MMX - Resultados Referentes ao 3º trimestre de 2013 Rio de Janeiro, 29 de novembro de 2013 A MMX Mineração e Metálicos S.A. ( Companhia ou MMX ) (Bovespa: MMXM3) apresenta seus resultados referentes ao terceiro trimestre de 2013. As informações financeiras e operacionais a seguir são em bases consolidadas, de acordo com os padrões internacionais de contabilidade ( IFRS ) emitidos pelo International Accounting Standards Board ( IASB ) e em milhares de Reais, exceto quando mencionado de outra forma. A MMX encerrou o 3T13 com Receita Operacional Líquida no trimestre de R$ 339 milhões, um incremento de 19% e 38% quando comparados ao 2T13 e 3T12 respectivamente e EBITDA Ajustado de R$ (69,8) milhões, impactado negativamente em R$ 113,4 milhões pelo provisionamento dos valores relativos à multa e take or pay do contrato de operação portuária entre a MMX Porto Sudeste Ltda. e Usiminas. Desconsiderando-se este evento a Companhia apresenta EBTIDA ajustado no valor de R$ 43,6 milhões, superior em 5% quando comparado ao 2T13 e 9% abaixo do desempenho apresentado no 3T12. A Companhia apresentou melhora significativa em seu volume físico de vendas de minério de ferro, representada por um aumento de 23% quando comparadas ao desempenho do trimestre anterior bem como aumento de 13% frente ao 3T12. Este foi um trimestre de realizações importantes para a MMX, fundamentalmente orientadas para o reposicionamento estratégico da Companhia. Diante de um cenário desfavorável de crédito, a diretoria manteve as mesmas diretrizes do trimestre anterior, buscando preservar ao máximo o caixa da empresa sendo obrigada a praticamente parar as obras de implementação do projeto Serra Azul bem como desacelerar as atividades no Superporto Sudeste. Um novo olhar precisou ser lançado sobre o modelo de negócios da Companhia e para aprofundar o escopo dos estudos exigidos para este momento da MMX, a diretoria se cercou de consultores externos de primeira linha na busca de alternativas e de oportunidades de negócios que possam vir a maximizar valor no futuro para os acionistas da Companhia. Dentro desse contexto obtivemos a aprovação, por parte do conselho de administração, da revisão do plano de negócios, foram celebrados contratos definitivos junto à Trafigura e Mubadala para venda de 65% do capital 1
social da MMX Porto Sudeste Ltda., foi assinado acordo para venda da totalidade de ações da Unidade Chile junto a Inversiones Cooper Mining S.A e está em andamento a venda da Unidade Corumbá. Considerando os esforços da Administração na busca de oportunidades de negócios, os investimentos nos Sistemas Corumbá, Sudeste e Porto Sudeste foram reclassificados para ativos mantidos para venda. No que diz respeito ao aspecto operacional da Companhia, este foi um trimestre em que enfrentamos problemas operacionais na Unidade Serra Azul levando a um recuo na produção. No Sistema Corumbá, optou-se pela parada na produção desde julho procurando adequar a demanda da região ao estoque disponível com foco nos ajustes de custos da empresa. Mesmo diante de tantos desafios, este foi um trimestre com realização recorde de vendas, onde a MMX vendeu 2,1 milhões de toneladas de minério de ferro, superior 23% e 13% aos números apresentados nos 2T13 e 3T12 respectivamente. Foram realizados 4 embarques para o mercado externo, sendo três deles pelo porto da Vale em Itaguaí, Companhia Portuária de Sepetiba ( CPBS ), e o outro através do porto da CSN, localizado na mesma região. Destaques do 3T13 e eventos subsequentes: Celebração da assinatura dos contratos junto à Trafigura e Mubadala para sua participação em 65% do capital social da MMX Porto Sudeste Ltda.; Assinatura de acordo para venda da totalidade de ações da Unidade Chile junto a Inversiones Cooper Mining S.A; Revisão de valores e da estratégia para a Unidade Corumbá; Aprovação pelo conselho de administração da revisão do plano de negócios. Destaques Consolidados 3T13 2T13 3T12 3T13/2T13 3T13/3T12 Vendas - Minério de Ferro (mil t.) 2.143,6 1.735,7 1.903,0 23% 13% Receita Líquida (R$ milhões) 339,0 284,5 245,4 19% 38% Lucro Bruto (R$ milhões) 231,3 186,3 147,7 24% 57% EBITDA Ajustado (R$ milhões) (69,8) 41,4 47,1-269% -248% Margem EBITDA Ajustada (%) -20,6% 14,6% 19,2% -35,1 p.p. -39,8 p.p. Lucro (Prejuízo) Líquido (R$ milhões) (1.207,2) (441,5) (100,6) 173% 1100% Dívida Líquida (R$ milhões) 2.693,9 2.641,2 2.336,3 2% 15% Patrimônio Líquido (R$ milhões) 1.755,9 2.996,6 2.501,6-41% -30% 2
