UM OLHAR SOBRE O PROCESSO DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NO HISTÓRICO DE ENFERMAGEM

Documentos relacionados
Exame físico: Considerações iniciais

Preparatório para Prefeitura do Recife Espaço Heber Vieira. Técnica do Exame Físico Geral Parte 01

Programa Analítico de Disciplina EFG210 Habilidades em Enfermagem I

EXAME FÍSICO. Exame Físico. Parte 2. Profª. PolyAparecida

EXAME FÍSICO ASPECTOS GERAIS

1.DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

D I S C I P L I N A D E S E M I O L O G I A U N I V E R S I D A D E D E M O G I D A S C R U Z E S FA C U L D A D E D E M E D I C I N A

A importância da anamnese e do exame físico para a prática de enfermagem: relato sobre a experiência acadêmica

RESUMO DOS 120 ANOS DA EEAP A INOVAÇÃO NA FORMAÇÃO: A IMPORTANCIA DO CONHECIMENTO ACADÊMICO SOBRE SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Setor: Todos os setores Responsável pela prescrição do POP Médico, Enfermeiro Responsável pela execução do POP Auxiliar ou Técnico em Enfermagem

PROCESSO DE ENFERMAGEM E A ATUAÇÃO DO TÉCNICO / AUXILIAR DE ENFERMAGEM

CURSO DE ENFERMAGEM Reconhecido pela Portaria nº 270 de 13/12/12 DOU Nº 242 de 17/12/12 Seção 1. Pág. 20

CURSO DE ENFERMAGEM Autorizado pela Portaria no 135, de 29/01/09, publicada no DOU no 21, de 30/01/09, seção 1, pág.

PLANO DE CURSO EMENTA

PROCESSO DE ENFERMAGEM

Semiologia e Semiotécnia em Enfermagem I. Aula 1 - Apresentação da Disciplina

PROGRAMA DE DISCIPLINA, ESTÁGIO OU TRABALHO DE GRADUAÇÃO-2016/1

ENFERMAGEM PROCESSO DE ENFERMAGEM E SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM. EXAME FÍSICO Aula 9 Profª. Tatiane da Silva Campos

Mecânica Corporal - 2

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS, SAÚDE E TECNOLOGIA - IMPERATRIZ. CURSO DE ENFERMAGEM PLANO DE ENSINO

Processo de Enfermagem

D I S C I P L I N A D E S E M I O L O G I A U N I V E R S I D A D E D E M O G I D A S C R U Z E S FA C U L D A D E D E M E D I C I N A

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA. Parte 15. Profª. Lívia Bahia

Sistematização da Assistência de Enfermagem

EMENTÁRIO CURSO DE ENFERMAGEM 5º PERÍODO

Hospital Universitário da USP Processo de Enfermagem

Monitoria em Semiologia e Semiotécnica da enfermagem: estimulando o interesse pela docência

Processo de Enfermagem

ANAMNESE (COLETA DE DADOS)

A IMPORTÂNCIA DO MÓDULO DE ABORDAGEM DO PACIENTE NA FORMAÇÃO ACADÊMICA DO ESTUDANTE DE MEDICINA

Carla Kowalski Marzari

AGUIAR. Vânia Deluque¹, LIMA. Solange da Silva², ROCHA. Aline Cristina Araújo Alcântara³, SILVA. Eliana Cristina da 4, GREVE. Poliana Roma 5.

PLANO DE APRENDIZAGEM

A IMPORTÂNCIA DA MONITORIA DA SEMIOLOGIA MÉDICA NA FORMAÇÃO ACADÊMICA

I PROJETO SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA DA FACULDADE DO NORTE GOIANO

Exame Clínico das Mamas

Envelhecimento ativo Que exercícios posso fazer em casa?

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

COORDENADORIA DO CURSO DE MEDICINA CAMPUS DOM BOSCO PLANO DE ENSINO. Unidade Curricular: CUIDADOS EM NEUROLOGIA. Co-requisito: Grau: Bacharelad o

Profª Leticia Pedroso

Palavras-chave: Comunicação. Enfermagem. Revisão bibliográfica.

