CÂNCER LARINGE. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ Hospital Walter Cantídio Residência em Cirurgia de Cabeça e Pescoço CÂNCER DE LARINGE



Documentos relacionados
Gaudencio Barbosa R3 CCP HUWC 10/2011

Câncer do Laringe. Revisão Anatômica Dados Epidemiológicos Etiologia Fatores de Risco Diagnóstico Estadiamento Tratamento Rehabilitação

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ SERVIÇO DE CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO LARINGECTOMIAS PARCIAIS: INDICAÇÕES E TÉCNICAS

Jobert Mitson Silva dos Santos

Câncer Medular de Tireóide Diagnóstico e Tratamento

Classificação dos Sítios Anatômicos (Revisão AJC-UICC 2002)

Gaudencio Barbosa R4 CCP HUWC UFC

Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo Departamento de Cirurgia Disciplina de Cirurgia de Cabeça e Pescoço

Diagnóstico e tratamento dos tumores da orofaringe

Esvaziamento Cervical Seletivo em Pescoço Clinicamente Positivo

Residente em Cirurgia de Cabeça e Pescoço

BIG NECK 2017 MANEJO DE PACIENTES JOVENS 04 A 06 DE MAIO DE 2017 CENTRO DE CONVENÇÕES REBOUÇAS AV. REBOUÇAS, 600 CERQUEIRA CÉSAR SÃO PAULO/SP

Dr. Bruno Pinto Ribeiro Residente em Cirurgia de Cabeça e Pescoço Hospital Universitário Walter Cantídio

Conceito e Uso do PET/CT em Cabeça e Pescoço. Carlos Eduardo Anselmi

Universidade Federal do Ceará Faculdade de Medicina Liga de Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Jônatas Catunda de Freitas

Carcinoma adenoide cístico de nasofaringe localmente avançado: Relato de caso

PROGRAMA ANOS ADICIONAIS: CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO. ESPECIALIDADE: Cirurgia de Cabeça e Pescoço R3 Cirurgia Crânio-Maxilo-Facial. Boa prova!

Gaudencio Barbosa R3 CCP HUWC - 01/2012

24/02/2016 RELAÇÕES ANATÔMICAS RELAÇÕES ANATÔMICAS RELAÇÕES ANATÔMICAS RELAÇÕES ANATÔMICAS RELAÇÕES ANATÔMICAS

PRINCIPAIS CIRURGIAS NO PESCOÇO E BIÓPSIA DE LINFONODO

CIRURGIA CONSERVADORA DO LARINGE ATÉ ONDE É POSSÍVEL

Joana Filipe Helena Ribeiro André Amaral Rui Fino Hugo Estibeiro Pedro Montalvão Miguel Magalhães

Gaudencio Barbosa R3 CCP HUWC Serviço de Cirurgia de Cebeça e Pescoço

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO - Unesp Campus de Araçatuba CENTRO DE ONCOLOGIA BUCAL AULA DE ONCOLOGIA

Anatomia da Cabeça e do Pescoço. Gaudencio Barbosa Residente Cirurgia de Cabeça e Pescoço Hospital Universitário Walter Cantídio

Câncer. Dra. Rosamaria Cúgola Ventura Mestrado em Física Médica 24/06/2016

Gaudencio Barbosa R3 CCP Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço Hospital Universitário Walter Cantído UFC

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ Hospital Walter Cantídio Serviço de C.C.P

Introduction: The squamous cell carcinoma of the larynx

FACULDADE DE MEDICINA UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO

Tumores Ginecológicos. Enfª Sabrina Rosa de Lima Departamento de Radioterapia Hospital Israelita Albert Einstein

Tumores múltiplos em doentes com carcinoma da cabeça e pescoço Serviço de Oncologia Médica do CHLN Hospital de Santa Maria

Ardalan Ebrahimi; Jonathan R. Clark; Balazs B. Lorincz; Christopher G. Milross; Michael J. Veness

3º Curso Teórico Prático de ORL

Adenocarcinoma da cárdia. ELIAS JIRJOSS ILIAS Departamento de Cirurgia Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paul0

Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo Departamento de Cirurgia Disciplina de Cirurgia de Cabeça e Pescoço

Merkel Cell Carcinoma Tratamento imunológico

Oncologia. Caderno de Questões Prova Discursiva

QuímioRadioterapia nos tumores de cabeça e pescoço. Guy Pedro Vieira

Perfil epidemiológico do câncer de laringe no Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Oncologia Gastrintestinal