Contexto Econômico, Cenário e Perspectivas para o Setor de Mineração Apesar de a produção siderúrgica chinesa ter se mantido alta no fim do segundo trimestre de 2013, a queda na importação de minério e a dificuldade dos produtores domésticos em suprir a demanda interna causaram um recuo nos estoques de minério de ferro, atingindo níveis abaixo de 20 dias. Desta forma, tão logo as restrições de crédito foram flexibilizadas no início de Julho, as principais usinas voltaram ao mercado rapidamente para recompor seus estoques. Como não houve ajuste positivo do lado da oferta, os preços do minério sofreram pressão ascendente durante todo o mês. O minério com 62% Fe na condição CFR China iniciou o mês cotado a US$ 116,75/ dmt e valorizou-se até fechar em US$ 130,00/ dmt no dia 31/07/2013. A média do mês ficou 11% acima da de Junho. A importação de minério chinesa no período chegou a 73,14 milhões de toneladas, 17,4% acima do resultado de Junho e mais de 26% acima do número de Julho/12. Deste total apenas 15,05 milhões de toneladas saíram do Brasil. Ao longo de Agosto os preços do minério continuaram a se fortalecer suportados pela continuação do processo de reposição de estoques das usinas chinesas e a surpreendente demanda por aço. Apesar de o verão ser um período, em geral, mais fraco na construção civil chinesa e, consequentemente, de demanda mais fraca por aço, os preços dos produtos acabados siderúrgicos mantiveram-se fortes ajudando a suportar os preços do minério de ferro em patamares mais altos. Outro fator foi o aumento da atividade de trading companies no mercado com o objetivo de recompor seus estoques flutuantes antes do início dos feriados chineses. Do lado macroeconômico, também ajudou a confirmação de que a suposta desaceleração econômica proposta pelo governo chinês não será tão severa quanto o mercado esperava. Ao longo do mês o preço do minério valorizou-se cerca de 7% fechando o período em US$ 139,00/ dmt. O preço médio do mês ficou 7,8% acima do de Julho. As exportações brasileiras atingiram seu maior nível no ano totalizando 31,2 milhões de toneladas, das quais aproximadamente 46% foram embarcadas para a China. Em Setembro a reestocagem continuou suportando os preços do minério no início do mês afastando definitivamente as previsões de que um colapso de preços como o ocorrido em Agosto e Setembro de 2012 pudesse repetir-se no terceiro trimestre de 2013. Esse movimento foi bastante forte na primeira metade do mês com usinas e trading companies se mantendo bastante ativos no mercado spot recompondo estoques nos portos chineses, que atingiram 70 milhões de toneladas, cerca de 30 milhões a menos que no mesmo período de 2012. Na segunda metade do mês, o enfraquecimento dos preços do aço e a ausência de muitos players do mercado devido ao festival chinês e à conferência anual organizada pela China Iron & Steel 3
Association (CISA), tiveram um efeito negativo sobre a demanda por minério levando o preço do minério a fechar o trimestre em US$ 131,00/ dmt. Ainda assim, a importação chinesa mensal de minério de ferro atingiu novo recorde histórico totalizando 74,6 milhões de toneladas. O preço médio do terceiro trimestre do ano ficou 5,2% acima do realizado no segundo trimestre. Perspectivas para o longo prazo O ritmo da produção anualizada de aço na China, que mantem-se desde meados do ano acima de 780 milhões de toneladas, traz boas perspectivas para o mercado de minério de ferro. As taxas de crescimento da produção siderúrgica mundial deverão, entretanto, tornarem-se menores no médio e longo prazo. Por outro lado, o foco do governo chinês em melhorar a eficiência da produção siderúrgica do país por meio da busca por qualidade em substituição à quantidade e da substituição de usinas obsoletas por novos complexos integrados com mais tecnologia agregada, associados