COMUICADO DE IMPRESA ª reunião do Conselho. Assuntos Económicos e Financeiros. (continuação) Bruxelas, 18 de dezembro de 2013 I M P R E S A

Transcrição

1 COSELHO DA UIÃO EUROPEIA 17983/13 (OR. en) PRESSE 596 PR CO 73 COMUICADO DE IMPRESA 3281.ª reunião do Conselho Assuntos Económicos e Financeiros (continuação) Bruxelas, Presidente Rimantas ŠADŽIUS da Lituânia I M P R E S A Rue de la Loi 175 B 1048 BRUXELAS Tel.: +32 (0) / 6319 Fax: +32 (0) press.office@consilium.europa.eu /13 1

2 Principais resultados do Conselho O Conselho definiu a sua posição sobre a proposta de um comité único de resolução e de um fundo único para a resolução de bancos. O compromisso alcançado no Conselho é composto por um projeto de regulamento sobre o mecanismo único de resolução (MUR), e uma decisão dos Estados-Membros da área do euro que se comprometem a negociar, até 1 de março de 2014, um acordo intergovernamental sobre o funcionamento do fundo único de resolução. Irão agora arrancar as negociações com o Parlamento Europeu com o objetivo de chegar a acordo quanto ao regulamento sobre o MUR em primeira leitura antes do final da atual legislatura do Parlamento (maio de 2014). Os Ministros também adotaram uma declaração sobre a conceção de um mecanismo de apoio ao fundo único de resolução. O MUR constituirá uma das traves-mestras da união bancária europeia, juntamente com o mecanismo único de supervisão (MUS), que entrou em vigor no mês passado. Abrangerá todos os países participantes no MUS, nomeadamente os Estados-Membros da área do euro e os países não pertencentes à área do euro que decidam aderir. A criação de uma união bancária é essencial para superar a fragmentação do mercado e quebrar a ligação entre dívida soberana e bancos /13 2

3 ÍDICE 1 PARTICIPATES...4 POTOS DEBATIDOS MECANISMO ÚNICO DE RESOLUÇÃO PARA OS BANCOS...6 OUTROS POTOS APROVADOS 3EGÓCIOS ESTRA3GEIROS Irão Medidas restritivas Nos casos em que tenham sido formalmente adotadas pelo Conselho declarações, conclusões ou resoluções, o facto é indicado no título do ponto em questão e o texto está colocado entre aspas. Os documentos cuja referência se menciona no texto estão acessíveis no sítio Internet do Conselho Os atos adotados que são objeto de declarações para a ata que podem ser facultadas ao público vão assinalados por um asterisco; estas declarações estão disponíveis no sítio Internet do Conselho acima mencionado ou podem ser obtidas junto do Serviço de Imprensa /13 3

4 PARTICIPATES Bélgica: Koen GEENS Bulgária: Petar CHOBANOV República Checa: Radek URBAN Dinamarca: Margrethe VESTAGER Alemanha: Wolfgang SCHÄUBLE Estónia: Jürgen LIGI Irlanda: Michael NOONAN Grécia: Ioannis STOURNARAS Espanha: Luis DE GUINDOS JURADO França: Pierre MOSCOVICI Croácia: Mato ŠKRABALO Itália: Fabrizio SACCOMANNI Chipre: Kornelios KORNELIOU Letónia: Andris VILKS Lituânia: Rimantas ŠADŽIUS Luxemburgo: Pierre GRAMEGNA Hungria: Gábor ORBÁN Malta: Edward SCICLUNA Países Baixos: Jeroen DIJSSELBLOEM Áustria: Walter GRAHAMMER Polónia: Mateusz SZCZUREK Portugal: Maria Luís ALBUQUERQUE Roménia: Liviu VOINEA Eslovénia: Uroš ČUFER, encarregado da Função Pública Vice- Ministra da Economia e do Interior Ministro Federal das Finanças Ministro da Economia e da Competitividade Ministro da Economia e das Finanças Representante Permanente Ministro da Economia e das Finanças Representante Permanente Secretário de Estado da Fiscalidade e da Política Financeira, Ministério da Economia Nacional Representante Permanente Ministra das Finanças Ministro Delegado do Orçamento 17983/13 4

