Sp MINISTERIO DA FAZENDA \\ _?_j CONSELHO DE RECURSOS DO SISTEMA NACIONAL DE &S W PR! VADOS, DE I'REVIDENCIA PR! VADA ABERTA E DE CAPITALIZAçAO - : CRSNSI' 222' Sessão Recurso O 6761 Processo SUSEP n 15414.000643/2012-19 RECORRENTE: RECORRIDA: ACE SEGURADORA S/A SVPERINTENDt.NCIA DE SEGUROS PRIVADOS - SUSEP EMENTA: RECU RSO ADM INISTRATIVO. Representação. Sociedade seguradora. Celebracão de contrato de seguro, mcdiantc cobranca de prêmio em fatura telefônica, sem a assinatura da proposta pelo segurado. Recurso conhecido e provido parcialmente. PENALIDADE ORIGINAL: Multa no valor de R$ 26.000,00. BASE NORMATIVA: Art. 6 Rcsolucâo CNSP n 107/04 c/c art. 1 Circular SUSEP n 25 1/04. ACORDAOICRSNSP N 5600/15. Vistos, relatados e discutidos os prcsentes autos. decidem os membros do Conseiho de Recursos do Sistema Nacional de Seguros Privados, de Previdéncia Privada Aberta e de Capitalizacão, por maioria, nos termos do voto do Relator, dar provirnento parcial ao recurso da Ace Seguradora S/A, para adcquar a capitulacäo da penalidade ao disposto no art. 5, II da Resoluçâo CNSP n 60/01. Vencido o Conseiheiro André Lea! Faoro, que votou pelo provimento ao rccurso. Presentc o advogado Dr. Daniel Schmitt que sustentou oralmente em favor da recorrente, intervindo nos termos do Regimento Interno deste Conselho o Senhor representante da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, Dr. José Eduardo de Araüjo Duarte. Participaram do julgamento os Conseiheiros Ana Maria Melo Netto Oliveira, Carmen Diva Be1tro Monteiro, Paulo Antonio Costa de Almeida Penido, André Leal Faoro, Washington Luis Bezcrra da Silva e Dorival Alves de Souza. Presentes o Senhor Representante da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, Dr. José Eduardo de Arajo Duarte, e a Secretária-Executiva, Senhora Theresa Christina Cunha Martins. Sala das SessOes (Ri), 9 de dezembro de 2015. ç(i1 v t ANA MARLA,MELO NFJTD OLTVEIRA WASHINGTON LUJS BEZERRA DA SILVA ThE AltVtJJtHM:!ARTE da Fazenda Nacional
\..- MINISTERIO DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS DO SISTEMA NACIONAL DE SEGUROS/ PRIVADOS, DE PREVIDENCIA PRIVADA ABERTA E DE CAPITALIzAçA0 Processo SUSEP NO 15414.000643/2012-19 Processo CRSNSP NO 6761 Recorrente: Ace Seguradora S.A. Recorrida: Superintendência de Seguros Privados - SUSEP Conseiheiro Relator: Washington Luis Bezerra da Silva VOTO DO RELATOR Analisando o contido nos autos constato que a Recorrente foi apenada por ter celebrado contrato de seguro sem o respectivo preenchimento e assinatura da proposta de seguro pelo Segurado. Como bern demonstrado pelo DIFIS em seu Parecer de fls. 62/68, a materialidade da infracao restou caracterizada, uma vez que a proposta de seguro e instrumento que formaliza o interesse do proponente em contratar o seguro, devendo, portanto, ser celebrado mediante assinatura da mesma, conforme estabelece a Circular SUSEP n 251/2004, in verbis: "Art. 1 A celebraçâo ou alteraçao do contrato de seguro somente poderá ser feita mediante proposta assinada pelo proponente, seu representante legal ou por corretor de seguros habilitado, exceto quando a contrataçao se der por meio de bllhete. 1 A proposta escrita deverá confer os elementos essenciais ao exame e ace/ta cao do risco." Nesse mesrno sentido, a Circular SUSEP n 107/2004, que consolida as norrnas que dispoem sobre estipulacao de seguros, assim dispoe: "Art. 61. A contrataçao de seguros por meio de apolice cole f/va deve ser realizada mediante apresentaçao obrigatoria de proposta de coritratação assinada pelo estipulante e pelo sub-es fipulante, se for o caso, e pelo corre for de seguros, ressalvada a hipotese de contra façao direta.