à competição no mercado transoceânico, com a cada vez maior participação australiana, torna cada vez mais importante ter produtos com alto teor de ferro, com garantia de recursos e reservas minerais certificados e acesso de longo prazo à infraestrutura adequada para exportação. Desempenho das Operações e Demonstrações Financeiras Minério de Ferro Produção PRODUÇÃO (MIL TON.) 3T13 2T13 3T12 3T13/2T13 3T13/3T12 Sudeste 1.449 1.539 1.737-6% -17% Corumbá - 268 415 n/a n/a Total 1.449 1.807 2.152-20% -33% A produção de minério de ferro da MMX no 3T13 foi de 1,4 milhão de toneladas, inferior em 20% quando comparada ao 2T13 e 33% abaixo de mesmo trimestre do ano anterior, em função da paralisação das atividades da unidade de Corumbá e restrições operacionais na MMX Sudeste, causadas pela desmobilização da empresa que faz a movimentação interna na mina. A produção do Sistema Sudeste atingiu 1,4 milhão de toneladas, recuo de 6% e 17% em comparação aos 2T13 e 3T12 respectivamente. A redução frente ao trimestre anterior se deu por conta dos problemas operacionais mencionados acima. 4
A partir de Julho iniciou-se a paralisação do Sistema Corumbá mantendo-se o atendimento a demanda regional com os estoques já disponíveis naquela Unidade. Vendas VENDAS (MIL TON.) 3T13 2T13 3T12 3T13/2T13 3T13/3T12 Sudeste 1.707 1.483 1.500 15% 14% Corumbá 436 253 403 72% 8% Total 2.144 1.736 1.903 23% 13% No 3T13, a MMX vendeu 2,1 milhões de toneladas de minério de ferro, superior 23% e 13% ao apresentado nos 2T13 e 3T12 respectivamente. As vendas para o mercado interno cresceram 41%, na comparação com 2T13, o que garantiu maior participação deste segmento no portfolio de vendas da Companhia, uma evolução de 43% para 49% do 2T13 para 3T13. Sistema Sudeste O Sistema Sudeste foi responsável pela venda de 1,7 milhão de toneladas de minério de ferro, avanço de 15% em comparação ao 2T13 e 14% frente ao 3T12. O destaque deste trimestre foi a recuperação do sínter feed para o mercado interno, representando um aumento de 143% quando comparado ao trimestre anterior. Desse modo, no 3T13 o volume de vendas domésticas atingiu 1.034 mil toneladas, próximo de 61% do total. Do total de 4 embarques para o mercado externo no 3T13, três foram realizados pelo porto da Vale em Itaguaí, resultado da participação bem sucedida da MMX no leilão de capacidade portuária da Companhia Portuária de Sepetiba ( CPBS ). O outro foi realizado através do porto da CSN, localizado na mesma região. Assim, a participação do mercado externo foi de 39% do total das vendas no Sistema Sudeste. Sistema Corumbá As vendas no Sistema Corumbá registraram um aumento de 72% e 8% em relação aos 2T13 e 3T13, respectivamente. Esse avanço se deu em função da recuperação da capacidade de transporte da hidrovia, impulsionando as vendas totais para 436 mil toneladas, sendo 96% desse total destinados a exportação. 5
Custo dos Produtos Vendidos ( CPV ) O CPV divulgado pela Companhia no 3T13 foi de 107,7 milhões, 10% acima do custo do 2T13, basicamente por conta do aumento do volume de vendas no período (23%). Destaca-se no período um menor ajuste de inventário frente ao trimestre anterior, no montante de R$ 170 mil. Em termos unitários o CPV/ton do 3T13 foi de R$ 50,24, uma redução de 11% e 2% quando comparados com 2T13 e 3T12 respectivamente. Despesas Comerciais R$ MILHARES 3T13 2T13 3T12 3T13/2T13 3T13/3T12 Despesas Comerciais 171.090 109.668 68.380 56% 150% Sistema Corumbá 36.486 23.701 23.423 54% 56% Sistema Sudeste 134.605 85.967 44.957 57% 199% As despesas comerciais totalizaram R$ 171,1 milhões no 3T13, incremento de 56% e de 150% em relação, respectivamente, aos 2T13 e 3T12. Os principais fatores que contribuíram para esse aumento em relação ao trimestre anterior foram (i) exportação pelo porto CPBS com tarifa superior a aplicada em trimestre anterior (ii) venda na modalidade CFR (custo e frete) e (iii) mecanismo atual de precificação onde os preços são realizados em base provisória sendo apurada a diferença e aplicado o ajuste necessário que reflitam os preços realizados. No Sistema Corumbá o aumento do volume de minério de ferro vendido para o mercado