BRADESCO VIDA E PREVIDÊNCIA S/A

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1 W- PRIVADOS, DE PREVIDÊNCIA PRIVADA ABERTA E DE CAPITALIZAÇÃO - CRSNSP 224 Sessão Recurso n 6730 Processo SUSEP n / RECORRENTE: RECORRIDA: BRADESCO VIDA E PREVIDÊNCIA S/A SUPERINTENDÊNCIA I)F SEGUROS PRIVADOS - SUSEP EMENTA: RECU RSO ADMINiSTRATIVO. Denúncia. I)cscumprirncnto contratual. Recusa de pagamento de indenização por invalidez permanente e total por acidente, sob o argumento de tratar-se de incapacidade parcial ou temporária. Recurso conhecido e provido. PENALIDADE ORIGINAL: Multa no valor de R$ BASE NORNIATJVA: Art. 88 do Decreto-Lei n 73/66 e/e 1 do art. 72 da Circular SUSlP no 302/2005. ACÓRDÃO/CRSNSP N 5652/16. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, decidem os membros do Conselho de Recursos do Sistema Nacional de Seguros Privados, de Previdência Privada Aberta e de Capitalização, por unanimidade, dar provimento ao recurso da Bradesco Vida e Previdência S/A, nos termos do voto do Relator. Presente o advogado Dr. Juraí Alves Monteiro que sustentou oralmente em ltvor da recorrente, intervindo nos termos do Regimento Interno deste Conselho o Senhor representante da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, Dr. José Eduardo de Araújo Duarte. Participaram do julgamento os Conselheiros Ana Maria Meio Netto Oliveira. Washington Luis Be7.erra da Silva. Thompson da Gama Moret Santos, Paulo Antonio Costa de Almeida Penido, André Leal Faoro e Marcelo Augusto Camacho Rocha. Presente o Senhor Representante da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. Dr..losé Eduardo de Araújo Duarte. a Secretária-Executiva, Senhora Cecilia Veseovi de Aragão Brandão, e a Secretária-Executiva Adjunta Senhora Theresa Christina Cunha Martins. Sala das Sessões (Ri), 18 de fevereiro de \,)y Q- 4NÃ MA1(IAMLt) NT0 OLIVEIRA / Prsidente r WASHINGTOIS1EZERRA I)A SILVA / Relator

2 ft PRIVADOS, DE PREVIDÊNCIA PRIVADA ABERTA E DE CAPITALIZAÇÃO Processo SUSEP N / Processo CRSNSP N 6730 Recorrente: Bradesco Vida e Previdência S/A Recorrida: Superintendência de Seguros Privados - SUSEP Conselheiro Relator: Washington Luis Bezerra da Silva VOTO DO RELATOR Trata-se de Denúncia em que a Recorrente restou apenada por descumprimento contratual, ao não realizar o pagamento da indenização securitária em 21% da importância segurada, referente ao seguro de Vida em grupo - IPA. Alega o segurado que o acidente de transito ocorrido em 12/03/2007 provocou-lhe lesões de natureza gravíssima com a debilidade permanente do membro superior direito, e mesmo após tratamento médico, foi comprovada a sua invalidez permanente em 03/10/2008, conforme Laudo do IML de fls.12, realizando, assim, o aviso de sinistro na Seguradora em 11/02/2009 (fls.13/17). Observo que a Seguradora, muito embora tenha reconhecido às fls.144 que o segurado fazia jus a indenização securitária correspondente a 21% do capital segurado pelas sequelas de caráter parcial e permanente (membro superior direito), não realizou o pagamento da indenização sob a justificativa de que as coberturas para o mês de março e abril estavam suspensas por falta de pagamento dos respectivos prêmios pela estipulante, o que acarretou no encerramento da vigência da apólice em 30/04/2007. Analisando o contido nos autos, constato que o 10 da cláusula 23 do processo SUSEP n / que registrou o produto em questão nesta Autarquia (fls.162), estabelece que para os casos de sinistro ocorridos durante o período de noventa dias de atraso no pagamento dos prêmios, será paga a indenização nos termos das Condições Gerais e das cláusulas complementares, descontada dos respectivos valores o prêmio em atraso. Assim, inobstante o Endosso n 6 (fls. 96) comunicasse o término de vigência da apólice em 30/04/2007, ainda existiria cobertura para eventuais

