PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO

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Transcrição:

ACÓRDÃO 7ª TURMA DATAPREV. PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS. ENQUADRAMENTO. Comprovado nos autos que o Autor cumpria, à época da implantação do Plano, todos os requisitos (formação profissional, experiência e jornada laboral) exigidos para o enquadramento na Classe II do cargo de Analista de Tecnologia de Informação Telemática, de se deferir seu reenquadramento e as diferenças salariais decorrentes. Recurso a que se nega provimento. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de Recurso Ordinário em que são partes: DATAPREV EMPRESA DE TECNOLOGIA E INFORMAÇÃO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL DATAPREV, como Recorrente, e FRANCISCO MARQUES GOMES DOS SANTOS, como Recorrido. I R E L A T Ó R I O Inconformando-se com a r. sentença de fls. 406/409, complementada às fls. 412 pela decisão de embargos de declaração, prolatada pelo ilustre Magistrado Leonardo da Silveira Pacheco, da MM. 59ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, que julgou procedente, em parte, o rol de pedidos, recorre ordinariamente a Reclamada, às fls. 414/425. Sustenta a Reclamada que o protesto judicial realizado pelo Sindicato da categoria foi de modo genérico, não constando sequer a relação dos substituídos, ressaltando que em se tratando de direito individual, não cabe ao sindicato da categoria interromper validamente a prescrição de modo genérico como se pretendeu, requerendo que seja 20311 1

aplicada a prescrição relativa ao quinquênio imediatamente anterior a propositura da ação. Afirma ser equivocado o entendimento do juízo de origem em relação ao enquadramento do Autor no novo Plano de Cargos e Salários instituído pela recorrente, uma vez que no ato de enquadramento foram mantidos os atuais níveis salariais dos empregados, não havendo qualquer violação ao ser implantado o PCS de 2000, pois este não teve o objetivo de alterar a posição salarial dos empregados, sendo sua finalidade enquadrar os empregados num sistema mais simplificado e eficiente com novos parâmetros de movimentação funcional. Aduz que o plano de cargos e salários prevê a movimentação do empregado para o nível da classe seguinte por mérito e antigüidade, reafirmando que o pedido de enquadramento no nível postulado não está adstrito ao tempo de experiência, por ter sido enquadrado corretamente nos critérios estabelecidos no PCS de dezembro/2000. a confirmação do julgado. Depósito recursal e custas processuais, às fls. 426/427. Contrarrazões, às fls. 434/436, sem preliminares, requerendo O douto Ministério Público do Trabalho entendeu, às fls. 442, não se enquadrar a hipótese na previsão de sua intervenção legal (Lei Complementar nº 75/1993) e/ou das situações arroladas no Ofício PRT/1ª Região nº 27/08-GAB, de 15/01/2008. admissibilidade. É o relatório. II - F U N D A M E N T A Ç Ã O DA ADMISSIBILIDADE. Conheço do recurso porque satisfeitos os requisitos legais de DA PRESCRIÇÃO FALTA DE VALIDADE DO PROTESTO JUDICIAL PARA INTERROMPER A PRESCRIÇÃO. Busca a Reclamada invalidar o protesto judicial adunado às fls. 43/53, oferecido pelo sindicato da categoria do Autor em face da 20311 2

Recorrente, sob o argumento de que o protesto foi genérico. O Reclamante foi admitido pela Reclamada através de concurso público em 11/10/89, para exercer o cargo de Analistas de Sistemas A, encontrando-se seu contrato de trabalho em vigor até os dias de hoje. A Demandada suscita prescrição quanto as parcelas exigíveis imediatamente anteriores a distribuição da ação (06.06.2007) e não como foi concedido pelo MM. Juiz a quo, que pronunciou a prescrição em 06/06/2002. O Demandante alegou que o prazo prescricional foi interrompido pelo ajuizamento do protesto judicial que se encontra às fls. 43/53 dos autos. Desassiste razão à Reclamada. Verifica-se do protesto judicial que o sindicato atuando como substituto processual alega que a implantação do novo Plano de Cargos e Salários realizada pela Reclamada acarretou várias irregularidades e conseqüentemente, danos aos trabalhadores. Aduz que foram vários os danos e incorretos os enquadramentos de níveis salariais, bem como, incorretos enquadramentos de carreiras e funções incorretas, sendo várias as irregularidades que geraram efetivo prejuízo aos trabalhadores. O C. TST, por meio da Orientação Jurisprudencial nº 359 da SBDI-1, pacificou entendimento no sentido de reconhecer que a reclamação ajuizada pelo sindicato, na qualidade de substituto processual, ainda que considerado parte ilegítima, interrompe a prescrição. Assim, a ação ajuizada pelo sindicato, como substituto processual, interrompeu o curso do prazo prescricional, não se podendo cogitar da generalidade defendida pela Reclamada, porque não ocorreu. Não há, portanto, que se falar em prescrição total do direito de ação, visto que o Reclamante ajuizou a presente ação em 06/06/2007, dentro do biênio prescricional, interrompido pelo protesto judicial iniciado em 30/11/2005. 20311 3

SALARIAIS. PODER JUDICIÁRIO FEDERAL Nego provimento. DO REENQUADRAMENTO E DAS DIFERENÇAS Alegou o Reclamante na petição inicial ter sido admitido em 11/10/89, no cargo de Analista de Sistemas e que em dezembro de 2000, com a implantação do novo Plano de Cargos e Salários, foi incorretamente enquadrado no cargo de Analista de Tecnologia de Informação Classe I, quando o correto seria o enquadramento na Classe II. Afirmou que em setembro de 2002, a Ré implantou nova tabela de níveis salariais, através de acordo coletivo, ocasião em que passou do nível 141 para o nível 288, sendo que ambos se equivaliam, não representando mudança no padrão salarial e que nessa mesma data a Reclamada concedeu a todos os empregados um nível salarial, o que o remeteu ao nível 289. O mesmo aconteceu em setembro de 2004, setembro de 2005 e setembro de 2006 e que foi avaliado em julho de 2004, recebendo mais um nível, e diante de tudo isso, galgou o nível 293. Aduz que se tivesse sido enquadrado corretamente em dezembro de 2000, estaria em 2006 no nível 302, afirmando que preencheu todos os requisitos necessários ao enquadramento que pleiteia nestes autos. salariais. Requereu, assim, seu correto enquadramento e diferenças A reclamada defendeu-se alegando, em apertada síntese, que o Reclamante sempre esteve enquadrado corretamente no cargo e nível salarial próprios, de acordo com as descrições do Plano de Cargos e Salários e as tarefas efetivamente desempenhadas, não tendo a Reclamada enquadrado o Autor em faixa salarial inferior, conforme alegado na inicial e muito menos cometido qualquer discriminação funcional ou salarial contra o Demandante. A sentença de 1º grau acolheu o pedido, deferindo ao Autor as diferenças salariais, bem como determinou seu reenquadramento. Não merece reforma a sentença de origem. 20311 4

A prova pericial realizada nos autos (fls. 355/378) noticia que, de acordo com a descrição do cargo de Analista de Tecnologia da Informação, constante do Plano de Cargos e Salários, distinguia-se a Classe I, em que não era exigida experiência para o enquadramento, da Classe II, que prescindia do requisitos de experiência mínima de 5 anos (vide tabela de fls. 284). Pelo que se constata dos autos, o Reclamante, à época da implantação do Plano, detinha 11 anos de trabalho na Reclamada e na área de tecnologia da informação, já que foi admitido no cargo de Analista de Sistemas, tendo, inclusive, formação superior de Tecnólogo em Processamento de Dados (fls. 41). E é nesse sentido a conclusão do laudo, quando atesta às fls. 377/378, de forma contundente, que o Autor cumpria, à época da implantação do Plano, todos os requisitos (formação profissional, experiência e jornada laboral) exigidos na Classe II do cargo de Analista de Tecnologia de Informação Telemática. Cabe ressaltar que a alegação da Ré no sentido de que o requisito tempo de experiência foi estabelecido no Plano para valer para frente, isto é, para ser aplicado para os novos empregados aprovados em concurso público, e não para fins de enquadramento, não procede. Refoge ao razoável ter havido a implantação de um Plano de Cargos e Salários prevendo requisitos somente para os futuros empregados e, com certeza, não é isso que consta às fls. 275, em que há previsão expressa sobre o enquadramento dos funcionários da Reclamada, submetendo-os aos requisitos de fls. 284. Admitindo-se o contrário, estaríamos diante da absurda hipótese de candidato aprovado em concurso com 5 anos de experiência em outra empresa ingressando em um nível superior ao do Reclamante que tem experiência de 11 anos, pelos serviços prestados à própria Reclamada. Em sendo assim, mantenho a sentença que julgou procedentes os pedidos contidos nos itens c e d da petição inicial. Não 20311 5

há que se falar na aplicação do entendimento contido na OJ nº 125 da SBDI-1 do TST, porque a matéria aqui tratada não se refere à desvio de função. Nego provimento. III - D I S P O S I T I V O ACORDAM os Desembargadores que compõem a 7ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, por unanimidade, conhecer do recurso; por maioria, afastar a prescrição total e, no mérito, por unanimidade, negar provimento, nos termos da fundamentação do voto do Excelentíssimo Juiz Relator. Rio de Janeiro, 21 de março de 2012. Alvaro Luiz Carvalho Moreira Juiz do Trabalho Convocado Relator /am 20311 6