Industrial. Centro-Oeste. celeiro do País ou patinho feio? REGIÃO PRECISA SE UNIR PARA DEFENDER SUA ECONOMIA, DO AGRONEGÓCIO À INDÚSTRIA



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Transcrição:

ADIAL 58_Layout 1 07/11/2014 11:40 Page 1 Pró Industrial REVISTA DE NEGÓCIOS DA ADIAL www.adial.com.br Novembro 2014 ANO VI edição 58 Centro-Oeste celeiro do País ou patinho feio? REGIÃO PRECISA SE UNIR PARA DEFENDER SUA ECONOMIA, DO AGRONEGÓCIO À INDÚSTRIA INCENTIVOS FISCAIS Avança convalidação no Senado EMPRESA MITSUBISHI PRODUZ LANCER EM GOIÁS ENTREVISTA RYAN MCGONIGLE FALA SOBRE PATENTES

ADIAL 58_Layout 1 07/11/2014 11:40 Page 2 Responsabilidade em transformar conhecimentos em soluções seguras. A KBL Accounting é uma empresa de soluções contábeis, consultoria tributária e auditorias de arquivos eletrônicos, que vem se destacando no mercado por oferecer serviços desenhados especificamente para clientes que buscam tranquilidade em relação à complexidade da legislação tributária brasileira. A KBL atende a clientes do segmento industrial, comercial e prestadores de serviços, em alguns casos é montada uma estrutura própria dentro do cliente, combinando eficiência operacional com alto desempenho. OUTSOURCING CONTABIL SERVIÇOS GOVERNANÇA & CONSULTORIA TRIBUTARIA AUDITORIA DE ARQUIVOS ELETRONICOS (speds, efd, e-social, outros) DUE DILIGENCE CONSULTORIA PARA ADEQUAÇÃO ÀS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE IFRS (62) 3515.1280 www.kblcontabilidade.com.br

ADIAL 58_Layout 1 07/11/2014 11:40 Page 3 PRÓ-INDUSTRIAL Expediente Presidente do Conselho de Administração Cesar Helou Vice Presidente Financeiro Rodrigo Penna de Siqueira Conselho Nato Cyro Miranda Gifford Júnior, José Alves Filho e Alberto Borges de Souza Vices Presidentes e Conselheiros Domingos Sávio Gomes de Oliveira, Valdo Marques, Angelo Tomaz Landim, Alberto Borges de Souza, Maximiliani Liubomir Slivnik, Vanderlan Vieira Cardoso, Ananias Jus no Jayme, Ricardo Vivolo, Heribaldo Egídio da Silva, Paulo Sérgio Guimarães dos Santos, Wilson Luiz da Costa, Marley Antônio da Rocha, Márcio Botelho Teixeira, Olympio José Abrão, Pedro Henrique Pessoa Cunha, Sandro Scodro, Domingos Vilefort Orzil, Alfredo Ses ni Filho, Carlos Luciano Mar ns Ribeiro, Rivas Rezende da Costa, José Alves Filho, José Carlos Garrote de Souza, Juliana Nunes, Evaristo Lira Baraúna, Romar Mar ns Pereira, André Luiz Bap sta Lins Rocha, Antonio Benedito dos Santos e Luiz Alberto Rassi. Diretor Execu vo Edwal Freitas Por lho Chequinho Projeto Gráfico Gráfica Contemporânea PUC COMERCIAL ANÚNCIOS (62) 3922 8200 ou (62) 9125 9526 ADIAL Rua Dr. Olinto Manso Pereira, 837, 4º andar Ed. Rizzo Plaza, Setor Sul, Goiânia Goiás. CEP: 74.083 060 Fone: (62) 3922 8200 www.adial.com.br Editorial O novo ciclo Ofim do processo eleitoral abre um novo ciclo na gestão pública no País, que não será de mudança, mas sim de continuidade. Mas a reeleição não implica em repetir no ciclo (2014 2018) o mesmo projeto econômico adotado no anterior (2010 2014). Neste aspecto, o governo Dilma Rousseff se comprometeu a fazer diferente sinal de que apesar de defender seu projeto e legado, acredita que erros antigos precisam ser evitados no futuro. Menos mal. Algumas sinalizações claras dadas pela presidente: trocar o ministro da Fazenda, ter maior diálogo com os agentes públicos e econômicos, atacar a inflação e estimular investimentos. Apesar de previsíveis, é preciso esperar para ver se de fato serão concretizadas. A votação no Senado do projeto de lei que convalida os incentivos fiscais, alvo de várias ações no Supremo, é um caminho de reorganização tributária e um novo pacto federativo. Abordamos o tema nesta edição. A necessidade de união e ação conjunta dos Estados do Centro Oeste na defesa de maiores investimentos públicos na região é essencial o que deverá unir também suas bancadas. A entrevista desta edição é com o consultor americano Ryan McGonigle, com uma visão global sobre patentes. Na coluna empresa, acompanhamos o anúncio da Mitsubishi, que começa a produzir o novo Lancer em Goiás. Boa leitura a todos. SUMÁRIO Novembro 2014 Nº 58 Ano VI EDITORIAL O novo ciclo 3. // INTEGRAÇÃO REGIONAL O hora do Centro Oeste 4 7. // ENTREVISTA Ryan McGonigle 8 10.// INCENTIVOS FISCAIS Aprovada convalidação de bene cios 12 13.// MARKETING & PRO DUTOS Novidades na indústria 14 15.//LEITURA Livros Empresariais 18.// OPINIÃO Cesar Helou 19.// EMPRESA Mitsubishi 16 17 EMPRESAS E INSTITUIÇÕES CITADAS NA EDIÇÃO KBL Accou ng (2), Mitsubishi (3, 16 e 17), IBGE (4 a 6), Conab (6), Esalq (6), Cfem (6), Baker and Rammells PA (8 e 9), Asipi (9), INTA (9), INPI (9 e 10), Senado (12, 13 e 19), CAE (12, 13 e 19), Confaz (12, 13 e 19), STF (12), O Popular (13), Bonduelle (14), Nestlé (14), La Fru a (14), Unilever (14), Sadia (14), Fugini (14), Mabel (15), PepsiCo (15), GSA (15), Piracanjuba (15), Guepa (15), E (15), Sensorial (15), Salão do Automóvel de São Paulo (16), MMC Automotores (17), FGV Empreza (20) e Empreza Educação (20). 3 Pró-Industrial