PLANO DE ENSINO NOME: PEDIATRIA V. Código: PED021. Carga horária: 75 HORAS-AULA (10 HORAS TEÓRICAS E 65 HORAS PRÁTICAS) Créditos: 05

EMENTÁRIO E BIBLIOGRAFIA BÁSICA E COMPLEMENTAR DA MATRIZ CURRICULAR DO CURSO DE ENFERMAGEM 5º PERÍODO

CAPÍTULO 7 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

MONITORIA DA DISCIPLINA SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA:

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO DIVISÃO DE ENFERMAGEM

TÍTULO: INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS: LIMITAÇÕES DO ENFERMEIRO

ENFERMAGEM ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM. Liderança em Enfermagem Aula 1. Profª. Tatiane da Silva Campos

EMENTÁRIO E BIBLIOGRAFIA BÁSICA E COMPLEMENTAR DA MATRIZ CURRICULAR DO CURSO DE ENFERMAGEM 4º PERÍODO

A SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE PORTADOR DE PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA IMUNE

Componente Curricular: METODOLOGIA DO PROCESSO DE CUIDAR III PLANO DE CURSO

Roteiro. Unidade: Promoção e manutenção das necessidades básicas de saúde e avaliação da capacidade de autocuidado.

Avaliação fisioterapêutica neurológica

PROGRAMA DE DISCIPLINA. DISCIPLINA: Estágio Curricular em Unidades de Saúde de Média e Alta Complexidade CÓDIGO: EFMO64 COORDENADOR:

SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA PARTE 1 técnica de exame 1

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM SAE CIPE. Conselheira - Elizimara Ferreira Siqueira

FACULDADE INTEGRADA DE SANTA MARIA RESUMO EXPANDIDO ÁREA TEMÁTICA: PRÁTICAS INTEGRATIVAS NA SAÚDE

FAMERV Faculdade de Medicina de Rio Verde

Exame físico do aparelho respiratório. Prof: Bruna M. Malagoli Rocha Disciplina: Semio II

Contextualizando... 07/03/2019. Avaliação e monitorização da criança: métodos e instrumentos de avaliação da criança SEPARAÇÃO DA FAMÍLIA E AMIGOS

AVALIAÇÃO DA COLUNA VERTEBRAL

Descrição. Justificação. Objectivos Gerais:

Faculdade da Alta Paulista

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA (SAEP) PROFESSORA: MARIA DA CONCEIÇÃO MUNIZ RIBEIRO.

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

CURSO DE FISIOTERAPIA Autorizado plea Portaria nº 377 de 19/03/09 DOU de 20/03/09 Seção 1. Pág. 09 PLANO DE CURSO

ENFERMAGEM LEGISLAÇÃO EM ENFERMAGEM. COFEN Parte 5. Profª. Tatiane da Silva Campos

CURSO DE ENFERMAGEM Reconhecido pela Portaria nº 270 de 13/12/12 DOU Nº 242 de 17/12/12 Seção 1. Pág. 20

Objetivos. Discorrer sobre as fases de uma entrevista Conhecer e aplicar as técnicas de uma entrevista

Processo de enfermagem e conceitos que subsidiam a avaliação de indivíduos e famílias

GERENCIANDO O CUIDADO DE ENFERMAGEM COM PROTOCOLOS ASSISTENCIAIS : A PRÁXIS EM ENFERMAGEM E SUA INTERFACE COM A TECNOLOGIA EM SAÚDE

Faculdade da Alta Paulista

MODELO ASSISTENCIAL HOSPITAL SAMARITANO -SP

CURSO: ENFERMAGEM EMENTAS º PERÍODO

Faculdade da Alta Paulista

Roteiro. Procedimento: Administração de medicamentos por via intramuscular.

INSTRUÇÃO DE TRABALHO

AS ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO NO CENTRO CIRÚRGICO

1.DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

A IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA DE SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA PARA A PRÁTICA ASSISTENCIAL

SERVIÇO DE RADIOLOGIA A PERCEPÇÃO DA ENFERMEIRA DE DENTRO E DE FORA DO CDI

REESTRUTURAÇÃO DAS ATIVIDADES DO CURSO MÉDICO CARACTERIZAÇÃO DAS DISCIPLINAS E ESTÁGIOS DA NOVA MATRIZ CURRICULAR

PARECER - SOBEST N 01/2018.