externo justifica o aumento dessa despesa. Despesas Gerais e Administrativas ( G&A ) R$ MILHARES 3T13 2T13 3T12 3T13/2T13 3T13/3T12 G&A Operações 31.166 30.800 16.030 1% 94% MMX Corumbá Mineração 2.270 13.832 3.778-84% -40% MMX Sudeste 28.130 14.803 12.042 90% 134% Superporto Sudeste 3.421 (398) 198 n/a n/a Outras (2.655) 2.562 12 n/a n/a G&A Controladora 13.966 15.128 23.168-8% -40% G&A Consolidado 45.131 45.928 39.198-2% 15% % Receita Líquida 13,3% 16,1% 16,0% -2,8 p.p. -2,7 p.p. G&A/ton 21,05 26,46 20,60-20% 2% No 3T13, a MMX apresentou Despesas Gerais e Administrativas Consolidadas de R$ 45,1 milhões, inferior 2% quando comparada ao trimestre anterior e 15% superior ao 3T12. Os efeitos que impactaram o G&A das operações foram, principalmente (i) a não capitalização das despesas 6
do Projeto Serra Azul na MMX Sudeste (ii) projetos sociais no Superporto Sudeste e (iii) a saída dos gastos da MMX Minera Chile em função da venda do ativo. EBITDA R$ MILHARES 3T13 2T13 3T12 3T13/2T13 3T13/3T12 EBITDA Consolidado (69.780) 41.402 47.097-269% -248% Sudeste 27.545 70.408 65.586-61% -58% Corumbá Mineração 8.560 (10.135) 6.334-184% 35% Superporto Sudeste (116.881) (157) (785) 74446% 14789% MMX S/A + Outras 10.996 (18.714) (24.038) -159% -146% O EBITDA Ajustado divulgado pela MMX no 3T13 foi negativo em R$ 69,8 milhões, principalmente em função da provisão das multas relativas do contrato da Usiminas com o Superporto Sudeste no montante de R$ 113,4 milhões aproximadamente. Além disso, o EBITDA da MMX Sudeste foi influenciado por um mix de vendas onde a representatividade do mercado doméstico foi maior, acompanhado de um crescimento nas despesas com vendas e G&A, conforme mencionado anteriormente. Resultado Financeiro R$ MILHARES 3T13 2T13 3T12 3T13/2T13 3T13/3T12 Receita Financeira 6.011 14.079 8.142-57% -26% Despesa Financeira (114.687) (115.723) (137.656) -1% -17% Variação Cambial (9.041) (243.215) 17.325-96% n/a Resultado Financeiro Líquido (117.717) (344.859) (112.189) -66% 5% O Resultado Financeiro Liquido apresentado pela MMX no 3T13 foi negativo em R$ 117,7 milhões composto por: (i) R$6,0 milhões de Receita Financeira (ii) R$ 114,7 milhões de Despesas Financeiras sendo a conta impactada negativamente em R$ 79,2 milhões relativos ao ajuste a valor presente da expectativa do fluxo de pagamento dos royalties aos detentores dos títulos de remuneração variável (MMXM11) e (iii) R$ 9 milhões de variação cambial negativa, por conta da apreciação do Dólar frente ao Real, sendo R$ 10,6 milhões relacionados ao passivo de longo prazo representado pelos royalties anteriormente mencionados. Resultado Líquido A MMX apresentou um prejuízo líquido de R$ 1,2 bilhão no 3T13, frente ao prejuízo líquido no valor de R$ 441,5 milhões no 2T13 e de R$ 100,6 milhões no 3T12. Importante destacar os 7
principais eventos que contribuíram para esse resultado: (i) impacto negativo por conta do reconhecimento de multa e take or pay com a Usiminas no valor de R$ 113,4 milhões, (ii) impacto negativo no valor de R$ 79,2 milhões relativos ao ajuste a valor presente da expectativa do fluxo de pagamento dos royalties aos detentores dos títulos de remuneração variável (MMXM11) e (iii) impacto negativo por conta do reconhecimento de redução do valor recuperável dos ativos de Serra Azul e direitos minerários de Bom Sucesso no valor total de R$ 913 milhões. Dentro de seu contexto operacional, a MMX ainda apresenta desafios importantes na busca de maior eficiência. A despeito do aumento do volume físico de vendas, a Companhia traz associada a esse movimento um incremento em suas despesas comerciais por conta das elevadas tarifas pagas aos portos da CSN e Vale para exportação. Da mesma forma a busca pela adequação de suas Despesas Gerais e Administrativas vem sendo perseguida como uma das principais metas do management atual da empresa para 2013. Este processo vem apresentando melhorias graduais, perenes e constantes, principalmente se considerado o indicador G&A/ton. Caixa, Dívida e Aquisições Caixa Posição líquida: No final do terceiro trimestre de 2013, a posição de caixa foi de R$ 87 milhões, distribuída em: (i) R$ 29,3 milhões em aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, remuneradas a taxas de mercado indexadas ao CDI e (ii) R$ 58,1 milhões em caixa. As principais movimentações no caixa foram: (i) Liquidação de linhas de financiamento de aproximadamente R$ 414 milhões; (ii) depósitos vinculados no montante de R$ 34 milhões; (iii) investimentos no Projeto Serra Azul e Porto Sudeste no valor de R$ 82 milhões. Endividamento: No 3T13, a MMX apresentou uma dívida financeira total de R$ 2,7 bilhões, sendo R$ 1,2 bilhão de curto prazo e R$ 1,5 bilhão de dívida de longo prazo. No terceiro trimestre, o prazo médio da dívida em moeda estrangeira ficou em 1.660 dias, enquanto o prazo médio da dívida em reais foi de 2.088 dias. O custo médio ponderado da dívida em dólar no segundo trimestre foi de 5,46% a.a. e o custo médio da dívida em reais foi de 9,14% a.a. 8
O gráfico abaixo demonstra a evolução do perfil da dívida da Companhia: 114 Dívida de aquisições (R$ Milhões) 77 Dívida financeira (R$ Milhões) 3.016 Dívida líquida (R$ Milhões) 2.641 2.694 61 2.783 2.721 2.336 3T12 2T13 3T13 3T12 2T13 3T13 3T12 2T13 3T13 O gráfico abaixo demonstra a evolução do perfil da dívida da Companhia: 100% 80% 60% 40% Perfil da dívida 70% 74% 56% 20% 0% 30% 26% 44% 3T12 2T13 3T13 Curto Prazo Longo Prazo 9
Aquisições R$ MILHARES 3T13 2T13 3T12 3T13/2T13 3T13/3T12 Corumbá 3,2 3,1 3,9 2% -19% GVA 57,5 73,8 75,2-22% -24% Total 60,6 76,9 113,6-21% -47% No 3T13, a dívida de aquisições da MMX atingiu R$ 60,6 milhões, representada principalmente pela GVA Mineração Ltda. ( GVA ). Houve um recuo de 21% com relação ao 2T13 devido principalmente a variação do Platts sobre a dívida da GVA e uma redução de 47% frente ao 3T12. O Superporto Sudeste foi o foco de investimento da MMX durante o terceiro trimestre, mesmo que ainda impactado negativamente por questões de limitação no crédito da Companhia. Este projeto almeja atingir uma capacidade de porto para movimentar 50 milhões de toneladas de minério de ferro criando-se um novo corredor logístico destinado à exportação para o quadrilátero ferrífero na região de Minas Gerais. 10
A implantação do projeto avança em diferentes frentes, sendo elas: 1) Acesso rodoferroviário: O acesso ferroviário que ligará a linha da MRS à pera ferroviária da MMX terá 2,3 Km quando finalizado. No 3T13, os avanços nas obras do viaduto rodoviário de acesso ao Porto prosseguiram e a construção da ponte ferroviária sobre o Rio Cação está em fase final, sendo que a liberação para o trânsito está prevista para Dezembro de 2013. 1) Estrutura do acesso Rodoferroviário 2) Pátios de estocagem: No Pátio 6, o primeiro que entrará em operação, foram concluídas as obras de infraestrutura do caminho de rolamento para a linha 1 e 2. A montagem elétrica, a construção da sala hidráulica e do posto de observação referentes aos viradores de vagões, a construção das bases para as correias transportadoras e para as casas de transferência e a construção da infraestrutura da subestação principal avançaram ao longo do 3T13. As obras civis das subestações secundárias foram concluídas neste período. No pátio 32, além das construções das bases das casas de transferência e correias transportadoras, evoluiu também a construção da infraestrutura das subestações secundárias do Porto. 11
2) Teste de giro do virador de vagões 3) Pátio de Estocagem 06 4) Virador de Vagões 5) Pátio de Estocagem 32 3) Túnel: O túnel que liga os pátios de estocagem à estrutura marítima já está concluído. Neste trimestre, vimos avanços na montagem mecânica das estruturas metálicas dos transportadores de correias e nas obras das suas bases de suporte (pilaretes). 12
6) Túnel 4) Área marítima: Após o desembarque bem sucedido das duas carregadeiras de navios durante o 2T13, continua a montagem da estrutura das correias transportadoras que abastecerão tais equipamentos. 7) Saída do Túnel 8)Estrutura da Subestação e Casa de Transferência 9) Pier e Carregadores de Navios 10) Casa de Transferência 13
