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Transcrição:

AULA INAUGURAL 1. APRESENTAÇÃO... 2 2. SÚMULAS COMENTADAS... 4 Concurso: MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO Cargo: Audito-Fiscal do Trabalho Matéria: Jurisprudência do TST Comentada Professor: Enio Nepomuceno Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei n.º 9.610/1998, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências.

1. Apresentação Caros, meu nome é Enio Nepomuceno, sou Auditor-Fiscal do Trabalho desde 2010. Atualmente trabalho nos projetos de Fiscalização Rural e Fiscalização de Saúde e Segurança do Trabalhador na SRTE-PE. Sou Oficial do Exército formado na Academia Militar das Agulhas Negras e Bacharel em Direito pela Faculdade de Ciências Humanas e Jurídicas de Teresina. Este curso denominado A Jurisprudência dos Tribunais Superiores para o concurso de AFT é uma idéia que surgiu em 2012. Esta é a segunda edição do curso que, originalmente, era voltado com ênfase nas provas da ESAF. Dado o quadro de imprevisibilidade quanto à banca e ao estilo de prova, que se impôs desde o último concurso para Auditor do Trabalho, esta edição do curso será voltada para qualquer banca que venha a organizar o próximo concurso de AFT. Além disso, será incluída nesta edição do curso a jurisprudência do STJ e STF que seja pertinente ao direito material do trabalho. A matéria Direito do Trabalho é disciplina garantida no concurso e, independente de banca ou de nível de prova que se apresente, o candidato a AFT tem que dominar esta disciplina. Para tal deve conhecer bem a CLT e as demais leis especiais que regulam as relações de emprego (Lei do empregado rural, da doméstica etc), deve, também, possuir uma boa base doutrinária que será adquirida com a leitura e resumo de obras de direito material do trabalho (recomendo obras objetivas e voltadas para concurso como as dos Autores Ricardo Resende e Renato Saraiva por exemplo). Além da lei e da doutrina, o AFT, certamente, deve conhecer bem a jurisprudência dos Tribunais Superiores em matéria trabalhista, com ênfase nas Súmulas e Orientações Jurisprudenciais do Tribunal Superior do Trabalho. Portanto, a idéia é apresentar aos colegas, de forma clara e objetiva o conteúdo jurisprudencial proposto de forma a facilitar a compreensão e gravação mental. Quanto ao curso, ele foi idealizado assim: Foram selecionadas as súmulas, OJ do SDI I e Precedentes Normativos do TST e Súmulas do STJ e STF que estão relacionados ao direito material do trabalho e voltados para o concurso AFT (claro que servem para outros concursos trabalhistas). Essa jurisprudência, selecionada por mim, atualizada com a última www.concurseiro24horas.com.br 2

alteração jurisprudencial do TST, de maio de 2014, foi copiada e será disponibilizada integralmente junto com a aula 01. Sugiro que seja lida até esfarrapar o papel. A fonte da jurisprudência é o livro de jurisprudência do TST. Qualquer nova alteração será explanada ao longo do curso. Nas aulas serão novamente transcritas as súmulas, OJ e PN com a sua redação atual e histórica e, em seguida, serão colocados os comentários sobre cada verbete. Os comentários buscarão explicar as jurisprudências de redação mais confusa e integrar os textos jurisprudenciais com a CLT, tudo com a finalidade de facilitar o estudo dos colegas. Para facilitar o planejamento dos esforços de cada um eu irei separar a jurisprudência em 03 (três) grupos. Jurisprudências que são de conhecimento mais do que obrigatório, que serão chamadas Importantes Pra Caramba e precedidas e identificadas pela sigla IPC. As jurisprudências de conhecimento obrigatório, chamadas de importantes e precedidas e identificadas pela leta I e as súmulas que os colegas devem saber que não serão precedidas por nada. Outra novidade é que, quando for possível e pertinente, serão inseridas questões relacionadas à jurisprudência comentada. Abaixo segue um quadro com a previsão do curso - sujeito a alterações: Aula Data provável Conteúdo 00 18 de agosto Apresentação do curso e do professor. Descrição do curso e três súmulas comentadas. 01 15 de setembro Caderno com toda a jurisprudência selecionada pelo autor. Súmula 6 até a Súmula 132 comentadas. 02 29 de setembro Súmula 139 até a Súmula 289 comentadas. 03 13 de outubro Súmula 291 até a 374 comentadas 04 29 de outubro Súmula 375 até a 444 comentadas 05 17 de novembro OJ 04 até 274 comentadas 06 01 de dezembro OJ 251 até 366 comentadas 07 15 de dezembro OJ 367 até 420 comentadas 08 29 de dezembro Precedente normativo 14 até o 118 comentados Súmulas do STF e STJ em matéria trabalhista. www.concurseiro24horas.com.br 3