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO LESÕES CANCERIZÁVEIS DA BOCA

ADENOMA PLEOMÓRFICO: DESAFIOS DO TRATAMENTO A Propósito de Um Caso Clínico

ARTIGO ORIGINAL RESUMO ABSTRACT

O EFEITO DO TABACO E DO ÁLCOOL E DAS SUAS REDUÇÕES/PARADAS NA MORTALIDADE EM PACIENTES COM CÂNCER ORAL

Universidade Federal do Ceará Módulo em Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Tumores das Glândulas Salivares. Ubiranei Oliveira Silva

Departamento de Radioncologia Instituto CUF Porto Hospital de Braga

Cintilografia Óssea com 99mTc-MDP na suspeição do câncer de próstata.

Nelson Gilberto Gustavo Almeida Pedro Machado Sousa Pedro Alberto Escada

MARCO AURELIO VAMONDES KULCSAR CHEFE DE CLINICA ICESP

Trabalho de biologia

CÂNCER DE BOCA E OROFARINGE

Os tumores neuroendócrinos retais expressam marcadores como cromogranina e sinaptofisina, embora nem sempre sejam positivo.

Câncer de Próstata. Dr.Adolfo Oliveira

Melanomas Cutâneos em Cabeça e Pescoço. Dr. Bruno Pinto Ribeiro R4 em Cirurgia de Cabeça e Pescoço Hospital Universitário Walter Cantídio - UFC

Prova de Título de Especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço 2012

Universidade Federal do Ceará Faculdade de Medicina Liga de Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Jônatas Catunda de Freitas

FDG PET no Câncer de Pulmão: Influências das doenças granulomatosas

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E CLÍNICO DE PACIENTES ONCOLÓGICOS, CABEÇA E PESCOÇO, NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE NO PERÍODO DE 2005 A 2015.

CABEÇA E PESCOÇO. ALINE LAUDA FREITAS CHAVES Oncologista Clínica, Fundação Geraldo Correa, Divinópolis, MG

PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM RADIOTERAPIA MESTRADO PROFISSIONAL EM FÍSICA MÉDICA

Módulo: Câncer de Próstata Localizado Alto Risco

DIVERTÍCULO DE ZENKER. R1 Jean Versari - HAC

DIAGNÓSTICO E MANEJO DAS DISPLASIAS DE LARINGE

RESOLUÇÃO Nº 1, DE 4 DE ABRIL DE 2019

TABELA DE PROCEDIMENTOS SUS

RADIOTERAPIA EM TUMORES DE CABEÇA E PESCOÇO LOCALMENTE AVANÇADOS E IRRESSECÁVEIS (IVB): QUANDO EVITAR TRATAMENTOS RADICAIS?

Artigo Original TENDÊNCIAS BRASILEIRAS NO TRATAMENTO DO CÂNCER DE LARINGE BRAZILIAN TRENDS IN THE LARYNGEAL CANCER TREATMENT TERENCE FARIAS 2

A GIC IRUR A C IC CLÍN

Importância do Estadiamento. Cirurgia Cabeça e Pescoço - HMCP Cirurgia Torácica - HMCP. J. L. Aquino

Luís Filipe Fonseca Joaquim Castro Silva João Fernandes Eduardo Breda Eurico Monteiro

Prova de Título de Especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço 2013

Papel da TC nas decisões terapêuticas nos carcinomas da laringe/hipofaringe Role of CT in treatment decisions in laryngeal/ hypopharyngeal carcinomas

ADENOCARCINOMA NASOSSINUSAL EXPERIÊNCIA DO SERVIÇO ORL DO HOSPITAL DE BRAGA

OUTUBRO Reunião Multidisciplinar Otorrino/Pediatria - Hospital de Braga. Laringomalácia

Câncer de Pulmão. Tratamento Cirúrgico DR. RAFAEL PANOSSO CADORE

Gaudencio Barbosa R4 CCP HUWC Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço

TROCANDO IDÉIAS XV MICROCARCINOMA CERVICAL HISTERECTOMIA SIMPLES? Gutemberg Almeida Instituto de Ginecologia - UFRJ ABG Capítulo RJ

Tumores renais. 17/08/ Dra. Marcela Noronha.