Com relação à expansão da Unidade Serra Azul, ainda se mantem pendente o entendimento da forma como serão retomadas as obras, aguardando definições e ajustes no modelo de negócios. Sustentabilidade Dando continuidade ao objetivo de gerar valor e agregar resultado ao core business da MMX, a empresa avançou com o estabelecimento de objetivos estratégicos e definição de KPIs à sua gestão em Sustentabilidade. O trabalho dá suporte à tomada de decisões, da alta gestão, para o novo posicionamento estratégico e negocial da empresa, no curto prazo, e serve de direcionador trazendo valor para empresa no médio e longo prazo. Isso permite estabelecer uma rota de evolução, que reforce a visão de uma atuação estratégica e transversal em sustentabilidade junto às várias áreas da empresa sempre com o objetivo de contribuir com ganhos contínuos em eficiência e eficácia operacional. A estratégia foi apresentada com o título Sustentabilidade e sua Geração de Valor para MMX, em Seminário sobre Sustentabilidade, da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais do Rio de Janeiro (Apimec-Rio) em agosto. Sistema Sudeste Na Unidade Serra Azul, o Comitê de Sustentabilidade da Gerência Geral de Operação se consolidou com a sistemática de reuniões mensais e participação de todas as gerências para debater temas importantes. As ações de geração de ganhos se sobressaem no atual cenário e alcançam relevância significativa. As sugestões dos colaboradores da unidade têm sido um caminho para a realização de melhorias que refletem em ações de sustentabilidade e são traduzidas em ganhos diretos na redução de custos e na segurança. Ações como simbiose de resíduos, aproveitamento de recursos naturais e maximização de processos têm sido desenvolvidas e identificadas durante as inspeções de Sustentabilidade. Está em curso no Programa de Educação Ambiental, ações de sensibilização junto ao público interno e externo. Neste último estão sendo mapeadas as iniciativas relacionadas à educação e conservação ambiental, em andamento e previstas, de cada município. Participam desta etapa representantes das secretarias de Meio Ambiente e Educação, empresas locais e lideranças de organizações civis. Já o Programa de Monitoramento de Indicadores Socioeconômicos teve em seu cronograma a continuidade de dados acompanhados. No período foi realizada outra incursão a campo, sobretudo para verificar os impactos da desaceleração do Projeto Serra Azul. O resultado foi 14
compilado e divulgado para o público interno e externo. Também foi aprovado Sistema de Monitoramento, ferramenta que vai facilitar a coleta e consulta aos dados locais, bem como a geração de relatórios e antecipação de cenários. Os indicadores estão sendo inseridos no sistema que tem previsto, para novembro, o treinamento dos pontos focais que o alimentarão com dados referentes aos programas monitorados. A MMX ingressou, no Consórcio Minero-Metalúrgico Minas Gerais, que visa utilizar recursos das Políticas de Qualificação Profissional dos Governos Federal e Estadual, para qualificar a mão de obra local de acordo com as necessidades das empresas que integram o consórcio. Obtêm-se então uma visão setorial extraindo sinergias. No momento estão sendo estruturadas as alianças e estabelecidas às demandas que atendam o cenário da Empresa. Dentro de processo de diálogo social da MMX com os seus stakeholders, merece destaque o programa de visitas que contou com 25 grupos de 11 municípios da região de influência do Sistema Sudeste, com 17 instituições e um público de 635 visitantes. O roteiro da visita é personalizado e diversas áreas da empresa podem participar, em sintonia com o interesse e objetivo do grupo visitante, transmitindo conhecimento específico e direcionado tendo como plano principal as operações da empresa em Serra Azul e o setor econômico. A MMX apresentou, ao setor de mineração, os resultados dos estudos mercadológicos de geração de coprodutos a base de rejeito de minério de ferro. A apresentação se deu durante o 14º Simpósio Brasileiro de Minério de Ferro, organizado pela Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM). Foram demonstrados a metodologia e os resultados previstos. Os novos negócios poderão resultar em um faturamento de R$ 173 milhões por ano, promover geração de renda