4. Jogos com dados de cores correspondentes àquelas dos Blocos Lógicos Prepare um dado com três cores em suas faces (azul, amarelo e vermelho), sendo que cada cor deve aparecer duas vezes; Com as peças todas juntas, jogamos o dado, e as crianças separam as peças, de acordo com a cor que ficou na face superior do dado; O professor deve questionar: Que cor vocês vão separar? Que cores sobraram? (o professor deverá sempre ter em mente que aquilo que sobrou é o conjunto complementar; porém, só aos poucos introduzir esse termo, a fim de que se torne um termo usual para as crianças). 5. Jogos do rabo da pipa I Primeiramente trabalhamos a motivação das crianças, perguntando se elas sabem o que é uma pipa; que ela precisa ter um rabo comprido e colorido para deixa-la ainda mais bonita; se já viram uma voando, etc. Com os blocos, podemos construir rabos de pipas muito bonitos; Cada criança joga o dado com as cores e coloca uma peça segundo a cor que aparece na face superior do dado, sempre verbalizando a cor que está colocando. Isto vai formar uma sequência longa no chão da sala, com voltas, como as crianças desejarem.
6. Jogo do rabo da pipa II O jogo anterior pode ser enriquecido se jogarmos com dois dados: o mesmo, com as cores, e um segundo dado com um, dois, ou três pontos nas faces, repetindo-se cada quantidades em duas faces; Caso o dado das quantidades cair com dois pontos na face superior, e o dado das cores com o azul na face superior, a criança coloca duas peças azuis e passa a vez para o próximo, que joga também os dois dados; Cada vez, a criança deve verbalizar a quantidade e a cor; por exemplo: Vou colocar duas peças azuis. Isto resulta num rabo da pipa interessante, com cores repetidas. 7. Jogo da análise da forma Uma vez que as crianças estejam seguras quanto às cores, podemos começar a analisar as formas. Selecionando uma cor, vamos analisar as figuras; Podemos dizer: Existem as que rolam e as que não rolam. As que rolam, nós chamamos de círculos. Separaremos todos os círculos ; Em seguida, perguntamos: Olhando agora as outras, no que elas são diferentes dos círculos? ; fazemos as crianças manipularem as peças em relação à sua forma; Caso elas observarem tamanho ou espessura, concordamos com elas quanto a essa diferença, mas voltamos o vetor da análise para a forma. É muito importante que as próprias crianças possam fazer a descoberta: Algumas peças têm três pontas, e outras tem quatro. Solicitamos, então, que separem todas as que têm três pontas; Continuando a análise, dizemos: Essas pontas formam ângulos. Por isso, nós chamamos estas formas de triângulos, isto é, três ângulos. (É importante que usemos os nomes corretos das figuras, para que as crianças possam se acostumar. Elas, entretanto, podem não usar esses nomes no início; o que deve ser aceito até que a nomenclatura possa ser incorporada ao seu vocabulário.); Continuando: E as peças que sobraram, qual é a diferença entre as formas delas?. As crianças voltam a analisar as formas até que possam descobrir que algumas têm os lados iguais, e outras são mais compridas de um lado que do outro. Apresentamos os nomes das formas: As que têm os lados iguais são chamadas de quadrado, e as que têm dois lados mais compridos que os outros são chamadas de retângulos.
8. Jogo da classificação pelo critério da forma Juntamos os blocos de todas as cores e traçamos no chão, com giz, quatro espaços fechados. Sobre cada espaço será colocado um cartão com um símbolo gráfico da forma, sem cor. As crianças separam as formas correspondentes aos respectivos cartões e colocam-nas nos espaços delimitados. É possível que esta atividade ainda cause dificuldades a certas crianças, já que o critério que elas dominam é o da cor. É preciso mostrar-lhes que, mesmo sendo de cores diferentes, as peças são parecidas na forma. Percebem que os agrupamentos não ficam mais com as mesmas cores, que há peças das três cores em cada agrupamento; Caso a criança não consiga ainda realizar este tipo de classificação, devemos oferecer-lhe outro material concreto, tridimensional, o qual possa organizar segundo diferentes critérios. Toda vez que a criança apresente dificuldade em relação a determinado tipo de raciocínio, isto significa que ainda não é capaz de coordenar os dados apresentados, em função de seu pensamento egocêntrico. Apenas diferentes atividades lúdicas permitirão que saia dessa posição, podendo interagir de forma mais flexível; Quando a criança conseguir perceber as formas, independente da cor, ela conseguirá classificar as peças nos respectivos espaços; Na verbalização, um ponto deve ser discutido, em relação aos conectivos lógicos e e ou. o Um bloco pode ser triângulo e quadrado? Não. Ele é um triângulo ou um quadrado. o Ele pode ser um triângulo e vermelho? Pode. Por quê? Novamente isto deve ser discutido. Daí é que vão sendo construídos os conceitos lógicos. 9. Jogo dos conectivos lógicos Para explorar ainda mais os conectivos lógicos, escondemos os blocos atrás de um anteparo, pegamos um bloco de cada vez, mas sem mostrar. Então, questionamos: Posso pegar um bloco vermelho e azul? Não. Por quê? Ele pode ser vermelho ou amarelo? Sim. Por quê? O bloco pode ser vermelho e triângulo?. E vamos mostrando os blocos, para comprovar. Dessa forma estimulamos a criança a compreender e utilizar a linguagem lógica. Aos poucos, ela será capaz de perceber dois critérios simultaneamente e descobrir que existem atributos mutuamente excludentes.