Infra-estrutura de transportes

Documentos relacionados
Universidade do Estado de Mato Grosso UNEMAT. Estradas 1 Projeto geométrico. 1- Organização do Setor Rodoviário

Universidade do Estado de Mato Grosso UNEMAT. Estradas 1 Projeto geométrico. 1- Organização do Setor Rodoviário

ESTUDOS DE TRAÇADO. Classificação das rodovias. Quanto à posição geográfica

UFPR DEPARTAMENTO DE TRANSPORTES SISTEMAS DE TRANSPORTES TT 046. Aula 04

Conhecimentos Gerais

ESTADO DE MINAS GERAIS DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM

ESTRADAS 1 UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL TECNOLOGIA EM CONSTRUÇÃO CIVIL. Aula 03 Classificação de Rodovias

FAMEBLU Engenharia Civil

Modal Ferroviário. Equipe: Docemar M. Borges Felipe Cordova Leonardo F. Heinz Wivian Neckel

FLUXO CONSTRUÇÃO - OBRAS DE INFRA- ESTRUTURA POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA

INTRODUÇÃO AO PROJETO DE RODOVIAS 1/2.

INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICA COMO VETORES DE DESENVOLVIMENTO DO CIPP E DO CEARÁ

APRESENTAÇÃO VALE LOGÍSTICA - Ferrovias

INTRODUÇÃO AO PROJETO DE RODOVIAS 1/2.

De acordo com o nível de Governo, os órgãos rodoviários classificam-se em: Federais, Estaduais e Municipais.

Piores trechos por Unidade Federativa por número de mortos

Breve Histórico Sobre a Evolução do Planejamento Nacional de Transportes

A função de ligar a produção ao consumo; A evolução do sistema de transporte está associada às mudanças econômicas do Brasil;

DNIT. Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes. Ministério dos Transportes

Construir km de ferrovias

Aula Transporte Brasil. Prof. Diogo Máximo

Quantidade de Acessos / Plano de Serviço / Unidade da Federação - Novembro/2007

PLATAFORMA LOGÍSTICA INTERMODAL DE EXPORTAÇÃO DO PIRACICABA. Secretaria Municipal da Indústria e do Comércio Luciano Santos Tavares de Almeida

57% das rodovias brasileiras apresentam problemas, constata Pesquisa da CNT

Apresentação. 1. Introdução. 2. Metodologia. 3. Coleta de dados. 4. Análise dos dados. 5. Resultados. 6. Indicações

Ligações Ferroviárias Regionais na Macrometrópole Paulista Estudos de Rede e Demanda

FCA - Trens Turísticos

Perspectivas das concessões e PPPs nas rodovias

Piores trechos por Unidade Federativa por número de acidentes

1. Justificativas. 2. Classificação do Estado Geral de Conservação. Extensão e Percentual Deficiente, Ruim, Péssimo.

Secretaria de Portos. Ministério dos Transportes. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Transportes. deslocamento de pessoas e mercadorias sobre a. superfície terrestre. Esse deslocamento pode ocorrer por meios

AVANÇOS E DESAFIOS AO SETOR PORTUÁRIO BRASILEIRO. DANIEL MACIEL Secretário de Infraestrutura Portuária

FERROVIA EF 267: TODOS JUNTOS PARA. Senhor Presidente, os defensores das ferrovias como o melhor modal para

ANÁLISE DO POTENCIAL DE TRANSPORTE FERROVIÁRIO DE PASSAGEIROS NA REGIÃO DE BAURU

Aula 14: Padrões Locacionais. Prof. Eduardo A. Haddad

AS POLÍTICAS DE EXPORTAÇÕES DO SETOR AGROINDUSTRIAL NA MESORREGIÃO NORTE DE MINAS GERAIS: LOGÍSTICA E TRANSPORTES

Noções de Topografia Para Projetos Rodoviarios

EVTEA - H Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental das Hidrovias

PLANO REGIONAL DE MOBILIDADE - PLANMOB ALTO VALE

Pacote do governo viabiliza expansão da Estrada de Ferro Vitória-Minas até Presidente Kennedy

Discussão Técnica sobre Ferrovias no Paraná

Oprimeiro Anuário CNT do Transporte, lançado hoje, disponibiliza os principais

Estatística dos tipos de transportes no Brasil (1999):

! Avaliar as rodovias brasileiras pavimentadas, identificando as condições em relação ao pavimento, sinalização e geometria viária

O papel das concessões no desenvolvimento da Infraestrutura. Como podemos avançar.