na região em Serra Azul com a criação de mais de 160 empregos diretos e aumentar a arrecadação tributária em R$ 62 milhões por ano. Isso abre diferenciais para os processos de licenciamento ambiental e acesso a linhas de financiamento. Esses estudos ainda proporcionaram a interação entre a MMX e universidades para impulsionar o desenvolvimento tecnológico. Este ano, a empresa forneceu os dados desse trabalho e amostras de rejeitos para estudantes de mestrado de duas universidades de Minas Gerais. Sistema Corumbá Realizamos um estudo e avaliamos o estoque de carbono em toneladas presente nos 20 mil hectares da Reserva Eliezer Batista e o resultado reconhece a reserva como um importante agente no complexo do ecossistema do Pantanal. Após a realização desse trabalho, que durou 60 15
dias, foram encontrados dois cenários. O primeiro, traçado a partir da avaliação de informações bibliográficas e dados geoespaciais, como aspectos do relevo, vegetação e curso d água, mostrou um potencial de absorção de mais de oito milhões de toneladas de CO2. O segundo cenário, feito a partir da análise dos dados do mapeamento da reserva com imagens de satélite e com as informações do Sensoriamento Remoto (tecnologia que aponta a influência de alagamentos ou queimadas na absorção de CO2) indica uma capacidade de absorção de cerca de 800 mil toneladas de CO2. Com os resultados do Estudo, a MMX traz novos elementos para atuação em conservação, educação ambiental, pesquisa e valorização da biodiversidade. Além disso, abre a possibilidade futura de compensação de emissão de gases de efeito estufa e de aproveitamento de mecanismos financeiros ligados às temáticas de biodiversidade e mudanças climáticas. A Gerência de Responsabilidade Social-Sustentabilidade da MMX iniciou estudos para a estruturação de um plano de negócios que irá apontar alternativa e possibilidades de geração de receita para a manutenção e sustentabilidades da Reserva em curto, médio e longo prazo. Uma oportunidade é o potencial para estabelecer programa de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) frente à relevância da biodiversidade existente na área para atividades econômicas da região como o turismo, a pesca e a beleza paisagística. Participamos em julho na cidade Bonito/MS do CONATUS, Congresso de Natureza, turismo e sustentabilidade, onde proferimos uma palestra tema: Alternativas para a sustentação financeira da RPPN: desafio compartilhado entre empresa e ONG. Superporto Sudeste Neste trimestre o Programa de Comunicação Social - PCS deu continuidade ao mapeamento dos stakeholders, entrevistando lideranças comunitárias e políticas, secretarias de governo, escolas municipais e conselhos comunitários dos municípios de Itaguaí e Mangaratiba. Nesse período a cartilha do Superporto Sudeste, que contém informações sobre os programas socioambientais desenvolvidos na região, foi finalizada. Ela será utilizada nos seminários de comunicação para os trabalhadores e comunidade. O Programa de Caracterização das Condições de Saúde da População e do Trabalhador realizou a Semana de Saúde de Combate ao Fumo, drogas e álcool, dos dias 27 a 30 de agosto, para os colaboradores do porto e escolas da região do entorno. 16
No mês de agosto foi dado início, em parceria com a Secretaria Municipal de Assuntos Portuários de Itaguaí, o Programa de Visitas das escolas da rede municipal aos terminais marítimos de Itaguaí. Essa iniciativa contou com a participação das empresas: CSN, Vale e MMX. Dando continuidade a 2ª Fase do Plano de Investimento Social da Pesca e Aquicultura PISPA 2, durante o trimestre foram realizadas reuniões de acompanhamento aos projetos financiados. O plano visa desenvolver projetos voltados ao fortalecimento da cadeia produtiva da pesca e de estímulo à geração de renda nas comunidades pesqueiras da Baía de Sepetiba. No mês de agosto foram aprovados pelo INEA os estudos ambientais complementares do EIA/RIMA dos 100 Mtpa para emissão da Licença Prévia. No mês de setembro foi disponibilizado pelo INEA a Autorização Ambiental para tamponamento dos poços existente na área do Porto Sudeste. Museu das Minas e do Metal O Museu