Trovadorismo Cantigas de Amor

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1 Trovadorismo A época do trovadorismo abrange as origens da Língua Portuguesa, a língua galaico-portuguesa (o português arcaico) que compreende o período de 1189 a Portugal ocupava-se com as Cruzadas, a luta contra os mouros, e estava marcado pelo teocentrismo (universo centrado em Deus, a vida estava voltada para os valores espirituais e a salvação da alma) e pelo sistema feudal (sistema econômico e político, entre senhores e vassalos ou servos), já enfraquecido, em fase de decadência. Quando finalmente a guerra chega ao fim, começam manifestações sociais de período de paz, entre elas a literatura, e em torno dos castelos feudais também se desenvolveu um tipo de literatura que redimensiona a visão do mundo medieval e aponta para novos caminhos, essa manifestação literária é o Trovadorismo. Os poetas e cronistas dessa época eram chamados de trovadores, pois no norte da França, o poeta recebia o apelativo trouvère (em Português: trovador), cujo radical é: trouver (achar), dizia-se que os poetas achavam sua canção e a cantavam acompanhados de instrumentos como a cítara, a viola, a lira ou a harpa. Os poemas produzidos nessa época eram feitos para serem cantados por poetas e músicos. Os trovadores tinham grande liberdade de expressão, entravam em questões políticas e exerceram destacado papel social. O primeiro texto escrito em português foi criado no século XII (1189 ou 1198) era a Cantiga da Ribeirinha, do poeta Paio Soares de Taveirós, dedicada a D. Maria Paes Ribeiro, a Ribeirinha. As poesias trovadorescas estão reunidas em cancioneiros ou Livros de canções, são três os cancioneiros: Cancioneiro da Ajuda, Cancioneiro da Vaticana e Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa (Colocci-Brancuti), além de um quarto livro de cantigas dedicadas à Virgem Maria pelo rei Afonso X, o Sábio. Surgiram também os textos em prosa de cronistas como Rui de Pina, Fernão Lopes e Eanes de Azuraram e as novelas de cavalaria, como A Demanda do Santo Graal. Cantigas de Amor As cantigas de amor nascem na região sul da França, em Provença, daí o termo provençal. São, pois, cantigas importadas. É um momento em que as cantigas de amigo começam a ser censuradas, ficando em segundo plano, cedendo lugar à cantiga de amor. Embora a distância entre Portugal e França não seja muito grande, as cantigas de amor que surgem originalmente na França chegam a Portugal através do Conde D. Henrique que vai a Portugal para combater os mouros. O norte da França, por questões de sobrevivência, entre em guerrilha contra a Inglaterra. Na realidade, a França termia a invasão cultural inglesa. Era comum que essa região francesa acabasse por investir pesado no poderio militar, deixando de lado as questões culturais. Por oposição, a região sul, por ser mais afastada da Inglaterra e por ter o norte para defesa, investia mais na cultura. Isso possibilitou que o sul preservasse mais a tradição greco-romana. Nos mosteiros do sul da França, os homens se refugiavam para filosofar, afastando-se das doutrinas da igreja e buscando o pensamento sobre a sua realidade. Essa região passa, então, a viver um período de efervescência cultural e de grandes movimentações, com as constantes cruzadas que dali partiam. As cruzadas eram grupos militares com envolvimento dos interesses econômicos e do rico patrimônio cultural vindo do Oriente, que era acrescentado à cultura local. Nas cruzadas, os pensadores faziam registros desses bens culturais que ultrapassavam as fronteiras e os traziam para o sul da França, embora também fosse latente o interesse político