Parágrafo un/co. A adesão a apolice deverá's realizada med/ante a assinatura, pelo proponente, de proposta de adesäo e desta deverá constar c!áusula na qual o proponente declara ter conhecimento pro vio da integra das condiçoes gerais." Assim, considerando o documento de fis. 05, em que a cobrança do prêmio era realizada diretamente na fatura telefônica do segurado, sem que houvesse sua anuência por meio do preenchimento da proposta de seguro, resta evidente a infracao cometida pela Recorrente, devendo ser mantida a penalidade aplicada. Todavia, faz-se necessário adequar a capitulaçao da sancao imposta no caso em tela, para que seja aplicada a alinea "n" do inciso II, art. 50 da Resolucao do CNSP n 60/2001, de forma que haja a perfeita relacao entre os fatos narrados e as normas apontadas. Observo, ainda, que foram analisadas as circunstâncias agravantes e atenuantes. Diante disto e pelo contido no processo supracitado, manifesto meu VOTO no sentido de conhecer o Recurso e dar parcial provimento ao mesmo, somente para adequar a penalidade, devendo ser aplicada a disposta na atinea 'n', inciso II, art. 50 da Resolucao n 60/2001, pelas razoes expostas Rio de Janeiro, 09 de dezembro de 2015. Washingto7tuis Bezerra da Silva C9nsetheiro Relator Repre1entante da FENAPREVI RECEBIDO EM SE/CRSNSP/MF hl~,cā
MINISTERIO DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS DO SISTEMA NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS, DE PREVIDENCIA PRIVADA ABERTA E DE CAPITALIZAçAO Processo SUSEP NO 15414.000643/2012-19 Processo CRSNSP NO 6761 Recorrente: Ace Seguradora S.A. Recorrida: Superintendéncia de Seguros Privados - SUSEP Conseiheiro Relator: Claudio Carvaiho Pacheco RELATORIO Senhores Conseiheiros, Trata-se de Representacao instaurada em face da Ace Seguradora, por ter sido apurado no Processo SUSEP n 15414.002829/2010-32, a celebracao de contrato de seguro mediante cobranca de premio em fatura telefônica, sern a assinatura da proposta pelo segurado. Intimada as fls. 05, a Representada apresentou sua defesa as fls. 16/28, alegando, prelirninarmente, urn descompasso entre o dispositivo infringindo e a penalidade proposta na intimacao. Quanto ao mérito, argumenta que o envio da proposta no ato da celebraçao do contrato nao é urn requisito sine qua non para validade e eficácia do contrato de seguro coletivo, bern corno que 0 pagamento continuo e ininterrupto dos prernios, por mais de dois anos, permite afirmar que o segurado manifestou sua vontade de forma inequivoca para celebracao do negocio juridico. Em razão de urn equivoco na emissäo do relatório de reincidência, o DEFIS/CGJUL/COAIP as fls. 39/40, propoe nova intirnacao a Seguradora, que se manifesta as fls. 55/60 pela inexistência de motivacao do ato administrativo. Em parecer técnico ofertado as fls. 62/68, o DIFIS/CGJUL, entendendo que a proposta de seguro é instrurnento que formaliza o interesse do proponente em contratar o seguro, bern corno que a Resolucao CNSP n 107/2004 estabelece que a adesäo a apolice coletiva deva ser realizada mediante assinatura da proposta pelo proponente, opina pela subsistência da Representacao, posicionarnento igualrnente seguido pela PRGER. Pelo Termo de Julgamento, de fls. 75, o Coordenador da Coordenaçao- Geral de Julgarnentos julgou subsistente a Representacao, aplicando a sancao de multa pecuniária no valor de R$ 26.000,00, prevista na alinea "a" do inciso Ill,art.
50 da Resolucao CNSP n 60/2001, considerada a reincidência apurada as fls.38. A Seguradora interpôs tempestivamente o Recurso de fls. 89/95, ratificando os argurnentos de defesa, no sentido de que a punicao aplicada pela decisão recorrida nao guarda qualquer relação corn o fato punivel, pois a acusa de agir no mercado de seguros sern autorizacao do Regulador. Também ressalta que a Autarquia não trouxe aos autos o mencionado Parecer da Procuradoria, que baseou sua decisäo. A douta representacao da Fazenda Nacional exerce juizo positivo para o conhecimento e negativo para o provirnento, consoante fls. 100/101. E o relatório. A Secretaria. Rio de Janeiro, 21 de rnaio de 2015 oc" Claudio Carvaiho Pacheco Conseiheiro Relator Representante da FENAPREVI