2. Súmulas comentadas (IPC) SUM-6 EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ART. 461 DA CLT (redação do item VI al-terada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 I - Para os fins previstos no 2º do art. 461 da CLT, só é válido o quadro de pessoal organizado em carreira quando homologado pelo Ministério do Trabalho, excluindo-se, apenas, dessa exigência o quadro de carreira das entidades de direito público da administração direta, autárquica e fundacional aprovado por ato administrativo da autoridade competente. (ex-súmula nº 06 alterada pela Res. 104/2000, DJ 20.12.2000) II - Para efeito de equiparação de salários em caso de trabalho igual, conta-se o tempo de serviço na função e não no emprego. (ex-súmula nº 135 - RA 102/1982, DJ 11.10.1982 e DJ 15.10.1982) III - A equiparação salarial só é possível se o empregado e o paradigma exercerem a mesma função, desempenhando as mesmas tarefas, não importando se os cargos têm, ou não, a mesma denominação. (ex-oj da SBDI-1 nº 328 - DJ 09.12.2003) IV - É desnecessário que, ao tempo da reclamação sobre equiparação salarial, reclamante e paradigma estejam a serviço do estabelecimento, desde que o pedido se relacione com situação pretérita. (ex-súmula nº 22 - RA 57/1970, DO-GB 27.11.1970) V - A cessão de empregados não exclui a equiparação salarial, embora exercida a função em órgão governamental estranho à cedente, se esta responde pelos salários do paradigma e do reclamante. (ex-súmula nº 111 - RA 102/1980, DJ 25.09.1980) VI - Presentes os pressupostos do art. 461 da CLT, é irrelevante a circunstância de que o desnível salarial tenha origem em decisão judicial que beneficiou o paradigma, exceto se decorrente de vantagem pessoal, de tese jurídica superada pela jurisprudência de Corte Superior ou, na hipótese de equiparação salarial em cadeia, suscitada em defesa, se o empregador produzir prova do alegado fato modificativo, impeditivo ou extintivo do direito à equiparação salarial em relação ao paradigma remoto. VII - Desde que atendidos os requisitos do art. 461 da CLT, é possível a equiparação salarial de trabalho intelectual, que pode ser avaliado por sua perfeição técnica, cuja aferição terá critérios objetivos. (ex-oj da SBDI-1 nº 298 - DJ 11.08.2003) VIII - É do empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou extintivo da equiparação salarial. (ex-súmula nº 68 - RA 9/1977, DJ 11.02.1977) www.concurseiro24horas.com.br 4

IX - Na ação de equiparação salarial, a prescrição é parcial e só alcança as diferenças salariais vencidas no período de 5 (cinco) anos que precedeu o ajuizamento. (ex-súmula nº 274 - alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003) X - O conceito de "mesma localidade" de que trata o art. 461 da CLT refere-se, em princípio, ao mesmo município, ou a municípios distintos que, comprovadamente, pertençam à mesma região metropolitana. (ex-oj da SBDI-1 nº 252 - inserida em 13.03.2002) Histórico: Item VI alterado (redação do item VI alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 16.11.2010) Res. 172/2010, DEJT divulgado em 19, 22 e 23.11.2010 VI - Presentes os pressupostos do art. 461 da CLT, é irrelevante a circunstância de que o desnível salarial tenha origem em decisão judicial que beneficiou o paradigma, exceto se decorrente de vantagem pessoal, de tese jurídica superada pela jurisprudência de Corte superior ou, na hipótese de equiparação salarial em cadeia, se não demonstrada a presença dos requisitos da equiparação em relação ao paradigma que deu origem à pretensão, caso argüida a objeção pelo reclamado. (item alterado na sessão do Tribunal Pleno realizada em 16.11.2010) Item VI alterado - (incorporação das Súmulas nºs 22, 68, 111, 120, 135 e 274 e das orientações Jurisprudenciais nºs 252, 298 e 328 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 VI - Presentes os pressupostos do art. 461 da CLT, é irrelevante a circunstância de que o desnível salarial tenha origem em decisão judicial que beneficiou o paradigma, exceto se decorrente de vantagem pessoal ou de tese jurídica superada pela jurisprudência de Corte superior. (ex- Súmula nº 120 - alterada pela Res. 100/2000, DJ 20.09.2000) Súmula mantida - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Nº 6 Quadro de carreira. Homologação. Equiparação salarial Para os fins previstos no 2º do art. 461 da CLT, só é válido o quadro de pessoal organizado em carreira quando homologado pelo Ministério do Trabalho, excluindo-se, apenas, dessa exigência o quadro de carreira das entidades de direito público da administração direta, autárquica e fundacional, aprovado por ato administrativo da autoridade competente. Súmula alterada - Res. 104/2000, DJ 18, 19 e 20.12.2000 Nº 6 Quadro de carreira. Homologação. Equiparação salarial www.concurseiro24horas.com.br 5