em busca por domínios comerciais. Em um determinado momento, o norte da França se sente obrigado a guerrear com o sul do próprio país por acreditarem que era necessário eliminar os acusados de heresia que viviam a criticar a Igreja. O sul, então, passa a ser uma região dos homens em fuga. Quem acolherá esses refugiados será a corte de D. Afonso X. Esses intelectuais viram a possibilidade de se sobrepor ao modelo autóctone. Assim, chega a cantiga de amor através das portas abertas pelos portugueses à cultura estrangeira. Os trovadores eram, em geral, intelectuais que escreviam na corte e para a corte. Os mecenas patrocinavam os trovadores que apresentavam certa intelectualidade e disputavam as damas para quem cantavam. Quanto mais prestigiado o senhor e a dama, mais prestigiado era o trovador. E, quanto mais cantava o trovador, mais valor tinha a dama e o senhor. Nesse modelo de cantiga, o amor não era o da presença, erótico e sensual, mas sim um amor construído e elaborado que passa a um amor idealizado. Na relação do trovador com a dama, estabelece-se, inicialmente, a hierarquia entre eles, na qual o trovador se torna vassalo e a mulher, a suserana. A mulher é a figura humana aperfeiçoada, daí ser superior ao homem. A dama aparece, então, idealizada como figura completa: cabelos loiros, olhos claros e serenos, gestos discretos, dignidade no caminhar e riso sutil. É um ser irreal, uma pintura préconcebida, correspondendo a uma forma perfeita, absoluta, ideal. Nessa dinâmica do amor cortês, o trovador deveria guardar a identidade da dama, conter toda a expansão pública de sua paixão, ser discreto e comedido. O amor era idealizado e se confundia com a forma de aprimoramento espiritual, visto que a mulher, dotada de beleza e virtudes elevadas, constituía um ser inalcançável no mundo físico. Assim, um artifício para se referir à dama era utilizar-se de pronomes femininos que identificassem a presença da mulher ( mia senhor, dona ), o que transmite uma visão idealizada das qualidades físicas e morais da mulher amada. O próprio trovador se dirige à dama em vassalagem e subserviência, rendendo-lhe o culto amoroso que tal relação lhe impunha. Essa relação, nesse tipo de cantiga, é orientada pelo rígido código de comportamento ético denominado amor cortês. Segundo suas regras, recebidas de Provença, o trovador teria de apresentar comedidamente seu sentimento (mesura), a fim de não incorrer no desagrado da dama, além de ocultar o nome dela ou recorrer a um pseudônimo (senha). Subordinando seus sentimentos às leis da corte amorosa, conscientiza-se da impossibilidade de concretização de seu amor pela dama. A tentativa de exprimir-se numa confissão do sentimento que o avassala vai num crescendo até a última estrofe. Torna-se subserviente o trovador, determinando uma confissão que gira em torno de um mesmo núcleo, sem grandes variações de palavras, dada a tensão a que está submetido pelo seu sofrimento. O grau de lamento, gradativa e monotonamente, aumenta em avalanche até o fim. O estribilho ou refrão, comuns nas cantigas de amor, demonstra bem a angustiante ideia fixa do trovador que quer convencer a dama de seu amor, mas que só vê seu sofrimento aumentado a cada súplica. No entanto, o trovador deseja a dama ainda que saiba que ela nunca lhe dará retorno, logo sofre por não ter o amor correspondido. O trovador se vê obrigado a exprimir o sofrimento que sente, daí a constância do masoquismo, ou seja, ele provoca a dor deliberadamente para gerar prazer (coita d amor). Obediente às regras de conveniência social e da moda literária oriunda da Provença, o trovador dissimula a verdadeira intenção de suas