INTRODUÇÃO TÉCNICAS DE EXAME FÍSICO

Processo de Enfermagem Avaliação de Indivíduos e Famílias Diná Monteiro da Cruz

FATORES FACILITADORES E DIFICULTADORES À IMPLEMENTAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Faculdade da Alta Paulista

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSO DE COSMETOLOGIA E ESTÉTICA DISCIPLINA: TEORIAS E TÉCNICAS DE MASSAGEM AVALIAÇÃO CORPORAL

O PROCESSO DE ENFERMAGEM COMO PERSPECTIVA NA MELHORIA DA QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA 1

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS CAMPUS JATAÍ CURSO DE ENFERMAGEM. Carga Horária Semanal. Profª Ms. Suelen Gomes Malaquias

PROVA DE APTIDÃO FÍSICA. 1. Os Candidatos ao IPE devem executar as provas físicas abaixo descriminadas de acordo com as instruções de realização.

Faculdade da Alta Paulista

COMO MEDIR A PRESSÃO ARTERIAL

Uso da crioterapia para redução de laceração perineal de 1º grau Materno Infantil/Obstétrico Hospitalar

Ela foi considerada a primeira teórica de enfermagem ao delinear o que considerava a meta de enfermagem e o domínio da prática( McEWEN, 2009 )

Procedimento Operacional Padrão Verificação dos Sinais Vitais POP_ENF_006

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

CHAVES (2009) descreve a CIPE como sendo um produto e um programa do Conselho Internacional de Enfermagem (CIE). A CIE é formada por uma federação de

PROCESSO DE ENFERMAGEM

Transcrição:

UM OLHAR SOBRE O PROCESSO DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NO HISTÓRICO DE ENFERMAGEM ANTUNES, Juliana Costa Dal Forno; 1 KAEFER, Cristina Thum 2 Resumo A pesquisa enfatiza a importância da utilização da Sistematização da Assistência na prática da Enfermagem, relacionando a anamnese nos pacientes, para se ter uma consulta de enfermagem efetiva diante das necessidades dos pacientes, e assim poder realizar diagnósticos e Planos de Cuidados centrados na realidade dos pacientes.o objetivo geral da pesquisa é discorrer sobre o processo de enfermagem com ênfase no histórico de enfermagem relacionado ao exame físico. O exame físico é de extrema relevância na avaliação do paciente e no esclarecimento do diagnostico de enfermagem, promovendo subsídios para um planejamento da assistência de acordo com as necessidades e anormalidades encontradas. Este estudo trata-se de uma pesquisa de caráter de Revisão de Literatura, para Silva (2001) a revisão de literatura resultará do processo de levantamento e análise do que já foi publicado sobre o tema e o problema de pesquisa escolhidos. Conclui-se que o exame físico é de extrema relevância na avaliação do paciente e no esclarecimento do diagnostico de enfermagem, promovendo subsídios para um planejamento da assistência de acordo com as necessidades e anormalidades encontradas. Palavras chaves: Enfermagem. Processo. Histórico. Exame Físico. 1 Acadêmica Curso de Graduação de Enfermagem da Universidade de Cruz Alta RS. juliana.cdf@hotmail.com 2 Docente e Coordenadora do Curso de Graduação de Enfermagem da Universidade de Cruz Alta - RS, enfermeira Assistencial do Pronto Atendimento Municipal de Saúde da Secretaria Municipal de Saúde do Município de Cruz Alta. Mestre em Enfermagem e Saúde. Doutoranda em Ciências do Movimento Humano pela UNASUR, PY. crkaefer@unicruz.edu.br