5 Eslováquia: Vazil HUDÁK Finlândia: Jutta URPILAINEN Suécia: Anders BORG Reino Unido: George OSBORNE Secretário de Estado, Ministério das Finanças Vice-Primeira-Ministra, Ministra das Finanças Chanceler do Tesouro Comissão: Michel BARNIER Membro Outros participantes: Vítor CONSTÂNCIO Thomas WIESER Hans VIJLBRIEF Vice-Presidente do Banco Central Europeu Presidente do Comité Económico e Financeiro Presidente do Comité de Política Económica 17983/13 5

6 POTOS DEBATIDOS MECAISMO ÚICO DE RESOLUÇÃO PARA OS BACOS O Conselho definiu a sua posição sobre a criação de um comité único de resolução e um fundo único para a resolução de bancos. O Conselho solicitou à Presidência que inicie negociações com o Parlamento Europeu com o objetivo de chegar a acordo quanto ao regulamento sobre o mecanismo único de resolução (MUR) em primeira leitura antes do final da atual legislatura do Parlamento (maio de 2014). O compromisso alcançado no Conselho é composto por um projeto de regulamento sobre o mecanismo único de resolução, e uma decisão dos Estados-Membros da área do euro que se comprometem a negociar, até 1 de março de 2014, um acordo intergovernamental sobre o funcionamento do fundo único de resolução. Este acordo, em conformidade com termos de referência também aprovados, incluiria disposições relativas à transferência das contribuições nacionais para o fundo e à sua mutualização progressiva ao longo de um período de transição de 10 anos. Ratificaria as regras de resgate interno estabelecidas na diretiva relativa à recuperação e resolução bancárias como aplicáveis ao uso do fundo único. O fundo único de resolução seria financiado por taxas bancárias cobradas a nível nacional. Inicialmente, seria constituído por compartimentos nacionais que seriam fundidos gradualmente ao longo de 10 anos. Durante este período, a mutualização entre os compartimentos nacionais aumentaria progressivamente. Assim, enquanto no primeiro ano o custo de resolução dos bancos (depois do resgate interno) viria principalmente dos compartimentos dos Estados-Membros onde os bancos estão localizados, essa proporção diminuiria gradualmente à medida que aumentasse a contribuição dos compartimentos dos outros países. Os Ministros do Eurogrupo e do Ecofin também adotaram uma declaração sobre a conceção de um mecanismo de apoio ao fundo único de resolução. A declaração especifica que, durante a fase de constituição inicial do fundo, estará disponível um financiamento intercalar a partir de fontes nacionais, assente em taxas bancárias, ou a partir do Mecanismo Europeu de Estabilidade, de acordo com os procedimentos existentes. Os empréstimos entre compartimentos nacionais também serão possíveis. Durante esta fase de transição, será desenvolvido um mecanismo de apoio comum, que se tornaria totalmente operacional o mais tardar após 10 anos. O mecanismo de apoio facilitaria a contração de empréstimos pelo fundo. Este mecanismo acabaria por ser reembolsado pelo setor bancário através de taxas, incluindo ex-post. O mecanismo único de resolução (MUR) proposto irá constituir uma das traves-mestras da união bancária europeia, juntamente com o mecanismo único de supervisão (MUS), que entrou em vigor no mês passado 1. A criação de uma união bancária é essencial para superar a fragmentação do mercado e quebrar a ligação entre dívida soberana e bancos. 1 Ver comunicado de imprensa 14044/ /13 6