Modais de Transporte. Claudio Barbieri da Cunha. Escola Politécnica. Claudio Barbieri da Cunha

Andamento das principais obras Agosto/2009

Logística Ferroviária

Panorama das Ferrovias Brasileiras

História Ferroviária

PROGNÓSTICO TRIMESTRAL (Setembro Outubro e Novembro de- 2002).

Com base nos pontos foram determinadas direções intermediárias, conhecidas como. pontos : nordeste (NE), (NO), sudeste (SE) e (SO).

Vale Logística de Carga Geral. Negócios nos Trilhos Novembro 2011

MATERIAL SUPLEMENTAR. Tabela 1. Total de mamógrafos existentes e em uso no SUS, de acordo com tipo, em Salvador, Bahia e Brasil no ano de 2015.

Trechos com maior índice de periculosidade em acidentes envolvendo caminhões 2017

Estrutura das Redes Telefônicas

TRANSPORTES FERROVIÁRIOS NO BRASIL. 16ª Semana de Tecnologia Metroferroviária

O SR. JOSUÉ BENGTSON (PTB/PA) pronuncia o. seguinte discurso: Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o

SÃO PAULO TRANSPORTE S.A.

Estações como pólos de desenvolvimento

PORTOS E LOGÍSTICA (/NOTICIAS/PORTOS-E-LOGISTICA) Segunda, 24 Julho :58

Exercícios Extras de Cartografia. Prof. Carlão Abril/14

Seminário IBRE Infraestrutura no Brasilperspectivas. nas áreas de construção, saneamento, transporte e logística

SEJA BEM-VINDO A RUBIM

/ ORIENTAÇÃO DE ESTUDOS - RECUPERAÇÃO

A integração do sistema ferroviário nacional após a Lei /2017. Belo Horizonte, 3 de julho de 2017

5º Seminário Internacional em Logística Agroindustrial ESALQ-LOG, de março de 2008

INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA PROGNÓSTICO DE PRECIPITAÇÃO

NAVEGAÇÃO (/NOTICIAS/NAVEGACAO-E-MARINHA) Quarta, 18 Outubro :08

CONVENÇÃO DO CONDOMÍNIO BOSQUES DE ATLÂNTIDA

Realização: Operação: Patrocínio::

BR 050, BR 365, BR 452 e BR 497

Planos de Negócio das Ferrovias de Carga para 2011

Realizado de 25 a 31 de julho de Porto Alegre - RS, ISBN

Esmeraldas/Belo Horizonte

Transporte rodoviário: estrutura e mercado

O MAIOR GRUPO DE VEÍCULOS OUT OF HOME DO BRASIL

INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE TRANSPORTE

RECORTES. A mancha da violência. #violência. nas pequenas cidades brasileiras. Outubro/2017

Princípios de Transporte. Adaptado dos Capítulos 10 e 11 Bowersox

As atuais condições da infraestrutura de transporte e logística do Brasil

VLI bate recorde de carregamento nos Terminais Integradores de Palmeirante e Porto Nacional

MOBILIDADE URBANA. Miriam Belchior Ministra de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão

Linha: Andrelândia (MG) - São Paulo (SP)

Instituto de Transporte e Logística, criado pela CNT, busca promover a formação avançada de profissionais em nível acadêmico e profissional

Exercícios 2 MU, MUV, Gráficos

Fonte de dados de Infraestrutura de Transportes. Coleta, Análise e Divulgação de Dados dos Transportes Terrestres no Âmbito da ANTT

CHRIS JONES/CORBIS/LATINSTOCK. Capítulo 4 Meios de transporte e de comunicação

Indicadores Econômicos e Fomento à Indústria

46 Posição Ligação: 86.Três Lagoas MS - Corumbá MS Extensão: 783 Km Rodovias: BR-060, BR-262 Classificação Geral: Deficiente. 1.

IV Workshop Rodovias Federais Região Central Alto Paraopeba BR 040, 265, 383, 482 e 499

Uberlândia / MG Março / 2019 NELT/UFMT

Linha: Campinas (SP) - Juiz de Fora (MG)

Mobilidade e Logística na Região Metropolitana de SP (Parte 2) Frederico Bussinger

Dados sobre o Programa de Educação Tutorial PET atualizados em abril de Fonte: SESu/MEC Apresentação: Diretoria da CENAPET

Planilha1 FUNC PROGRAMATICA PROGRAMA/ACAO/SUBTITULO/PRODUTO S N P O U T VALOR 0909 OPERACOES ESPECIAIS: OUTROS ENCARGOS ESPECIAIS

PROJETO GEOMÉTRICO DE RODOVIAS

ESTATÍSTICA 2013/2014 GERAL

Transcrição:

Infra-estrutura de transportes Prof. Adm. Denilton Macário de Paula Modal Rodoviário No modal rodoviário podemos encontrar tanto o transporte de passageiros como o transporte de cargas. A infra-estrutura utilizada por um e por outro é semelhante. São as vias urbanas e as rodovias que compõem a infra-estrutura mínima necessária ao deslocamento dos veículos. Além das vias, existem os terminais (rodoviárias, estações, pontos de parada etc.) para o transporte de passageiros e os armazéns (depósitos, garagens etc.) para o transporte de cargas.

