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17/12/2013 PRIMEIRA TURMA : MIN. DIAS TOFFOLI EMENTA

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:JOSÉ ALBERTO COUTO MACIEL :CONFEDERAÇÃO NACIONAL DAS PROFISSÕES LIBERAIS-CNPL

02/08/2016 SEGUNDA TURMA : MIN. TEORI ZAVASCKI

: MIN. CÁRMEN LÚCIA DECISÃO

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09/09/2016 SEGUNDA TURMA : MIN. TEORI ZAVASCKI

11/11/2016 SEGUNDA TURMA : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

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23/09/2016 SEGUNDA TURMA : MIN. DIAS TOFFOLI EMENTA

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30/06/2017 SEGUNDA TURMA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO PARANÁ RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI

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Os embargos de declaração opostos foram rejeitados.

19/05/2017 SEGUNDA TURMA : MIN. GILMAR MENDES INFORMATICA EIRELLI - EPP

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28/10/2016 SEGUNDA TURMA : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI MATO GROSSO DO SUL

10/06/2014 SEGUNDA TURMA : MIN. GILMAR MENDES

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19/05/2017 SEGUNDA TURMA : MIN. GILMAR MENDES

: MIN. GILMAR MENDES

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12/05/2017 SEGUNDA TURMA : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

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: MIN. DIAS TOFFOLI :VRG LINHAS AÉREAS S/A :JOSÉ MARIA ZILLI DA SILVA :GUSTAVO ANGELONI :GERALDO MACHADO COTA JUNIOR

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Nº /2015 PGR-RJMB

: MIN. DIAS TOFFOLI TRABALHO MEDICO

26/08/2014 SEGUNDA TURMA : MIN. GILMAR MENDES

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06/10/2017 SEGUNDA TURMA : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI SÃO PAULO

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Ministério Público Federal Procuradoria-Geral da República

30/06/2017 SEGUNDA TURMA : MIN. GILMAR MENDES

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14/10/2016 SEGUNDA TURMA : MIN. TEORI ZAVASCKI

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO Nº / DF

Transcrição:

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 741.406 SÃO PAULO RELATORA RECTE.(S) ADV.(A/S) RECDO.(A/S) ADV.(A/S) INTDO.(A/S) ADV.(A/S) : MIN. CÁRMEN LÚCIA :RÁDIO E TELEVISÃO RECORD S/A : RENATA NOGUEIRA E OUTRO(A/S) :REINALDO SANTOS DE MEDEIROS :LAZARINA GUALBERTO : ANA MARIA FERREIRA DE MELLO E OUTRO(A/S) : JOSÉ ROGÉRIO SHKAIR FARHAT E OUTRO(A/S) DECISÃO AGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. FUNDAMENTO DA DECISÃO AGRAVADA NÃO IMPUGNADO. POSSIBILIDADE DE FIXAÇÃO DE INDENIZAÇÃO COM BASE NO SALÁRIO MÍNIMO. PRECEDENTES. AGRAVO PARCIALMENTE PROVIDO. Relatório 1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República. O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo: Indenização por danos morais Cidadão que tem sua imagem explorada em programa de televisão contra a sua vontade Condenação dos protagonistas (Emissora de televisão, apresentador do programa e demais ofensores participantes do quadro televisivo) Apelos não providos -. Sentença mantida. Os embargos de declaração opostos pela Agravante foram rejeitados,

com aplicação de multa. 2. A Agravante afirma que o Tribunal de origem teria contrariado os arts. 7º, inc. IV, da Constituição da República. Argumenta que a sentença de primeira instância (fls. 449), julgou parcialmente procedente a presente ação, condenando a Recorrente ao pagamento de 200 (duzentos) salários mínimos e os co-réus Ana Maria Ferreira Melo e Gilson Marques dos Santos ao pagamento de 20 (vinte) salários mínimos a título de indenização por danos morais. Alega que não sendo permitido o arbitramento da indenização por danos morais com base em salários mínimos um vez que a Constituição Federal veda a vinculação o salário para qualquer fim, a decisão deverá ser reformada. E conclui: no caso, deverá ser considerado o valor do salário mínimo vigente à época do evento danoso (fevereiro/1998), pois, de outro modo ocorreria a utilização deste como fator de indexação, o que é inconstitucional. Deste modo, considerando valor do salário mínimo vigente à época dos fatos, a correção monetária deverá incidir desde a data do arbitramento do valor da indenização do dano moral, ou seja, a partir da publicação da sentença, de acordo com a Súmula 362 do STJ. Pede seja o presente Recurso Extraordinário CONHECIDO e PROVIDO, a fim de que seja reformado o v. acórdão recorrido e julgado para desvincular o quantum indenizatório do valor do salário mínimo e por consequência ao montante da indenização relativa aos danos morais deverá corresponder, em dinheiro, aos salários mínimos vigentes na data dos fatos, com incidência de correção monetária e juros a partir da publicação da sentença. 3. O recurso extraordinário foi inadmitido sob o fundamento de não ter sido demonstrada a alegada vulneração ao dispositivo arrolado, eis que as 2