Introdução Atualmente uma das preocupações dos profissionais de saúde, é proporcionar uma assistência de enfermagem adequada e com qualidade ao cliente, família e comunidade. Esta preocupação se efetiva na prática, pela utilização da sistematização da assistência de enfermagem, na qual é utilizado o Processo de enfermagem, onde se divide em etapas: Histórico de enfermagem, diagnostico de enfermagem, prescrição de enfermagem, evolução de enfermagem, prognóstico de enfermagem. Neste contexto o presente estudo aborda com propriedade a primeira etapa do processo de enfermagem, utilizado como ferramenta na consulta do profissional enfermeiro, o Histórico de Enfermagem. Este por sua vez é entendido como uma etapa na qual se realiza a Anamnese ou Exame Físico procedimento de extrema importância para avaliação do paciente e identificação dos diagnósticos e planejamento das ações de enfermagem. O exame físico é utilizado como uma ferramenta para auxiliar no diagnostico de enfermagem. A enfermagem deve identificar e relacionar anamnese com os sintomas do paciente e seu diagnostico clinico. O objetivo geral da pesquisa é discorrer sobre o processo de enfermagem com ênfase no histórico de enfermagem relacionado ao exame físico. A pesquisa se justifica devido a importância da utilização da Sistematização da Assistência na prática da Enfermagem, enfatizando a da anamnese nos pacientes, para se ter uma consulta de enfermagem efetiva diante das necessidades dos pacientes, e assim poder realizar diagnósticos e Planos de Cuidados centrados na realidade dos pacientes. Revisão de Literatura O ensino do Exame Físico tem sido motivo de preocupação para os profissionais ligados a docência, mas também para os que atuam na área assistencial, precisando assim um olhar mais aprofundado desta prática.

A consulta de enfermagem é uma atividade importância na assistência ao paciente, sendo privativa da enfermagem, tem como finalidade promoção da saúde e identificar os diagnósticos e tratamento precoce (CARVALHO et.al, 2008). Conforme o Art.11, inciso I da lei n 7.498, de 25 de junho de 1986, e no decreto 94.406/87, que regulamenta, onde legitima a consulta de enfermagem e determina como sendo uma atividade privativa do enfermeiro. (COFEN, 1993). Os instrumentos básicos de enfermagem para Pickler, Silva, Vall (2009, p.1) Eles são essenciais para implantação da Sistematização da Assistência de enfermagem, visto que envolvem, observação, comunicação, princípios e método cientifico, planejamento, trabalho em equipe, entre outros. Conforme Botta (1988, p. 1) Conceitua instrumentos básicos em enfermagem como: O conjunto de conhecimentos e habilidades fundamentais para o exercício de todas as atividades profissionais. De acordo com Santos (2011) o exame físico, é fase ressaltante para o planejamento do cuidado do enfermeiro, investigando o cliente através de sinais e sintomas, indagando por anormalidades que possibilita sugerir problemas no sistema de saúde e doença. Entende-se por exame físico o levantamento das condições globais do paciente, tanto físicas como psicológicas, no sentido de pesquisar informações significativas para a enfermagem, possibilita subsídios a assistência a ser prestada ao paciente. Ligado com a entrevista, compõe a coleta de dados, o que fundamenta a sistematização da assistência de enfermagem. (BARROS, 2010). Para Santos (2011) esse exame deve ocorrer de maneira sistematizada, no sentido cefalo-caudal, através de uma avaliação minuciosa dos segmentos do corpo tornando as técnicas propedêuticas: inspeção, palpação, percussão e ausculta. Na avaliação ao paciente a amamnese é de grande importância. Posso (2006) relata as principais normas para sua execução: Pedir a colaboração do paciente; A iluminação deve ser adequada (homogênica e sem sombras); Prezar pela privacidade do paciente; Esclarecer sobre os procedimentos efetuados; Executar o exame no sentido cefalo-caudal; As mãos do examinador devem estar

aquecidas e as unhas, curtas; O paciente deve estar relaxado e confortável; Em órgãos pares (ouvidos, olhos, rins e outros) inicia o exame pelo lado não-afetado; Observar a expressão facial do paciente em relação a manifestações de desconforto ou dor; Impedir interrupções ou interferências; Abster comentários e expressões acerca dos problemas encontrados; Tubos contendo água quente e fria para testar a sensibilidade. Segundo Timby (2007) os propósitos para a execução do exame físico são: Examinar a condição física atual do paciente; Constatar os primeiros sinais de desenvolvimento de problemas de saúde; Ordenar uma base de dados para futuras comparações; Estimar as reações do paciente as intervenções medicas e de enfermagem. Para suceder o exame físico precisa-se de instrumentos ou ferramentas que facilite sua execução, autores citam vários instrumentos onde a enfermagem deve usá-los conforme a padronização e os materiais disponíveis no seu ambiente de trabalho. Conforme Posso (2006) expõe os instrumentos necessários para a realização da anamnese: Estetoscópio, Esfigmomanometro, Fita métrica, Termômetro, Balança antropométrica, Espátula, Agulhas, Bolas de algodão secas sem álcool, Garrote, Lanterna e Martelo de reflexos. Na execução do exame físico e fundamental a posição do paciente, assim tendo um exame físico fidedigno e oferecendo conforto ao paciente. Segundo Barros (2010) para efetuar o exame físico, habitua-se utilizar basicamente as seguintes posições para o paciente: decúbito dorsal; decúbito lateral (direita e esquerda); decúbito ventral; posição sentada (no leito ou em uma cadeira); posição ortostática. Para Timby (2007) O exame habitualmente começa com o paciente deitado ou sentado. Alguns componentes do exame físico solicitam que ele fique reclinado e se mova de um lado para outro. Posições especificas para exames específicos.

