Artrite Reumatóide A artrite reumatoide é uma doença sistêmica crônica autoimune, logo vários órgãos são atacados pelo próprio sistema imunológico do corpo (principalmente as membranas sinoviais, películas que envolvem algumas articulações). Não se sabe a causa da doença. Infecções prévias por bactérias ou vírus podem desencadear a doença em quem tem propensão genética para desenvolvê-la. Fatores estressantes também podem causar, como trauma físico ou emocional, outra possibilidade são os hormônios femininos, uma vez que a incidência é maior nas mulheres. Além disso, não tem cura, mas sim um controle dos sintomas. Cerca de 0,5% a 1% da população mundial tem a doença, a qual é mais prevalente nas mulheres e em pessoas com familiares portadores da doença (predisposição genética). Os sintomas incluem dor, inchaço, rigidez e inflamação nas membranas sinoviais (cápsula que envolve muitas articulações, como joelhos, mãos, quadril) e nas demais estruturas articulares (tendões, ligamentos) principalmente das mãos e dos pés. Com o agravamento do quadro pode ocorrer incapacidade para a realização de suas atividades cotidianas pela condição de deformidades articulares e perdas funcionais. A evolução da doença é distinta para cada indivíduo. O tratamento inclui medicamentos (antiinflamatórios, analgésicos, imunobiológicos, corticosteróides) e não medicamentosos (fisioterapia, repouso, atividade física, dieta). Tratamento cirúrgico é muito restrito para pacientes com anormalidades funcionais, como ruptura de tendão, destruição óssea e articular exacerbada. Espondilite anquilosante É a inflamação das articulações como quadril, coluna e ombro. Consiste em uma doença se cura, mas que o tratamento precoce e adequado, ajuda a tratar os sintomas e estacionar a progressão da doença. O tratamento ajuda a manter a postura ereta e a mobilidade da articulações. A causa ainda é desconhecida, porém, observou-se que a doença ocorre 300 vezes mais em pessoas portadoras de um grupo sanguíneo específico dos glóbulos brancos (antígeno HLA B27). Cerca de 90% dos pacientes com espondilite anquilosante são positivos para o HLA-B27. A doença não é transmitida por contagio ou transfusão sanguínea. Afeta 3 vezes mais homens que mulheres. A doença se inicia em torno dos 20 a 40 anos de idade. Aproximadamente 1% da população apresentará a doença (um a cada 100 (011) 3053-6611
indivíduos). Filhos de pais com espondilite anquilosante podem ter ou não a doença. Não existe uma forma de evitar a doença. Os sintomas são: Dor em coluna que surge de modo lento em semanas, com rigidez matinal que diminui ao longo do dia Dor persiste por mais de 3 meses, melhora com exercícios mas piora com o repouso No início ocorre nas nádegas e espalha para a coluna lombar e coxas Um lado do corpo dói mais que o outro Algumas pessoas apresentam cansaço, perda de peso e do apetite Dor no peito com piora ao respirar profundamente, em pessoas com inflamação das articulações da coluna com as costelas Inflamação na articulação sacroilíaca (coluna lombar e quadril) Por meio dos sintomas e exames de imagem (ressonância, tomografia, raio-x) são feitos o diagnósticos. Muitos desses exames são capazes de detectar inflações na região sacroilíaca, que ocorre na fase inicial da doença. Muitas vezes são necessários exames de sangue (velocidade de sedimentação das hemácias e proteína C reativa) para ver o quão ativa a doença está. Cabe a nossa equipe o diagnostico diferencial da espondilite anquilosante com outras doenças que também causam dor em coluna, como: hérnia de disco, osteoartrite, etc. Em cada pessoa a doença progride diferentemente. Geralmente, ocorre a fase ativa, em que as juntas estão inflamadas e depois a fase inativa, em que os sintomas podem até desaparecer. Os ossos das vértebras da coluna crescem e formam pontes entre si, impedindo o movimento adequado e até causando a rigidez. A coluna lombar e a região superior do pescoço também podem ficar rígidas, sendo imprescindível manter uma boa postura. Trabalhos profissionais que exijam agachamento ou encurvamento do corpo são piores para o paciente. Não há cura, embora a doença se torne menos ativa na medida em que a idade avança. O tratamento deve durar para sempre. O tratamento visa o alívio dos sintomas e melhora da mobilidade da coluna. Nossa equipe focará em tratamento medicamentoso, associado a fisioterapia, correção postural e exercícios. Muitas vezes utilizamos analgésicos, antiinflamatórios e relaxantes musculares. A maioria dos pacientes não necessita de remédios quando a fase ativa da doença passa. Mas nesses casos, é necessário um programa regular de exercícios. Em alguns casos, será necessário o tratamento contínuo com doses (011) 3053-6611