ADIAL 58_Layout 1 07/11/2014 11:40 Page 4 INTEGRAÇÃO REGIONAL A hora do Centro-Oeste se unir e reagir Em Brasília, no Congresso e nos Estados, Região Centro Oeste terá de exigir mais politicamente, mesmo porque seu fortalecimento econômico, como celeiro do País, permite maior poder de negociação

ADIAL 58_Layout 1 07/11/2014 11:40 Page 5 OCentro Oeste brasileiro é apontado por analistas econômicos como o celeiro do País. Os números confirmam esta vocação da produção agropecuária. Entre as 20 cidades com maiores PIBs do agronegócio do País, com dado do IBGE, 14 são da Região Centro Oeste a grande maioria no Mato Grosso e Goiás. Avaliando pelo ângulo da produção, o PIB regional é forte, com quatro unidades da federação em franca expansão e melhoria nas últimas duas décadas, no ranking de maiores Estados do País. Com a atualização dos dados, a região responde por quase 10% do PIB nacional. Distrito Federal é o 7º (R$ 170 bilhões); Goiás é o 9º maior Estado do País (quase R$ 120 bilhões); Mato Grosso, 14º (R$ 75 bilhões); Mato Grosso do Sul, 17º (R$ 50 bilhões). Apesar de realidades econômicas diferentes, são unidades da federação com fatores de crescimento semelhantes exceto Brasília que é focada em comércio e serviços privados e públicos. No entanto, apesar da recente evolução econômica, a região pouco atua em conjunto politicamente. Seja no Congresso ou entre os poderes executivos estaduais, neste novo ciclo político que se inicia agora em janeiro de 2015, existe uma possibilidade maior de integração entre os Estados, com um fortalecimento de um bloco econômico e político para enfrentar os desafios que, isolados, ficam mais difíceis para os Estados. São quatro Estados que compõem 10% do PIB. O Sul e Sudeste, regiões também compostas de poucos Estados, tiveram uma evolução econômica muito antecedente ao Centro Oeste quase um século antes e se consolidaram como centros de produção e consumo do País. Na Câmara dos Deputados, a bancada do Centro Oeste é composta por 41 deputados que representa 8% dos votos da Casa. O Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, conta, sozinho, com uma bancada de 46 parlamentares. Todo Sudeste, soma 179 deputados, mais do que o quádruplo do Centro Oeste. Ainda assim, a nova bancada de parlamentares do Centro Oeste, além de reduzida, é bem dividida, sendo que 40% de deputados de situação e de 40% de oposição com 20% de neutros. No Senado, a situação se equilibra, pois o número de parlamentares por Estado é limitada a três. No entanto, se o Centro Oeste é compatível com Sul e Sudeste, não se compara a quantidade de senadores nordestinos. A tendência é que nos próximos anos, o Bloco do Centro Oeste no Congresso amadureça sua atuação conjunta, independente a que partido pertença o parlamentar e que governe o País, mas construindo uma força política que acompanhe o desenvolvimento econômico da região. As ações de defesa das economias regionais precisam ser estrategicamente planejadas.

ADIAL 58_Layout 1 07/11/2014 11:40 Page 6 INTEGRAÇÃO REGIONAL Centro-Oeste: fronteira do desenvolvimento O Centro Oeste pode facilmente ser classificado no mesmo texto como a nova fronteira do crescimento nacional, com safras recordes, alta produtividade e fenômeno da exportação de alimentos mundial, e, mas também, ter solenemente ignorado seu papel na condução política e decisões estratégicas mesmo em áreas que detém esse poderio econômico. Mas, há muito tempo, a região se mostra incomodada com isso, deixando claro que não ser um mero quintal da Região Sudeste. A independência e autonomia econômica construída dão aos agentes locais importância nesta mesa de discussão. O Centro Oeste não é funcionário do Sudeste. Exercer sua emancipação requer altruísmo, desobediência e habilidade. Algumas gerações de bancadas de congressistas abnegados e com autoestima e espírito de soberania vão construir esta desejável autoridade do Centro Oeste. A demanda mundial crescente por alimentos, principalmente de soja, milho, carne bovina, leite, frango e canade açúcar, coloca o Centro Oeste brasileiro na posição de protagonista na economia brasileira. Em vários rankings, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul estão entre líderes nacionais de produção e produtividade quando não estão em primeiro e segundo lugar. Medir esta importância é simples, basta tentar responder a seguinte questão: O que seria da economia nacional sem a produção de alimentos do Centro Oeste? Movidas por tratores e colheitadeiras, fábricas e mercado consumidor, o Centro Oeste do País registrou o maior crescimento do consumo per capita do País, com avanço de 78%, entre 2005 e 6 CARNE BOVINA 1º) MT 2º) MS 3º) SP 4º) GO 5º) MG Fonte: IBGE (2013) SOJA 1º) MT 2º) PR 3º) RS 4º) GO 5º) MS Fonte: Conab (2013) MILHO 1º) PR 2º) MT 3º) GO 4º) MG 5º) MS Fonte: IBGE (2012/2013) LEITE 1º) MG 2º) RS 3º) PR 4º) GO 5º) SP Fonte: IBGE (2013) Ranking dos rankings ETANOL 1º) SP 2º) GO 3º) MG 4º) MS 5º) PR Fonte: Esalq (2013) CARNE SUÍNA 1º) SC 2º) RS 3º) PR 4º) MG 5º) MT Fonte: IBGE (2013) MINÉRIOS 1º) MG 2º) PA 3º) GO 4º) SP 5º) BA Fonte: Cfem (2010) COURO 1º) MT 2º) MS 3º) SP 4º) RS 5º) GO Fonte: IBGE (2013) 2010. Parcela importante dos 5,1 milhão de empregos gerados no Brasil, entre 2003 e 2014, ocorreu no Centro Oeste apontado por especialistas pelo ciclo irtuoso dos efeitos multiplicadores da renda e emprego, associado aos efeitos aceleradores dos investimentos regionais, sobretudo em infraestrutura. Pró-Industrial