Entrevista Momento onde a enfermagem se expressa com o paciente assim se estabelecendo uma relação inicial para execução do exame físico. Conforme Posso (2006) a entrevista identifica - se por fazer parte da consulta de enfermagem instituindo dados pertinentes ao estado físico do paciente consentindo a identificação dos problemas de enfermagem. A entrevista realizada pela enfermagem tem como objetivo instituir contato, motivar um relacionamento caracterizado pela confiança mutua além de revogar dados importantes nortearão a assistência. (BARROS, 2002) Inspeção Para Weber (2007, p.28) A inspeção consiste no processo de observação e em usar os sentidos de visão, olfato e audição para avaliar as condições de varias parte do corpo, incluindo quaisquer desvios da normalidade. Conforme Posso (2006, p.7) A inspeção é o ato de observar e inspecionar. É um método em que se utiliza da visão na avaliação do aspecto, cor, forma, tamanho e movimento das diversas áreas corporais. Palpação De acordo com Barros (2010) técnica que permite alcançar dados a partir do tato e da pressão. O sentido do tato leva a obter impressões táteis da parte mais superficial do corpo, enquanto a pressão permite a obtenção das impressões de regiões mais profundas. A palpação concede que os profissionais usem as mãos delimitem áreas, estruturas, sintam a textura. Permitem dar contornos, definindo o local da lesão, tamanho, profundidade, características. (MERLEAU-PONTY, 2006).

Percussão Para Weber (2007, p.28) Consiste em bater em uma parte do corpo para identificar sensibilidade ou sons que variam com a densidade das estruturas subjacentes. A percussão determina o tamanho, os limites e a consistência dos órgãos. De acordo com Posso (2006, p.7) É o golpeamento leve de uma área a ser pesquisada, utilizando-se a parte ulnar dos dedos: percussão dígito-digital, percussão coma borda cubital da mão ou com instrumento próprio, originando sons vibratórios. Percussão Direta Executada golpeando-se diretamente com as pontas dos dedos a regiãoalvo. Os dedos devem estar fletidos, reproduzindo a forma de um martelo, e os movimentos de golpear são feitos pela articulação do punho. (BARROS, 2002). A percussão direta tem objetivo de identificar sensibilidade ou dor. É efetuada batendo diretamente sobre a parte do corpo com a ponta de 1 ou 2 dedos. (WEBER, 2007). Percussão Digito-digital A técnica digito - digital ou percussão indireta tem como objetivo evocar um dos seguintes sons sobre o tórax ou abdome: timpanismo, ressonância, hiperressonância, macicez, som claro. (WEBER, 2007, p. 30). Conforme Barros (2010, p.65) É realizada golpeando-se com um dedo e borda ungueal ou a superfície dorsal da segunda falange do dedo médio ou indicador da outra mão, que se encontra espalmada e apoiada na região de interesse. O examinador deve procurar a forma que considere a mais adequada. Isso significa que, na mão que percute, o dedo que buscará o som fica na posição de martelo e os outros, estendidos ou em uma posição mais confortável. Deve-se tomar cuidado para que a movimentação da mão ocorra apenas com a articulação do punho. O cotovelo deve permanecer fixo, fletido em um

