UNIÃO EUROPEIA. Profº Marcelo Câmara. Curso JB preparatório para o Instituto Rio Branco Não é permitida a reprodução deste material.
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- Agustina Delgado Wagner
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1 UNIÃO EUROPEIA Profº Marcelo Câmara
2 HISTÓRICO Comunidade Europeia do Carvão do Aço/CECA (1951) Alemanha, Bélgica, França, Luxemburgo, Países Baixos e Itália. Tratado de Roma: Comunidade Econômica Europeia/CEE e a Comunidade Europeia da Energia Atômica/EURATOM (1957) Adoção da Política Agrícola Comum (1962) Tratado de Fusão (1965) um único Conselho e Comissão substituiu os da CECA/CEE/EURATOM as Comunidades Europeias União Aduaneira entre os seis países Adesão da Dinamarca, Irlanda e Reino Unido (1973) Sistema Monetário Europeu (1974) e lançamento da ECU Primeiras eleições diretas com sufrágio universal para o Parlamento Europeu (1979)
3 HISTÓRICO II Adesão da Grécia (1981) Sob iniciativa franco-alemã, estudou-se alterações no Tratado de Roma para finalizar o mercado comum e dotar a CEE de cooperação no campo político assunção de Jacques Delors como Presidente da Comissão (1985) Adesão de Espanha e Portugal (1986) Ato Único Europeu (1987) empreendeu a mais ampla revisão do Tratado de Roma desde 1957; codificou a Cooperação Política Europeia; comprometeu os Estados Membros a conclui o mercado comum até 1992 Acordo de Schengen (1990) Tratado de Maastricht (Tratado da União Europeia) Estabeleimento da UE, baseada em três pilares: i) Comunidade Europeia; ii)política Externa de Segurança e Comum; e iii)cooperação em Justiça e Assuntos Internos
4 HISTÓRICO III O Tratado de Maastricht instituiu a União Econômica e Monetária, incluída no pilar da CE, e a coordenação de políticas macroeconômicas Cúpula de Copenhague (1993) instituiu critérios para a adesão de países do leste europeu Adesão da Áustria, Finlândia e Suécia (1995) Entrada em vigor da moeda única (1999), inicialmente válida para 11 países [hoje são 19], e do Banco Central Europeu Entrada da Grécia na zona do euro (2002) Assinatura em Roma (2004) de um Tratado para o Estabelecimento de uma Constituição para a Europa. Este, entretanto, foi rejeitado em referendos na França e nos Países Baixos (2005) Adesão da República Tcheca, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Polônia, Eslováquia, Eslovênia, Chipre e Malta (2004)
5 HISTÓRICO IV Tratado para o Estabelecimento de uma Constituição para a Europa foi rejeitado em referendos na França e nos Países Baixos (2005) Adesão da Bulgária e da Romênia; e Eslovênia entra na zona do euro (2007) Tratado de Lisboa (2007) maior revisão do Tratado de Roma desde Maastricht. Criou, entre outros, os cargos de Presidente do Conselho Europeu, do Alto Representante para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança e do Serviço Europeu para a Ação Externa. Tornou juridicamente vinculante a Carta de Direitos Fundamentais (2000) e, pela primeira vez, contemplou possibilidade de denúncia do tratado (art.50) Inclusão de Chipre e Malta (2008) e Eslováquia (2009) na zona do euro Fundo Europeu de Estabilização (2009) pacote de resgaste provisório a países afetados pela crise do euro Chipre, Grécia, Irlanda, Portugal, Espanha e Itália Mecanismo Europeu de Estabilidade (2010) fundo de resgate permanente = Pacto para o Euro (parâmetros macreeconômicos) Pacto Fiscal/Tratado para Estabilidade Fiscal (2012) endividamento público >60% Adesão da Croácia à EU (2013) Mecanismo Único de Supervisão (2014), primeiro passo rumo a uma União Bancária Europeia Referendo no RU (jun/2015) Brexit Mar/2017 Notificação de aplicação do art.50 Declaração de Roma sobre os 60 anos do Tratado de Roma Europa de várias velocidades
6 INSTITUIÇÕES DA UE Comissão Europeia: Presidente +27 representantes dos estados membros Conselho da União Europeia: Presidente + representantes em nível ministerial dos Estados membros + Alto Representante para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança + Comitê de Representantes Permanentes Parlamento: 751 membros eleitos pelo sufrágio universal Conselho europeu: Presidente + Chefes de Estado ou de Governo +Presidente da Comissão + Alto Representante para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança Competências da EU: sob o principio da atribuição, a União deve atuar apenas dentro dos limites das competências conferidas pelos tratados; sob o princípio da subsidiaridade, em áreas não pertencentes às suas competências exclusivas, a União pode atuar somente se, e na medida em que, os objetivos da ação proposta não puderem ser suficientemente alcançados pelos Estados. Competências exclusivas da União: união aduaneira, política monetária, estabelecimento de regras de concorrência, política comercial comum. Estados associados e candidatos a membros pleno EU tem acordos de associação com Geórgia, Moldova e Ucrânia. São formalmente candidatos Albânia, Macedônia, Montenegro, Sérvia e Turquia.