Para os fins previstos no parágrafo 2º do artigo 461 da CLT, só é válido o quadro de pessoal organizado em carreira quando homologado pelo Ministério do Trabalho, excluindo-se, apenas, dessa exigência, o quadro de carreira das entidades de Direito Público da administração direta, autárquica e fundacional e aprovado por ato administrativo da autoridade competente. Redação original - RA 28/1969, DO-GB 21.08.1969 Nº 6 Para os fins previstos no 2º do art. 461 da C. L. T., só é válido o quadro de pessoal organizado em carreira quando homologado pelo Ministério do Trabalho e Previdência social. Comentários: A súmula 06 do TST é uma compilação jurisprudencial que esclarece e complementa o art 461 da CLT. Da leitura conjunta do referido artigo e da súmula em epígrafe surge um conhecimento para o candidato quase completo em matéria de equiparação salarial. O art 461 da consolidação diz, em resumo: 1- São requisitos para a equiparação salarial a função idêntica, o trabalho de igual valor, a prestação laboral para o mesmo empregador e na mesma localidade (caput do artigo). 2- O artigo define trabalho de igual valor como aquele que oferece a mesma produtividade, a mesma perfeição técnica e uma diferença não superior a 2 anos na função entre o paradigma e o reclamante (também chamado de paragonado. Pois é! Paragonado, existe esse nome.). 3- A lei excetua da equiparação o caso em que o empregador tenha na empresa o seu pessoal organizado em quadro de carreira. 4- A lei diz, ainda, que o empregado que está na função como readaptado pelo INSS não pode ser citado como referência para fins de equiparação. Pois bem, agora vamos à súmula 6. Não se assustem porque ela é uma súmula meio sui generis. É difícil ver súmula com esse tamanho e essa importância. Olha o que ela diz: www.concurseiro24horas.com.br 6

1- fala que o quadro de carreira, que excetua a equiparação no art 461, só vale se estiver homologado pelo MTE, ressalvados os quadros de carreira de entidades de direito público da administração direta e indireta. Logo se perguntarem se quadro de carreira de ente público sem homologação do MTE é válido, a resposta é SIM. 2- depois a súmula esclarece que os 2 anos a que se refere o 461 são contados na função específica que se pretende equiparar e não meramente no emprego de modo geral. 3- a súmula é objetiva ao dizer que o que interessa para fins de equiparação é a função e as suas tarefas reais e não o simples nome do cargo. 4-uma questão processual interessante: não é necessário que os empregados que vão ser equiparados pela pretensão do reclamante estejam em serviço na empresa no momento da reclamação, desde que o pedido diga respeito ao tempo passado, quando ambos laboravam no estabelecimento. 5- o fato do desnível de salário entre o reclamante e o paradigma haver surgido de decisão judicial não impede a equiparação. No entanto se o desnível se originou de decisão proveniente de vantagem pessoal para o paradigma ou se foi fundamentada em jurisprudência já superada, aí não tem equiparação. 6- Em 2010 o TST resolveu restringir a chamada equiparação salarial em cadeia. Vejamos a boa explicação escrita no jornal valor econômico sobre o instituto: Até então, um ex-funcionário que pedia equiparação em cadeia, baseada em decisão judicial já obtida por outro colega que reconhecia o direito em relação a um terceiro não tinha muitas dificuldades em obter o benefício. O trabalhador apresentava a decisão judicial que equiparou os funcionários da cadeia e obtinha, quase que automaticamente, o aumento nos seus vencimentos. Agora, com a alteração do item VI Súmula nº 6, do TST, o trabalhador terá que comprovar que exerce exatamente a mesma função dos funcionários que fazem parte da cadeia, possuir a mesma qualificação técnica e ter trabalhado na mesma época dos colegas que ganham salários mais altos. Pois é, a súmula agora fala que, no caso de equiparação salarial em cadeia, caso não reste demonstrada a presença dos requisitos do art 461 em relação ao paradigma original e o reclamante atual a equiparação será negada, se o fato houver sido arguido pela empresa reclamada. A atualização mais www.concurseiro24horas.com.br 7

