvas de borracha, bota, avental impermeável, etc.

Paramentação extra quarto: EPI Uniforme; Gorro; Óculos de segurança; Máscara; Luvas de borracha; Avental impermeável; Botas.

Armazenamento externo - orientações Acondicionar os resíduos em recipiente fechado e exclusivo (ex.: bombona); Identificar este recipiente como Resíduos Ebola + simbologia do risco biológico; Comunicar ao profissional da empresa sobre o resíduo a ser coletado; Comunicar ao RT da empresa contratada.

Coleta e transporte externos Realizados por empresa especializada; Bombonas fechadas e identificadas. Resíduos Ebola

Principais referências RDC 306/2004 ANVISA: Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde; Nota Técnica ANVISA nº 02/2014: Medidas de precaução e controle a serem adotadas na assistência a pacientes suspeitos de infecção por Ebola; NR MTE nº 32/2005: Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde; Manual de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde/ Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília ; Ministério da Saúde, 2006.

O que você sabe não tem valor. O valor está no que você faz com o que sabe. Bruce Lee

Coordenação Estadual de Gerenciamento de Resíduos dos Estabelecimentos de Saúde - CEGERES sunas.cegeres@gmail.com Telefone: 3201-6533