solicitações dirigidas à dama. Os impulsos amorosos sublimados sugerem o sofrimento interior do trovador que sabe ser inútil a súplica e a espera de ter seu amor correspondido. Esse sentimento torturante, a coita d amor, perpassa toda a construção lírica das cantigas de amor. Contudo, o homem se queixa contra essa indiferença da amada, deixando transparente seu sofrimento de amante desprezado. Nesse sentido, o poeta se torna vassalo de sua dama, passando a servi-la, processo este que acaba por reproduzir a vassalagem medieval, na qual um cavaleiro prestava homenagem e devia fidelidade a seu suserano. O trovador confessa, de forma dolorosa, a sua angustiante experiência de amor frente a uma dama inatingível aos seus apelos, e isso ocorria porque, geralmente, ela era superior a ele socialmente e ele, muitas vezes, não passava de um fidalgo decaído. As cantigas de Amor contêm uma confissão amorosa feita pelo trovador a uma dama inacessível a quem trata por senhor (significando "senhora" em termos modernos). A dama é inacessível ou por estar em classe social mais elevada ou porque o trovador despreza sua posse em favor do amor que sente. O exemplo a seguir é a canção número 97 e foi escrita por El-rei D. Dinis. Hun tal home sei eu, bem talhada Que por vós tem a sa morte chegada; Vides quen é e seed'en nanbrada; 1

2 Hun tal home sei eu que perto sente De si morte chegada certamente; Vêdes quem é e venha-vos en mente; Hun tal home sei eu, aquest'oide: Que por vós morr' e vo-lo en partide, Vêdes quem é e non xe vos obride; Cantigas de Amigo Canção de amigo - Martim Codax Ondas do mar de Vigo, se vistes meu amigo? Ondas do mar levado, se vistes meu amado? Se vistes meu amigo, o por que eu sospiro? Se vistes meu amado, por que ei gram coidado? Ondas do mar de Vigo, acaso vistes meu amigo? Ondas do mar agitado, acaso vistes meu amado? Acaso vistes meu amigo aquele por quem suspiro? Acaso vistes meu amado, por quem tenho grande cuidado (preocupado)? Martim Codax: trovador-jogral da época de Afonso III (meados do século XIII). Dele só nos restam sete cantigas d amigo, que se caracterizam por um delicioso primitivismo poético e pelo fato de serem seis destas composições as únicas cantigas trovadorescas acompanhadas da respectiva notação musical (S. Spina) Características das cantigas de amigo Voz lírica feminina Tratamento dado ao namorado: amigo Expressão da vida campesina e urbana Amor realizado ou possível - sofrimento amoroso Simplicidade - pequenos quadros sentimentais Paralelismo e refrão Origem popular e autóctone (isto é, na própria Península Ibérica) Cantiga de amigo D. Dinis - Ai flores, ai flores do verde pino, se sabedes novas do meu amigo! Ai flores, ai flores do verde ramo, se sabedes novas do meu amado! Se sabedes novas do meu amigo, aquel que mentiu do que pôs comigo! Se sabedes novas do meu amado, aquel que mentiu do que mi á jurado! - Vós me preguntades polo voss amado, e eu bem vos digo que é san e vivo. Vós me preguntades polo voss amado, e eu bem vos digo que é viv e sano. E eu bem vos digo que é san e vivo e seera vosc ant o prazo saído. E eu bem vos digo que é viv e sano e seera vosc ant o prazo passado. Explicações pino: pinheiro novas: notícias e u é?: e onde ele está? do que pôs comigo: sobre aquilo que combinou comigo (isto é, o encontro sob os pinheiros) preguntades: perguntais polo: pelo que é san e vivo: que está são (com saúde e vivo) e seera vosc ant o prazo saído (passado): e estará convosco antes de terminar o prazo combinado Canção de amor - D. Dinis Quer eu em maneira de proençal fazer agora um cantar d amor e querrei muit i loar mia senhor a que prez nem