COSELHO DA UIÃO EUROPEIA 6767/14 (OR. en) PRESSE 86 PR CO 8 COMUICADO DE IMPRESA 3300.ª reunião do Conselho egócios Estrangeiros Bruxelas, 20 de fevereiro de 2014 Presidente Catherine Ashton Alta Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança I M P R E S A Rue de la Loi 175 B 1048 BRUXELAS Tel.: +32 (0)2 281 6319 Fax: +32 (0)2 281 8026 press.office@consilium.europa.eu http://www.consilium.europa.eu/press 6767/14 1
Principais resultados do Conselho O Conselho realizou uma reunião extraordinária para debater a situação na Ucrânia. O Conselho manifestou-se profundamente chocado e consternado com a degradação da situação na Ucrânia e à luz dessa situação decidiu com caráter de urgência adotar sanções direcionadas contra os responsáveis pelas violações dos direitos humanos, pela violência e pelo uso excessivo da força. 6767/14 2
ÍDICE 1 PARTICIPATES...4 POTOS DEBATIDOS Ucrânia...6 OUTROS POTOS APROVADOS nada 1 Nos casos em que tenham sido formalmente adotadas pelo Conselho declarações, conclusões ou resoluções, o facto é indicado no título do ponto em questão e o texto está colocado entre aspas. Os documentos cuja referência se menciona no texto estão acessíveis no sítio Internet do Conselho http://www.consilium.europa.eu. Os atos adotados que são objeto de declarações para a ata que podem ser facultadas ao público vão assinalados por um asterisco; estas declarações estão disponíveis no sítio Internet do Conselho acima mencionado ou podem ser obtidas junto do Serviço de Imprensa. 6767/14 3
PARTICIPATES Alta Representante Catherine ASHTON Bélgica: Didier REYNDERS Bulgária: Kristian VIGENIN República Checa: Lubomir ZAORÁLEK Dinamarca: Martin LIDEGAARD Alemanha: Peter TEMPEL Estónia: Urmas PAET Irlanda: Eamon GILMORE Grécia: Dimitrios KOURKOULAS Espanha: Gonzalo DE BENITO SECADES França: Philippe ETIENNE Croácia: Vesna PUSIĆ Itália: Emma BONINO Chipre: Kornelios KORNELIOU Letónia: Edgars RINKĒVIČS Lituânia: Linas A. LINKEVIČIUS Luxemburgo: Jean ASSELBORN Hungria: Zsolt NÉMETH Malta: George VELLA Países Baixos: Frans TIMMERMANS Áustria: Sebastian KURZ Polónia: Marek PRAWDA Portugal: Bruno MAÇÃES Alta Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança Vice-Primeiro-Ministro e Ministro dos Negócios Estrangeiros, do Comércio Externo e dos Assuntos Europeus Vice-Primeiro-Ministro (Tánaiste) e Ministro dos Negócios Estrangeiros e do Comércio Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros Primeira Vice-Primeira-Ministra e Ministra dos Negócios Estrangeiros e dos Assuntos Europeus Ministra dos Negócios Estrangeiros Secretário de Estado Parlamentar, Ministério dos Negócios Estrangeiros Ministro Federal dos Assuntos Europeus e Internacionais Secretário de Estado dos Assuntos Europeus 6767/14 4
Roménia: Titus CORLĂȚEAN Eslovénia: Rado GENORIO Eslováquia: Miroslav LAJČÁK Finlândia: Erkki TUOMIOJA Suécia: Carl BILDT Reino Unido: William HAGUE Vice-Primeiro-Ministro e Ministro dos Negócios Estrangeiros Ministro de Estado, e da Commonwealth Comissão: Štefan FÜLE Membro 6767/14 5
POTOS DEBATIDOS Ucrânia O Conselho realizou um debate aprofundado sobre a situação na Ucrânia e adotou as seguintes conclusões: "1. A União Europeia está profundamente chocada e consternada com a degradação da situação na Ucrânia. Nenhuma circunstância pode justificar a repressão a que atualmente assistimos. Condenamos nos termos mais enérgicos todo e qualquer recurso à violência. Os responsáveis por graves violações dos direitos humanos deverão ser levados a tribunal. Os nossos pensamentos estão com as famílias dos que perderam a vida e com os feridos. Apelamos à cessação imediata da violência, ao pleno respeito dos direitos humanos e das liberdades fundamentais, incluindo o direito de acesso à assistência médica, bem como à realização urgente de inquéritos independentes sobre as violações dos direitos humanos, nomeadamente através do painel consultivo internacional do Conselho da Europa. Exortamos o governo a usar da máxima contenção e os dirigentes da oposição a distanciarem-se dos que recorrem à ação radical, inclusive à violência. Instamos o governo ucraniano a respeitar as obrigações que lhe incumbem por força dos instrumentos internacionais em matéria de direitos humanos em que é um Estado parte. Há que evitar qualquer nova escalada nos confrontos, incluindo a proclamação do estado de emergência ou o recurso às forças armadas contra os manifestantes. 