Prática Anestésica Anestesiologia Veterinária
História da Anestesia 1 a Anestesia Deus - Genesis 2:21. o grande Deus produziu um sono profundo e criou Eva da costela de Adão Métodos primitivos Concussão cerebral Asfixia Frio Calor Compressão de vasos e nervos
História da Anestesia 350 A.C. descrição de Absyrtus, Eumelius, Pelagonius semente de cicuta e papoula + água + álcool (+ ou - 24 horas) tranquilização de eqüinos Séc. XIII alquimista Raimundo Lulio ou Doctor Illuminatus descoberta de um fluído branco vitríolo doce
História da Anestesia 1540 Theofrastus Bombastus Paracelsus de Hohenhein mistura de ácido sulfúrico com álcool aquecimento da mistura obtenção de líquido branco (éter) aplicação em pombos adormecimento insensibilidade a dor; 1550 Ruini alcalóide de beladona + chicória destilada anestesia completa em eqüinos primeira anestesia em eqüinos
Reconhecimento da anestesia Horace Wells William Thomas Green Morton 1844 Garden Colton 1846 gás hilariante observado por Wells 1844 História da Anestesia propriedades anestésicas NO 2 extrações dentárias doses inadequadas insucesso insuficiência estudos 1848 New York - suicídio na prisão Morton Utilização de éter na anestesia extração dentária
1925 Wenger 1927 História da Anestesia utilização de hidrato de cloral 10% + álcool 20% cães E.V Barbitúricos Butalidonal (Hinz) 1930 Pentobarbital 1934 Thiopental Hoje Hidrocarbonetos Fluorados anestesia gasosa Sedare dolorem opus divinum est
DEFINIÇÕES ANESTESIOLOGIA estudo da anestesia ANESTESIA Termo Genérico droga capaz de suprimir temporariamente a dor falta de sensação Perda da sensibilidade à dor de uma região do corpo de todo o corpo produzida por agentes que deprimem o sistema nervoso ANALGESIA alívio da dor devido à perda de sensibilidade a esta analgésico aumenta o limiar de sensibilidade a dor
DEFINIÇÕES TRANQÜILIZAÇÃO estado de sedação sem sonolência animal encontra-se relaxado e alheio ao ambiente freqüentemente é acompanhada por indiferença à dor de pequena intensidade (Lumb,1981;Hall,1987). SEDAÇÃO grau de depressão central paciente desperto porém tranqüilo paciente em estado de sonolência Obs: - maioria dos sedativos causa sonolência - distinção entre tranqüilização e sedação - questão semântica - de pequeno valor (Lumb,1981;Hall,1987). - o aumento de doses de tranquilizantes pode produzir efeitos opostos, mas não perda da consciência - o aumento de doses de sedativos produzem mais depressão do SNC (~anestesia) (Short,1994).
DEFINIÇÕES NARCOSE estado de sono profundo com analgesia (Fialho,1985) HIPNOSE estado semelhante ao sono artificial resulta de moderada depressão do sistema nervoso central sono induzido artificialmente Os hipnóticos normalmente têm ação analgésica insignificante (Fialho,1985;Hall,1987)
DEFINIÇÕES ANESTESIA LOCAL perda de sensibilidade em uma área limitada do corpo ação de drogas nas terminações nervosas da área bloqueio reversível dos impulsos nervosos aferentes (Fialho,1985;Lumb,1981) ANESTESIA REGIONAL perda de sensibilidade em uma área maior do corpo ação de drogas sobre um tronco nervoso (Fialho,1987)
DEFINIÇÕES ANESTESIA GERAL estado de inconsciência reversível produzida por um processo controlado de intoxicação do S.N.C. diminui a sensibilidade diminui a resposta a estímulos do meio exterior Requisitos Básicos: narcose (perda da consciência ou sono artificial) analgesia (supressão temporária da percepção dolorosa) anestesia cirúrgica (relaxamento muscular ligado a ausência de reação) (Massone,1994)
DEFINIÇÕES ANESTESIA DISSOCIATIVA ato anestésico capaz de dissociar o cortéx cerebral induz analgesia e desligamento do paciente sem perda dos reflexos protetores atua de maneira seletiva (Massone,1994) NEUROLEPTOANALGESIA ato anestésico capaz de causar: sonolência sem perda da consciência; desligamento psicológico do ambiente; supressão da dor (analgesia intensa); amnésia; estado de tranqüilização e analgesia intensa, sem perda da consciência (Massone,1994)
Atribuições do Anestesista escolher a melhor anestesia para cada caso preparar o material de anestesia orientar o preparo do pré-operatório orientar o cirurgião quanto ao início e término do ato cirúrgico seguir o ato cirúrgico sem nunca esquecer do paciente registrar os dados fisiológicos do animal responder pela ficha integral da anestesia permanecer junto ao paciente até sua recuperação executar a anestesia perfeita
Escolha do Método Anestésico Considerações Gerais estado do paciente idade do paciente natureza da cirurgia espécie animal a ser anestesiada reações diferentes entre espécies e indivíduos aos anestésicos jejum prolongado ou ausente enfermidades uso de fármacos custo operacional
Reações adversas aos medicamentos Superdosagem absoluta quantidade maior que a dose pretendida natureza da preparação do fabricante dose certa e via de administração errada relativa anormalidade do animal Idiossincrasia efeito inverso ao esperado Intolerância indivíduos anormalmente sensíveis ou resistentes
Reações adversas aos medicamentos Alergia não dose-relativa choque anafilático Interações Medicamentosas sinérgicas uma droga potencializa o efeito da outra indiferentes antagônicas química: ações diferentes competitivo: mesmos receptores (competem pelo mesmo sítio de ação).