fremosura nom fal, nem bondade; e mais vos direi ém: tanto a fez Deus comprida de bem que mais que todas las do mundo val. Ca mia senhor quizo Deus fazer tal, quando a faz, que a fez sabedord e todo bem e de mui gram valor, e com tod est[o] é mui comunal ali u deve; er deu-lhi bom sém, e desi nom lhi fez pouco de bem quando nom quis lh outra foss igual Ca mia senhor nunca Deus pôs mal, mais pôs i prez e beldad e loor e falar mui bem, e riir melhor que outra molher; desi é leal muit, e por esto nom sei oj eu quem possa compridamente no seu bem falar, ca nom á, tra-lo seu bem, al. Quero à moda provençal fazer agora um cantar de amor, 2

3 e quererei muito aí louvar minha senhora a quem honra nem formosura não faltam nem bondade; e mais vos direi sobre ela: Deus a fez tão cheia de qualidades que ela mais que todas do mundo. Pois Deus quis fazer minha senhora de tal modo quando a fez, que a fez conhecedora e todo bem e de muito grande valor, e além de tudo isto é muito sociável quando deve; também deu-lhe bom senso, e desde então lhe fez pouco bem impedindo que nenhuma outra fosse igual a ela Porque em minha senhora nunca Deus pôs mal, mas pôs nela honra e beleza e mérito e capacidade de falar bem, e de rir melhor que outra mulher também é muito leal e por isto não sei hoje quem possa cabalmente falar no seu próprio bem pois não há outro bem, para além do seu. D. Dinis, grande incentivador da cultura, fundou a Universidade de Lisboa (1291), posteriormente transferida para Coimbra (1308). Foi chamado o rei-trovador, com 138 cantigas conhecidas. Características das cantigas de amor Voz lírica masculina Tratamento dando à mulher: mia senhor. Expressão da vida da corte. Convenções do amor cortês: a) Idealização da mulher; b) Vassalagem amorosa; c) Expressão da coita. Origem provençal O gênero satírico: cantigas de escárnio e de maldizer As cantigas satíricas apresentam interesse sobretudo histórico. São verdadeiros documentos da vida social, principalmente da corte. Fazem ecoar as reações públicas a certos fatos políticos: revelam detalhes da vida íntima da aristocracia, dos trovadores e dos jograis, trazendo até nós os mexericos e os vícios ocultos da fidalguia medieval portuguesa. Enquanto as cantigas de escárnio utilizam a ironia e o equívoco para realizar mais indiretamente essas zombarias, as cantigas de maldizer são sátiras diretas. Daí sua maior virulência, o emprego mais frequente de palavrões (em geral os mesmos que se usam até hoje) e a abordagem mais desabusada dos vícios sexuais atribuídos aos satirizados. A diferença entre esses dois tipos de cantiga é, portanto, apenas relativa. Frequentemente a classificação dos textos é ambígua. O próprio significado das palavras escárnio e maldizer pode deixar mais clara essa diferença entre os dois tipos de sátira: escárnio: zombaria, menosprezo, desprezo, desdém; maldizer: (verbo) pragueja contra; (substantivo), maledicência, difamação. Características das cantigas satíricas Os principais temas das cantigas satíricas são: a fuga dos cavaleiros da guerra, traições, as chacotas e deboches, escândalos das amas e tecedeiras, pederastia (homossexualismo) e pedofilia (relações sexuais com crianças), adultério e amores interesseiros e ilícitos. Cantigas de escárnio: Sátiras indiretas; uso da ironia e do equívoco. Cantigas de maldizer: diretas, sem equívocos; intenção difamatória; palavrões e xingamentos A sátira como paródia Geralmente o nome ou o cargo de quem é difamado aparecem. Cantiga de escárnio João Garcia de Guilhade Ai, dona fea, fostes-vos queixar que vos nunca louv[o] em meu cantar; mais ora quero fazer um cantar em que vos loarei toda