3 sinistros até maio de 2007, em consequência da prorrogação do prazo por mais 90 dias da data do atraso no pagamento dos prêmios, conforme definido pelo 10 da cláusula 23 do contrato arquivado na SUSEP. Todavia, apesar da prorrogação da vigência da apólice, verifico que o Laudo do Instituto Médico Legal de fls. 12, emitido em 03/10/2008, indica a ocorrência de lesão de natureza grave com "debilidade permanente de membro superior direito" por não ter sido possível a recuperação do referido membro lesado, após o tratamento a que o Segurado foi submetido até outubro de Tal informação foi ratificada pelo Relatório Médico de fls. 41, também emitido em 03/10/2008, que indica sequela definitiva no importe de 100% e perda de função por lesões ocasionadas na mão direita do Segurado. Assim sendo, resta evidente que a caracterização da doença incapacitante do segurado se deu em 03/10/2008, data da reavaliação de suas condições/lesões pelo IML, visto que apesar do sinistro ter ocorrido em 12/03/2007, o segurado ficou em tratamento médico até outubro de 2008, quando não foi mais possível obter êxito com o mesmo. Portanto, considerando que a caracterização da invalidez permanente se deu em 03/10/2008, quando a apólice não se encontrava mais vigente, deve ser reformada a decisão de primeira instância. Diante disto e pelo contido no processo supracitado, manifesto meu VOTO no sentido de conhecer o recurso e dar provimento ao mesmo, pelas razões expostas. Rio de Jane)io18 de feveeiro de Washin on Luis Bezerra da Silva Conselheiro Relator epresentante da FENAPREVI SE/CR.-- RECEBIDO EM /t1

4 PRIVADOS, DE PREVIDÊNCIA PRIVADA ABERTA E DE CAPITALIZAÇÃO Processo SUSEP N / Processo CRSNSP N 6730 Recorrente: Bradesco Vida e Previdência S/A Recorrida: Superintendência de Seguros Privados - SUSEP o Conselheiro Relator: Washington Luis Bezerra da Silva RELATÓRIO Senhores Conselheiros, Trata-se de Denúncia formulada por Miqueias Rodrigues Alves em face de Bradesco Vida e Previdência S/A, em razão do descumprimento contratual de Seguro de Vida em grupo, estipulado por trapuru Transportes Ltda, pelo não pagamento da indenização relativa à cobertura de Invalidez Permanente ou Parcial por Acidente - IPA apurada em 21% do capital segurado, pelo sinistro ocorrido em 12/03/ Intimada às fls. 166 com a indicação de reincidências, a Denunciada apresentou sua defesa às fis. 179/188, esclarecendo que a apólice teve o seu término de vigência em 30/04/07, em razão da pendência de pagamento pela estipulante dos prêmios do seguro referente aos meses de março e abril de 2007, que acarretou a suspensão das coberturas. Outrossim, afirma que a informação trazida pelo próprio Estipulante às fls. 155/156, comprova que o segurado recuperou plenamente as suas condições de trabalho, bem como que o documento de concessão de benefício do INSS (fls.157) não faz menção a incapacidade permanente, deixando evidente se tratar de incapacidade parcial ou temporária do segurado, para qual não há cobertura na apólice. Em parecer técnico ofertado às fls. 190/196, o DEFIS/CGJUL opina pela procedência da Denúncia, por entender que seria devida a indenização, mesmo considerando o não pagamento dos prêmios, visto que o 10 da cláusula 23 do contrato de seguro registrado na Autarquia (fls.162), estabelece que para os casos de sinistro ocorridos durante o período de noventa dias de atraso na quitação dos prêmios, a indenização seria paga descontada dos respectivos valores de prêmio em atraso. Posicionamento seguido pela PRGER às fls. 197/198.

5 Pelo Termo de Julgamento de fls. 202 o Coordenador da Coordenação- Geral de Julgamentos, julgou procedente a Denúncia, aplicando a pena de multa no valor de R$ ,00, prevista na alínea "g", inciso IV, artigo 51 da Resolução CNSP n 60/01, considerada a agravante prevista no inciso V do art. 52, e as reincidências apuradas àsfls. 160/161. A Empresa interpôs Recurso às fls. 224/232, alegando que as partes convencionaram como uma das condições do término do contrato o disposto no Endosso n 06 (fls.96), o qual estabelecia o prazo final de vigência da apólice em 30/04/2007, e que na hipótese da existência de meses pendentes de pagamento de prêmios anteriores à data do cancelamento, as coberturas previstas na apólice estariam suspensas. ia A douta representação da Fazenda Nacional exerce juízo positivo para o conhecimento e negativo para o provimento, consoante fls.237/238. E o relatório. À Secretaria. Rio de Janeiro, 04 de dezembro de Wasbuôn Luis Bezerra da Silva, onselheiro Relator RFesentante da FENAPREVI