reduzidas de manutenção destes medicamentos. Caso não haja resposta satisfatória, podese tentar a terapia biológica com injeção de anticorpos monoclonais, antiinterleucinas, etc. O uso de bolsa térmica aquecida ajuda no relaxamento muscular e alívio da dor. Existem relatos de bons resultados no alívio da dor com acupuntura. A cirurgia é utilizada com maior frequência para reestruturar o movimento dos quadris (artroplastia). Raramente é indicada para reestruturar a coluna ou pescoço. A atividade física é imprescindível para o fortalecimento muscular e melhorar a flexibilidade articular. Fortalece para sustentação de uma postura mais adequada com alívio de dor. O sedentarismo pode levar a atrofia, piorar da dor e encurtamento muscular com perda da mobilidade articular. Princípios para um bom tratamento: Evitar ganho de peso Praticar exercícios Sempre procurar manter-se com uma postura adequada, evitando longos períodos em posições específicas Tomar adequadamente os remédios solicitados para o alívio da dor prescritos por nossa equipe, pois somente assim você conseguirá aderir ao programa de exercícios para então suspender as medicações Cuidados com a coluna: Deitar-se de bruços em uma superfície firme, por 20 minutos pela manhã ou à noite. À princípio inicie com5 minutos de cada vez. Pode ser necessário o uso de travesseiro embaixo do tórax no início. Fazer exercícios de respiração profunda várias vezes ao dia Corrigir constantemente a postura Praticar exercícios todos os dias Usar um colchão firme e sem depressões. Se estiver com muitas depressões o ideal é trocá-lo ou colocar uma tábua entre o colchão e o estrado (folha de compensado de 70x150x1cm). Se você estiver viajando, pode colocar o colchão no chão e dormir sobre ele Sentar em cadeiras mantendo-se sempre com a coluna ereta. Evite permanecer muito tempo sentado em cadeiras baixas e macias. Evite usar por conta própria coletes e sintas, pois podem até agravar o problema. Procure fortalecer seus músculos por conta própria, mantendo a coluna ereta. Somente em caso de lesões, iremos solicitar o uso de coletes. (011) 3053-6611
Se precisar dirigir por longo período, pare por 5 minutos e saia do carro para espreguiçar-se Quais atividades esportivas são melhores? Natação, de preferencia em piscina aquecida Bicicleta Evite esportes de contato físico com outros, pois poderá criar ou agravar lesões articulares Gota Consiste em uma doença reumática caracterizada pelo acúmulo de ácido úrico no sangue e consequente deposição articular de seus cristais (urato de sódio). Pode ocorrer em vários tecidos, mas o principal é a cartilagem (hialina). Isso provoca uma inflamação dos tecidos e lesão na articulação, com consequente destruição dos ossos subcondrais (abaixo da cartilagem articular) e deformação óssea. Os fatores de risco para o acúmulo de ácido úrico no sangue (plasma) consistem em: altos níveis de ácido úrico (valor superior a 7mg/dl em homens e 6mg/dl em mulheres), homens entre 40-50 anos de idade, histórico familiar, insuficiência renal, desidratação, diabetes mellitus, traumatismo articular e excesso de peso. Os sintomas incluem dor ao toque, vermelhidão na articulação, pele tensa, edemaciada e quente. Pode acometer várias articulações. Pode ocorrer febre e dor súbita principalmente à noite. A duração da crise sem tratamento é de 1-2 semanas. A crise é antecedida por excessos alimentares, ingestão de álcool, traumatismos articulares e desidratação/acidose. Em recidivas constantes, pode formar nódulos firmes e indolores na articulação, com deformação da mesma e perda da função, denominado tofos gotosos. O acúmulo sérico de ácido úrico pode ocorrer por hipofunção renal ou hiperprodução. Para o diagnóstico é necessário exames de sangue: hemograma, função renal e exame de urina; bem como artrocentese (análise do líquido articular). O tratamento se dá por meio da prevenção, praticando alimentação saudável, por meio de dieta equilibrada, manutenção de um peso adequado, consumo moderado de álcool, prática de exercício físico, adequada ingestão de água, etc. O tratamento das crises se baseiam em gelo, repouso, anti-inflamatórios, colchicina e infiltração de corticoides. Em tofos gotosos pode ser necessária a administração de alopurinol. (011) 3053-6611
Pseudo-gota Consiste em uma forma de artrite (inflamação articular) causada pelo depósito de cristais de pirofosfato de cálcio nas articulações. A causa da formação e deposição dos cristais, muitas vezes é desconhecidas, contudo, há correlação familiar de desordens metabólicas, como por exemplo, deficiência enzimáticas envolvidas no metabolismo do cálcio e fósforo. Os cristais derivam da combinação do cálcio com subprodutos do fósforo, mas sem influência da alimentação, diferente da gota úrica. Podem também estar associados às alterações na glândula tiróide e/ou nas paratireoides, por essas glândulas serem responsáveis pelo balanço do cálcio e fósforo no organismo. Ocorre com frequência em idosos, na articulação do joelho. Após os 60 anos, incide 3% dos idosos, e 50% após os 90 anos. Os sintomas incluem dor, inchaço, calor e vermelhidão articular. Os sintomas podem durar de dias a semanas. Em alguns casos pode ocorrer sem sintomas aparentes (subclínica). O depósito dos cristais podem provocar além de inflamação, uma degeneração definitiva com incapacidade de movimentar a articulação. O diagnóstico é feito através da punção do líquido sinovial (articular), para detectar os cristais, bem como do raio-x, detectando calcificações em tecidos moles e na cartilagem articular. Não existe nenhum medicamento capaz de remover o acúmulo de pirofostato de cálcio da articulação. Assim, o tratamento visa a atenuar os sintomas da inflamação nas crises agudas, mas não consegue curar as lesões já existentes na articulação, geradas pelo depósito dos cristais. Utilizam-se antiinflamatórios, por via oral ou injetável na articulação. A colchicina evita novas crises, apesar de não impedir a progressão da doença. Nos casos de incapacidade articular pode ser necessária cirurgia. Como o depósito de cálcio na articulação ocorre sem razão específica, a prevenção eficiente é impossibilitada, sendo necessário o acompanhamento médico nos casos do aparecimento dos sintomas. (011) 3053-6611