7 A criação de um MUR garantirá que a supervisão e resolução são exercidas ao mesmo nível para os países que partilham a supervisão dos bancos dentro do MUS. Tal irá prevenir o surgimento de tensões entre a supervisão a nível da UE e os regimes nacionais de resolução. O MUR cobrirá todos os países participantes no MUS, em particular os Estados-Membros da área do euro e os países não pertencentes à área do euro que decidam aderir ao MUS através de acordos de estreita cooperação. O projeto de regulamento aprovado pelo Conselho prevê um comité único de resolução, com amplos poderes em casos de resolução bancária. Após notificação pelo Banco Central Europeu de que um banco está em falência ou existe a possibilidade de falir, ou por sua própria iniciativa, o comité adotaria um regime de resolução, colocando o banco em resolução. O comité determinaria a aplicação de instrumentos de resolução e a utilização do fundo único de resolução. As decisões do comité entrariam em vigor no prazo de 24 horas após a sua adoção, a não ser que o Conselho, deliberando por maioria simples sob proposta da Comissão, levantasse objeções ou exigisse mudanças. O comité seria composto por um diretor executivo, quatro membros nomeados a tempo inteiro e os representantes das autoridades nacionais de resolução de todos os países participantes. Exerceria as suas funções num formato quer plenário quer executivo. A maior parte dos projetos de decisão de resolução seria preparada na sessão executiva, composta pelo diretor executivo e pelos membros nomeados, com os representantes dos Estados-Membros interessados por uma dada decisão implicados numa primeira fase. No entanto, a sessão plenária seria responsável por decisões que envolvam apoio de liquidez superior a 20% do capital realizado do fundo, ou outras formas de apoio, como a recapitalização de bancos, superiores a 10% dos fundos, bem como todas as decisões que exijam o acesso ao fundo sempre que um total de 5 mil milhões de EUR tenha sido utilizado num dado ano civil. Nestes casos, as decisões seriam tomadas por uma maioria de dois terços dos membros do comité que representem, no mínimo, 50% das contribuições. A sessão plenária, em votação por maioria simples, também teria o direito de se opor a decisões da sessão executiva autorizando o fundo a contrair empréstimos, e a decisões sobre a mutualização das modalidades de financiamento em caso de resolução de um grupo com instituições simultaneamente em países da UE participantes e não participantes no MUR. Para garantir a soberania orçamental dos Estados-Membros, o projeto de regulamento proibiria as decisões que exijam que um Estado-Membro preste um apoio público extraordinário sem a sua aprovação prévia nos termos dos procedimentos orçamentais nacionais /13 7

8 O mecanismo único de resolução cobriria todos os bancos dos Estados-Membros participantes. O comité seria responsável pelas fases de planeamento e resolução dos bancos transfronteiras e dos diretamente supervisionados pelo BCE, enquanto as autoridades nacionais de resolução seriam responsáveis por todos os outros bancos. No entanto, o comité seria sempre responsável, caso a resolução de um banco exija o acesso ao fundo único de resolução. As autoridades nacionais de resolução seriam responsáveis pela execução dos planos de resolução dos bancos sob o controlo do comité único de resolução. Caso uma autoridade nacional não desse cumprimento à sua decisão, o comité poderia enviar diretamente ordens executivas ao banco problemático. O MUR entraria em vigor em 1 de janeiro de As funções de resgate interno e de resolução seriam aplicáveis a partir de 1 janeiro de O regulamento MUR não seria aplicável até que o acordo intergovernamental entrasse em vigor. Baseado no artigo 114.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, o regulamento exige uma maioria qualificada para poder ser adotado pelo Conselho, com o acordo do Parlamento Europeu. O acordo intergovernamental entraria em vigor após ratificação por Estados-Membros participantes no MUS/MUR que representem 80% das contribuições para o fundo único de resolução /13 8

9 OUTROS POTOS APROVADOS EGÓCIOS ESTRAGEIROS Irão Medidas restritivas O Conselho alterou um regulamento que impõe medidas restritivas contra o Irão. Na sequência de um acórdão do Tribunal Europeu de Justiça, uma pessoa e uma entidade foram retiradas da lista de pessoas e entidades sujeitas a medidas restritivas /13 9