exigências constitucionais na solução das questões de fato e de direito da lide foram atendidas pelo acórdão ao declinar as premissas nas quais assentada a decisão. Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO. 4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso. Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo de instrumento, de cuja decisão se terá, então, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário. 5. No agravo de instrumento, competia à Agravante impugnar o fundamento da decisão agravada e demonstrar, de forma específica e objetiva, as razões pelas quais ele deveria ser superado. Ao inadmitir o recurso extraordinário da Agravante, o Presidente do Tribunal de São Paulo afirmou, repete-se, não ter sido demonstrada a alegada vulneração ao dispositivo arrolado. Em seu agravo, a Agravante limitou-se a reiterar os argumentos apresentados no recurso extraordinário, em especial aqueles atinentes à impossibilidade de fixação de indenização com base em salário-mínimo e a sua utilização como fator de correção. Este Supremo Tribunal Federal nega seguimento aos agravos nos quais se deixa de impugnar os fundamentos da decisão agravada: AGRAVO - OBJETO. Visando o agravo a fulminar a decisão que se ataca, as razões devem estar direcionadas de modo a infirmá-la. O silêncio em torno dos fundamentos consignados é de molde, por si 3

só, a levar à manutenção do que assentado. Frente ao descompasso entre a decisão impugnada e as razões do agravo, este transparece como sendo meramente protelatório. AGRAVO - CARÁTER INFUNDADO - MULTA. Surgindo do exame do agravo a convicção sobre o caráter manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil (AI 567.171-AgR, Relator o Ministro Marco Aurélio, Primeira Turma, DJ 27.10.2006, grifos nossos). AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO DESPROVIDO. 1. O agravo deve dirigir-se a infirmar os fundamentos da decisão que se busca ver reformada. Restringindo-se o Agravante à discussão da matéria de fundo, objeto do recurso extraordinário, impõem-se o desprovimento do agravo interposto, pela ausência de impugnação dos fundamentos da decisão agravada, e a manutenção do ato impugnado. 2. Agravo regimental ao qual se nega provimento (AI 587.371-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJ 2.2.2007, grifos nossos). AGRAVO REGIMENTAL QUE NÃO ATACA O FUNDAMENTO EM QUE SE ASSENTOU A DECISÃO AGRAVADA. Caso em que o recurso manejado se revela insuscetível de atingir seu objetivo. Agravo regimental desprovido (AI 545.590- AgR, Relator o Ministro Ayres Britto, Primeira Turma, DJe 14.11.2008). 6. Ainda que se pudesse superar esse óbice processual, o que não é o caso, melhor sorte não assistiria à Agravante porque a jurisprudência deste Supremo Tribunal admite a fixação de indenização com base em salários mínimos: Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO PRESTADORAS DE SERVIÇO PÚBLICO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. ARTIGO 37, 6º, DA 4

CONSTITUIÇÃO FEDERAL. TERCEIROS USUÁRIOS E NÃO USUÁRIOS DO SERVIÇO. PENSÃO DECORRENTE DO ATO ILÍCITO. FIXAÇÃO COM BASE NO SALÁRIO MÍNIMO. POSSIBILIDADE. INEXISTÊNCIA DE OFENSA AO ARTIGO 7º, IV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ACÓRDÃO RECORRIDO EM CONSONÂNCIA COM O ENTENDIMENTO DESTA CORTE. INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. As pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público respondem de forma objetiva (artigo 37, 6º, da Constituição Federal) por danos causados a terceiros usuários e não usuários do serviço (RE n. 591.874, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Plenário, DJe de 18.12.09). 2. A utilização do salário mínimo como base para calcular o valor inicial da pensão mensal decorrente de reparação por ato ilícito, não ofende a Constituição Federal, em vista de seu caráter alimentar. (Precedentes: RE n. 140.940, Relator o Ministro Ilmar Galvão, 1ª Turma, DJ de 15.09.95; RE n. 389.989- AgR, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ de 05.11.04; RE n. 535.387-AgR, Relator o Ministro Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJe de 24.02.11; AI n. 831.327-AgR, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe de 24.03.11; AI n. 761.226-AgR, Relator o Ministro Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe de 07.06.11; RE n. 603.496-AgR, Relator o Ministro Ayres Britto, 2ª Turma, DJe de 27.06.11, entre outros) (...) 5. Agravo regimental a que se nega provimento (RE 662.582-AgR/DF, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJ 27.4.2012, grifos nossos). EMENTA: RESPONSABILIDADE CIVIL. INDENIZAÇÃO FIXADA COM BASE NO SALÁRIO MÍNIMO. POSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. SÚMULA 283 DO STF. I - A Constituição Federal, em seu art. 7º, IV, apenas proíbe a utilização do salário-mínimo como forma de indenização. A sentença que fixa a condenação em salários-mínimos, mas prevê posterior atualização de acordo com índices oficiais de correção monetária, é consentânea com a jurisprudência da Corte. Precedentes. II - Para se chegar à conclusão 5

contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. III - Agravo improvido (AI 643.578-AgR/SP, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJ 29.8.2008, grifos nossos). Pensão. Caráter alimentício. Vinculação ao salário-mínimo. Possibilidade. Precedentes (AI 606.151-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJ 21.11.2008). AÇÃO DE INDENIZAÇÃO DECORRENTE DE ACIDENTE DE VEÍCULO. REPARAÇÃO DE GANHOS QUE A VÍTIMA PODERIA AUFERIR. FIXAÇÃO DA PENSÃO COM BASE NO SALARIO MINIMO. ART. 7º, INC. IV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. É inaplicável a proibição da vinculação ao salário mínimo, prevista na parte final do art. 7º, inc. IV, da Constituição Federal, como base de cálculo e atualização de pensão em ação de indenização por ato ilícito. Recurso extraordinário não conhecido (RE 140.940, Rel. Min. Ilmar Galvão, Primeira Turma, DJ 15.9.1995). 7. Ademais, da leitura da sentença, do acórdão recorrido, menos ainda do acórdão que julgou os embargos declaratórios não se extrai qualquer afirmativa no sentido de que a atualização da indenização estaria vinculada ao valor do salário-mínino: EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Responsabilidade civil objetiva da permissionária de serviço público em relação a terceiros não usuários de serviço público. Precedente do Plenário. 2. A pensão decorrente de indenização por responsabilidade civil pode ser fixada, inicialmente, com base no salário mínimo vigente ao tempo da sentença. Precedentes. 3. Não ocorrência de vinculação da correção do valor da pensão ao salário mínimo. Falta de interesse recursal (AI 831.327-AgR/DF, de minha relatoria, Primeira 6

Turma, DJ 24.3.2011). 8. Apenas a discussão sobre o valor do salário-mínimo a ser adotado para fins de execução da sentença, se data: i) dos fatos, ii) condenação, ou iii) do efetivo pagamento (grifos no original, vol. 7, fl. 73), como destacado pela Agravante, pode ser enfrentada nessa via processual. EMENTA Agravo regimental no agravo de instrumento. Civil e Constitucional. Indenização. DPVAT. Lei nº 6.194/74 (redação original). Regulamento do CNSP. Valor obtido no caso concreto. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Fixação da condenação em salários mínimos vigentes à época. Possibilidade. Precedentes. 1. O Tribunal de origem concluiu que o regulamento expedido pelo Conselho Nacional de Seguros Privados contrariou a previsão contida na Lei nº 6.194/74 acerca do valor a ser reembolsado às vítimas de acidentes de trânsito. Divergir desse entendimento demandaria a análise da legislação infraconstitucional, o que é inadmissível em recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 636/STF. 2. Este Tribunal já afirmou, no exame da ADPF nº 95/DF-MC, que o art. 7º, inciso IV, da Carta Magna não vedaria, a priori, a fixação do valor da condenação em múltiplos de salários mínimos para os fins indenizatórios previstos na Lei nº 6.194/74. 3. É firme a jurisprudência desta Corte de que é legítima a utilização do salário mínimo quando se tiver por finalidade apenas a expressão do valor inicial da indenização, o qual, se necessário, será atualizado pelos índices oficiais de correção monetária. 4. Agravo regimental não provido (AI 738.177-AgR/PR, Relator o Ministro Dias Toffoli, Primeira Turma, DJ 3.8.2012, grifos nossos). EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário. Indenização. Fixação da condenação em salários mínimos vigentes à época. Possibilidade. Precedentes. 1. A jurisprudência desta Corte firmou entendimento no sentido de que o valor da indenização pode ser vinculado ao salário mínimo quando a condenação, apesar de fixada em múltiplos de salários mínimos, tem apenas a intenção de expressar o valor inicial da indenização, o qual, se necessário, será 7

atualizado pelos índices oficiais de correção monetária. 2. Agravo regimental não provido (RE 395.730-AgR/RJ, Relator o Ministro Dias Toffoli, Primeira Turma, DJ 4.5.2012). EMENTA: Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Indenização por dano moral. Princípios do contraditório e ampla defesa. Ofensa reflexa. Precedente. 3. Fixação da condenação em salários mínimos vigentes à época. Possibilidade. Precedentes. 4. Agravo regimental a que se nega provimento (AI 493.494-AgR/RS, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJ 4.3.2005). E ainda: RE 422.675/AC, Relator o Ministro Cezar Peluso, decisão monocrática, DJ 26.9.2006; RE 389.989/RR, Relator o Ministro Ministro Sepúlveda Pertence; RE 409.427-AgR/RJ, Relator o Ministro Carlos Velloso; AI 330.769/MG, Relator o Ministro Celso de Mello; AI 566.134- AgR/RJ, Relator o Ministro Joaquim Barbosa. 8. Pelo exposto, dou parcial provimento ao recurso apenas para esclarecer que o quantum indenizatório fixado pela sentença condenatória deve ser calculado com base no salário mínimo vigente na data da condenação. Mantidos os ônus da sucumbência. Publique-se. Brasília, 26 de junho de 2013. Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora 8