Um conjunto de outros equipamentos (semáforos, centrais de monitoramento, postos de pesagem, centros de fiscalização, postos de contagem, postos de polícia rodoviária, entre outros) apóia a infraestrutura básica para viabilizar a operação de transporte (o endereço www.dnit.gov.br traz informações relevantes sobre esses equipamentos). A infra-estrutura viária pode ser classificada em vias urbanas e rodovias, embora algumas delas tenham parte do seu trajeto nos centros urbanos. Vias Urbanas: conjunto de ruas, avenidas e logradouros, que permitem a viabilização dos deslocamentos nos centros urbanos. Rodovias: são as estradas que ligam entre si os centros urbanos, um estado a outro, uma região urbana a uma região rural.

No Brasil, as rodovias são classificadas da seguinte maneira: Rodovias Federais: Segundo o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes DNIT, a nomenclatura das rodovias é definida pela sigla BR, que significa que a rodovia é federal, seguida por três algarismos. O primeiro algarismo indica a categoria da rodovia, e os dois outros algarismos definem a posição, a partir da orientação geral da rodovia, relativamente à Capital Federal e aos limites do País (Norte, Sul, Leste e Oeste). Assim, as rodovias federais podem ser classificadas em: radiais, longitudinais, transversais, diagonais e rodovias de ligação. 1. RODOVIAS RADIAIS

Radiais... São as rodovias que partem da Capital Federal em direção aos extremos do país. Nomenclatura: BR-0XX Primeiro Algarismo: 0 (zero) Algarismos Restantes: A numeração dessas rodovias pode variar de 05 a 95, segundo a razão numérica 05 e no sentido horário. Exemplo: BR-040. 2. RODOVIAS LONGITUDINAIS

Longitudinais... São as rodovias que cortam o país na direção Norte-Sul. Nomenclatura: BR-1XX Primeiro Algarismo: 1 (um) Algarismos Restantes: A numeração varia de 00, no extremo leste do País, a 50, na Capital, e de 50 a 99, no extremo oeste. O número de uma rodovia longitudinal é obtido por interpolação entre 00 e 50, se a rodovia estiver a leste de Brasília, e entre 50 e 99, se estiver a oeste, em função da distância da rodovia ao meridiano da Capital Federal. Exemplos: BR-101, BR-153, BR- 174. 3. RODOVIAS TRANSVERSAIS

Transversais... São as rodovias que cortam o país na direção Leste-Oeste. Nomenclatura: BR-2XX Primeiro Algarismo: 2 (dois) Algarismos Restantes: A numeração varia de 00, no extremo norte do país, a 50, na Capital Federal, e de 50 a 99 no extremo sul. O número de uma rodovia transversal é obtido por interpolação, entre 00 e 50, se a rodovia estiver ao norte da Capital, e entre 50 e 99, se estiver ao sul, em função da distância da rodovia ao paralelo de Brasília. Exemplos: BR-230, BR-262, BR-290. 4.RODOVIAS DIAGONAIS

Diagonais... Estas rodovias podem apresentar dois modos de orientação: Noroeste-Sudeste ou Nordeste-Sudoeste. Nomenclatura: BR-3XX Primeiro Algarismo: 3 (três) Algarismos Restantes: A numeração dessas rodovias obedece ao critério especificado abaixo: Diagonais... Diagonais orientadas na direção geral NO-SE: A numeração varia, segundo números pares, de 00, no extremo Nordeste do país, a 50, em Brasília, e de 50 a 98, no extremo Sudoeste. Obtém-se o número da rodovia mediante interpolação entre os limites consignados, em função da distância da rodovia a uma linha com a direção Noroeste-Sudeste, passando pela Capital Federal. Exemplos: BR-304, BR-324, BR-364.

