ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO PARECER Nº 12467

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Transcrição:

PARECER Nº 12467 ADMINISTRAÇÃO INDIRETA. SUCESSÃO TRABALHISTA. A transferência das operações, ativo, passivo e empregados da Carteira de Desenvolvimento do BANRISUL à Caixa Estadual S.A. - Agência de Desenvolvimento, na forma da Lei nº 10959/97, pode configurar sucessão trabalhista se satisfeitos os seus pressupostos. O Senhor Secretário de Estado da Coordenação e Planejamento consulta esta Procuradoria-Geral do Estado sobre a transferência da Carteira de Desenvolvimento do Banrisul - operações, ativo e passivo, empregados - à Caixa Econômica Estadual. Este o relatório. 2. A competência desta unidade especializada cinge-se a examinar a possibilidade de transferência da parte do quadro funcional do Banrisul que atende as operações de sua Carteira de Desenvolvimento, a ser incorporada pela Caixa Estadual S.A. - Agência de Desenvolvimento, instituição estadual de fomento organizada sob a forma de sociedade de economia mista. 3. Efetivamente, a Lei nº 10959, de 27 de maio de 1997, dentre os recursos previstos para integralizar o capital inicial da Caixa Estadual S.A. - Agência de Desenvolvimento, prevê o valor relativo às operações da Carteira de Desenvolvimento do Banrisul (art. 4º, II), autorizando, se necessária, a

cisão do Banrisul, visando a retirar de seu patrimônio as operações de sua Carteira de Desenvolvimento, juntamente com os aportes mínimos exigidos pelo Banco Central do Brasil para amparar tais operações, bem como fixar os funcionários necessários à sua administração, para posterior incorporação na Agência de Desenvolvimento, garantindo-lhes os direitos trabalhistas e previdenciários. 4. Por se tratar, a cessionária e o cedente, de empresas de economia mista do Estado, a questão não pode ser abordada unicamente do ponto de vista do Direito do Trabalho, muito embora todos os servidores estejam submetidos ao regime celetista, por suas implicações de ordem constitucional. Dentre os princípios a que a ordem constitucional vigente submete a administração pública direta e indireta está o da investidura em cargo ou emprego destes entes condicionada à aprovação prévia em concurso público (art. 37 da Constituição Federal). A Carta Estadual de 1989 foi ainda mais explícita ao determinar que as provas deverão aferir, com caráter eliminatório, os conhecimentos específicos exigidos para o exercício do cargo ( 1º do art. 20), de forma a coibir qualquer movimentação que envolva exercício de cargo para o qual não houve a prévia aprovação em competitório público. Em suma, o aprovado para uma determinada posição funcional, cargo, posto, emprego ou função fica adstrito ao seu exercício, como reiteradamente tem asseverado esta Procuradoria-Geral (veja-se o Parecer nº 8921 - PGE) com base inclusive em decisões do egrégio Supremo Tribunal Federal. Embora o rigor constitucional, parece-me possa ser caracterizada, na espécie, a sucessão trabalhista, desde que plenamente configurada, ou seja, que patrimônio, serviços e pessoal da unidade delimitada na estrutura organizacional interna do Banrisul sejam transferidos, como um todo, deste para a Agência. 5. Segundo EDUARDO GABRIEL SAAD, a sucessão configura-se nitidamente quando a empresa, como unidade econômicojurídica, passa de um para outro titular, sem que haja solução de

continuidade na prestação de serviços (CLT Comentada, 30ª ed., LTr, p. 54). Pode ocorrer sucessão trabalhista também na administração pública, consoante se pronunciou a mais alta corte trabalhista: Ilegitimidade passiva de parte. Sucessão de empregadores. Se, por força de Lei Estadual, obreiro que antes era empregado de sociedade de economia mista de propriedade do Estado-membro é integrado aos quadros da administração pública direta, sem alteração nos serviços prestados, opera-se verdadeira sucessão de empregadores. Assim, e na forma do art. 10 da CLT, o Estadomembro passa a ser responsável pelo adimplemento de todas as obrigações decorrentes do contrato de trabalho e ainda não solvidas. Tal se faz ainda mais evidente, quando o próprio Estadomembro, mediante Lei Estadual, expressamente reconhece sua responsabilidade quanto a tais créditos. TST, 2ª T, RR 84558/93.1, in DJU 26.8.94, p. 22029. Em seus Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho, VALENTIN CARRION, com inteira pertinência, traça os precisos contornos da sucessão trabalhista: Alteração jurídica da empresa é a modificação de sua constituição e funcionamento como pessoa com direitos e obrigações: modificação na organização jurídica; a transformação da sociedade limitada em anônima, individual, em comandita, etc. ou vice-versa; fusão de duas ou mais sociedades, surgindo uma terceira simultaneamente; incorporação de uma que se extingue sendo absorvidos seu patrimônio e relações jurídicas pela incorporante. A transferência da propriedade, mesmo sem alteração da organização jurídica, é prevista expressamente (art. 448). A sucessão de empresas para efeitos de responsabilidade trabalhista é reconhecida pela doutrina e pela jurisprudência (Sussekind, Comentários): a) entre arrendatários que se substituem na exploração do mesmo serviço; b) entre pessoas de direito público e privado; c) na aquisição de acervo da massa falida ou sociedade em liquidação mediante leilão, quando se adquire todo o acervo e se continua a atividade ou parte orgânica autônoma do mesmo; não quando se vendem os bens desintegrados; d) sucessão por