ângulo de 90 e com o braço em semi-abdução. O golpe deve ser dado com a borda ungueal, não com a polpa. Ausculta Procedimento que utiliza um instrumento nomeado estetoscópio, a partir do qual se obtêm ruídos considerados normais ou patológicos. Emprega-se esta técnica no exame de vários órgãos, como pulmões, coração, artérias e intestino. A ausculta significa ouvir os sons produzidos pelo corpo não audíveis sem o uso de instrumentos. (BARROS, 2010). Posso (2006) relata que a ausculta, consiste na adaptação do sentido da audição para ouvir sons ou ruídos produzidos pelos órgãos. Esses sons são decorrentes entre sua origem e a superfície corporal. De acordo com Santos (2011) para execução completo do exame físico possibilita elevar o elo de confiança entre o profissional de saúde e cliente, coletar dados indispensáveis para o seu tratamento, identificar sinais e sintomas. Para Silva (2009) O profissional que realiza o exame físico não deve ser mero executor da técnica ou cumpridor de tarefas. É importante buscar uma relação interpessoal, na qual tem importância não só os conhecimentos do enfermeiro relativos à doença, como também aspectos humanísticos, éticos e sociais. Desta forma, percebe-se o ser cuidado e a doença é considerada como expressão dos condicionantes sociais, culturais, econômicos e próprios de cada ser, como é possível perceber na fala do acadêmico. Relatar a experiência do exame físico para o cliente irá fornecer subsídios para o profissional de saúde motivará praticas de cuidado que proporcionam a aproximação e o conhecimento entre quem cuida e quem e cuidado. (SALOMÃO, 2010). Metodologia Este estudo trata-se de uma pesquisa de caráter de Revisão de Literatura, para Silva (2001) a revisão de literatura resultará do processo de

levantamento e análise do que já foi publicado sobre o tema e o problema de pesquisa escolhidos. Permitirá um mapeamento de quem já escreveu e o que já foi escrito sobre o tema e/ou problema da pesquisa. Lakatos e Marconi (1991) complementam que a revisão de literatura deverá elucidar o tema, proporcionar melhor definição do problema de pesquisa e contribuir na análise e discussão dos resultados da pesquisa. Para a elaboração deste estudo foi utilizado, como base principal um levantamento das pesquisas publicadas no período de 1988 a 2011 nas revistas indexadas nas bases de dados da Biblioteca Virtual da Saúde (BVS). Foram usados como descritores os termos: enfermagem, processo, histórico, exame físico. Para seleção dos artigos foram utilizados critérios de inclusão como os artigos serem nacionais, publicados em português, no período de janeiro de 1988 dezembro de 2011. Com essas características foram encontrados 10 artigos os quais contemplam os objetivos propostos pelo estudo. Resultados e Discussões Ao efetuar a consulta de enfermagem o enfermeiro deve ter conhecimento da pratica realizada, assim como estar em constante treinamento para uma consulta segura e adequada porque se constitui em importante ferramenta de educação em saúde, propiciando um espaço de interação entre o profissional e usuário. Essa interação promove o desenvolvimento de processos de subjetivação e para o enfermeiro entende estes processos é necessário compreender os modos de estar e agir no mundo de cada sujeito assistindo e que essa compreensão seja alcançada pela transposição da superficialidade no atendimento. Para tanto devemos utilizar os instrumentos básicos de enfermagem entendidos como observação, comunicação, planejamento, avaliação, trabalho em equipe, método cientifico, aplicação de princípios científicos, destreza manual e criatividade, avaliação e utilização dos recursos da comunidade. Assim, o exame físico é um instrumento para coleta dos dados dos pacientes, os profissionais que efetuam devem usar as técnicas como palpação, percussão, ausculta e inspeção, além da entrevista de enfermagem; o local para anamnese deve mostrar conforto e privacidade ao paciente.