CÂNCER DE LARINGE E FONOAUDIOLOGIA

II Simpósio Internacional Câncer de Cabeça e Pescoço 2 de agosto de 2013

CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DE PACIENTES PARA REIRRADIAÇÃO DE TUMORES DE CABEÇA E PESCOÇO

TRAUMA CERVICAL - IMPORTÂNCIA. área restrita. vários sistemas. experiência individual pequena FCMSCSP - AJG

Dr. Bruno Pinto Ribeiro Residente em Cirurgia de Cabeça e Pescoço Hospital Universitário Walter Cantídio

CLUBE DE REVISTA. Luiz Clêiner R3 CCP

TOMOTERAPIA E CANCRO DA OROFARINGE CASO CLÍNICO

tumores de pele não melanoma C I R U R G I A D E C A B E Ç A E P E S C O Ç O HU WC

Gaudencio Barbosa R4 CCP Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço HUWC - UFC

Características endoscópicas dos tumores neuroendócrinos retais podem prever metástases linfonodais? - julho 2016

Câncer de cabeça e pescoço

INFECÇÕES CERVICAIS PROFUNDAS ESTUDO RETROSPECTIVO

Características epidemiológicas de pacientes portadores de neoplasias de cabeça e pescoço submetidos à radioterapia em Juiz de Fora MG.

COMANDO DA AERONÁUTICA EXAME DE ADMISSÃO AO CURSO DE ADAPTAÇÃO DE MÉDICOS DA AERONÁUTICA (CAMAR 2013) LEIA COM ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES ABAIXO.

05/01/2016. Letícia Coutinho Lopes 1. Definição Fibroma Ossificante Epidemiologia Oncogênese

XXIII Jornadas ROR-SUL. 15, 16 e 17 Fevereiro 2016 Lisboa

Conferências 8:25-8:40 Biologia molecular em esôfago e estômago : qual impacto na prática? qual o futuro?

18/12/2007. Traqueíte Úlceras rasas Cartilagem exposta Cartilagem destruída

Transcrição:

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ Hospital Walter Cantídio Residência em Cirurgia de Cabeça e Pescoço CÂNCER DE LARINGE GEAMBERG MACÊDO ABRIL - 2006

INTRODUÇÃO Câncer de cabeça e pescoço : 6º lugar. 90% são espino celulares Cavidade oral: localização mais comum Laringe: 2º lugar em freqüência

ANATOMIA LARINGE

ANATOMIA Arcabouço esqueleto membranoso 5cm Relações Respiração, fonação, proteção

ANATOMIA CÂNCER LARINGE

ANATOMIA Músculos extrínsecos - Cricotireoideo - crico aritenoide posterior (abdutor) - Crico aritenoide lateral - Tireoaritenoide - Interaritenoide

ANATOMIA Regiões - Andar Supra Glótico - Andar Glótico - Andar Sub glótico

EPIDEMIOLOGIA 136.000 novos casos 75.000 mortes/ano 2,7% de todos os cânceres 25% dos Tu. Malignos da CP Homem/mulher: 7:1 2/3 -> Glote 1/3 -> supra glote Infra glóticos: raros

FATORES DE RISCO Tabagismo Álcool Ocupacional HPV Radiação Ionizante Refluxo

PATOLOGIA 90%: CEC Carcinoma Verrucoso Sarcomas Adenocarcinomas Tu de glândula salivar menor Tumores neuroendocrinos

QUADRO CLÍNICO supraglóticos Glóticos Subglóticos Precoces Médio Tardios Disfagia Odinofagia Disfonia Otalgia Linfoadenomega lia cervical Disfonia Afonia Dispnéia Dispnéia

QUADRO CLÍNICO CÂNCER LARINGE Paciente do sexo masculino Idade: +- 50 anos Tabagista Apresentando disfonia

DIAGNÓSTICO CÂNCER LARINGE História clínica Exame físico Laringoscopias TC EDA

LARINGOSCOPIA CÂNCER LARINGE

LARINGOSCOPIA DIRETA DE SUSPENSSÃO

ESTADIAMENTO (SUPRAGLÓTICO) CÂNCER LARINGE T1 T2 T3 T4a T4b Limitado a uma região anatômica. sem alteração de mobilidade de corda vocal Tumor que invade a mucosa de mais de um subsítio ou com extensão para glote. Pregas vocais normais Tumor limitado à laringe, com fixação de prega(s) vocai(s), ou extensão da hipofaringe ou espaço pré epiglótico. Invade cartilagem tireóide ou tecidos além da laringe Invade espaço pré vertebral, a.carótida, ou estruturas mediastinais