via; e vedes como vos quero loar: Dona fea, se Deus mi pardom, pois avedes [a]tam gram coraçom que vos eu loe, em esta razom vos quero ja loar toda via; e vedes qual sera a loaçom: Dona fea, nunca vos eu loei em meu trobar, pero muito trobei; mais ora ja um bom cantrar farei, em que vos loarei toda via; e direi-vos como vos loarei: Ai, dona feia, foste-vos queixar que nunca vos louvo em meu cantar; mas agora quero fazer um cantar em que vos louvares de qualquer modo; e vede como quero vos louvar Dona feia, que Deus me perdoe, pois tendes tão grande desejo de que eu vos louve, por este motivo quero vos louvar já de qualquer modo; e vede qual será a louvação: Dona feia, eu nunca vos louvei em meu trovar, embora tenha trovado muito; mas agora já farei um bom cantar; em que vos louvarei de qualquer modo; e vos direi como vos louvarei: CANTIGA DE MALDIZER Meu senhor arcebispo, and eu escomungado porque fiz lealdade; enganou-me o pecado (1)! Soltade-m, ai (2), senhor, e jurarei, mandado Se traiçon fezesse, nunca vo-la diria; mais (3) pois fiz lealdade, vel (4) por Santa Maria, soltade-m, ai, senhor, e jurarei, mandado Per mia maleventura tive hun en Sousa e dei-o a seu don e tenho que fiz gran cousa (5). Soltade-m ai, senhor, e jurarei, mandado Por meus negros pecados tive hun castelo forte e dei-o a seu don, e hei medo da morte. Soltad-m, ai, senhor, mandado (Diego Pezelho) 1. o demônio enganou-me; 2. absolvei-me, ai; 3. mas; 4. oh!, ah!, ai! 5. parece-me ter cometido um ato grave. Tipos de Cantiga. Os primórdios da literatura galaico-portuguesa foram marcados pelas composições líricas destinadas ao canto. Essas cantigas dividiam-se em dois tipos: Refrão, caracterizadas por um estribilho repetido no final de cada estrofe, e Mestria, que era mais 3

4 trabalhada, sem algo repetitivo. Essas eram divididas em temas, que eram: Cantigas de Amor, Amigo e de Escárnio e Maldizer. Autores (Trovadores) Paio Soares Taveiroos (ou Taveirós) era um trovador da primeira metade do século XIII. De origem nobre, é o autor da Cantiga de Amor A Ribeirinha, considerada a primeira obra em língua galaico-portuguesa. Dom Dinis, o rei trovador, foi um rei importante para Portugal, sua lírica foi de 139 cantigas, a maioria de amor, apresentando alto domínio técnico e lirismo, tendo renovado a cultura numa época em que ela estava em decadência em terras ibéricas. D. Afonso X, o Sábio, foi rei de Leão e Castela. É considerado o grande renovador da cultura peninsular na segunda metade do século XIII. Acolheu na sua corte trovadores, tendo ele próprio escrito um grande número de composições em galaico-português que ficaram conhecidas como Cantigas de Santa Maria. Promoveu, além da poesia, a historiografia, a astronomia e o direito, tendo elaborado a General Historia, a Crônica de España, Libro de los Juegos, Las Siete Partidas, Fuero Real, Libros del Saber de Astronomia, entre outras. Outros trovadores importantes: Martim Codax, Bernardo de Bonaval, Martin Soares, João Garcia de Guilhade, DNuno Fernandez Torneol, Diego Moniz... A PROSA DO TROVADORISMO Hagiografia: relatos bibliográficos de figuras canonizadas (santos), escritos em latim. Cronicões: relatam, de forma romanceada, os episódios históricos e sociais do século XIV. Livros de linhagem: apresenta a genealogia das famílias nobres Novelas de Cavalaria: Poemas que celebram acontecimentos históricos, trazidos principalmente da França e Inglaterra. Surgiram derivadas de canções de gesta e de poemas épicos medievais. Refletiam os ideais da nobreza feudal: o espírito cavalheiresco, a fidelidade, a coragem, o amor servil, mas estavam também impregnadas de elementos da