Considerações Finais Acredita-se quanto mais a enfermagem conhecer o cliente, melhor será a qualidade da assistência de enfermagem prestada. Assim o exame físico é imprescindível para que se realize diagnósticos e as intervenções de enfermagem adequados aos dados coletados, e a avaliação das respostas do cliente à terapêutica implementada será mais segura e confiável. Conclui-se que o exame físico é de extrema relevância na avaliação do paciente e no esclarecimento do diagnostico de enfermagem, promovendo subsídios para um planejamento da assistência de acordo com as necessidades e anormalidades encontradas. O exame físico deve juntar dados objetivos sobre o paciente. O paciente deve ser examinado pela Enfermagem de forma completa e objetiva. Referências BARROS, ALBA L. B. L. Anamnese e Exame Físico. 1ª Edição. São Paulo. Editora S.A, 2002. BARROS, ALBA. L. B. L. Anamnese e Exame Físico. 2ª Edição. Porto Alegre. Editora S.A, 2010. BRASIL. MINISTERIO DA SAÚDE. Conselho Nacional de saúde. Resolução n 196 de 10 de outubro de 1996. BOTTA, LUIZA M. M. G.; et.al. Instrumentos Básicos da Enfermagem: buscando novos conceitos. Acta Paulista de Enfermagem. Vol. 1 São Paulo. 1988. Disponível em: < http://www.unifesp.br/denf/acta>. Acesso em: 26/03/2012. CARVALHO, SILVIA C.; SILVA, CRISTIANE P.; FERREIRA, LEONARDO S.; CORRÊA, SHEILA A. Reflexo da Sistematização da assistência de enfermagem (SAE) na consulta de enfermagem. Revista Rede de Cuidados em saúde,vol.2 no.2. 2008. Disponível em: <http//publicações.unigranrio.edu.br>. Acesso em: 25/03/2012.

COFEN. CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM. Resolução COFEN 159/1993: Dispõe sobre a consulta de enfermagem. Disponível em:<http//www.portalcofen.gov.br>. Acesso em: 25/03/2012. LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia científica. 3 ed. São Paulo: atlas, 1991. MERLEAU-PONTY, M. Fenomeologia da Percepção. 3 Edição. São Paulo-SP. Editora Martins Fontes, 2006. OLIVEIRA, ALINE. Revisão Integrativa sobre a Consulta de Enfermagem: enfoques das abordagens e modelagens de educação em saúde evidenciadas. Lume Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação, 2010. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br>. Acesso em: 25/03/2012. PICKLER, NILSON; SILVA, MIRIAM J.; VALL, JANAINA. Mapa conceitual como ferramenta facilitadora da aprendizagem sobre instrumentos básicos de enfermagem. 2009. Disponível em: < http://www.aben-sc.com>. Acesso em: 28/03/2013. POSSO, MARIA BELÉN SALAZAR Semiologia e Semiotécnica de Enfermagem. São Paulo. Editora Atheneu, 2006. RIBEIRO, ANESILDA A. A.; Borenstein, Miriam S. A percepção dos formandos a respeito dos instrumentos básicos de enfermagem e sua aplicabilidade. Rev. bras. enferm. vol.58 no. 6 Brasília, 2005. Acesso em: 14/04/2012. SALOMÃO, GRACIELA S. M., AZEVEDO, ROSEMEIRY C. S. Os Fios Visível e Invisível da Experiência do Exame Físico para o Cliente. Texto e Contexto Enfermagem. Vol.19 no. 4. Florianópolis, 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br>. Acesso em: 15/11/2011. SANTOS, NEUMA; VEIGA, PATRICIA; ANDRADE, RENATA. Importância da Amamnese e do Exame Físico para o Cuidado do Enfermeiro. Revista Brasileira de Enfermagem. Vol.64 no. 2. Brasília, 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br>. Acesso em: 15/11/2011.

SILVA, E. L. da. Metodologia da Pesquisa e elaboração de disertação/ SILVA, E. L. da.; MENEZES, E. M.- 3 ed. rev. atual.- Florianópolis: Laboratório de Ensino a Distância da UFSC, 2001, 121 p.3. SILVA, CARLOS M. C.; SABÓIA, VERA M.; TEIXEIRA, ENÉAS R. O Ensino do Exame Físico em suas Dimensões Técnicas e Subjetivas. Texto e Contexto Enfermagem vol. 18 no. 3. Florianópolis, 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br>. Acesso em: 15/11/2011. TIMBY, BARBARA KUHN Conceitos e Habilidades Fundamentais no Atendimento de Enfermagem. 8ª EDIÇÃO. Porto Alegre. Editora Artmed, 2007. WEBER, J. R.; BARROS, J. C.; SOUZA, S.R. Semiologia - Guia Prático para Enfermagem. Rio de Janeiro. Editora Guanabara Koogan, 2007.