ADIAL 58_Layout 1 07/11/2014 11:40 Page 7 Agronegócio Indústria Comércio e serviços O ponto forte da economia dos Estados do Centro Oeste é o agronegócio. É a origem da formação desde os primeiros negócios, ainda na era subsistência. E como a grande commodity do mundo é o alimento, a região profissionaliza cada vez mais sua produção, atendendo fortemente os mercados internos e externos. A fronteira agrícola passou pela região e ainda avança no Norte do Mato Grosso e de Goiás, deixando bons números. Os três Estados agrícolas da região estão em expansão. O modelo já se tornou empresarial. Mesmo as atividades de suporte à produção e ao produtor rural, por mais simples que sejam, são atendidas por profissionais liberais qualificados e/ou empresas especializadas. O campo se modernizou e dialoga com a atividade empresarial urbana. O ganho de produtividade coloca o Centro Oeste como uma das regiões mais modernas para produzir alimentos no mundo. 7 Multinacionais e empresas locais, que cresceram na era do agronegócio, hoje respondem pelo aproveitamento e processamento de grande parte da produção agropecuária. Se parte ainda é exportada in natura, que é uma realidade, esta é realizada por grandes indústrias. Assim, seja o produto processado ou não, entre os produtores e os grandes mercados mundiais têm sempre uma empresa atuando. Estas indústrias modificaram o panorama de negócios no Estado. O setor, na década de 70, representava 5% do PIB. Atualmente, ultrapassa 35%. Mais de 60% dos alimentos consumidos no País, do leite à carne, arroz, feijão e açúcar, são produzidos no Centro Oeste. As indústrias instalaram, por isso, suas fábricas na região. E, pelos números, não arrependeram. É muito baixo o índice de fechamento de indústria, sendo que a maioria passa por expansão cinco anos após a inauguração. Se o agronegócio é a grande marca do Centro Oeste, não se pode esquecer que o Distrito Federal, a unidade federativa que não tem a produção agrícola como força, é destaque nacional no setor de serviços. Goiás, é bom destacar, é forte no comércio e, principalmente, no comércio atacadista distribuidor. Essa heterogeneidade econômica da região a fortalece. O setor de serviços é uma marca do Distrito Federal por estar em Brasília o centro administrativo federal do País, que atrai, por exemplo, parte do setor financeiro e todos sub setores para se instalarem na região e o de turismo. A renda per capita é de longe a maior do País e o PIB da capital fica atrás apenas de São Paulo e Rio. Com isso, o eixo de consumo Goiânia Anápolis Brasília é apontado como um dos mais promissores do País, atraindo investimentos em comércio, indústria e construção. Pró-Industrial

ADIAL 58_Layout 1 07/11/2014 11:40 Page 8 ENTREVISTA Nome: Ryan McGonigle Área de atuação: advogado norte americano, da Baker and Rammells, PA 8 Pró-Industrial

ADIAL 58_Layout 1 07/11/2014 11:40 Page 9 Visão externa sobre patente PRÓ INDUSTRIAL ENTREVISTA ESPECIALISTA AMERICANO SOBRE MARCAS E PATENTES, QUE ABORDA COMO A INDÚSTRIA DEVE CUIDAR DE SUA MARCA Oadvogado norte americano Ryan McGonigle é um dos especialistas mais respeitados na área empresarial nos EUA, principalmente, na gestão de marcas e patentes, propriedade industrial, nas áreas de marcas, copyright e trade dress. McGonigle, que é sócio no escritório de Baker and Rannells, PA com sede no estado de New Jersey (EUA), respondeu aos questionamentos da Pró Industrial por e mail. Fluente em português e espanhol, ele é membro da Associação Inter Americana de Propriedade Intelectual (ASIPI) e International Trademark Association (INTA). Ryan está admitido a praticar nos tribunais estatais e federais dos Estados de New York e New Jersey. O especialista, na entrevista a seguir, trata do tema marcas industrial nos mercados americano, brasileiro e europeu e recomenda: Antecipe se, registre e evite problemas futuros. Confira a seguir os principais trechos da entrevista: Michal Gartenkraut 9 O registro de patentes e ideias não é, historicamente, uma preocupação do empresário brasileiro. Essa situação tem mudado nos últimos anos? Sim, começando com a ratificação do Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes (conhecido pela sua sigla em inglês, PCT ) em 1978, a perspectiva do empresário brasileiro vis à vis patentes tinha mudado bastante. O PCT, entre outros tratados ou convenções em vigor no Brasil, tem a vantagem de conceder ao empresário brasileiro o direito de prioridade em outros países que mantenham acordo com o Brasil. Hoje em dia, o PCT tem 148 estados membros. Com um simples clique, o empresário brasileiro pode reivindicar no pedido brasileiro, essa prioridade em outros países sem a necessidade de rentabilizar a sua invenção. Há pouco tempo, o INPI inaugurou o sistema epctfiling para racionalizar o processo. Com tudo em conta, isso lhe confere ao empresário brasileiro a habilidade de estabelecer o valor prático da sua invenção fora do território nacional com um influxo O empresário brasileiro deve adotar uma estratégia orientada para o fabricante chinês para evitar problemas antes que eles começem a surgir. moderado de capital. O setor industrial, por adotar constantes práticas de desenvolvimento de produtos e marcas, é um dos mais afetados por ações contra propriedade intelectual. Pró-Industrial