Risco anestésico A anestesia não é um estado de ocorrência natural, e sua indução com drogas que nunca são completamente isentas de toxidez pode constituir uma ameaça à vida do paciente (Hall,1987)
Avaliar o risco de acordo com: ESTADO DE SAÚDE DO ANIMAL * INFLUÊNCIA DO CIRURGIÃO INFLUÊNCIA DAS INSTALAÇÕES INFLUÊNCIA DO ANESTESISTA
Estado de Saúde ASA American Society of Anesthesiologists CATEGORIA I - Paciente sadio sem doenças detectáveis CATEGORIA II - Ligeira ou moderada doença sistêmica não causando sintomas CATEGORIA III - Ligeira ou moderada doença sistêmica causando sintomas leves CATEGORIA IV - Doença sistêmica extrema, constituindo ameaça à vida CATEGORIA V - Pacientes moribundos ou à morte E Emergência.
Períodos Anestésicos Cuidados Básicos Período pré-anestésico intervalo de tempo compreendido entre a indicação anestésica e o momento de iniciá-la Classificação quanto à duração: período destituído de urgência período de relativa urgência período de extrema urgência Cuidados no período pré-anestésico exame do animal jejum acomodações/contenção medicamentos, aparelhos e acessórios.
Períodos Anestésicos Cuidados Básicos Período trans-anestésico intervalo de tempo que vai desde o início da anestesia até o início da recuperação Paciente Aparelho.
Períodos Anestésicos Cuidados Básicos Período pós-anestésico intervalo de tempo do início da recuperação até o restabelecimento da consciência e dos parâmetros fisiológicos Imediato Mediato
DIVISÃO DA ANESTESIA 1. MEDICAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA 2. ANESTESIA GERAL 3. ANESTESIA LOCO REGIONAL MIORRELAXANTES
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Mais usadas Intramuscular Subcutânea Intravenosa Inalatória Tópica ou Superficial Menos usadas Oral Retal Intraperitoneal Intraesternal Intrapleural Infiltrativa Epidural
EXAME DO PACIENTE Anamnese verificar condições físicas do paciente diagnósticos de doenças correlatas Aspectos a serem observados: sistema cárdio-vascular sistema respiratório função renal função hepática quadro hematológico anemia plaquetopenia hipoproteinemia
Avaliação Clínica do Paciente Sinais vitais Eficiência Cardiovascular Eficiência Respiratória Níveis de Consciência
Monitorização do Paciente Monitores de circulação Monitores de frequência e ritmo cardíaco Pressão Sanguínea arterial Direta Indireta Pressão venosa central
Respiração Frequência Volume volume corrente volume minuto
Medição das tensões gasosas no sangue Gasometria oxímetro capnógrafo*
Monitorização da temperatura
Produção Urinária
Alterações Metabólicas
Monitorização do equipamento
FICHA ANESTÉSICA EXAME PRÉ ANESTÉSICO HORA: OBSERVAÇÕES: PULSO: RESPIRAÇÃO MPA DROGA: INDUÇÃO DROGA: OBSERVAÇÕES: HORA: HORA: DOSE: DOSE: MANUTENÇÃO DROGA: DOSE: DOSE TOTAL:
HORA PULSO RESP P.A. PALP. CORN. NIST. ANAL %ANEST. TEMP. DOR OBS.
FLUIDO TERAPIA: TIPO/DOSE: OBSERVAÇÕES: ANESTESIA: PERÍODO: