A BUSCA DA IDENTIDADE ARTÍSTICO-CULTURAL BRASILEIRA E OS IDEAIS MODERNISTAS DE 1922: REPERCUSSÃO DISCENTE EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE ESPERANÇA PB

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Transcrição:

A BUSCA DA IDENTIDADE ARTÍSTICO-CULTURAL BRASILEIRA E OS IDEAIS MODERNISTAS DE 1922: REPERCUSSÃO DISCENTE EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE ESPERANÇA PB DINIZ, Leonardo Araújo EEEFMMonsenhor José da Silva Coutinho leoaraujodiniz@bol.com.br INTRODUÇÃO O Modernismo foi um movimento artístico-cultural que revolucionou a forma de fazer arte nas primeiras décadas do Século XX no Brasil e no mundo. O destaque maior ocorreu com a Literatura que era vista pela crítica como uma arte muito conservadora, por isso um grupo de intelectuais brasileiros, inspirado em movimentos vanguardistas que já surgiam na Europa, decidiu romper com o modelo estabelecido. Chocar a conservadora sociedade paulistana da década de 20, foi a alternativa encontrada pelos modernistas que pautaram suas estratégias em reverter o nacionalismo romântico do Século XIX extremamente idealizado em um nacionalismo crítico mais próximo da realidade brasileira. O segundo aspecto foi exaltar a liberdade de criação e formal em contraponto ao Parnasianismo, outro movimento do Século XIX, excessivamente formal em sua construção artística e, por fim, a adoção de uma linguagem espontânea e despreocupada em relação às normas gramaticais, o que causou maior resignação em seus críticos, que não aceitaram a linguagem adotada. Todavia a rebeldia modernista tinha um propósito: protestar contra a dominação portuguesa que impôs uma língua muitas vezes não falada pelos brasileiros. A Pesquisa analisou de que maneira o Modernismo contribuiu para alcançarse uma identidade literária brasileira e fez um panorama do comportamento e atitudes dos discentes ao se depararem com obras literárias da Primeira Fase Modernista. A recepção dos alunos aos ideais modernistas é o foco central do presente estudo que se justifica pelo debate acerca do que identifica a arte nacional.

METODOLOGIA A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor José da Silva Coutinho (MJSC), em Esperança -PB, constituiu o campo de estudo para a realização da pesquisa, que foi realizada no 1º semestre do ano letivo de 2014. As leituras em fontes teóricas possibilitaram amostras de textos em poesia e prosa do movimento modernista em sua primeira fase e sua respectiva análise. Associada ao estudo teórico foi realizada, também, uma etapa complementar à pesquisa de campo, com aulas de literatura com a realização de debates, discussões, pesquisas e trabalhos coletivos de textos modernistas. O foco dos estudos consistiu na análise de textos de Manuel Bandeira, Oswald de Andrade, Mário de Andrade, além da pintora Tarsila do Amaral. A amostra inicial consistiu na participação 30 dos 50 alunos do 3º ano do Ensino Médio, que compõem duas turmas do turno da noite, utilizando para a coleta de dados o questionário. A regra foi que respondessem o questionário apenas os discentes que assim o desejassem. Com essa amostra apresentou-se a análise quantitativa dos dados coletados e para a análise qualitativa dos dados se optou por analisar 1/3 dos questionários, ou seja, 10 (dez), que foram selecionados por meio da amostragem probabilística simples. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os textos, no Modernismo, ainda causam atualmente estranhamento nas aulas de Literatura moderna, sobretudo em função da desconstrução das normas gramaticais, por adotar um português intitulado de brasileiro, ou seja, a linguagem tipicamente nacional. Uma de suas principais marcas foi a busca da identidade nacional, característica denominada Nacionalismo, que o Romantismo já havia adotado, entretanto, este foi um novo Nacionalismo mais crítico e denunciante da realidade nacional sem o patriotismo e grandiloquência do período romântico.

Verificou-se que 70% dos alunos respondentes ao questionário manifestaram aprovação ao movimento modernista e 30% de não aceitação. Essa recepção desfavorável foi, sobretudo, no quesito linguagem adotada pelos autores do movimento. No entanto, essa aceitação ao movimento foi modificada com a compreensão das propostas, como tentativa de se construir uma identidade nacional. Segundo Fonseca (2013): [...] o papel que o movimento teve na atualização das ideias, na disseminação da nossa cultura e na valorização da língua de expressão local por meio da arte literária. Neste sentido, a rejeição de velhos parâmetros classificadores importados da metrópole e o interesse aprofundado na particularidade da vida brasileira foram passos importantes na busca de autonomia no campo da criação artística e literária. As avaliações dos alunos caracterizam o Modernismo como um movimento que valorizou as raízes nacionais, criando assim a tão falada identidade nacional nas artes. A recepção dos modernistas pelos discentes foi caracterizada por surpresas, críticas e elogios. Embora haja o consenso de que o Modernismo foi um movimento irreverente, ou seja, um estilo vivo, alegre, e assim seria também sua forma de falar: espontânea e descontraída. Veja-se uma amostra de um dos itens do questionário seguido de diversificadas respostas. Questão 8. Que avaliação final você faz do movimento modernista brasileiro? Achei apelativa, mas depois vi poemas interessantes, tipo O bicho, de Manuel Bandeira. (Questionário 5). Um grupo de escritores geniais que se uniram em prol de um ideal próprio. (Questionário 9). Bom, pois trouxe à tona problemas que antes eram mascarados. (Questionário 17). Que foi um importante movimento literário, com o objetivo de mudar o foco da sociedade para seus próprios problemas. (Questionário 28) A pintura a seguir ilustra bem o ideal modernista de deglutição da cultura europeia e valorização do que é nacional. O Abaporu, popularmente conhecido como pé grande foi idealizado por Tarsila do Amaral e seria o símbolo de

nacionalidade brasileira, sempre de forma irreverente e bem humorada como é característico do Modernismo. Figura 1 Abaporu Tarsila do Amaral CONCLUSÃO As avaliações caracterizam o Modernismo como um movimento que valorizou as raízes nacionais, criando assim a tão falada identidade nacional nas artes, e faz também uma reflexão mais apurada acerca do conteúdo abordado. Confrontando as metas estabelecidas com os resultados alcançados, observa-se que o Modernismo foi avaliado pelos alunos como um movimento ousado que mostrou um Brasil às avessas e que ria de suas próprias mazelas, buscando assim alcançar sua identidade e nesse aspecto obteve respostas positivas, todavia houve rejeição à linguagem adotada, que foi considerada uma agressão à gramática normativa, embora fosse uma forma irreverente de criticar o excesso de formalismos na Literatura e a subordinação brasileira à cultura portuguesa. A recepção dos modernistas pelos discentes é caracterizada por surpresas, críticas, elogios. Mediante o esclarecimento sobre o tema, ocasiona melhor

receptividade, compreendendo-se o Modernismo como uma forma satírica de desnudar a realidade nacional. Essas opiniões iniciais propiciam a realização de debates e pesquisas que enriquecem as discussões sobre as polêmicas do movimento. REFERÊNCIAS CEREJEIRA, Thiago. Abaporu, de Tarsila do Amaral (pintura). Disponível em: <http://artedescrita.blogspot.com.br/2012/08/abaporu-de-tarsila-do-amaral.html>. FARACO, C. E.; MOURA, F. M. Língua e literatura. 21. ed. São Paulo: Ática, 2002. FONSECA, Maria Augusta. Rebeldia e semeadura: aspectos da semana de 22. Remate de males: Campinas (SP), 2013.