mitologia céltica. A história mais conhecida é A Demanda do Santo Graal, a qual reúne dois elementos fundamentais da Idade Média quando coloca a Cavalaria a serviço da Religiosidade. Outras novelas que também merecem destaque são "José de Arimatéia" e "Amadis de Gaula". Temos três ciclos: a) Ciclo Bretão ou Arturiano: Rei Artur e Cavaleiros da Távola Redonda; b) Carolíngio: Carlos Magno; c) Clássico: Antiguidade Grecoromana. EXERCÍCIOS Atrás da Porta Quando olhaste bem nos olhos meus E o teu olhar era de adeus Juro que não acreditei, eu te estranhei Me debrucei sobre teu corpo e duvidei E me arrastei e te arranhei E me agarrei nos teus cabelos Nos teu peito, teu pijama Nos teus pés ao pé da cama Sem carinho, sem coberta No tapete atrás da porta Reclamei baixinho Dei pra maldizer o nosso lar Pra sujar teu nome, te humilhar E me vingar a qualquer preço Te adorando pelo avesso Pra mostrar que ainda sou tua 1) Quais os sentimentos que podemos ver nessa música? 2) A pessoa, que fala na música, é um homem ou uma mulher? Justifique 3) Você sabe quem escreveu essa canção? Caso saiba, escreva o nome de quem a compôs. 4) Na canção Atrás da porta Chico Buarque nos remete as cantigas trovadorescas. Que tipo específica de cantiga ele nos remete? Justifique. 5) Ai, flores do verde ramo, / Se sabedes novas do meu amado? / Ai, Deus, e u é? Escreva as palavras que completam os espaços: Os versos acima pertencem a uma, característica do português, estética literária dos séculos XII, XIII e XIV. 6) Nas cantigas de amor, a) o trovador expressa um amor à mulher amada, encarando-a como um objeto acessível a seus anseios. b) o trovador velada ou abertamente ironiza personagens da época. c) o eu-lírico é feminino, expressando a saudade da ausência do amado. d) o poeta pratica a vassalagem amorosa, pois, em postura platônica, expressa seu amor à mulher amada. e) existe a expressão de um sentimento feminino, apesar de serem escritas por homens. 7) Marque V para verdadeiro e F para falso. ( ) As cantigas de maldizer e de escárnio pertencem à lírica trovadoresca. ( ) As cantigas de amigo possuem um ambiente palaciano e o eu-liríco é feminino, apesar de serem escritas por homem. ( ) As cantigas de amor possuem um ambiente palaciano e suas características principais são a vassalagem amorosa e a coita de amor. ( ) A canção da Ribeirinha iniciou o trovadorismo português. ( ) As cantigas de amigo, em geral, possuem um eu-lírico feminino, apesar de serem escritas por homens. A temática principal, quase sempre, é o sofrimento da mulher pelo amado que partiu. 8)Assinale a incorreta a respeito do Trovadorismo em Portugal. a) Durante o Trovadorismo, ocorreu a separação entre poesia e a música. b) Muitas cantigas trovadorescas foram reunidas em livros ou coletâneas que receberam o nome de cancioneiros. c) Nas cantigas de amor, há o reflexo do relacionamento entre o senhor e vassalo na sociedade feudal: distância e extrema submissão. d) Nas cantigas de amigo, o trovador escreve o poema do ponto de vista feminino. e) A influência dos trovadores provençais é nítida nas cantigas de amor galego-portuguesas. 9) Coube ao século XIX a descoberta surpreendente da nossa primeira época lírica. Em 1904, com a edição crítica e comentada do Cancioneiro da Ajuda, por Carolina Michaëlis de Vasconcelos, tivemos a primeira grande visão de conjunto do valiosíssimo espólio descoberto (Costa Pimpão). a) Qual é essa primeira época lírica portuguesa? b) Que tipos de composições poéticas se cultivavam nessa época? 10) Assinale a alternativa incorreta a) Na cantiga de amigo, o eu-lírico feminino lamenta a ausência do amigo distante; b) Na cantiga de escárnio, a sátira é feita indiretamente e usam-se a ironia e as ambiguidades; c) Na cantiga de maldizer, o erotismo pode estar presente; d) Na cantiga de amor, o apelo erótico é purificado e ocorre a idealização do amor; e) Na cantiga de amigo, usa-se o refrão, mas não existe paralelismo. 4