ADIAL 58_Layout 1 07/11/2014 11:40 Page 10 Já foram registrados casos em que o concorrente passa a fabricar produtos e nomes semelhantes, citando na embalagem ou no marketing similar a tal produto (nome do concorrente). Como a indústria deve agir e se proteger? A lei brasileira dispõe que a propriedade da marca adquire se pelo registro validamente expedido. Por isso, por um lado, a indústria tem de apresentar o quanto antes possível pedidos de registro de marca para as suas propriedades intelectuais. Após o registro da marca, se o concorrente vai demasiado longe, a lei brasileira também prevê como crime contra registro de marca quem: reproduz, sem autorização do titular, no todo ou em parte, marca registrada, ou imita a de modo que possa induzir confusão ou altera marca registrada de outrem já investe em produto colocado no mercado. No que se refere ao marketing similar, a publicidade não pode ser enganosa. Se é enganosa, deve ser proibida. Nos EUA, é completamente ilícita, citar na embalagem ou no marketing algo como, compare este produto com qualquer outra marca. Algumas empresas usam o fabricante chinês para importar produtos que, muitas vezes, foram encomendados com modelo préedefinido, uma cópia de um produto local. Essa operação pode ser coibida já que o produto é feito fora do País, ou seja, vem Made in China? O empresário brasileiro deve adotar uma estratégia orientada pelo fabricante chinês a evitar problemas antes que eles começem a surgir. Primeiramente, faz uma 10 A maior ofensiva é uma boa defesa. Se se preparar com antecedência para os males, você pode evitá los. auditoria do seu fabricante chinês para averiguar a origem dos modelos que esta utilizando para fabricar produtos destinados para o Brasil. Segundo, garanta que as suas marcas estejam apresentadas em todos os países. E o contrário, como proteger uma invenção, produto ou marca brasileira em mercados como Estados Unidos e Europa? Tal como mencionei antes, o empresário brasileiro pode utilizar o PCT para estender as suas patentes aos EUA e Europa. Nos EUA, o empresário brasileiro pode apresentar as suas marcas sob: uma intenção de uso; uso atual no território dos EUA; ou um pedido ou registro brasileiro. É imperativo lembrar que o empresário brasileiro tem de utilizar as suas marcas no território dos EUA para mantêlas. Mas, o início das vendas nos EUA, podia ser modesto crescendo aos poucos porque até o próprio Starbucks começou com apenas uma loja. A situação na União Europeia é diferente. O empresário brasileiro pode registrar as suas marcas sem a prova de uso. Sendo assim, uso no mercado comunitário é essencial para evitar um contra ataque sob a base de um abandono presumido. É importante destacar que antes de vender/exportar produtos para o exterior, é aconselhavel que o empresário realize uma busca prévia para determinar a disponibilidade da sua marca fora do Brasil. Um registro é a proteção obtida junto ao INPI e apenas produz efeitos no território brasileiro. Esse preceito se chama "territorialidade." Se for o caso que a marca esta disponível em outros países (e antes de exportá lo), seria recomendável depositar um novo pedido no país ou território onde você pretende vender. Sempre é recomendável efetuar um registro de antemão, antes de se lancar em negociações com distribuidores, exportadores ou clientes no exterior. Isso, inclui situações de contratos de industrialização de produtos no exterior (p.e., private label) para exportação e venda no Brasil. Já vimos situações nos EUA (e em outros países através de acordos "private label") no que um distribuidor/importador/industrial praticar um tipo de "concorrência desleal" através da apresentação de pedidos de marcas alheias de companhias conhecidas ou de companhias a quem está fabricando produtos. O preceito de territorialidade pode isolar esse terceiro de acusações de infringir e fraudar. Assim sendo, me faz lembrar de um dito famoso daqui: "A maior ofensiva e uma boa defesa." Se se preparar com antecedência para os males, você pode evitá los. Um jeito certo de evitar problemas antes de que surjam é realizar o registro da marca. Pró-Industrial