encampação, absorção ou fusão do serviço ou estabelecimento. Em todos os casos, a atividade empresarial é o elemento definidor; assim o adquirente de apartamento em condomínio, não o é do construtor (Evaristo de Moraes Filho, Sucessões); e) é possível a sucessão num só estabelecimento da empresa desde que seja um núcleo diferenciado, capaz de sobrevivência autônoma juridicamente (Evaristo, idem)... A prova de sucessão não exige formalidade especial; terá de ser provada, levando-se em consideração os elementos que integram a atividade empresarial: ramo de negócio, ponto, clientela, móveis, máquinas, organização e empregados (Editora RT, 19ª ed., pp. 69 e 70). De sorte que, independentemente de formalidade especial, estará caracterizada a sucessão mesmo em se tratando de pessoas jurídicas de direito público. Basta que se considerem os elementos que integram a atividade empresarial: ramo do negócio, ponto, clientela, móveis, máquinas, organização e empregados (TRT-SP, AP 2988/88, Valentin Carrion, ac. 8º T) (ob. cit., p. 70). SAAD também se detém na fixação dos elementos indispensáveis à configuração da sucessão na empresa: a) existência de uma relação jurídica (relação de emprego derivada de um contrato de trabalho); b) substituição de um sujeito por outro que vai ocupar seu lugar; c) permanência da relação jurídica; d) inexistência de um vínculo de causalidade entre a situação pretérita e a nova (ob. cit., p. 296). 6. Não se cogita, por outro lado, da necessidade de que seja consensual a transferência uma vez configurada a sucessão de empresas. Neste sentido, EVARISTO DE MORAES FILHO (Sucessões, nº 240; BARRETO PRADO, Tratado, p. 648) assevera que o contrato de trabalho é intuitu personae (ou infungível) com referência ao empregado (art. 2º), mas não quanto ao empregador (art. 448); assim, o empregado não pode recusarse a trabalhar para o novo empregador, salvo situação absolutamente excepcional. (Valentin Carrion, ob. cit., p. 282 - grifei).

7. Ademais, corroborando a tese da possibilidade de sucessão em unidade de um todo maior, assim se pronunciou o Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo: Quando se desdobra uma empresa, em atividades anteriormente nela congregadas, em empresas cada uma com destinação própria, estas serão sucessoras daquela para efeito trabalhista (TRT-SP, 9298/85, José Luiz Vasconcelos, ac. 7ª T, 16904/86). A hipótese presente, embora não configure transferência total da empresa como unidade econômica, encontra similar no desmembramento de novos municípios, que tem merecido do judiciário trabalhista posicionamento uniforme no mesmo sentido do a seguir transcrito: Emancipação política do Município é hipótese de sucessão trabalhista (arts. 10 e 448 da CLT), respondendo a nova municipalidade pelos créditos trabalhistas de todos aqueles que prestaram serviços em órgãos municipais do território desmembrado. TRT 3ª Reg., 3ª T, RO-9707/97, in DJMG de 15.8.95, p. 45. 8. Com a transferência de ativo, passivo e operações da Carteira de Desenvolvimento, passa ela a integrar a estrutura da nova instituição de fomento, restando o grupo funcional originário do Banrisul sem atribuições se não houver também a sua transferência prevista na Lei. De forma que os servidores passariam à Caixa Estadual S.A. com suas posições funcionais intactas, aí incluídos todos os seus direitos, até mesmo a continuidade da contribuição respectiva à Fundação Banrisul. Mantidas, ainda, as atribuições e os valores remuneratórios, porque, se assim não fosse, haveria afronta ao princípio constitucional dos artigos 37, II, da Constituição Federal e 20 da Carta Estadual, eis que configurado provimento em outra posição funcional. A regra consolidada de que a mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afeta os contratos de trabalho dos respectivos empregados parece atendida na operação sugerida, mesmo porque

a tese da sucessão trabalhista tem natureza evidentemente protetiva dos direitos dos empregados, que, na espécie, restam inclusive assegurados no artigo 12 da Lei nº 10959/97. 9. Importa esclarecer, por fim, que o grupo funcional transferido para a Caixa Estadual S.A. - Agência de Desenvolvimento, juntamente com o ativo, passivo e operações da Carteira de Desenvolvimento do Banrisul, formará quadro especial na nova instituição, com estrutura remuneratória e atribuições próprias, extinguindo-se cada uma das posições funcionais assim que vagarem. Em vista do exposto, CONCLUO pela viabilidade da transferência dos servidores do Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A., com suas posições funcionais e padrões remuneratórios inalterados, juntamente com o ativo, passivo e operações da Carteira de Desenvolvimento do BANRISUL, tal como prevista na Lei nº 10959/97, por configurar sucessão trabalhista nos moldes definidos pela doutrina e jurisprudência trabalhista, sem que represente afronta ao princípio constitucional da acessibilidade aos cargos públicos mediante prévia aprovação em concurso público. É o parecer. Porto Alegre, 17 de fevereiro de 1999. EUNICE ROTTA BERGESCH PROCURADORA DO ESTADO Processo nº 023834-10.00/98.1 PGE

Processo nº 023834-10.00/98.1 Acolho as conclusões do PARECER nº 12467, da Procuradoria de Pessoal, de autoria da Procuradora do Estado Doutora Eunice Rotta Bergesch. Restitua-se o expediente ao Excelentíssimo Senhor Secretário de Estado da Coordenação e Planejamento. Em 05 de março de 1999. Paulo Peretti Torelly, Procurador-Geral do Estado.