recente torna a súmula mais clara e externa o conhecido ônus da prova de fatos modificativos, extintivos e impeditivos, que cabe ao reclamante 7- Só lembrando que o 461 da CLT diz que trabalho de igual valor é aquele com mesma produtividade, a mesma perfeição técnica e uma diferença não superior a 2 anos na função. Pois bem, a súmula veio esclarecer que é possível equiparar trabalhos de cunho intelectual caso seja possível avaliar a supracitada perfeição técnica por meios objetivos. 8- Havia controvérsia quanto ao conceito do requisito legal mesma localidade. A interpretação do TST é de que mesma localidade é mesmo município ou municípios da mesma região metropolitana. 9- A súmula foge dos assuntos do art 461, dizendo que a cessão de empregado não exclui a equiparação (mesmo para órgão do governo), caso o cedente responda pelos salários do reclamante e do paradigma. Finalmente, a súmula ainda traz duas questões processuais. Para quem quer ser AFT talvez nem importe tanto, mas, sabe-se lá. O ônus de provar fato impeditivo, modificativo ou extintivo da equiparação é do empregador. Com isso o TST quis dizer que cabe ao empregado reclamante provar os requisitos que ele alega tornarem a sua condição equiparável à do paradigma (básico do processo civil e trabalhista). No mais o TST diz que a prescrição para a equiparação segue a regra geral trabalhista, é parcial e alcança as diferenças vencidas nos 5 anos que antecederam o julgamento do pedido de equiparação. Repito, não achem que os comentários das súmulas vão ser sempre assim. Também não é aquele esquema de aula demonstrativa com milhões de explicações e o resto do curso mixuruca. É porque a súmula 6 é celebre por ser extensa mesmo. www.concurseiro24horas.com.br 8

Questão Sum 06: (Prova: CESPE - 2013 - MTE - Auditor Fiscal do Trabalho - Prova 2 / Direito do Trabalho) Com base na CLT, julgue os itens a seguir, relativos a equiparação salarial e férias. A equiparação salarial entre empregados tem como pressuposto único a exigência de que o serviço seja prestado ao mesmo empregador e na mesma localidade. Resposta: Evidentemente a assertiva é errada pois os pressupostos são os listados no Art 461 da CLT e na súmula 6 supra comentada. (I) SUM-7 FÉRIAS (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A indenização pelo não-deferimento das férias no tempo oportuno será calculada com base na remuneração devida ao empregado na época da reclamação ou, se for o caso, na da extinção do contrato. Histórico: Redação original RA 28/1969, DO-GB 21.08.1969 Nº 7 A indenização pelo não deferimento das férias no tempo oportuno será calculada com base na remuneração devida ao empregado à época da reclamação ou, se for o caso, à da extinção do contrato. Comentários: Depois de trabalhado 1 ano o empregado vence o período aquisitivo. Consequentemente, o empregador passa a ter a obrigação de conceder os 30 dias de férias a que o trabalhador faz jus em até um ano, contado do término da aquisição (período concessivo). Pois bem, a súmula diz que o valor em dobro, referente à falta de www.concurseiro24horas.com.br 9

pagamento de férias dentro do período concessivo será calculado tomando como base a remuneração devida pelo empregador no momento da reclamação trabalhista (contrato em curso) ou na época da rescisão (contrato rescindido). SUM-10 PROFESSOR. DISPENSA SEM JUSTA CAUSA. TÉRMINO DO ANO LETIVO OU NO CURSO DE FÉRIAS ESCOLARES. AVISO PRÉVIO (redação alterada em sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) Res. 185/2012 DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 O direito aos salários do período de férias escolares assegurado aos professores (art. 322, caput e 3º, da CLT) não exclui o direito ao aviso prévio, na hipótese de dispensa sem justa causa ao término do ano letivo ou no curso das férias escolares. Histórico: Súmula mantida - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Nº 10 Professor. É assegurado aos professores o pagamento dos salários no período de férias escolares. Se despedido sem justa causa ao terminar o ano letivo ou no curso dessas férias, faz jus aos re-feridos salários. Redação original - RA 28/1969, DO-GB 21.08.1969 Comentários: Súmula de fácil compreensão. Nas férias escolares o professor tem direito ao pagamento normal dos salários independente de haver ministrado aula ou participado de qualquer outra atividade pedagógica. Caso a empresa, espertamente, demita o professor ao término do período escolar, este fará jus ao salário dos meses de férias que lhe foram privados, além das demais verbas rescisórias normais com aviso prévio e tudo que tem direito. www.concurseiro24horas.com.br 10

Bom pessoal, era isso pra aula demonstrativa. AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO Apenas mais três coisas para que vocês saibam. O endereço do livro de súmulas do TST de onde todas as jurisprudências serão copiadas é http://www.tst.gov.br/web/guest/livro-de-jurisprudencia. Não sou sócio, mas eu já achava a CLT da LTR a melhor para estudar. Por último, qualquer dúvida ou correção, ortográfica ou de conteúdo, é só mandar para o meus e-mails ecnepomuceno@gmail.com ou ecnepomuceno@uol.com.br. Certamente haverá bastante coisa pra melhorar. Vamos em frente! Abraço e que a Força esteja com vocês. Quem perde tempo, eterna perda chora. www.concurseiro24horas.com.br 11