7 UNIÃO EUROPEIA Entidade internacional sui generis combina elementos de supranacionalidade (p.ex. BC) e de governança intergovernamental Trata-se do modelo mais acabado de integração econômica e política. Constitui referência para outras iniciativas (UA, Mercosul, ASEAN, NAFTA). Seu êxito pode ser melhor explicada pelo teria dos spillovers No plano econômico, combinou políticas protecionistas (ex. área agrícola) e de livre mercado (serviço, manufaturados) Em sua evolução houve tensão entre prioridades à verticalização e/ou à horizontalização da integração. Apesar de não mais ter igual poder propositivo à época da EU-15, o duo franco-alemão permanece como principal eixo dinâmico da União, sobretudo com a próxima saída do Reino Unido.
8 RELAÇÕES BRASIL/MERCOSUL-UE Estabelecimento das relações diplomáticas entre o Brasil e a CEE (1960) Lançamento das negociações do Acordo-Quadro de Cooperação Inter-regional entre a Comunidade Europeia e o Mercosul (1995) Acordo de Cooperação Científica e Tecnológica entre Brasil e a Comissão da União Europeia (2004) Primeira Cúpula EU-Brasil e Estabelecimento da Parceria Estratégica entre EU e Brasil (2007) I Plano de Ação Conjunta da UE-Brasil (2008) Sétima Cúpula EU-Brasil (2014) Relançamento das negociações de um Acordo de Associação Birregional Mercosul-União Europeia, baseado em três pilares diálogo político, cooperação e comércio (2017). Existem, no âmbito da Parceria Brasil-EU, 30 Diálogos Setoriais. A UE, enquanto bloco, é o principal parceiro comercial brasileiro (corrente de comércio, em 2016, de US$ 64,4 bilhões, com saldo favorável ao Brasil de US$ 2,3 bilhões). O Brasil é o principal fornecedor de produtos agrícolas e alimentícios da UE. Dez países foram considerados estratégicos pela UE: Estados Unidos, Japão, Canadá, Coréia do Sul, Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e México
9 EU pós-brexit A saída do RU tenderá a aumentar as responsabilidades da Alemanha e França. A crise do euro demonstrou que uma união monetária não pode, a longo prazo, funcionar sem uma convergência fiscal. As propostas hoje discutidas de Europa de várias velocidades implicará, na prática, o aprofundamento das assimetrias econômicas Com o Brexit e o alto respaldo a candidatos eurocéticos nos Países Baixos e França, a EU dos 27 deverá dar respostas ao deficit democrático nas instituições europeias, ao excesso de dirigismo burocrático em Bruxelas, à questão das migrações e às assimetrias crescentes nos desempenhos econômicos do norte e sul europeus. Por outro lado, o isolacionismo dos EUA sob Trump e as tensões com a Rússia sobre a Ucrânia têm galvanizado as forças pro-europeias no continente. Outro elemento de preocupação é o respaldo popular a Governos nacionalistas radicais (Hungria e Polônia). Com a falta de interesse da administração Trump no Acordo de Parceria Transatlântica de Parceria e Investimento, a EU tem buscado novos parceiros econômicos Depois da assinatura de acordo comercial com o Canadá (CETA, Acordo Abrangente Econômico e Comercial), no final de 2016, a UE tem voltado esforços para concluir um acordo com o Japão. As negociações com o MERCOSUL ganharam ímpeto e as tratativas para um acordo com a Austrália avançam. A UE também negocia a atualização de seu acordo comercial com o México.
10 Bibliografia A União Europeia e sua Política Exterior. Costa, Olivier, 2016.
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