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ADIAL 58_Layout 1 07/11/2014 11:40 Page 12 INCENTIVOS FISCAIS Projeto pode ir ao Plenário na próxima semana Senado aprova convalidação dos incentivos fiscais PROJETO DE LEI JÁ PASSOU POR COMISSÃO E DEVE SER VOTADO EM PLENÁRIO. ACORDO PARA APROVAÇÃO SAIU APÓS RISCO DO STF VOTAR SÚMULA AComissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou, nesta terça feira (4), projeto que permite aos estados e ao Distrito Federal (DF) a convalidação dos incentivos fiscais, alvos de várias ações no Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão foi precedida de uma rodada de negociações no gabinete do relator, senador Luiz Henrique (PMDB SC), com alguns secretários estaduais de Fazenda e o coordenador do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), José Tostes. O texto aprovado é o quinto substitutivo apresentado por Luiz Henrique este ano e incorporou parcialmente emendas dos senadores Ricardo Ferraço (PMDB ES) e Romero Jucá (PMDB RR) ao projeto original (PLS 130/2014) da senadora Lúcia Vânia (PSDB GO). A proposta deverá ser votada pelo Plenário, onde poderá receber novas emendas. Os entendimentos, que envolveram também o secretário da Fazenda de São Paulo, Andrea Calabi, levaram o senador Eduardo Suplicy (PT SP) a retirar voto em separado pela rejeição da proposta. Foi decisiva na votação desta terça feira a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) colocar em pauta este mês a Proposta de Súmula Vinculante 69, que considera inconstitucionais os incentivos fiscais relativos ao ICMS concedidos sem prévia aprovação do Confaz. Para Romero Jucá, a edição dessa súmula poderá causar "um verdadeiro terremoto econômico" nos estados menos desenvolvidos. Ricardo Ferraço observou que o projeto aprovado pela CAE pode ajudar a superar a insegurança jurídica responsável pela paralisia nos investimentos. O substitutivo permite aos estados e ao DF a celebração de convênios para a remissão (perdão) dos créditos tributários decorrentes de incentivos instituídos em desacordo com a Constituição. Ao mesmo tempo, faculta a recriação desses benefícios. Atualmente, qualquer convênio com esse objetivo requer a adesão dos 27 secretários estaduais de Fazenda. A nova regra, aplicável apenas às convalidações, torna válido o convênio que tiver a assinatura dos representantes de dois terços dos estados e um terço das unidades federadas integrantes de cada uma das cinco regiões do país. Os estados e o DF terão de publicar, nos respectivos diários oficiais, relação de todos os atos normativos referentes a isenções, incentivos e benefícios fiscais. Além disso, se obrigam a depositar na secretaria executiva do Confaz todos os documentos relativos a essas operações, sob pena de tê las revogadas. Conforme o substitutivo, os estados 12 Pró-Industrial

ADIAL 58_Layout 1 07/11/2014 11:40 Page 13 e o DF poderão prorrogar os incentivos fiscais desde que sejam cumpridos alguns prazos limite para as empresas tirarem proveito desses benefícios: 15 anos para atividades agropecuárias e industriais e investimentos em infraestrutura rodoviária, aquaviária, ferroviária, portuária, aeroportuária e de transporte urbano; oito para manutenção ou incremento de atividades portuárias e aeroportuárias vinculadas ao comércio internacional; e três anos para operações interestaduais com produtos agropecuários e extrativos vegetal in natura. Os Estados e o DF poderão estender a concessão dos incentivos a outros contribuintes estabelecidos em seu território, sob as mesmas condições e nos prazos limite anteriormente estabelecidos. Também é permitido a um estado aderir a benefícios fiscais instituídos por outro na mesma região. O substitutivo de Luiz Henrique tira do caminho da convalidação restrições da Lei Complementar 101/2000. Um dos pontos visados pelo texto é o artigo 14 dessa norma, conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que prevê a elaboração de estimativa de impacto orçamentário financeiro da concessão ou ampliação de incentivo fiscais. Uma medida também afastada é a obrigatoriedade de compensação pela perda de receita decorrente do benefício fiscal, como aumento ou criação de tributo. Vários senadores, como Ana Amélia (PP RS), Lúcia Vânia, Cyro Miranda (PSDB GO), Gleisi Hoffmann (PT PR), Waldemir Moka (PMDB MS) e Vanessa Grazziotin (PCdoB AM), destacaram a importância da decisão da CAE para os investimentos nos estados. SEFAZ GO José Taveira, secretário de Fazenda de Goiás, celebrou a aprovação, como disse ao Popular. Segundo ele, foi aberto caminho para um grande acordo entre os Estados para discutir a reforma tributária. Mas é preciso aguardar um pouco mais antes de se falar na redução das alíquotas estaduais. Também favorável à convalidação 13 A nova regra proposta para as decisões do Confaz vai obrigar os Estados mais poderosos a pensar o quanto é importante para o Brasil e as futuras gerações o desenvolvimento regional. senador Cyro Miranda A guerra não acabou, mas a vitória de agora é importante Flávio Rodovalho, tributarista e consultor da ADIAL dos incentivos, o senador Walter Pinheiro (PT BA) anunciou a intenção de retomar a discussão da reforma do ICMS e da criação de dois fundos um para compensar os estados por eventual É um projeto muito importante para os nossos Estados porque dá segurança jurídica para as empresas que estão dependendo desses incentivos. senadora Lúcia Vânia, autora do PLS 130/2014 perda de receita com a unificação das alíquotas e outro para estimular o desenvolvimento regional que integravam um conjunto de medidas propostas em 2013 pelo Executivo. Pró-Industrial

