Trovadorismo e Humanismo Literatura Portuguesa Prof. Thiago Robson Aletro
As Trovas Medievais
Contexto histórico-cultural Idade Média (Séc XII) Feudalismo/vassalage m Nobreza Teocentrismo Cruzadas Galego-Português Influência Provençal França Poesia Popular : Musicalidade
Temáticas Juras de amor feitas à mulher do cavaleiro CANTIGA DE AMOR O sofrimento de amor da jovem em razão de o namorado ter partido para as Cruzadas CANTIGA DE AMIGO Descrição irônica de costumes
Eu lírico O eu-lírico é aquele elemento do texto poético que expõe ao leitor o sentimento que emerge do poema. Se compararmos o gênero lírico com o narrativo, o eu-lírico será equivalente ao narrador.
Dividem-se em CANTIGAS LÍRICAS DE AMOR E DE AMIGO CANTIGAS SATÍRICAS DE ESCÁRNIO E MALDIZER
Cantigas Líricas
Cantiga de amor Principais sensações do eu-lírico masculino: submissão entre o servo e o senhor feudal - vassalagem amorosa, preconizando, assim, um amor cortês.
O amante vive sempre em estado de sofrimento, também chamado de coita, visto que não é correspondido Ainda assim dedica à mulher amada (senhor) fidelidade, respeito e submissão. Nesse cenário, a
Cantiga da Ribeirinha E, mia senhor, desdaqueldi, ai! No mundo non me sei parelha, entre me for como me vai, Cá já moiro por vós, e - ai! Me foi a mi mui mal, E vós, filha de don Paai Moniz, e bem vos semelha
Cantigas de Amigo Inspiradas em cantigas populares; Eu-lírico feminino, embora de autoria masculina; Tom de confissão.
Sofrimento da mulher separada de seu amado (chamado de amigo) Cenário da vida campesina; (natureza como confidente)
Ai flores, ai flores Ai flores, ai flores do verde pinho se sabedes novas do meu amigo, ai deus, e u é? Se sabedes novas do meu amigo, aquele que mentiu do que pôs comigo, ai deus, e u é?
Cantigas satíricas
Origem popular; Assuntos proferidos nas ruas, praças e feiras; Cŕitica aos costumes; Havia duas categorias: a de escárnio e a de maldizer.
Cantigas de Escárnio Crítica indireta Ai, dona fea, foste-vos queixar que vos nunca louv[o] em meu cantar; mais ora quero fazer um cantar em que vos loarei toda via; e vedes como vos quero loar:
Cantiga de Maldizer Crítica direta Roi queimado morreu con amor Em seus cantares por Sancta Maria por ua dona que gran bem queria e por se meter por mais trovador porque lhela non quis [o] benfazer fez-sel en seus cantares morrer
O Humanismo
O que é? O Humanismo é um termo relativo ao Renascimento, movimento surgido na Europa, mais precisamente na Itália, que colocava o homem como o centro de todas as coisas existentes no universo.
Nesse período, compreendido entre a transitoriedade da Baixa Idade Média e início da Moderna (séculos XIV a XVI), os avanços científicos começavam a tomar espaço no meio cultural.
A tecnologia começava a se aflorar nos campos da matemática, física, medicina. Nomes como Galileu, Paracelso, Gutenberg, dentre outros, começavam a se despontar, em razão das descobertas feitas por eles.
É neste contexto cultural que a visão antropocêntrica se instala e influencia todo campo cultural: literatura, música, escultura, artes plásticas.
Na Literatura, os autores italianos que maior influência exerceram foram: Dante Alighieri (Divina Comédia), Petrarca (Cancioneiro) e Bocaccio (Decameron). Os gêneros mais cultivados foram: o lírico, de temática amorosa ou bucólica, e o épico, seguindo os modelos
Principais características Antropocentrismo Retomada dos valores clássicos Avanços científicos Reflexão filosófica Racionalismo
Algumas manifestações: Teatro Gil Vicente foi o nome que mais se destacou, ele escreveu mais de 40 peças.
Teatro de Gil Vicente Sua obra pode ser dividida em 2 blocos: Autos: peças teatrais cujo assunto principal é a religião. Auto da alma e Trilogia das barcas são alguns exemplos.
Poesia Em 1516 foi publicada a obra Cancioneiro Geral, uma coletânea de poemas de época. O cancioneiro geral resume 2865 autores que tratam de diversos assuntos em poemas amorosos, satíricos, religiosos entre outros.
Prosa Crônicas: registravam a vida dos personagens e acontecimentos históricos. Fernão Lopes foi o mais importante cronista(historiador) da época, tendo sido considerado o Pai da História de Portugal