ESTADIAMENTO (GLÓTICO) T1 T1a T1b T2 T3 T4a T4b Tu limitado à corda vocal, com mobilidade preservada Tu limitado a uma corda vocal Tu envolve ambas as cordas vocais Tu estende-se à supra ou subglote e/ou com mobilidade de corda vocal diminuída Tu limitado à laringe com fixação de corda Tu invade cartilagem tireóide e/ou tecidos adjacentes Tu invade espaço pré vertebral, a carótida ou estruturas medistinais

ESTADIAMENTO (SUB GLÓTICO) T1 Limitado à subglote T2 Tu estende-se às cordas vocais T3 T4a T4b Limitado à laringe, com fixação de cordas vocais Invade cartilagem tireóide e/ou tec. adjacentes Invade espaço pré vertebral, artéria carótida Ou invade estruturas mediastinais

ESTADIAMENTO (N) N1 N2a N2b N2c N3 Metástase em um único linfonodo homolateral < 3cm Metástase em um único linfonodo homolateral : 3-6 cm Metástase em linfonodos homolaterais múltiplos< 6 cm Metástases em linfonodos bilaterais ou contralaterais < 6 cm Metástase em linfonodo > 6 cm

PRINCÍPIOS DO TRATAMENTO Decisão terapêutica: além do controle tumoral; preservação da função Tumores iniciais: tratamento com única modalidade Tumores avançados: laringectomia total + esvaziamento cervical + Rtx adjuvante.

TUMORES SUPRA GLÓTICOS

TUMORES SUPRA GLÓTICOS 2º em incidência Prognóstico: ruim A maioria origina-se na epiglote 60%: há acometimento linfonodal 50%: acometimento bilateral

TRATAMENTO: SUPRA GLÓTICOS TUMORES INICIAIS - Radioterapia - Laringectomia parcial supraglótica + Rtx * - Ressecção endoscópicas TUMORES AVANÇADOS - Laringectomia total + Rtx Tratamento pescoço - N0> T2: Supra omo-subdigástrico - N +: Esvaziamanto completo modificado

TUMORES GLÓTICOS

TUMORES GLÓTICOS Forma + comum: corda vocal Envolvimento gânglionar baixo: T4: 20-30% Fixação de prega vocal: Grave fator prognóstico

TRATAMENTO: GLÓTICOS In situ - Microexcisão, Laser, Rtx exclusiva T1 - Rtx exclusiva - Laringectomia parcial - Laringofissura - Cordotomias - Excisão a Laser

TRATAMENTO: GLÓTICOS T2 - Mobilidade preservada: Rtx - Mobilidade prejudicada: hemilaringectomia T3 - Tentar Rtx - S/ resposta: Laringectomia radical

TRATAMENTO: GLÓTICOS T4 - Lagingectomia total +Rtx adjuvante TRATAMENTO PESCOÇO - Comprometimento supra glótico: Cadeia jugular - N + : esvaziamento cervical completo

TUMORES SUBGLÓTICOS

TUMORES SUBGLÓTICOS Raros Diagnóstico em fases avançadas Laringectomais total + Rtx adjuvante Acometimento sub-glótico: recidiva peri traqueostoma Metástase cadeia para traqueal

RECIDIVA PERI TRAQUEOSTOMA

REABILITAÇÃO CÂNCER LARINGE

PROGNÓSTICO Glote (81%), Subglote (77%), Supraglote (51%) Compromete o prognóstico: - Margem cirúrgica comprometida - Comprometimento linfonodal - Traqueostomia antes do tratamento definitivo

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CARVALHO, Marcos Brasilino de.tratado de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e Otorrinolaringologia. São Paulo: editora Atheneu,2001, parte 3, p.233-363. SHAH, Jatin P. et. Al.Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Rio de Janeiro: editora Revinter, 2000, cap. 6, p. 167-235. ARAUJO, Vergilius J.F et.al.manual do Residente de Cirurgia de Cabeça e Pescoço.São Paulo: editora Keila & Rosenfeld,1999,cap 23,p. 127-131 NETTER, Frank H.Atlas interativo de Anatomia Humana. editora Artemed,1999. KOWASKI, Luiz Paulo. Et al.manual de Condutas em Cirurgia de Cabeça e Pescoço. São Paulo: editora Marina, 2003, cap. 8, p. 47-52.