ADIAL 58_Layout 1 07/11/2014 11:40 Page 14 MARKETING & PRODUTOS Bonduelle Bonduelle amplia linha de vegetais congelados. A marca está ampliando seu portfólio de vegetais congelados e lança três novas opções de misturas: Vegetais à Oriental, Vegetais à Grega e Vegetais à Russa, além de já contar com a Couve Manteiga. Os produtos são distribuídos em embalagens nas versões 300g e 1,02kg, exceto a couve manteiga que estará disponível apenas na versão de 1,02kg. Nestlé A marca apresenta três sabores de sorvete que vão integrar a linha La Frutta durante o verão: morango com framboesa, manga com maracujá e coco com abacaxi. Todos os sabores são vendidos em embalagens para consumo coletivo. Segundo a Nestlé, os sorvetes são feitos à base de água e com textura mais leve do que os tradicionais produzidos com leite. Outra aposta são os novos sabores de picolés: +Manga e +Coco. Unilever O Brasil será o primeiro dos 150 países onde a Unilever atua a receber a linha infantil da marca Dove, que deve chegar ao mercado neste mês. A Baby Dove é uma extensão da marca principal, assim como a Dove Men Care, voltada para os homens. A linha infantil dos produtos será o maior investimento da Unilever no segmento de cuidados pessoais no Brasil desde 2011. A marca Dove, como um todo, responde por 25% das vendas da empresa no Brasil nessa área. Sadia A linha Soltíssimo da Sadia terá cinco opções de fatiados: queijo prato, presunto cozido, mortadela defumada, queijo mussarela e peito de Peru, todos com embalagens de 200 g. A linha conta com a tecnologia S Fresh, que oferece maior praticidade e frescor ao produto, segundo a marca, além de contar com embalagens abre e fecha. Segundo a empresa, os frios serão produzidos na fábrica de Tatuí, em São Paulo, e inicialmente comercializados apenas no Rio de Janeiro e São Paulo, com possibilidade de ampliação para os demais Estados. Fugini A Fugini Alimentos apresenta a linha de condimentos em stand up pouch (bolsa plástica flexível que fica em pé) com bico dosador. A linha conta com cinco produtos: Ketchup, nas versões 340 gramas e 200 gramas, Maionese, também nas mesmas versões e Mostarda, na versão 200 gramas. Segundo a Fugini, as novas embalagens apresentam como vantagens a facildade de uso e armazenagem; shape anatômico, proporcionando fácil aplicação do produto; conceito utilização até a última gota ; e evita a entrada de ar, prevenindo a oxidação e contaminação do produto. 14 Pró-Industrial

ADIAL 58_Layout 1 07/11/2014 11:40 Page 15 Mabel Os biscoitos Toddy Wafer e as rosquinhas Mabel, da PepsiCo, apresentam novas embalagens para o consumo individual. Os produtos estão disponíveis nas versões de 29 gramas e de 60 gramas respectivamente. Segundo a PepsiCo, as novas embalagens têm o tamanho ideal para o consumo rápido e conveniente. E O produto ganhou nova formulação feita com ingredientes naturais, segundo a empresa. Outra novidade é a embalagem upside down, que possui a tampa na parte inferior, com válvula para controle do fluxo e formato ergonômico. Segundo a pesquisa realizada com consumidores pela Sensenova, instituto de pesquisa especializado em desenvolvimento e pesquisa Sensorial, o lançamento obteve 95% de aceitação geral e intenção de compra. O produto atende a demanda de uma categoria, que segundo o Consumer Book Kantar 2014, cresce 13% em volume. GSA A GSA amplia a linha de refrescos com o sabor Caju. O produto será distribuído em todo o país, nas opções 2L e 10L e deve chegar às gôndolas dos supermercados neste mês de outubro. Além da novidade, a linha conta com os sabores goiaba, frutas vermelhas, salada de frutas, abacaxi, manga, uva, morango, laranja, limão, maracujá e tangerina na versão 1L, goiaba, jabuticaba, frutas vermelhas, salada de frutas, manga, uva, morango, tangerina, maracujá, laranja, frutas roxas e abacaxi, na versão 2L e salada de frutas, morango, maracujá e laranja, na versão 10L. Piracanjuba A Piracanjuba unificou os produtos da marca destinados ao público infantil na família Pirakids. A linha Pirakids agora contempla as bebidas lácteas Pirakids e Piracanjuba zero lactose, e o leite UHT Integral Piracanjuba Crescer. A nova identidade visual da família Pirakids foi idealizada pela Guepa, agência de design especializada na gestão de marcas. O destaque foi a mascote, que ganhou contornos lúdicos. As embalagens ficaram mais coloridas. A intenção é dar destaque nos pontos de vendas e promover a identificação do público com o produto. Nosso intuito foi tornar o contato com o consumidor mais claro e fácil, sempre ressaltando o conceito de família, afirma Lisiane Guimarães, gerente de marketing da Piracanjuba. 17 Pró-Industrial