5 Observação: A Trova possui o seu conceito plenamente estabelecido: é o poema de quatro versos heptassílabos com rima e sentido completo. Já Quadra é toda estrofe formada por quatro linhas de uma poesia. Assim, não é verdade que Quadra e Trova sejam a mesma coisa e que a Trova evoca mais os Trovadores da Provença Medieval e que a Quadra seria uma forma de se fazer poesia mais moderna. A Quadra pode ser feita sem métrica e com versos brancos, sem rima. Aí então será só uma quadra sem ser a Trova que obrigatoriamente terá que ser metrificada. Trova, nos dias atuais, é cultuada como Obra de Arte, como Literatura. Exemplo de trovas modernas: Fernando Pessoa: O poeta é um fingidor, finge tão completamente, que chega a fingir que é dor a dor que deveras sente. Olavo Bilac: Mulher de recursos fartos! Como é que está impenitente, tendo no corpo dois quartos, dá pousada a tanta gente? RESPOSTAS: 1. Amor perdido, o lamento pelo amado que vai embora. 2. Uma mulher. O pronome tua no último verso refere-se a quem fala, pois se conecta logicamente ao restante da canção ( (...) te adorando (...) para provar que ainda sou tua ). 3. Chico Buarque de Hollanda 4. Remete às cantigas de amigo, uma vez que fala sobre a partida da pessoa amada, com um eu-lírico feminino (apesar de ser escrita por um homem), características típicas de uma cantiga de amigo. 5. CANTIGA (de amigo); Trovadorismo; 6. D 7. V-F-V-V-V 8. A 9. Cantiga da Ribeirinha. Cantiga de amor, de amigo, de escárnio e de maldizer. 10. E Menotti Del Picchia: Saudade, perfume triste de uma flor que não se vê. Culto que ainda persiste num crente que já não crê. Mário de Andrade: Teu sorriso é um jardineiro, meu coração é um jardim. Saudade! Imenso canteiro que eu trago dentro de mim. Cecília Meireles: Os remos batem nas águas: têm de ferir para andar. As águas vão consentindo - esse é o destino do mar. Carlos Drummond de Andrade: Solidão, não te mereço, pois que te consumo em vão. Sabendo-te, embora, o preço, calco teu ouro no chão. O movimento atual de trovadores, que são os compositores de trovas, chama-se no Brasil trovismo; o que se viu na Idade Média chamou-se de Trovadorismo. No século XI, com o início da reconquista cristã da Península Ibérica, o galego-português consolida-se como língua falada e escrita da Lusitânia. Os árabes são expulsos para o sul da península, onde surgem os dialetos moçárabes, a partir do contato do árabe com o latim. Em galego-português são escritos os primeiros documentos oficiais e textos literários não latinos da região, como os cancioneiros (coletâneas de poemas medievais), surgindo os Trovadores Medievais. TROVADORISMO Foi um movimento poético propulsor de todo o lirismo medieval. Seu grande impulsor foi o duque de Aquitânia e conde de Poitier, Guilherme ( ). Guilherme de Aquitânia gostava de compor cantigas e poemas, até então reservado apenas aos jograis e menestréis. TROVADOR É uma palavra da língua d oc, derivada de "trobaire" (poeta), proveniente do verbo trobar (inventar, achar). Entre 1200 a 1240 existiam cerca de 400 trovadores provençais, cuja obra era reunida em Cancioneiros manuscritos (chansoniers) e cujas biografias foram publicadas por Uc de Saint Circ. As cantigas feitas por autores portugueses também foram reunidas em três Cancioneiros, como vimos. 5

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