Diagonais... Diagonais orientadas na direção geral NE-SO: A numeração varia, segundo números ímpares, de 01, no extremo Noroeste do país, a 51, em Brasília, e de 51 a 99, no extremo Sudeste. Obtém-se o número aproximado da rodovia mediante interpolação entre os limites consignados, em função da distância da rodovia a uma linha com a direção Nordeste- Sudoeste, passando pela Capital Federal. Exemplos: BR-319, BR- 365, BR-381. 5. RODOVIAS DE LIGAÇÃO Estas rodovias apresentam-se em qualquer direção, geralmente ligando rodovias federais, ou pelo menos uma rodovia federal a cidades ou pontos importantes ou ainda a nossas fronteiras internacionais. Nomenclatura: BR-4XX Primeiro Algarismo: 4 (quatro) Algarismos Restantes: A numeração dessas rodovias varia entre 00 e 50, se a rodovia estiver ao norte do paralelo da Capital Federal, e entre 50 e 99, se estiver ao sul desta referência. Exemplos: BR-401 (Boa Vista/RR Fronteira BRA/GUI), BR-407 (Piripiri/PI BR-116/PI e Anagé/PI), BR- 470 (Navegantes/SC Camaquã/RS), BR-488 (BR-116/SP Santuário Nacional de Aparecida/SP).

Superposição de Rodovias Existem alguns casos de superposições de duas ou mais rodovias. Nestes casos usualmente é adotado o número da rodovia que tem maior importância (normalmente a de maior volume de tráfego) porém, atualmente, já se adota como rodovia representativa do trecho superposto a rodovia de menor número, tendo em vista a operacionalidade dos sistemas computadorizados. Quilometragem das rodovias A quilometragem das rodovias não é cumulativa de uma Unidade da Federação para a outra. Logo, toda vez que uma rodovia inicia dentro de uma nova Unidade da Federação, sua quilometragem começa novamente a ser contada a partir de zero. O sentido da quilometragem segue sempre o sentido descrito na Divisão em Trechos do Plano Nacional de Viação e, basicamente, pode ser resumido da forma abaixo:

Resumo Rododovias Radiais o sentido de quilometragem vai do Anel Rodoviário de Brasília em direção aos extremos do país, e tendo o quilometro zero de cada estado no ponto da rodovia mais próximo à capital federal. Rodovias Longitudinais o sentido de quilometragem vai do norte para o sul. As únicas exceções deste caso são as BR-163 e BR-174, que tem o sentido de quilometragem do sul para o norte. Rodovias Tranversais o sentido de quilometragem vai do leste para o oeste. Rodovias Diagonais a quilometragem se inicia no ponto mais ao norte da rodovia indo em direção ao ponto mais ao sul. Como exceções podemos citar as BR-307, BR-364 e BR-392. Rodovias de Ligação geralmente a contagem da quilometragem segue do ponto mais ao norte da rodovia para o ponto mais ao sul. No caso de ligação entre duas rodovias federais, a quilometragem começa na rodovia de maior importância. Você conhece a BR 101?

Rodovias Estaduais: são precedidas da sigla dos estados. Por exemplo: SP-270 é uma rodovia que liga os diversos municípios no interior do estado de São Paulo. Rodovias Municipais: são estradas que têm seu percurso dentro da área de um município. As rodovias brasileiras são também classificadas, de acordo com o seu pavimento, em pavimentadas e nãopavimentadas. As rodovias pavimentadas são aquelas que possuem algum tipo de revestimento: asfalto, paralelepípedo, calçamento etc. As rodovias nãopavimentadas são estradas que não possuem qualquer tipo de revestimento, ou seja, sua base é a terra.

Segundo o DNIT, havia um total de 1.724.929 (um milhão, setecentos e vinte e quatro mil, novecentos e vinte e nove) quilômetros de rodovias no Brasil, em 2000. Este total abrangia as rodovias federais, estaduais e municipais pavimentadas e não-pavimentadas. A quilometragem total das rodovias pavimentadas era de 164.988 (cento e sessenta e quatro mil, novecentos e oitenta e oito) quilômetros. MODAL FERROVIÁRIO No modal ferroviário, a exemplo do modal rodoviário, também se transportam passageiros e mercadorias. Podese incluir no modal ferroviário todo e qualquer tipo de transporte que se faça sobre trilhos: metrô, bonde etc. Lembre que a infra-estrutura do modal ferroviário é composta basicamente pelas estradas de ferro, os trilhos e os equipamentos que os acompanham, e pelas estações ou terminais e centros de controle e monitoramento das viagens. No Brasil, o transporte de passageiros pelo modal ferroviário é realizado quase que exclusivamente nos grandes centros urbanos e nas suas imediações.