ADIAL 58_Layout 1 07/11/2014 11:40 Page 16 EMPRESA Mitsubishi vai produzir novo Lancer em Goiás MODELO FOI APRESENTADO NO SALÃO DO AUTOMÓVEL DE SÃO PAULO. SEDAN SERÁ FABRICADO EM GOIÁS, ASSIM COM JÁ SÃO O PAJEROS TR4 E DAKAR, A L200 E O ASX Visual arrojado com espaço de sobra para toda a família. O Lancer já conquistou as ruas de todo o Brasil com seu visual inovador e muito conforto. Agora esse sedan ganha as cores do Brasil e passa a ser produzido na fábrica da Mitsubishi Motors, em Catalão (GO), onde mantém operação há 16 anos. "A nacionalização do Lancer é um grande marco para a Mitsubishi Motors do Brasil. É o primeiro sedan a ser produzido em nossa fábrica, o que nos deixa muito orgulhosos. Junto com a inauguração da linha do Lancer, estamos finalizando a construção da nova fábrica de pintura com equipamentos de última geração. Tudo isso faz parte do investimento de R$ 1 bilhão do programa Anhanguera II, onde também lançamos a fábrica de motores e novas linhas de produção", garante Robert Rittscher, presidente da Mitsubishi Motors do Brasil. Além do Lancer, as picapes L200 Triton, os SUVs Pajero TR4 e Pajero Dakar e o crossover ASX são fabricados em Catalão. As principais características deste sedan foram mantidas e o Lancer 2015 ganha o novo sistema multimídia com recursos inéditos e uma tela Black Glass Touch Screen de 7". Repleto de recursos e sensível ao toque, tem uma navegação intuitiva, similar aos mais modernos tablets e smartphones, e vem com um acabamento cromado, oferecendo ainda mais requinte ao interior. O sistema multimídia é equipado com navegador GPS, Bluetooth com transmissão de áudio, dual vídeo zone, USB com interface para smartphones, CD/DVD, rádio, entrada auxiliar e para cartões SD, e o Dynamic Information System (DIS), com acelerômetro, aceleração lateral, bússola, inclinação frontal e altitude. O Lancer 2015 passa a ser oferecido em oito cores e ganha o novo Rear Lip Spoiler nas versões GT e AWD, conferindo ainda mais sofisticação no visual do veículo. As versões CVT e MT recebem um novo parachoque dianteiro, que resultam em menor ruído, melhor aerodinâmica e aparência mais esportiva. O Lancer é um veículo completo e vem 16 Pró-Industrial

ADIAL 58_Layout 1 07/11/2014 11:40 Page 17 equipado com novas rodas aro 18", únicas no segmento e com design exclusivo para o modelo, sensor de acendimento de faróis, sensor de chuva, piloto automático e controle de áudio integrados ao volante, ar condicionado automático e computador de bordo no centro do painel, que reúne as informações que podem ser facilmente visualizadas com um simples toque no botão. Nas versões com câmbio CVT, os Paddle Shifters oferecem a possibilidade da troca manual de marchas, assim como na alavanca no console central, dando um toque ainda mais esportivo ao veículo. Com a produção nacional, o Lancer recebeu uma nova calibração no sistema de suspensão, deixando o veículo ainda adequado para as ruas e estradas brasileiras, além do novo pacote antirruído, que traz conforto para o motorista e passageiros. O Lancer tem um sistema de abertura do porta malas com braços pantográficos, que não ocupam espaço interno, não interferem no fechamento da tampa e não causam danos às bagagens. O Lancer é um carro versátil, capaz de levar toda a família com muito conforto. O interiorpremium Black traz bancos com couro nas versões GT e AWD, além do computador de bordo com tela de LCD colorida de alto contraste, que traz todas as informações do veículo com um simples toque no botão. HISTÓRIA DE SUCESSO NO BRASIL Em 1990, o mercado brasileiro se abria para as importações. Em 1991, os primeiros veículos Mitsubishi desembarcaram no País e a cidade de São Paulo inaugurou o primeiro ponto de venda da marca para comercializar a L200. A escolha deste segmento e o início da importação do Pajero Full, em 1992, foram um sucesso. Em apenas dois anos, a empresa já contava com 20 concessionárias Mitsubishi em 18 cidades do País. Uma rede diversificada que importava e distribuía os modelos Lancer, Space Wagon, Eclipse, 3000GT, Colt e Pajero Full. Nascia a MMC Automotores do Brasil. Alguns anos depois, em 1998, foi inaugurada a fábrica da Mitsubishi Motors Brasil, localizada em Catalão, em Goiás, promovendo o desenvolvimento da região. Em meio a uma ampla área ambiental, a unidade da Mitsubishi Brasil nasceu pautada pela excelência da qualidade e pela sustentabilidade, com a utilização responsável da água e a destinação adequada de seus resíduos sólidos desde o início. Com uma área construída de 14 mil metros quadrados, no dia 15 de julho saía da linha de montagem a primeira Mitsubishi L200. Cabine dupla, motor a diesel e tração nas quatro rodas. Em 2004, uma nova marca entraria para a história: já eram 100 mil veículos Mitsubishi vendidos no Brasil. Três anos depois, em 2010, a Mitsubishi anunciava o projeto Anhanguera II, que previa expansão para 247 mil metros quadrados de área construída até 2015. Atualmente, a fábrica de Catalão libera mais de 300 veículos por dia, com os mais altos padrões de qualidade em seus processos, desde o projeto de desenvolvimento do produto até a Auditoria Final pósmontagem. São fabricados, em Catalão, os modelos do Pajero TR4, Pajero Dakar, linha L200 Triton e ASX com o Lancer entrando agora em linha. A montadora importa os modelos do Pajero Full, Outlander, Lancer Sedan, Lancer Sportback Ralliart e Lancer Evolution X. Fábrica da Mitsubishi, em Catalão 17 Pró-Industrial