2. Apelamos a todas as partes para que encetem sem demora um diálogo construtivo para satisfazer as legítimas aspirações democráticas do povo ucraniano. Recordando as suas conclusões de 10 de fevereiro, assim como as declarações do Presidente do Conselho Europeu, do Presidente da Comissão Europeia e da Alta Representante da UE, o Conselho reafirma a sua total disponibilidade para oferecer a sua assistência com vista a promover o diálogo político entre as partes e ajudar a desanuviar a situação. Esperamos que os representantes eleitos da Ucrânia assumam as suas responsabilidades políticas, inclusive na Verkhovna Rada. O Conselho salienta que é obviamente ao Presidente Ianukovitch e às autoridades ucranianas que cabe a responsabilidade principal pela situação atual, bem como por dar o primeiro passo para possibilitar esse diálogo. 3. A União Europeia continua convicta de que qualquer solução duradoura para a crise política deve passar por uma reforma constitucional, pela formação de um novo governo inclusivo e pela criação de condições para a realização de eleições democráticas. Continuamos prontos a apoiar a Ucrânia num processo de reformas que proporcione aos seus cidadãos um futuro estável, próspero e democrático. A nossa oferta de associação política e integração económica continua na mesa. O Conselho recorda que o Acordo de Associação, incluindo a zona de comércio livre abrangente e aprofundado, não constitui o objetivo final da cooperação UE-Ucrânia. Além disso, a União Europeia está pronta a oferecer assistência e a apoiar as organizações humanitárias para o reabastecimento das reservas de medicamentos e equipamento médico destinados ao tratamento das pessoas afetadas pela violência. 6767/14 6
4. À luz da degradação da situação, a UE decidiu com caráter de urgência adotar sanções direcionadas, incluindo um congelamento de bens e uma proibição de vistos contra os responsáveis pelas violações dos direitos humanos, pela violência e pelo uso excessivo da força. Os Estados-Membros acordaram em suspender as licenças de exportação de equipamento suscetível de ser utilizado para fins de repressão interna e em reavaliar as licenças de exportação de equipamentos abrangidos pela Posição Comum 2008/944/PESC. O Conselho incumbiu os grupos de trabalho competentes de proceder imediatamente aos preparativos necessários. A execução das medidas será levada a cabo em função da evolução da situação na Ucrânia. 5. Confrontada com uma tão grave crise na Europa, a UE continuará a trabalhar em estreita cooperação com a comunidade internacional, nomeadamente apoiando tanto a OSCE como o Conselho da Europa, para encontrar uma solução duradoura e inclusiva que respeite os direitos de todos os ucranianos. 6. O Conselho salienta a importância de uma sociedade civil dinâmica para garantir o futuro democrático e próspero da Ucrânia e reafirma o seu empenho em reforçar os contactos interpessoais entre a UE e a Ucrânia, nomeadamente através do processo de liberalização dos vistos, nas condições acordadas no quadro do Plano de Ação para a Liberalização dos Vistos. Entretanto, o Conselho incentiva os Estados-Membros a utilizarem da melhor forma possível as disposições do Acordo de Facilitação dos Vistos e a flexibilidade proporcionada pelo Código de Vistos." 6767/14 7
OUTROS POTOS APROVADOS 6767/14 8