Cont... Como exemplo, podem ser citados os sistemas de metrô e de trens urbanos de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Brasília. Há pouca oferta de transporte de passageiros por trem fora do meio urbano. O transporte ferroviário de passageiros em longas distâncias está praticamente desativado, tendo sido substituído pelo ônibus. A movimentação hoje existente se deve ao transporte em áreas urbano-metropolitanas. O transporte metroviário (o veículo é o metrô) nas grandes cidades, por sua vez, tem mantido sua participação razoavelmente estável. Cont... Para o transporte de cargas, a ferrovia já é bem mais utilizada no Brasil. Uma dica para o aprofundamento dos seus estudos: o endereço da Agência Nacional de transportes Terrestres - ANTT é rico em informações sobre o transporte ferroviário brasileiro. Faça buscas e pesquisas nesse endereço. Com certeza, você estará aprimorando seus conhecimentos (www.antt.gov.br). De acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres ANTT o sistema ferroviário brasileiro totaliza 29.706 quilômetros de vias, concentrando-se nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste, atendendo parte do Centro-Oeste e Norte do país. O mapa a seguir traz a localização e nomenclatura das principais ferrovias brasileiras.

Mapa do Sistema Ferroviário Nacional Malha Ferroviária A malha (conjunto de linhas) ferroviária do Brasil tem a maioria de suas linhas (ligam um ponto de origem e destino das cargas ou dos passageiros transportados) fazendo ligações entre o interior e o litoral (direção leste-oeste), conforme pode ser observado no mapa acima. Observe o mapa e procure identificar onde se concentram as linhas. Você observou que há uma forte concentração de linhas nas Regiões Sudeste e Sul?

Vejamos a malha ferroviária da Região Sudeste: ela é composta por linhas, ramais (unem as estradas de ferro principais com os terminais e estações públicas ou privadas) e variantes que formam duas rotas básicas de transporte ferroviário: irota Belo Horizonte-Rio-São Paulo-Santos: é uma das principais rotas ferroviárias brasileiras. Sua área de influência abrange os Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Essa rota ferroviária permite o acesso direto dos trens aos portos do Rio de Janeiro, Sepetiba e Santos. Deixe-nos explicar a diferença entre linha e rota! Linha: estrada de ferro que une um ponto de origem a um ponto de destino. No exemplo acima, a linha é Belo Horizonte Santos. Rota: é o itinerário ou percurso percorrido numa linha. A rota agrega todos os pontos de conexão sobre uma linha. No exemplo acima, a rota é Belo Horizonte - São Paulo - Santos. Você compreendeu a diferença? irota Noroeste SP - São Paulo: tem como área de influência o Estado de São Paulo e, através de conexões com a modalidade rodoviária, também os Estados de Mato Grosso, Goiás e a região do Triângulo Mineiro. Essa rota tem uma extensão total de 1.620 quilômetros.

A malha ferroviária Oeste-Leste é formada por linhas que ligam a Região Centro- Oeste, mais especificamente o Planalto Central, à Região Sudeste, em particular as regiões metropolitanas de Belo Horizonte, de Salvador e do Rio de Janeiro, o complexo portuário de Vitória, e o porto de Angra dos Reis. Sua área de influência abrange os estados de Goiás, do Distrito Federal, da Bahia, de Minas Gerais, do Espírito Santo e do Rio de Janeiro. Essa malha tem uma extensão total de 6.450 quilômetros.as principais linhas são: Linha Belo Horizonte Vitória, linha Belo Horizonte - Brasília, linha Ibiá - Uberaba, Linha General Carneiro - Esperança e linha Esperança - Eng. Lafaiete Bandeira. A malha ferroviária Oeste-Santos é composta por linhas ferroviárias que ligam a região Centro-Oeste ao porto de Santos. Sua área de influência abrange Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Triângulo Mineiro e São Paulo. Essa malha tem uma extensão total de 3.663 km. As principais rotas são: Rota Araguari - Ribeirão Preto - Mairinque - Santos. Rota Corumbá - Campo Grande - Bauru - Mairinque - São Paulo

A malha ferroviária Sul tem sua área de atuação nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Essa malha tem uma extensão de 6.671 km. Suas principais rotas são: Rota Paranaguá - interliga as regiões de produção Agrícola do Paraná e do oeste de São Paulo e Mato Grosso do Sul ao porto de Paranaguá; Rota Rio Grande - interliga as regiões agrícolas do norte e oeste do Rio Grande do Sul ao porto de Rio Grande; Rota Mercosul - forma o principal elo das Regiões Sul e Sudeste com os países do Mercosul. Estrada de Ferro Vitória-Minas