ADIAL 58_Layout 1 07/11/2014 11:40 Page 18 LEITURA EMPRESARIAL REFORMA POLÍTICA O livro reúne alguns dos artigos de Murillo de Aragão, análises e propostas sobre a reforma política no Brasil. Ele não fica preso apenas ao imediato nem ao circunstancial, tenta com coragem mergulhar no caos da realidade política do Brasil, fazendo interpretações, tirando lições e apontando caminhos. O autor traz ao debate as principais propostas que estão sendo discutidas, as perspectivas reais para uma reforma política a curto e a médio prazo e para o futuro da nossa democracia. DÉCADA PERDIDA Este livro trata dos dez primeiros anos do Partido dos Trabalhadores no poder, de janeiro de 2003 a dezembro de 2012. Analisa, portanto, os dois mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os dois anos iniciais da gestão de Dilma Rousseff. Mais do que retrato definidor de uma Década perdida, o trabalho de Marco Antonio Villa desnuda padrões, revela modelos de comportamento, fixa estilos de conduta, o próprio modus operandi do PT no poder, o método, segundo o autor: aparelhar o Estado desde dentro e de forma que, progressivamente, não mais se distinga do partido. O NOVO CAPITAL Nenhum livro de economia publicado nos últimos anos foi capaz de provocar o furor internacional causado por O capital no século XXI, do francês Thomas Piketty. Seu estudo sobre a concentração de riqueza e a evolução da desigualdade ganhou manchetes nos principais jornais do mundo, gerou discussões nas redes sociais e colheu comentários e elogios de diversos ganhadores do Prêmio Nobel. Fruto de quinze anos de pesquisas incansáveis, o livro se apoia em dados que remontam ao século XVIII, provenientes de mais de vinte países, para chegar a conclusões explosivas. PELO MENOS, O BÁSICO Desconstrua o jargão e compreenda como você está envolvido na economia do dia a dia. Se você quer entender o básico de economia e compreender um assunto que nos afeta todo dia, então acabou de encontrar o que precisa no Economia Para Leigos. Este guia de fácil compreensão te leva através do mundo da Economia, dos conhecimentos sobre micro e macroeconomia e a desmistificação de tópicos complexos como capitalismo e recessão. CRASH!! Em Crash! Uma Breve História da Economia: Da Grécia Antiga ao Século XXI, o autor conta histórias curiosas e interessantes como a dos primeiros especuladores, que investiam em tulipas na Holanda, flor que caiu no gosto dos europeus no século XVII; a dos alemães, que precisavam sair carregados de dinheiro quando iam às compras, em meio a uma das maiores inflações que já existiram, perdendo apenas para a dos húngaros após a Segunda Guerra Mundial; e a dos brasileiros, que detêm até hoje o recorde de maior período de inflação da história.

ADIAL 58_Layout 1 07/11/2014 11:40 Page 19 OPINIÃO CESAR HELOU Uma vitória dos incentivos fiscais Aaprovação na última semana do projeto de lei 130/2014, da senadora Lúcia Vânia (PSDB GO), que permite aos Estados e ao Distrito Federal convalidar os incentivos fiscais ilumina o turvo debate que se tornou a legislação dos incentivos fiscais. Sem respostas por décadas, o tema judicializou, quase virou alvo de súmula vinculante, e de uma mal sucedida reforma do ICMS, que o Congresso abortou para o bem do desenvolvimento regional do País. Ao ser aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o que deve ocorrer nos próximos dias também no Plenário, a lei dará segurança jurídica ao investidor privado. Dezenas de grandes projetos industriais que cogitaram se instalar em Goiás não avançaram por conta deste temor que se criou no País uma indefinição tributária. A aprovação na comissão autoriza o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) a aprovar incentivos sem unanimidade do colegiado de secretários estaduais de finanças. É o caminho da segurança jurídica, pois poderá validar incentivos fiscais no Confaz com voto de dois terços das unidades federadas e um terço das unidades federadas integrantes de cada uma das regiões do País. A unanimidade sempre fez com que as divergências sobre tributos estaduais, por mínima que fossem, se 19 tornassem casos de Justiça. Esta regra torna impraticável, no Confaz, a resolução de grandes disputas tributárias no País. Se um Estado firma posição sobre qualquer assunto, toda evolução do tema relativa a ele jamais chegará a uma definição. O fim da unanimidade dará ao Conselho Fazendário um papel dinâmico e de maior relevância no País. Essa proposta aprovada em Plenário garantirá também a manutenção dos incentivos, suprindo a falta de uma política de desenvolvimento nacional. A expectativa é que o diálogo do governo federal com toda sociedade, em busca de uma série de reformas necessárias, ocorra o mais breve possível. Agora, pode se iniciar e avançar um debate da reforma tributária sem a ameaça da Súmula Vinculante 69, que poderia extinguir todos incentivos fiscais e financeiros concedidos pelos Estados. Agora, com a possível anuência do Confaz, a ação no STF perde efeito. Após a aprovação em plenário do PLS 130, vamos discutir melhor o futuro dos incentivos fiscais, pois somos a favor de que eles jamais acabem, mas que sejam organizados e aperfeiçoados. Defendemos os incentivos ao setor produtivo como ferramenta de desenvolvimento industrial, pois, antes, os Estados que estão fora do eixo da tradicional indústria brasileira nunca tiveram acesso ou fizeram parte da estratégia de crescimento regional do País. Essa ascensão foi promovida somente quando foram criados, por iniciativa dos Estados menos desenvolvidos e com recursos de seu orçamento, os benefícios fiscais com o ICMS. Estados multiplicaram seu PIB, seu parque industrial e a geração de empregos além de ampliarem sua arrecadação tributária. Uma reforma dos tributos precisa dar condições de continuidade de crescimento para estes Estados. Deve ser o princípio base do projeto: preservar ou criar novas condições de expansão para os Estados emergentes, em benefício do País. A independência econômica de alguns Estados brasileiros foi alcançada por meio dos incentivos fiscais que eram deles e pelas suas vantagens competitivas, como localização, matéria prima, mão de obra, entre outros. Não existe vantagem maior para uma nação que disseminar e distribuir o crescimento econômico. As eras da concentração e discriminação fazem parte de um passado, do Brasil do atraso. O futuro do País é promover o desenvolvimento regional e estimular a modernização das nossas indústrias com uma política industrial corajosa. Cesar Helou é empresário e presidente da ADIAL Pró-Industrial

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