das Minas e do Metal (MMM), que tem a EBX como mantenedora e a MMX como apoiadora às suas atividades ultrapassou a marca de marca de 220 mil visitantes tendo recebido 19 mil visitantes no último trimestre. O programa educativo realizou 4 mil atendimentos entre alunos de escolas estaduais e públicas período em visitas monitoradas. Essa atividade visa estabelecer a ligação entre o acervo do museu e as demandas pedagógicas das escolas proporcionando elementos pedagógicos que podem ser aplicados em diversas disciplinas e projetos multidisciplinares. O MMM sediou o TEDx Praça da Liberdade e ofereceu programação para a 7ª Primavera dos Museus. 17
DESEMPENHO FINANCEIRO DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 3T13 2T13 3T12 3T13/2T13 3T13/3T12 Receita (despesa) Operacional Bruta 351.276 295.510 254.953 19% 38% Mercado Interno 104.961 77.135 131.621 36% -20% Mercado Externo 246.315 218.375 123.332 13% 100% Impostos (12.262) (11.034) (9.530) 11% 29% Receita (despesa) Operacional Líquida 339.014 284.476 245.423 19% 38% Custo dos Produtos Vendidos (107.715) (98.189) (97.750) 10% 10% Lucro Bruto 231.299 186.287 147.673 24% 57% Despesas com Vendas (171.090) (109.668) (68.380) 56% 150% Despesas Gerais e Administrativas (45.131) (45.928) (39.198) -2% 15% Outras Despesas Operacionais, líquidas (1.001.398) (129.575) (4.767) 673% 20907% Resultado de Equivalência Patrimonial (3.433) 393 839 n/a n/a Resultado Financeiro Líquido (117.717) (344.859) (112.189) -66% 5% Resultado antes dos Tributos sobre o Lucro (1.107.470) (443.350) (76.022) 150% 1357% Imposto de renda e contribuição social (99.455) (7.819) (19.960) 1172% 398% Operações descontinuadas - - (4.132) n/a n/a Lucro (prejuizo) líquido do exercício (1.206.925) (451.169) (100.114) 168% 1106% Atribuído aos acionistas não controladores 227 (9.640) 513 n/a n/a Lucro/Prejuízo do período atribuído aos acionistas controladores (1.207.152) (441.529) (100.627) 173% 1100% RECONCILIAÇÃO DO EBITDA 3T13 2T13 3T12 3T13/2T13 3T13/3T12 Lucro (Prejuizo) Líquido do Exercício (1.206.925) (451.169) (100.114) 168% 1106% Imposto de Renda e Contribuição Social 99.454 7.820 19.960 1172% 398% Variação Cambial 9.041 243.215 (17.325) -96% n/a Despesas Financeiras 114.687 115.723 137.656-1% -17% Receitas Financeiras (6.011) (14.079) (8.142) -57% -26% Depreciação, Amortização e Exaustão 6.474 8.730 8.676-26% -25% EBITDA (983.280) (89.760) 40.711 995% n/a Resultado de Equivalência Patrimonial 3.433 (393) (839) n/a n/a Redução ao Valor Recuperável de Ativos 912.999 133.748 - n/a n/a Plano de Opções (2.932) (2.193) 7.225 n/a n/a EBITDA Ajustado (69.780) 41.402 47.097 n/a n/a 18
ATIVO 30/09/2013 30/06/2013 30/09/2012 Ativo Total 7.319.924 8.458.008 7.296.947 Ativo circulante 7.212.460 945.172 881.957 Disponibilidades 6.963 445.761 560.086 Créditos 95.428 371.360 181.301 Estoques - 128.051 140.570 Ativos não circulantes mantidos para venda 7.110.069 - - Ativo não circulante 107.464 7.512.836 6.414.990 Ativo Realizável a Longo Prazo 51.336 224.315 277.776 Ativo Permanente 56.128 7.288.521 6.137.214 PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO 30/09/2013 30/06/2013 30/09/2012 Passivo Total 5.563.995 5.461.401 4.795.353 Passivo circulante 5.484.399 1.577.964 1.133.954 Empréstimos e Financiamentos 15.170 1.186.674 764.418 Fornecedores 11.603 290.960 151.506 Impostos, Taxas e Contribuições 8.309 24.385 57.481 Dívidas com Pessoas Coligadas - 8.856 7.104 Debêntures - - 57.881 Passivos relacionados com os ativos não circulantes mantidos para venda 5.439.714 - - Outros 9.603 67.089 95.564 Passivo não circulante 79.596 3.883.437 3.661.399 Empréstimos e Financiamentos - 1.193.300 1.371.610 Debêntures 74.192 635.609 588.967 Royalties PortX - 1.922.675 1.568.342 Outros 5.404 131.853 132.480 Patrimônio Líquido 1.755.929 2.996.607 2.501.594 Capital social Realizado 5.356.521 5.356.521 3.988.818 Reservas (26.260) (23.328) (24.206) Ajustes de avaliação patrimonial 5 30.826 46.192 Lucro (Prejuízo) acumulado (3.578.979) (2.371.827) (1.526.401) Participação de acionistas não controladores 4.642 4.415 17.191 19
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